sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Petrobras reduz preços do diesel e gasolina nas refinarias

Rio de Janeiro - Sede da Petrobras (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Redução segue nova política de preços da PetrobrasTânia Rêgo/Agência Brasil

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (26) redução no preço do diesel nas refinarias em 5,1%, em média, e da gasolina em 1,4%, em média. Os novos valores começam a ser aplicados nesta sexta-feira (27).

A redução nas refinarias não necessariamente chegará aos consumidores porque a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados. “Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores”, informou a Petrobras.

Pelos cálculos da empresa, se o ajuste for repassado integralmente e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 2,6% ou cerca de R$ 0,08 por litro, em média, e a gasolina, 0,4% ou R$ 0,02 por litro, em média.

Política de preços

As mudanças anunciadas hoje seguem a política de preços da estatal divulgada em outubro de 2016. A companhia reafirmou a intenção de rever os preços pelo menos uma vez a cada 30 dias, política que dá “a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade”.

Segundo a Petrobras, os novos preços mantêm a margem positiva em relação à paridade internacional. As alterações são resultado da valorização do real desde a última revisão de preços, de ajustes na competitividade da Petrobras no mercado interno e da redução dos preços dos derivados nos mercados internacionais, em particular do diesel, que registrou elevação de estoques por causa de inverno menos rigoroso do que o previsto no Hemisfério Norte, de acordo com a estatal.

 

 

Agência Brasil

 

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Eike na lista da Interpol

Mario Anzuoni/Reuters

O nome de Eike Batista foi incluído na lista de criminosos mais procurados do mundo da Interpol (Polícia Internacional). O empresário teve a prisão preventiva decretada na operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato, mas não foi encontrado na manhã de hoje. O advogado de Eike disse que ele estava viajando e que se entregaria, mas a Polícia Federal o declarou formalmente como foragido.
Além de Eike, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e mais sete pessoas tiveram prisão preventiva decretada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. Eles são acusados de integrar um esquema de corrupção durante o governo de Cabral.Leia mais

 

Fim de Alcaçuz

Beto Macário/UOL

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), disse que a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal, vai ser desativada "em breve". Segundo ele, o fechamento depende da construção de novas prisões nos municípios de Ceará-Mirim, Afonso-Bezerra e Mossoró.
O presídio de Alcaçuz foi palco de uma rebelião, no último dia 14, que deixou 26 presos mortos e pelo menos 56 foragidos. Leia mais

 

Falha na saúde

Douglas Magno/AFP Photo

Cidades de Minas Gerais que estão há quase uma década na área onde a vacinação contra a febre amarela é recomendada pelo Ministério da Saúde ignoraram evidências sobre o avanço da doença no país e deixaram metade da população do Estado exposta ao vírus. Só 49,7% da população do Estado foi imunizada nos últimos dez anos, período de validade da vacina.
O alto índice de pessoas suscetíveis à doença é uma das explicações para o surto no Estado, que tem a maior parte dos registros de febre amarela no Brasil. Desde o início deste ano, são 69 casos e 38 mortes em 18 municípios. Existem ainda 397 pacientes sendo analisados. Leia mais

 

Aplicativo registra 2,5 mil tiroteios e 539 mortos em seis meses no Rio

 

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

A Anistia Internacional contabilizou mais de 2,5 mil notificações de tiros ou disparos de arma de fogo no Rio de Janeiro no último semestre do ano passado, uma média de 18 por dia. Foram registradas no aplicativo Fogo Cruzado pelo menos 539 vítimas e 570 feridos. Do total das mortes, 52 eram agentes públicos de segurança. Mais 90 policiais foram baleados.

O aplicativo Fogo Cruzado foi lançada pela Anistia Internacional em julho de 2016. Além das notificações compartilhadas colaborativamente pelos usuários, o relatório do aplicativo inclui dados coletados na imprensa e em canais da própria polícia, como os boletins diários publicados no site da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).

O aplicativo teve mais de 50 mil downloads desde o seu lançamento. De acordo com a gestora de dados do Fogo Cruzado, Cecília Olliveira, o mapeamento dos tiroteios é algo inédito no Rio e ajuda a qualificar o índice de violência no estado. "Não esperávamos uma adesão tão maciça. As pessoas querem que esse assunto seja debatido, porque muitas violações não chegam a ser notícia. Nem todo o tiroteio vira um boletim de ocorrência e é contabilizado”, disse ela.

Violações

Os números mostram ainda as consequências dos tiroteios no dia a dia dos moradores, que têm o direito de ir e vir cerceado, além de sofrerem com interrupção de serviços básicos devido aos tiroteios. De acordo com a companhia de energia do Rio, Light, houve 268 interrupções no fornecimento de luz em decorrência de tiroteios no estado, 157 deles na zona norte da capital fluminense (58,5%).

“Uma pessoa morta ou ferida é a última instância da violência, mas há uma série de outras violências que não são contabilizadas. O tiro em si não é o único problema. O intuito é trazer essas informações para as discussões de segurança pública e qualificar o debate”, diz Cecília Olliveira.

Na comunidade do Jacarezinho, zona norte, que conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2013, a operação do teleférico do Complexo do Alemão foi suspensa 121 vezes em decorrência de tiroteios, de acordo com o Jornal Voz das Comunidades. Em outubro, o serviço foi definitivamente fechado por falta de pagamento do estado ao consórcio responsável.

Em 2016, a PM apreendeu 155 pistolas, 71 revólveres e 15 fuzis, somente em áreas com UPPs. No total foram apreendidos 371 fuzis no estado. Um dos maiores problemas levantados na CPI das Armas II, realizada no ano passado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), foi a falta de fiscalização e controle dos paióis das polícias e de empresas de segurança, decorrente de falhas de comunicação entre os órgãos do setor.

Aplicativo Fogo Cruzado

Aplicativo Fogo CruzadoAplicativo Fogo Cruzado/ Anistia Internacional/ Reprodução

Saiba Mais

Áreas mais atingidas

O Complexo do Alemão, na zona norte, com cerca de 70 mil habitantes, é o primeiro no ranking de locais mais atingidos por tiroteios ou disparos de arma de fogo. Foram registrados 115 disparos, com pelo menos 15 mortos e 34 feridos (15 deles policiais). Para a  gestora do aplicativo, o fato de que áreas com UPPs, como a do Alemão e da Penha, tenham as maiores incidências de tiroteios da cidade é "emblemático".

"Essas áreas deveriam se destacar como um exemplo de uma nova abordagem de segurança pública, não pela incidência de violência armada. No entanto, o projeto das UPPs não demonstra fôlego para interromper abusos. Pelo contrário, expõe de forma acentuada um modelo calcado no confronto, causando perdas irreparáveis para os moradores”.

O segundo maior número de registros (114) ocorreu em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, que tem 10 vezes mais habitantes e é 155 vezes maior que o Complexo do Alemão. Esses tiroteios resultaram em pelo menos 42 vítimas e 49 feridos, sendo oito deles policiais.

A área que ficou em terceiro lugar foi a região da Penha, zona norte. Nos seis meses, foram 111 registros de tiroteios ou disparos de arma de fogo com 14 vítimas e 22 feridos, 10 deles policiais.

Já Nova Iguaçu, também na Baixada Fluminense, registrou menos tiros, mas teve o maior número de mortes: pelo menos 54. No total, foram 85 tiroteios ou disparos de arma de fogo no município, o que o coloca em quarto lugar no ranking total . Houve ainda pelo menos 21 feridos. São Gonçalo, região metropolitana, é a quinta região que mais notificou tiroteios: 81, com pelo menos 17 mortos e 31 feridos.

Participação

Mais de 3 mil notificações foram enviadas por usuários, mas 490 foram descartadas por serem repetidas, incompletas ou relatarem ocorrências em cidades fora da atual área de cobertura do aplicativo.

Segundo a Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro a prioridade da pasta é “a preservação da vida, a convivência pacífica e a redução de índices de criminalidade no estado", e que, por isso, investe nas Unidades de Polícia Pacificadora desde 2007.

A secretaria destacou como medidas para melhorar a segurança no estado, o Sistema de Metas e Acompanhamento de Resultados (SIM), o Centro de Formação do Uso Progressivo da Força e a Divisão de Homicídios (DH), responsável por investigar os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial. Ainda de acordo com a secretaria, mais de 2 mil policiais foram expulsos das corporações desde 2007 pelas corregedorias, por desvios de conduta e abuso de autoridade.

De acordo com a Coordenadoria de Polícia Pacificadora, denúncias sobre atuação de policiais das UPPs podem ser feitas, com anonimato garantido, à Ouvidoria Paz com Voz. Todos os registros são atendidos e acompanhados pelos comandantes das áreas pacificadas. O serviço recebe demandas pelo telefone (21) 2334-7599, pela internet ou na sede da coordenadoria, na Avenida Itaoca, nº 1.618, em Bonsucesso.

 

Agência Brasil

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