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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

GO e MS registram primeiros casos de febre amarela; total no país chega a 550

O Ministério da Saúde registra 550 casos suspeitos de febre amarela no país em 2017, segundo boletim atualizado divulgado nesta quinta-feira (26). Mato Grosso do Sul e Goiás aparecem pela primeira vez na lista de estados com casos suspeitos da doença este ano, com um registro cada.

Dos 550 casos notificados até agora, 72 foram confirmados, 23 descartados e 455 continuam sob investigação. Minas Gerais tem 502 notificações da doença, o Espírito Santo, 33; a Bahia, sete; e São Paulo, três. O Distrito Federal registrou três suspeitas de febre amarela, mas todas foram descartadas.

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Entre os pacientes com suspeita de febre amarela, 105 morreram, 98 deles em Minas Gerais. Ao todo, 40 mortes foram confirmadas para a doença: 37 em Minas e três em São Paulo.

Vacina

A vacinação de rotina contra a febre amarela é oferecida em 19 estados do país que fazem parte da área de recomendação para imunização. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar duas doses da vacina ao longo da vida. Também precisam se vacinar, neste momento, pessoas que vão viajar ou vivem nas regiões que estão registrando casos da doença: leste de Minas Gerais, oeste do Espírito Santo, noroeste do Rio de Janeiro e oeste da Bahia.

Espírito Santo, Rio de Janeiro e parte da Bahia normalmente não são áreas de recomendação para vacinação contra a febre amarela, porém, a orientação agora é que a população das áreas próximas à divisa com o leste de Minas Gerais seja vacinada.

Ontem(25), o Ministério da Saúde anunciou o reforço de 11,5 milhões de doses. Além destas, este ano foram entregues 5,5 milhões de doses aos estados. Em anos em que não houve surto, foram distribuídas entre 800 mil e 1 milhão de doses do imunizante.

 

Agência Brasil

 

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Mercado financeiro

Getty Images

A Bolsa emendou a quarta alta seguida e fechou com valorização de 0,53%, com 66.190,62 pontos. Esse é o maior nível de fechamento desde 26 de março de 2012. O avanço foi influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo dos bancos. Só a ação do Banco do Brasil saltou mais de 6%. Já as ações da Petrobras e da mineradora Vale caíram.
O dólar subiu 0,28%, cotado em R$ 3,18. O dia foi marcado por nova atuação do BC brasileiro no mercado de câmbio e pelo avanço da moeda no exterior. Leia mais

 

 

Mudança no rotativo

iStock

O Conselho Monetário Nacional divulgou novas regras para os juros do rotativo do cartão de crédito. Se o consumidor não pagar o valor total devido, depois de um mês, o banco deve apresentar uma proposta de parcelamento dessa dívida com condições mais vantajosas para o cliente. Os bancos e instituições financeiras têm até 3 de abril para se adequar às novas regras.
Atualmente, se o consumidor paga só uma parte do valor devido, o restante é jogado para o mês seguinte, com cobrança de juros altos. Isso acontece sucessivamente, com a cobrança de juros sobre juros, de modo que a dívida acaba virando uma "bola de neve". Em dezembro, a taxa de juros do rotativo do cartão de crédito subiu para 484,6% ao ano. Leia mais

 

 

De olho na conta de telefone

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

As ligações feitas de telefone fixo para celulares vão ficar mais caras a partir da próxima semana. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) autorizou que as operadoras façam um reajuste médio de 1,33%.
As prestadoras são obrigadas a fazer uma grande divulgação do aumento nas cidades onde atuam pelo menos dois dias antes de aumentar a taxa. Leia mais

 

Após críticas e protestos, Doria anuncia museu para arte de rua em São Paulo

 

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Mural do grafiteiro Eduardo Kobra, na Avenida 23 de Maio (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Mural do grafiteiro Eduardo Kobra, na Avenida 23 de Maio, foi pichado em protesto contra o apagamento de outras ilustraçõesRovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, João Doria, anunciou hoje (26) um projeto para permitir a pintura de murais de grafite na cidade, como um "museu de arte de rua a céu aberto". A proposta surge em meio a protestos e críticas à administração municipal por ter apagado grandes murais e grafites na capital paulista.

Ontem (25), a estátua do Apóstolo Paulo, na Praça da Sé, foi manchada com tinta vermelha em frente à catedral onde o prefeito assistiu à missa em celebração ao aniversário de 463 anos da cidade. Hoje, o asfalto de um trecho da Avenida Paulista, na região central, amanheceu marcado com diversas cores. Pichadores deixaram recados ao prefeito em vários pontos da cidade, inclusive sobre o mural do grafiteiro Eduardo Kobra, na Avenida 23 de Maio, que havia sido preservado pela ação de remoção feita pela administração municipal.

Foi justamente nessa avenida, onde foram apagadas algumas das pinturas mais conhecidas da cidade, que o prefeito divulgou hoje a nova iniciativa. O Museu de Arte na Rua consiste, segundo Doria, em ações feitas a cada três meses, nas quais um grupo selecionado de grafiteiros receberá recursos da prefeitura para fazer intervenções em pontos previamente escolhidos da cidade. “A possibilidade de expor e valorizar a sua arte de forma ampla, livre, porém, sob organização”, ressaltou o prefeito ao inaugurar a nova pintura do Monumento dos 80 anos da Imigração Japonesa, da artista Tomie Ohtake, no canteiro central da avenida.

Doria destacou, no entanto, que a prefeitura vai combater os pichadores. “Nós não vamos admitir a presença de pichadores. Respeitaremos os muralistas e grafiteiros. Se eles pensam que com ataques, com pichações vão inibir a ação do prefeito, ao contrário, a perseverança só aumenta para defender a cidade”, disse.

Durante a cerimônia, o prefeito recebeu diversas manifestações dos motoristas que passavam pela via. Foram desde declarações de apoio até xingamentos com palavras de baixo calão.

Seleção

Para escolher os artistas que participarão do projeto, será formada uma comissão independente que fará a análise do portfólio e currículo dos candidatos. “É um museu a céu aberto. Não é a ideia de fechar o grafite em algum lugar, mas que o grafite seja uma grande presença na cidade, para que São Paulo conquiste o título de capital mundial do grafite”, destacou o secretário municipal de Cultura, André Sturm.

A primeira ação do Museu de Arte na Rua deve ocorrer em março. Cada edição do festival de grafite deverá custar cerca de R$ 800 mil, segundo o secretário. Os pontos que receberão os trabalhos ainda sendo definidos pela prefeitura. A primeira ação será na região do Baixo Augusta. “A gente está avaliando locais onde a gente possa ter muitos artistas ao mesmo tempo trabalhando”, disse Sturm.

Críticas

Para o arquiteto e urbanista Kazuo Nakano, a abordagem da prefeitura de São Paulo sobre o tema das pichações e grafites tem sido “autoritária” e a proposta do museu não altera a “postura equivocada” da gestão municipal, por não incluir os artistas na discussão do projeto.

“O grafite é um componente da paisagem urbana e do espaço público urbano. Como tal, ele tem que ser trabalhado pelo Poder Público democraticamente”, disse Nakano. “Os grafiteiros têm que ser envolvidos no início do processo. Eles tem que ajudar o Poder Público a definir os lugares mais importantes para eles fazerem a intervenção. Porque os grafiteiros já tem essa leitura da cidade”, destacou.

“O grafite não é só uma parede pintada, é uma intervenção que dialoga com o lugar”, acrescentou o especialista. Segundo Nakano, os murais e desenhos são adaptados, tanto tematicamente quanto em relação a forma, ao local onde estão expostos. “Por isso que o desenho dos grafites da [Avenida] 23 de Maio, que são observados principalmente dos motoristas de carro, são completamente diferentes dos desenhos do Beco do Batman, que você observa caminhando a pé”, comparou.

 

Agência Brasil

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