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sábado, 28 de janeiro de 2017

Gastos com juros do cartão de crédito podem cair pela metade com novas regras

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As administradoras de cartão não poderão mais financiar o saldo devedor dos clientes por meio docrotativo por mais de um mêsArquivo/Agência Brasil

A economia do consumidor com a nova regra que limita a utilização do rotativo do cartão de crédito poderá chegar a quase 50% em 12 meses. Essa é a diferença que o cliente deixará de pagar ao migrar dos juros mais caros do crédito rotativo para as taxas mais baixas do crédito parcelado.

A partir de abril, as administradoras de cartão de crédito não poderão mais financiar o saldo devedor dos clientes por meio do crédito rotativo por mais de um mês, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) tomada na última quinta-feira (26).

De acordo com o levantamento mais recente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), os juros médios do crédito rotativo – cobrado de quem não paga a totalidade da fatura do cartão de crédito – chegavam a 15,33% ao mês no fim de dezembro. Para o crédito parcelado, a taxa média estava em 8% ao mês.

A diferença é maior quanto mais longo o tempo dos financiamentos. Uma dívida de R$ 1 mil na fatura do cartão sobe para R$ 1.534 no crédito rotativo ao fim de três meses. Com a nova regra, pela qual a taxa mais alta – de 15,33% ao mês – incide nos primeiros 30 dias e a taxa de 8% ao mês incide nos dois meses restantes, a dívida aumenta para R$ 1.345,20, diferença de 12,3%.

Ao final de 12 meses, a disparidade é ainda maior. Uma dívida de R$ 1 mil na fatura chegará a R$ 5.537,42 ao fim do período no sistema atual, financiada por meio do crédito rotativo. Pela nova regra, a mesma dívida seria corrigida para R$ 2.689,07, diferença de 51,4%.

O cálculo leva em conta as taxas médias de juros cobradas no fim de dezembro. A economia efetiva pode variar porque os bancos personalizam as taxas para cada consumidor no rotativo e no crédito parcelado. Os juros finais podem variar em função do histórico e da capacidade de pagamento do cliente.

Inadimplência

Ao anunciar as novas regras na última quinta-feira, o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso, explicou que as altas taxas de juros no crédito rotativo estão relacionadas à elevada inadimplência nessa modalidade. Segundo a autoridade monetária, a inadimplência no rotativo do cartão de crédito estava em 37% para as pessoas físicas e em 59% para as empresas no fim de dezembro.

Em relação ao crédito parcelado, a inadimplência é bem menor: 1,1% para as pessoas físicas e 2,3% para as empresas. “Hoje, uma vez em que o cliente entra no rotativo, não sabe quando vai pagar o saldo devedor. Isso cria uma incerteza que não existe no crédito parcelado, que permite às instituições adotarem um fluxo de caixa esperado das parcelas que vão entrar, dando maior previsibilidade e resultado em juros menores”, declarou o diretor do BC.

A limitação para o uso do crédito rotativo havia sido anunciada em dezembro pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como parte das medidas de reformas microeconômicas. Na ocasião, o ministro anunciou a intenção do governo de reduzir, de 30 para dois dias, o prazo de pagamento das administradoras de cartão aos lojistas. A medida, segundo as administradoras, prejudicaria as pequenas empresas de cartões e favoreceria os grandes bancos.

 

Agência Brasil

 

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Descoberto sítio utilizado por criminosos em São Sebastião do Caí

Não havia ninguém no local durante a operação policial (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

 

A Polícia Civil realizou, na tarde de sexta-feira (27), uma operação em São Sebastião do Caí, no Vale do Rio Caí, após receber uma denúncia de que um foragido estaria escondido em um sítio. No local, os policiais encontraram aproximadamente 600 gramas de cocaína, balança de precisão, munição de fuzil calibre 762, touca ninja, fardas camufladas, três caminhonetes roubadas, entre outros materiais ilícitos.

De acordo com o delegado Arthur Raldi, os veículos localizados haviam sido roubados em Porto Alegre e na Região Metropolitana na última semana. “Não foi encontrado ninguém no local, mas, pelo material apreendido, o sítio muito provavelmente estaria sendo utilizado como base para alguma quadrilha cometer outros crimes, provavelmente roubos”, disse Raldi.

 

O Sul

 

Surto de febre amarela cresce e já passa de cem casos no País

O surto de 2017 já é o maior da série histórica, divulgada pelo Ministério da Saúde desde 1980: o pico anterior havia sido 2000, com 85 casos registrados. (Foto: Reprodução)

 

Subiu para 101 o número de casos de febre amarela confirmados no País, após a identificação de 13 novos doentes no Estado de Minas Gerais, de acordo com boletim da secretaria estadual de saúde divulgado nesta sexta-feira (27).

Os dois municípios mais afetados seguem sendo Ladainha (518km de Belo Horizonte), com 17 casos confirmados, e Caratinga (311km de Belo Horizonte), com 11 doentes.

Segundo o governo mineiro, são 97 casos de febre amarela no Estado.

O surto de 2017 já é o maior da série histórica, divulgada pelo Ministério da Saúde desde 1980: o pico anterior havia sido 2000, com 85 casos registrados.

Até esta sexta, os Estados afetados — em que há casos confirmados ou suspeitas — são Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Todos os casos notificados com possível infecção no Distrito Federal foram descartados.

Segundo a secretaria estadual de saúde de Mato Grosso do Sul, o paciente sob investigação, um catarinense que teria sido infectado em Bonito (265km de Campo Grande), apresentou resultado positivo para leptospirose, doença com sintomas similares aos de febre amarela. O caso, porém, ainda não foi descartado.

No total são investigados 442 casos, incluindo 65 mortes — há 43 confirmadas. Todos os casos no País são de febre amarela silvestre, transmitida por um ciclo que envolve macacos e mosquitos presentes em áreas rurais. Não há registro da versão urbana da doença no Brasil desde 1942.

 

O Sul

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