Da Agência Xinhua
A oposição da liderança republicana tornará mais difícil para o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, desfazer as sanções contra a Rússia adotadas pelo atual presidente Barack Obama Agência Lusa/EPA/Michael Reynolds/Direitos Reservados
O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o líder republicano Paul Ryan, disse na quinta-feira (29) que as sanções contra a Rússia adotadas recentemente pelos EUA estavam “atrasadas”. As informações são da agência de notícias chinesa Xinhua.
Saiba Mais
- Putin decide não expulsar diplomatas norte-americanos
- Obama expulsa 35 diplomatas russos por suposta interferência em eleição
As declarações foram feitas depois que o presidente Barack Obama, revelou uma sanção destinada a entidades e indivíduos russos, incluindo a expulsão de 35 diplomatas russos nos Estados Unidos.
Ryan disse que além de atrasada, a ação era "uma maneira apropriada de terminar oito anos de falhas na política com a Rússia e serve como exemplo principal da ineficiência da administração da política externa que deixou a América mais fraca nos olhos do mundo. A Rússia não compartilha os interesses dos Estados Unidos, e, de fato, tem buscado enfraquecê-los, semeando uma instabilidade perigosa em todo o mundo", enfatizou o republicano.
O Departamento de Segurança Interna e a Agência Federal de Investigação (FBI) dos EUA também divulgaram um relatório conjunto na quinta-feira acusando a Rússia de ser a responsável pelos ataques cibernéticos e vazamentos contra o Partido Democrata e a candidata Hillary Clinton durante as recentes eleições presidenciais .
Lindsey Graham, outro parlamentar republicano sênior, disse na quarta-feira que "as sanções bipartidárias... baterão duro na Rússia, particularmente em Putin como um indivíduo."
A retórica anti-Rússia entre a liderança republicana é um grande obstáculo para o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, reverter a política externa entre os EUA e Moscou, como o magnata sugeriu recentemente em tweets defendendo a Rússia.
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Putin decide não expulsar diplomatas norte-americanos
Da Agência Ansa
Apesar das divergências, o presidente Putin desejou um "bom ano novo" para Barack Obama e toda a sua família - Divulgação
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou que "não vai expulsar" diplomatas norte-americanos em resposta à recente expulsão dos Estados Unidos, nesta quinta-feira (29), de 35 diplomatas russos. As informações são da Agência Ansa.
Segundo o comunicado do Kremlin, a "Rússia se reserva ao direito" de responder aos EUA, "mas não caíremos ao nível de 'diplomacia de cozinha', irresponsável, e daremos os próximos passos da retomada das relações russo-americanas partindo da política que será conduzida pela administração do recém-eleito presidente Donald Trump", informou Putin nesta sexta-feira (30).
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Para ele, a atitude do presidente Barack Obama foi "hostil" e "contradiz os interesses principais dos povos russo e norte-americano, tendo em conta a responsabilidade particular da Rússia e dos EUA para garantir a segurança global". O mandatário ainda afirma que o que Washington fez "danifica o sistema inteiro de relações internacionais".
Mais cedo, Putin recebeu do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, uma lista com 35 nomes de diplomatas americanos que seriam declarados "persona non grata" pela Rússia. Segundo Lavrov, 31 deles atuam na embaixada americana em Moscou e quatro no consulado geral em São Petersburgo. "Agiremos segundo o princípio da reciprocidade", afirmou o ministro sobre a medida.
Feliz Ano Novo
Na mesma nota em que informa que não expulsará diplomatas norte-americanos, o presidente Putin desejou um "bom ano novo" para Barack Obama e toda a sua família. Segundo o mandatário, as felicitações ocorrem "mesmo que a administração norte-americana termine desta maneira", com expulsões de diplomatas.
Putin ainda desejou felicidades a "todo o povo norte-americano" e ao presidente eleito, Donald Trump, para quem rendeu votos de "prosperidade e bem estar". O líder russo também convidou "todos os filhos pequenos dos diplomatas norte-americanos" para participar da tradicional festa de fim de ano do governo russo no Kremlin.
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