domingo, 25 de dezembro de 2016

"Ou os bancos colocam segurança 24 horas, ou vamos ter de proibir caixas eletrônicos", diz Schirmer

Secretário de Segurança do Estado diz que polícia está à caça dos assaltantes e que já vem cobrando dos bancos para que aumentem a segurança nas agências

Por: Deni Zolin

 

"Ou os bancos colocam segurança 24 horas, ou vamos ter de proibir caixas eletrônicos", diz Schirmer Lauro Alves/Agencia RBS

Schirmer diz que bancos têm lucros exorbitantes e, por isso, têm de reforçar a segurança e se preocupar com os moradoresFoto: Lauro Alves / Agencia RBS

O secretário de Segurança Pública do Estado, Cezar Schirmer, afirmou que, além das buscas à quadrilha que aterrorizou os moradores de São Sepé durante o assalto a duas agências bancárias, o Estado também já está cobrando que os bancos reforcem a segurança nas suas unidades. Schirmer disse que já teve três reuniões com as direções de bancos, nos últimos meses, e que, se eles não tomarem nenhuma atitude, ele e secretários de Segurança Pública de outros Estados vão cobrar do Ministério da Justiça uma nova lei obrigando as instituições bancárias a reforçarem o aparato de segurança nas agências. Confira a íntegra da entrevista:

Assaltantes usando fuzis renderam pessoas que estavam na rua e as obrigaram a formar um escudo humano na praça centralFoto: Reprodução

Diário – A polícia tem pistas dessa quadrilha?
Schirmer –
Fui avisado às 3h da madrugada (deste sábado) e já estamos trabalhando para identificar e prender essa quadrilha. Um helicóptero foi acionado para fazer as buscas. Esses criminosos fazem qualquer coisa. Não é apenas apenas o assalto para pegar dinheiro. Eles transformam a população em reféns, explodem até o prédio inteiro. São criminosos organizados que não têm mais nenhum senso de limite. Além do interesse financeiro, querem chamar a atenção pelo espetáculo, agridem para aterrorizar. Não é um problema só de São Sepé ou do Estado, mas em todo o país. Até bandido tem limite, eles se autoimpõem um limite. Mas esses extrapolaram qualquer limite. Sequestraram pessoas, deram tiro para tudo o que é lado. 

Diário – O que a Secretaria de Segurança está fazendo para tentar evitar assaltos violentos como esses, em que bandidos usam até fuzis?
Schirmer –
Eu já estive tratando com os bancos, para que eles assumam a responsabilidade na segurança dos seus estabelecimentos. Porque os bancos têm lucros extraordinários no país e não fazem nada em favor da segurança deles próprios e das pessoas do seu entorno. Ou eles colocam segurança 24 horas ou eles vão participar também do financiamento da segurança que a polícia e a Brigada têm de fazer. Porque não é apenas o prejuízo financeiro. Tem esse exemplo de São Sepé, recentemente também no Norte do Estado um brigadiano foi morto. Em Arroio dos Ratos, houve também problema com a população (durante assalto a banco). Então, os bancos têm de assumir a sua responsabilidade. 

"Foi muito pânico", conta refém que foi levada por assaltantes em São Sepé

Nessa crise financeira que está o país, com a escassez de recursos, os lucros dos bancos são extraordinários, o juro do cartão de crédito é de 481% ao ano. Os bancos não são receptivos e dizem "Ah, isso é problema da Segurança". Não, não é problema da Segurança.
Ou eles entram para o jogo e colocam segurança 24 horas, ou então nós vamos ter de proibir caixa eletrônico. É muito cômodo para o banco colocar o dinheiro ali, disponível no caixa. Com esses juros indecentes que eles cobram, e esses lucros indecentes que eles têm, eles deviam ser mais zelosos pela população e pelos seus clientes.

Duas agências foram explodidas em São SepéFoto: Germano Rorato / Agencia RBS

Diário – O senhor está cobrando de que forma?
Schirmer –
Eu tive três reuniões com vários bancos exatamente nesta direção. O banco deixa o dinheiro ali, sem nenhuma segurança. É um atrativo para os criminosos. E o risco da população? E o risco dos moradores dos prédios que são explodidos? Então, o banco têm de assumir essa responsabilidade. Por exemplo, por que eles não adotam nos caixas eletrônicos que, diante de qualquer atentado, as cédulas imediatamente sejam incineradas, ou manchadas com tinta e sejam inutilizadas? Essa tecnologia já está disponível. Ou os bancos coloquem alguém dentro das agências com segurança 24 horas.  

Diário – E se os bancos não tomarem nenhuma atitude?
Schirmer –
Esse é um assunto que eu estou tratando aqui, mas que outros Estados também está tratando. Nós vamos falar com o Ministério da Justiça para criar uma legislação obrigando os bancos a tomarem medidas. Na verdade, isso aí, muitas vezes, eles não assaltam os bancos só pelo dinheiro, mas também para pegar as armas que os bancos têm e que são usadas pelos seguranças durante o dia. Essas armas ficam no banco. Como o banco deixa o dinheiro ali, com apenas um vidro separando os caixas eletrônicos da rua? Aí fica a segurança correndo atrás e a população correndo o risco. 

Fortemente armado: um dos assaltantes que explodiram as agências bancárias em São SepéFoto: Reprodução / Reprodução

 

Zero Hora

 

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UPP proíbe festa de Natal em comunidade no Rio, por falta de autorização

 

Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

A tradicional festa de Natal em uma das comunidades mais pobres do Rio, a favela Mandela 2, na zona norte, este ano poderá não acontecer. O motivo, segundo o presidente da associação de moradores, Francisco de Assis, é a proibição por parte da comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local, major Paula Andressa das Chagas Frugoni, de que haveria necessidade de pedir autorizações ao Corpo de Bombeiros e também a 21ª Delegacia de Polícia.

Francisco argumentou que a UPP foi comunicada da festa há 15 dias e somente na quinta-feira  (22) se posicionou sobre o pedido tornando praticamente impossível conseguir as demais autorizações, porque as repartições estavam em ritmo de recesso natalino. Ele lamentou a proibição da festa, que é feita ao ar livre com a participação de centenas de pessoas, instalação de pula-pula, distribuição de brinquedos e refrigerantes para as crianças.

“A major não liberou, e a maioria das comunidades vai ter eventos, só nós é que não. Fica chato. Ela alegou que tem de seguir um decreto, pedir autorização da 21ª DP, da prefeitura, do batalhão e dos bombeiros. Só que ela falou com a gente na quinta-feira (22), quando nós fomos lá falar do projeto. Como é que a gente vai fazer isso na quinta-feira, sabendo que a maioria dos órgãos está com os expedientes praticamente encerrados, devido ao Natal?”, questionou Francisco.

O presidente da Mandela 2, disse que na comunidade do Arará, também subordinada à mesma UPP, a festa natalina foi igualmente proibida, o que está gerando revolta nos moradores e nos demais líderes comunitários da região.

“Todos anos a gente faz a festa. É na rua, como se fosse um baile, a gente comemora. Os moradores vêm para cá, com os seus parentes. Aí como é que faz? Neste ano a nossa comunidade ficou tranquila, justamente por não ter problemas, sem tiroteios, nem tumultos. Ficamos certinhos para ter o evento. Não tinha necessidade de fazer isso. Nós estamos indignados”, desabafou Francisco, que é muito conhecido na região, fazendo o papel de Papai Noel nas creches da comunidade, durante o período de Natal.

Para o presidente da associação, está faltando um pouco de sensibilidade da major ao deixar centenas de pessoas sem a tradicional festa de Natal da comunidade: “Eu falei a ela que era preciso um pouco de bom senso, até porque nós trabalhamos juntos pela comunidade”.

A assessoria de imprensa das UPPs foi procurada e se posicionou em nota sobre a proibição da festa: “As normas para a realização de eventos em espaços públicos estão estipuladas na resolução da Secretaria de Segurança que regulamenta o tema (Resolução nº 013 da Seseg e Resolução conjunta Seseg/Sedec nº 134) e, segundo a comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Arará/Mandela, o evento não atendeu algumas exigências”.

 

Agência Brasil

 

 

Cartões para réveillon em Copacabana ainda podem ser encontrados no MetrôRio

 

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

Os turistas e moradores do Rio que quiserem ir para o réveillon em Copacabana vão poder usar o metrô e comprar, antecipadamente, os cartões especiais para o transporte. Hoje (24) é o último dia de vendas presenciais dos bilhetes nas estações Pavuna e Uruguai, na zona norte; Central, Carioca, na região central; Glória, Siqueira Campos, Jardim de Alah, na zona sul; e Jardim Oceânico, na zona oeste. As bilheterias funcionarão até as 21h nas oito estações.

A partir de amanhã (25), os cartões poderão ser adquiridos somente nas estações Pavuna, Carioca, Central, Glória, Uruguai e Jardim Oceânico, das 10h às 21h. Quem preferir o cartão de ida e volta vai pagar R$ 8,20. Já os cartões somente de ida ou somente de volta tem o mesmo valor da tarifa comum deste tipo de transporte (R$ 4,10). O MetrôRio informou que o limite de compra por usuário é de até dez bilhetes.

Os passageiros têm opção de fazer a escolha de horários de embarque em cinco faixas que começam às 19h e seguem até as 24h. O bilhete corresponde ao período que o usuário pretende utilizar. O MetrôRio informou que ainda há cartões para todas as faixas de horário.

Trens

No serviço de trens, a concessionária SuperVia montou uma operação especial que funcionará na madrugada do réveillon. A empresa destacou 24 mil lugares adicionais na madrugada do dia 1º de janeiro para atender a volta dos passageiros das comemorações do ano novo. Para evitar filas, a SuperVia sugere que os passageiros comprem bilhetes de ida e volta.

O esquema especial inclui dez viagens extras em trens com ar-condicionado em direção à Baixada Fluminense, zona norte e zona oeste do Rio de Janeiro. O ponto de partida é a estação Central do Brasil. As composições para o ramal Japeri, que atende a zona norte e a Baixada Fluminense, sairão às 2h20, às 3h, às 4h e às 5h. Para quem vai usar o ramal Santa Cruz, para a zona oeste, as viagens serão às 2h40, às 3h30, às 4h30 e às 5h30. Para o ramal Saracuruna, outra linha que atende a zona norte e Baixada Fluminense, as viagens previstas serão às 3h30 e às 5h. A SuperVia informou que todos os trens farão serviço parador e as viagens dos ramais Japeri e Santa Cruz também atenderão as estações do ramal Deodoro, na zona norte.

A integração com o Metrô e com os ônibus BRT poderá ser feita nas estações Central do Brasil e Madureira. As duas estarão abertas para embarque, a partir das 1h50 (Central) e das 2h20 (Madureira). Nas outras estações de trens haverá apenas desembarque durante a madrugada. Se o passageiro tiver dúvidas pode pedir esclarecimentos às equipes de atendimento identificadas com a expressão “Posso Ajudar?”.

Hoje (24) e no dia 31 de dezembro, a operação dos trens obedece a grade horária regular de sábados. Para amanhã (25) e 1º de janeiro, os trens seguirão a grade regular de domingos. Quem preferir programar os trajetos pode procurar a seção “Planeje Sua Viagem”, no aplicativo da empresa ou no site da Supervia. Por telefone a programação poder ser feita pelo número 0800 726 9494, com atendimento durante 24 horas.

 

Agência Brasil

 

Exposição Artesãos da Folia traz nova abordagem do carnaval

 

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Uma nova abordagem sobre o carnaval é o objetivo da exposição Artesãos da Folia, instalada no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), centro do Rio de Janeiro. A mostra gratuita ficará aberta até o dia 23 de fevereiro de 2017, às vésperas do carnaval, que começa dois dias depois. Ela pode ser visitada de terça-feira a domingo. A exceção são os fins de semana do Natal e do Ano Novo.

A curadora da exposição, Rita Fernandes, disse hoje (24) à Agência Brasil que a ideia era trazer algo diferente das exposições que vêm sendo feitas tradicionalmente sobre o carnaval, com uso de fotos e traçando a linha de tempo. Surgiu então a decisão de mostrar o lado mais artesanal, o bastidor do carnaval, “quem está por trás”. O Artesãos da Folia é uma parceria do CRAB com a Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sebastiana).

Dividida em quatro ambientes, a exposição começa mostrando os artesãos da palavra. “São as frases engraçadas que o folião solitário escreve, são as frases dos carros de som que os blocos colocam como, por exemplo, “É dando que se engravida”. Além das frases inventadas pelos foliões, Rita lembrou também das frases escritas nos estandartes dos blocos, para reforçar a brincadeira no carnaval.

A segunda sala se destina aos artesãos da fantasia. “No carnaval, acontece que cada um de nós acaba virando um pouco costureira, aderecista. O carnaval de rua tem esse lado que permite a gente fazer qualquer coisa. A fantasia não precisa ficar linda ou perfeita, ela não tem que cumprir uma função como na escola de samba, que vai ser pontuada. Ela vem cumprir função bem diferente, que é a da alegria, de fazer uma brincadeira”. O espaço multicolorido exibe em mandalas tipos variados de fantasias, com referências de padronagens de tecidos, aviamentos, acessórios, lantejoulas.

No espaço três, os protagonistas são os artesãos da melodia. O público tem a oportunidade de conhecer ali o lado artesanal e criativo da música carnavalesca, com a exibição de instrumentos  feitos de latas, tampinhas de cerveja e outros itens de sucata. A experiência pessoal do mestre de bateria do Sebastiana, quando era criança no morro, serviu de ponto de partida para que o projeto criasse vida. “Ficou fantástico”, disse Rita, que comemora o sucesso da mostra. “A exposição está sempre cheia. A gente tem tido um bom retorno do CRAB”.

A sala número quatro reproduz as grandes oficinas e ateliês de costura e adereços do carnaval.  “Você tem um pedaço da costura da fantasia, da customização da camiseta, um pedaço da confecção de bonecos que alguns blocos usam, a parte do estandarte. A gente reproduz como se fosse um grande ateliê”.

A ideia, salientou Rita Fernandes, era trazer um outro lado do carnaval, mais artesanal, artístico, daquilo que move o folião, o organizador do bloco, na direção de fazer o brilho do carnaval.

 

Agência Brasil

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