O presidente Michel Temer voltou a defender que convenções coletivas de trabalho sobressaiam às legislações trabalhistas, desde que as normas tenham acordo das duas partes. Ao participar de um evento da Justiça do Trabalho, o presidente disse que negociações como essa entre empregados e empresas podem evitar o aumento do desemprego no Brasil.
Para Temer, readequar a legislação trabalhista é algo "compatível com a mudança dos tempos". Em ocasiões anteriores, ele já havia defendido essa tese, elogiando inclusive decisões recentes do Supremo Tribunal Federal que reconhecem a convenção coletiva firmada entre duas partes.
"Tomo liberdade de fazê-lo neste Tribunal, me parece importante divulgar estas ideias. Dentre elas, para a manutenção do emprego, a chamada prevalência da convenção coletiva sobre o texto legal, desde que tenha uma fórmula legal que estabeleça", diz. Mais uma vez, o presidente elogiou o Programa de Proteção ao Emprego, lançado pela ex-presidenta Dilma Rousseff, como exemplo de acordo que visa manter o emprego, descontando 30% no salário de funcionários que seriam demitidos.
Temer participou das solenidades de comemorações dos 70 anos do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em discurso, o presidente do TST, ministro Ives Gandra, agradeceu a edição de uma medida provisória pelo governo federal, que liberou R$ 353 milhões em créditos extraordinários para a Justiça do Trabalho. Antes, ele havia criticado o "desproporcionado e desarrazoado" corte orçamentário do setor em 2016. Durante o evento, o presidente Michel Temer recebeu a Comanda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho no Grão-Colar.
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Só sobrou a economia
Por Rodolfo Amstalden*
Eu durmo cedo e acordo cedo.
Soube apenas hoje que a anistia ao caixa dois foi costurada na calada da noite.
A exemplo, aliás, de tantos hábitos notívagos de bandidagem.
Daqui em diante, o governo de Michel Temer nunca mais terá uma boa noite de sono.
Dormirá tarde, como dormem tarde todos aqueles que defendem criminosos.
E terá que acordar cedo para tocar a economia.
Esta mesma economia que se torna agora, de jure e de facto, o último bastião de Temer.
Qualquer erro no front econômico, qualquer reforma não aprovada, e o governo acaba.
Acaba junto com a paciência do empresariado.
Acaba junto com o desemprego de 11,8%.
Temos, portanto, um governo frágil.
Nada mais pode anistiá-lo, a não ser a perfeição econômica daqui até 2018.
Podemos esperar perfeição de um insone?
*Rodolfo Amstalden é sócio da Empiricus Research. É bacharel em Economia pela FEA-USP, em Jornalismo pela Cásper Líbero, mestre em Finanças pela FGV-EESP e analista com certificação CNPI. Na Empiricus, Rodolfo é responsável pelo Programa de Riqueza Permanente®.
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