Renan Calheiros disse que Senado não votará proposta que anistia caixa 2 de campanhas eleitorais Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em meio à polêmica em torno da possibilidade de que a Câmara dos Deputados, na votação do projeto anticorrupção, aprove uma anistia ao caixa 2 de campanha, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse hoje (26), em nota, que a Casa não votará nenhuma proposta de “anistia de campanhas eleitorais”. Segundo Renan, a medida visa “poupar” o presidente da República de eventual veto ou sanção de proposta impopular.
“O Senado Federal tem uma pauta posta até o final do ano, fruto de um entendimento entre as lideranças de todos os partidos. Em razão dessa pauta, o Senado não vai votar qualquer projeto que envolva eventuais anistias de campanhas eleitorais, poupando o Senhor Presidente da República de veto ou sanção sobre matérias dessa natureza”, diz a nota assinada por Renan.
Entrevista neste domingo no Palácio do Planalto
Amanhã (27), domingo, o presidente Michel Temer e os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Rodrigo Maia, concederão entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Segundo assessores, eles irão reiterar que, caso o Congresso aprove anistia ao caixa 2, a proposta será vetada.
Na noite de ontem, o líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso (DF), por meio das redes sociais, afirmou que Temer prometeu que “vetará imediatamente” qualquer anistia a caixa 2 que possa vir a ser aprovada pelo Congresso.
Temer, que estava em São Paulo hoje pela manhã e voltou para Brasília à tarde, está reunido agora à noite, no Palácio do Jaburu, com o presidente da Câmara e o Secretário-Executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco. A assessoria do Planalto não informou o assunto da reunião.
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Bandeira tarifária volta a ficar verde em dezembro, sem custo extra de energia
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil
A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz em dezembro será a verde, o que significa que não haverá cobranças extras para o consumidor. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que determinou a volta da bandeira para o patamar verde foi a condição hidrológica mais favorável, o que permitiu o desligamento das usinas térmicas mais caras.
No mês passado, a bandeira adotada foi a amarela, por causa da falta de chuvas, o que fez com que fossem acionadas termelétricas com custo mais alto, para garantir o suprimento de energia para o país.
Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro deste ano, a bandeira se manteve vermelha, primeiramente com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos e, depois, com a bandeira vermelha patamar 1, que significa acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 kWh. Em março, passou para amarela, com custo extra de R$ 1,50 a cada 100 kWh, e de abril a outubro ficou verde, sem cobrança extra. No mês passado, a bandeira passou para a cor amarela novamente.
Bandeira tarifária
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a energia de hidrelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade. Por exemplo, quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no pais.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras. A agência considera que a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.
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