Do UOL, em São Paulo
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), considerado uma "prévia" do PIB (Produto Interno Bruto), subiu 0,15% em setembro na comparação com o mês anterior, informou o BC nesta quinta-feira (17).
Em agosto, o IBC-Br havia apresentado queda de 1%. O índice terminou o terceiro trimestre com contração de 0,78% sobre o período anterior.
A comparação é feita já descontando as diferenças sazonais entre os períodos analisados.
Sem descontar as diferenças sazonais, houve queda 2,98% em setembro.
Na comparação com setembro de 2015, o indicador registrou tombo de 3,67% sem o ajuste sazonal, porque considera períodos iguais. Com ajuste, a queda foi de 3,44%.
No acumulado de 12 meses, a atividade econômica encolheu 5,23%. Descontando as diferenças sazonais, o encolhimento foi de 5,42%.
"Algum sinal mais evidente de reversão da atual recessão... só deve vir no começo do próximo ano. Crescimento, talvez só no final de 2017", avaliou em nota o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, que projeta queda de 3,3% do PIB este ano e estabilidade em 2017.
Setores
A leve alta de 0,5% da produção industrial após duas quedas mensais seguidas contribuiu para evitar a queda do IBC-Br em setembro.
Por outro lado, o ritmo de queda das vendas no varejo brasileiro acelerou em setembro para 1%, e o setor registrou o pior resultado para o mês em 14 anos, enquanto o setor de serviços apresentou queda de 0,3% no mesmo mês.
IBC-Br
O indicador do BC é visto pelo mercado como uma antecipação do resultado do PIB. Ele é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE.
O IBC-Br serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
A estimativa do IBC-Br incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
(Com Reuters)
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