Por Paulo Bressane, em O Tempo
Ao ir votar em uma escola pú- blica, me deparei com vários cartazes contra a PEC nas salas de aula. Frases do tipo “Vai para a PEC que te pariu” demonstram a deseducação verbal e o uso da escola como instrumento de doutrinação políticoideológica, pregada por mestres despreparados. Ser contra a PEC é mais um dos grandes erros da esquerda, e pregar este erro nas escolas é vergonhoso, uma irresponsabilidade inominável para com os que amanhã irão herdar esta nação. Aos mestres menos esclarecidos, sugiro que busquem no YouTube por “Sen. Cristovam Buarque explica a PEC 241”, e reflitam sobre a coerência e a obviedade de suas palavras. Os professores, enquanto veículos de transformação, têm obrigação moral de entender e se prepararem para um novo mundo, mesmo porque, eles já não detêm o monopólio do ensino neste planeta de comunicação global.
NOSSO CORPO DOCENTE ainda é arredio a mudanças e, se observarmos uma pesquisa CNT/Sensus, podemos enxergar alguns dos motivos do enorme atraso que permeia a mente de nossos jovens. Os números apontaram que 29% dos professores se identificam com o “patrono da educação brasileira”, o equivocado marxista Paulo Freire, e 10% com o próprio Karl Marx, com o restante se dividindo entre Gandhi, Jesus Cristo e Einstein. Não é, portanto, motivo de estranhamento que, tendo tantos esquerdistas como mestres – ainda segundo a pesquisa – os assassinos Che Guevara e Lenin sejam vistos positivamente por parte de nossos jovens. Mas, voltando aos mestres, por que alguns insistem em defender o Estado? Por que é tão difícil para eles aceitar, e levar aos alunos alguns conceitos da doutrina liberal?
POR QUE INSISTIR na irresponsabilidade fiscal? Já não bastam o desastre inflacionário e a degradação social impingida pelo mau funcionamento do Estado? Que o ensino seja mais liberal, por que não? Os jovens não precisam de utopias, mas sim de conceitos e metas que os aparelhem à modernidade, onde todos tenham os mesmos direitos por meio de um alto nível de escolaridade, onde a valorização individual e o espírito público se sobressaiam aos comodismos paternalistas do Brasil arcaico. Onde tenham chances reais de mostrar seu potencial em um sistema menos burocrático, com menos impostos, mais liberdade econômica, mais garra, enfim, para enfrentar os inestimáveis benefícios da inovação e da livre concorrência. Mestres, acordem para a realidade, deixem seus gafanhotos voarem.
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