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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Colorados depredam casa errada ao tentar caçar 'fantasma da B'

Confundido com dono de drone é colorado e desabafa: "Estavam alucinados" Divulgação/Arquivo Pessoal

Do UOL, em Porto Alegre

 

BRASILEIRÃO

O drone que sobrevoou o estádio Beira-Rio causou confusão após Internacional e Cruzeiro. Torcedores do Inter deflagraram uma caçada ao dono do equipamento, encontraram uma casa próxima ao local do jogo e depredaram a residência e um carro. Mas, de acordo com a Brigada Militar, a residência vandalizada não tem nada a ver com o "fantasma da B".

O caso foi registrados nas redes sociais, capítulo após capítulo. Primeiro surgiram fotos dando a suposta localização de onde partiu o drone. Depois, vieram vídeos registrando chutes contra o portão da casa.

Por fim, imagens de um HB 20 depredado e mais itens da residência danificados. O detalhe é que a residência não era o ponto de partida do drone. O endereço foi atacado sem ter envolvimento com o episódio.

"Eu estava com a minha filha de 10 meses, vibrei muito e do nada fui surpreendido com um bando de marginais quebrando a minha casa e gritando: 'cadê o drone? Cadê o drone?'. Eles apontavam para a minha casa, estava alucinados e abriraram meu portão. Jogaram pedras, garrafas durante os 10, 15 minutos. Aí eu sai de casa para tentar entender e vejo que uns 10 caras voltaram. Aí eu corri para casa e eles enlouqueceram mesmo. Quebraram meu portão, jogaram lajes de pedra no meu carro. Destruíram meu carro. Eu não tenho nada a ver com essa história e paguei o pato. Eu sou colorado, não tenho nada com isso. Além de passar o ano todo sofrendo, com meu time quase caindo para a segunda divisão, eu tomei esse prejuízo", afirmou Cássio Moura, dono da casa, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Entenda o caso

O aparelho entrou no estádio vindo do lado da avenida Padre Cacique, sobrevoou o local por cerca de 2 minutos e saiu. No drone, um pano branco com a letra B. A aparição ocorreu aos 18 minutos do segundo tempo.

O jogo não chegou a ser paralisado por causa dele. Em seguida, ele se retirou das proximidades do estádio. Mas por volta dos 25 minutos de jogo, voltou. Dessa vez baixou até a altura das cadeiras mais próximas do gramado, virou-se para mostrar a letra a todos, e subiu novamente.

O segundo voo durou aproximadamente 3 minutos. E por pouco que o drone não estava próximo ao campo quando Valdívia começou a jogada do gol da vitória do Inter sobre o Cruzeiro, que ocorreu aos 30 minutos.

Alex se mostrou irritado depois do jogo. "É lamentável isso, revoltante. Mas o mundo dá muitas voltas. Temos o ano que vem...", disse o meia. O técnico Lisca provocou e contemporizou na mesma resposta.

"Estamos em um Estado que é assim. Tem o lado azul e o vermelho. O azul foi duas vezes para a B, o vermelho nunca foi. Esta zoação, brincadeira, é normal e sadia. Enquanto for assim, pode ser. Os dois são grandes por causa disso. Tudo que o Grêmio conquistou, o Inter conquistou. Por isso temos uma cidade com dois grandes clubes, grandes estádios, dois mundiais, quatro Libertadores, duas torcidas apaixonadas, um não vive sem o outro. Enquanto for assim, é saudável para caramba", falou o técnico.

 

UOL Esporte

 

 

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