domingo, 6 de novembro de 2016

Celulares do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná ganham nono dígito a partir deste domingo

Medida passa a valer para estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

Celulares ganham nono dígito a partir deste domingo  | Foto: Mauro Schaefer

Celulares ganham nono dígito a partir deste domingo | Foto: Mauro Schaefer

 

Telefones celulares de todas as operadoras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná passam a ter nove dígitos a partir deste domingo. Isto é, será necessário acrescentar o dígito 9 na frente do número do telefone para a ligação se completar. A medida é apenas para a telefonia móvel. Os telefones fixos permanecem com seus oito dígitos, sem alteração.

Há prazos para a implantação da nova regra. Quem fizer ligação entre celulares usando os oito dígitos atuais não terá problema nos próximos 10 dias a contar do domingo, chamado pela Anatel, de “Dia D”. Ao longo das próximas semanas, no entanto, a ligação será interceptada e o usuário receberá aviso da operadora para a inclusão do nono dígito.

Essa situação será mantida até a primeira quinzena de fevereiro de 2017, quando as ligações não serão mais finalizadas se forem realizadas com os oito números, ou sem o acréscimo do “9”. Dessa forma o usuário será obrigado a incluir o nono dígito ou não se comunicará.

Atualmente há no Rio Grande do Sul, conforme a gerência regional da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 14.650.250 terminais ativos. Nos três estados da Região Sul o saldo de telefones celulares sobe para 36.884.754 terminais ativos.

Nos demais estados do Brasil o nono dígito já foi incluído. A mudança é decorrência da resolução 553 da Anatel, editada em 14 dezembro de 2010, com a meta de ampliar a oferta de números à telefonia celular e padronizar o sistema de telefonia com o dígito 9.

Não haverá problema aos usuários da telefonia celular para a inclusão do nono dígito na agenda dos aparelhos smarthphones. Todas as operadoras oferecem aplicativos (Apps) aos seus clientes. Os sites das companhias também orientam sobre a mudança.

Não há custo ao consumidor

Para explicar a inclusão do dígito 9 e os efeitos da nova regra aos usuários da telefonia móvel, o Correio do Povo ouviu o gerente regional substituto da Anatel/RS, Sidney Ochman. Além de esclarecer sobre a questão, ele também dá orientações sobre o novo procedimento.

Por quê, tecnicamente, é necessário o novo dígito?

Para atender à crescente demanda de novos usuários no país (inclusive novas aplicações como monitoramento remoto). O nono dígito é necessário para ampliação das faixas de códigos de acesso (números de telefones) disponíveis para a oferta do Serviço Móvel. A ampliação da Capacidade do Plano de Numeração será de 30 para 100 milhões de acessos por área de Código Nacional.

Qual é a ação recomendada para acrescentar o nove?

A atualização das agendas telefônicas é de responsabilidade dos próprios usuários. Para smartphones há aplicativos que realizam a inclusão automaticamente. Em celulares mais antigos a correção terá que ser manual.

Até quando ligações com oito dígitos podem ser feitas e completadas?

As chamadas feitas com 8 dígitos e com 9 dígitos serão completadas normalmente de 6 de novembro de 2016 a 15 de novembro de 2016, é o chamado duplo convívio. E as chamadas com 8 dígitos receberão mensagem orientativa sobre a mudança de 16 de novembro até 13 de fevereiro de 2017.

Qual é o prazo para as operadoras comunicarem clientes da mudança e a partir de quanto deixarão de avisar sobre a necessidade de colocar o 9 na frente do número?

A comunicação já está ocorrendo e será intensificada. Após 13 de fevereiro as ligações com oito dígitos não serão mais completadas e os clientes não receberão mais mensagem de suas operadoras.

Há operadoras ou situações em que não será obrigatório o dígito 9?

O nono dígito é exclusivo do Serviço Móvel Pessoal. Não será incluso no telefone fixo ou nos rádios.

A mudança implicará despesa na conta do titular da conta de celular?

Não há qualquer custo ao consumidor ou queima de créditos. As mensagens orientativas são gratuitas.

Quando a mudança começou no Brasil?

O processo de inclusão do nono dígito iniciou na área 11 (São Paulo) no final de julho de 2012. A região Sul é a última a ser migrada.

Os primeiros celulares tinham quantos dígitos?

A telefonia móvel chegou ao Brasil no início dos anos 90, com sete dígitos mas logo após já teve a inclusão do oitavo.

Essa é a segunda ou terceira mudança de número?

A inserção do nono dígito em todo o Brasil ocorreu em oito etapas.

Agora, independentemente da operadora, todos os celulares começam com 9?

Primeiramente o nono dígito será o nove, mas no futuro podem ser utilizados outros números, conforme padronização internacional.

Aplicativos

Acrescentar o nono dígito em cada um dos números de celular da agenda do telefone não trará nenhum aborrecimento ou dor de cabeça aos donos de aparelhos smartphones. As operadoras lançaram aplicativos (Apps) próprios, gratuitos, para ajudar na execução da tarefa. Eles promovem a inserção automática do novo número na agenda do aparelho e, simultaneamente, na lista do WhatsApp e Telegram.

Vivo 9º Digito

DDD 51, 53, 54 e 55 (RS). Basta baixar o aplicativo Vivo 9º Dígito. O App verifica toda a agenda e adiciona o dígito 9 automaticamente.

9º Digito Tim

Ajusta os números celulares dos estados que já possuem nove dígitos para o novo formato e grava os números alterados na agenda do usuário. Além disso, disponibiliza a função de incluir o Código de Seleção de Prestadora (CSP) 41 aos contatos, facilitando a realização de chamadas de longa distância.

Embratel 9º Digito

O aplicativo Embratel 9º Dígito acrescentará automaticamente o nono dígito aos contatos com DDDs dos estados mencionados. A extensão está disponível para download no iTunes e no Google Play.

9º Digito Oi

Os usuários de celular no RS (51, 53, 54 e 55), SC (47, 48 e 49) e PR (41, 42, 43, 44, 45 e 46) têm a ajuda de aplicativo criado pela Oi para formatar os contatos e inserir o código do estado, facilitando as chamadas quando estiverem fora de sua cidade. Também é possível programar a inclusão do código do país 55 na agenda para efetuar chamadas do exterior em períodos de viagem.

Claro

Marca do Grupo América Móvil Brasil, a Claro indica aos seus clientes baixarem o aplicativo da Embratel (acima), outra marca do Grupo.

 

 

Correio do Povo

 

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Apesar de ocupações, MEC considera tranquilo primeiro dia do Enem

 

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Brasília - A presidente do Inep, Maria Inês Fini, acompanhada da diretora de Gestão e Planejamento do órgão, Eunice de Oliveira e da secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimaãres de Castro, divulga balanço

Brasília - A presidente do Inep, Maria Inês Fini (no centro), divulga balanço do primeiro dia de provas do EnemFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O primero dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) transcorreu com tranquilidade na avaliação do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep). As provas foram realizadas em 96,86% dos locais de prova. O Inep ainda não tem um balanço das abstenções nem dos candidatos desclassificados por postagens em redes sociais durante a prova ou outro motivo constante no edital.

"Foi bastante tranquilo, mesmo nos locais onde os alunos foram impedidos de comparecer por motivo de invasões e ocupações de escolas", disse a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. Em coletiva de imprensa, o Inep confirmou o número divulgado no início da tarde de hoje (5) de que o exame foi cancelado em 405 locais, e 271.033 inscritos tiveram as provas adiadas para 3 e 4 de dezembro.

Em dois locais que constavam na lista de cancelamento, a prova foi realizada: no Campus Amazonas da Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém, e o Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga, no Distrito Federal. O Inep admitiu o erro. "Foi uma instabilidade muito grande esse processo de ocupação e um desafio para o Inep conseguir encaminhar e-mails e SMS até hoje de manhã", justificou a diretora de Gestão e Planejamento do Inep, Eunice Santos.

O MEC ainda não tem uma previsão de quanto custará o adiamento de algumas das provas para dezembro. Ontem (4), a pasta tinha informado que custará mais que a previsão inicial de cerca de R$ 12 milhões.

Com os cancelamentos, o número total de inscritos aptos a fazer o Enem neste final de semana caiu de 8,6 milhões para aproximadamente 8,4 milhões. Os candidatos fizeram hoje as provas de ciências humanas e de ciências da natureza.

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Quem pode fazer o Enem no domingo?

Os estudantes que fizeram a prova hoje no Campus Amazonas da Universidade Federal do Oeste do Pará e no Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab) devem fazer também a prova amanhã. Por terem feito o exame nesse sábado, eles não poderão fazer as provas em dezembro.

Já os estudantes com provas agendadas para esses locais que não compareceram pela notificação de cancelamento farão as provas nos dias 3 e 4 de dezembro.

No caso de novas ocupações que impeçam estudantes que fizeram a prova hoje de prosseguir com o exame amanhã, eles farão o exame nos dias 3 e 4. Hoje, o Inep corrigiu a informação dada ontem de que esses estudantes fariam a prova de dezembro apenas no segundo dia. "O exame é pensado como um todo em termos de dificuldade", explicou a presidente do Inep, Maria Inês Fini.

Os estudantes que chegaram atrasados não poderão aproveitar o adiamento e fazer as provas em dezembro.

Segundo dia

Amanhã, os portões serão abertos às 12h e fechados às 13h, no horário de Brasília. Os estudantes devem ficar atentos ao horário de verão e verificar o horário exato do exame na localidade onde moram. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 pelo horário de Brasília.

Os participantes terão cinco horas e meia para resolver questões de linguagens e códigos, redação e matemática.

 

Agência Brasil

 

 

Enem aborda questões de gênero, refugiados, escravidão e ditaduras latinas

 

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não surpreendeu os candidatos e professores quanto à estratégia de usar temas atuais para abordar conceitos das diferentes disciplinas. Assuntos como a crise dos refugiados na Europa, a manutenção de comportamentos machistas na sociedade atual e as recentes discussões sobre a democratização de espaços urbanos, por exemplo, poderiam ser mais facilmente respondidos por quem dedicou parte do estudo ao noticiário recente.

Questões de filosofia sobre Platão e as ditaduras em países da América Latina no século 20 voltaram a ser objeto de avaliação do exame. Na história, a abordagem de questões sociais como a discriminação racial e a política brasileira foi elogiada por quem fez ou teve acesso ao caderno após as provas.

O professor de história Tiago Diana, coordenador pedagógico do Colégio Projeção, considera importante trazer à tona questões relativas ao ensino de africanidades, muitas vezes deixado de lado pelas escolas.

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“O Enem sempre tem mostrado a importância desses temas. A prova, até pela quantidade de informações, é a chance de o candidato ter um pouco mais de conhecimento. Com certeza ele sai da prova melhor do que chegou, em termos de informação. É [a oportunidade de o estudante] olhar para o país, refletir, pensar no presente e no passado, ver que esses resquícios da história continuam presentes”, afirma.

Considerada a mais difícil por muitos estudantes, a prova de química chamou a atenção do professor Jônatas Gonçalves, que dá aulas nos colégios Pódion e Sigma, por trazer expressões de difícil compreensão e aprofundar-se em tópicos distantes do aprendizado médio dos estudantes. De acordo com ele, o conteúdo repassado ao longo dos três anos de ensino médio é "muito amplo" e "pouco explorado no Enem".

Jônatas reconhece a importância de lidar com temas espinhosos por meio de fatos do cotidiano, mas alerta para a possibilidade de o texto “assustar” o estudante e impedi-lo de resolver com tranquilidade a questão. “Acredito que o exame aprofundou este ano na característica conteudista. A prova de química está fora da realidade da população brasileira. Certamente está muito acima do nível para qualquer aluno responder. Seja de escola pública ou privada, sem duvida os estudantes tiveram dificuldade”, critica.

Logo mais, às 21h30, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) transmite pela web, pelo rádio e pela TV o programa Caiu no Enem. Professores convidados vão comentar a prova e destacar quais foram os principais temas cobrados, as surpresas e expectativas da edição 2016 do exame.

O programa será transmitido ao vivo pelo Portal EBC, pela Rádio Nacional, Rádio MEC e TV Brasil. Para acompanhar a transmissão e enviar dúvidas aos especialistas, basta acessar as redes sociais da EBC. Amanhã (6), o programa para comentar o segundo dia de provas começa mais cedo, às 20h.

 

Agência Brasil

 

 

Mesmo com aviso de adiamento, Enem é aplicado no Distrito Federal e no Pará

 

Victor Ribeiro – Repórter do Radiojornalismo*

Um dos locais onde o Enem foi cancelado de última hora, o colégio Cemab, em Taguatinga (DF), teve provas aplicadas no primeiro dia do exame

Um dos locais onde o Enem foi cancelado de última hora, o colégio Cemab, em Taguatinga (DF), teve provas aplicadas no primeiro dia do exameVictor Ribeiro/Radiojornalismo EBC

O adiamento de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na última hora causou confusão no Distrito Federal e no Pará. Uma hora antes da abertura dos portões, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, divulgou uma nova lista de locais onde as provas só seriam aplicadas em dezembro.

Entre os locais, estavam o Campus Amazonas da Universidade Federal do Oeste do Pará, Santarém, e o Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab), em Taguatinga, no DF. O vendedor Rodrigo Pereira, 22, recebeu uma mensagem no celular, comunicando o adiamento do Enem. Desconfiado, ele decidiu ir ao Cemab.

“Vai prejudicar muitas pessoas hoje. Eu vim conferir. [O Inep] mandou mensagem no celular dizendo que não ia ter prova hoje. Vai ter muita gente que não vai vir por causa dessa mensagem. Os fiscais confirmaram que vai ter prova. O certo pra mim era todo mundo fazer junto a prova, na mesma data”, disse.

De acordo com o Ministério da Educação, o adiamento da prova em cima da hora, afetaria 159 candidatos no Cemab e 520 em Santarém. Segundo a pasta, mesmo desocupado, o colégio não oferecia as condições adequadas para a aplicação do exame. Mesmo assim, os cerca de 40 estudantes que chegaram ao colégio de Taguatinga conseguiram entrar e fazer o Enem.

O único atrasado foi o estudante Cláudio José, de 27 anos. A sala dele era uma das que teriam a prova adiada, mas Cláudio não tinha recebido nenhum aviso do Inep. “Foram adiadas? Eu não recebi no meu aparelho não. De nenhuma forma. Não me avisaram”, relatou.

Quando os jornalistas informaram sobre a possibilidade do adiamento, Cláudio José foi cauteloso. “Esperar, né? Para ver se vai realmente adiar ou não”, disse, antes de deixar o local. Ao todo, o Inep adiou as provas do Enem que ocorreriam em 405 locais de aplicação para mais de 270 mil pessoas. Os candidatos inscritos nesses locais vão fazer o exame em 3 e 4 de dezembro.

Questionado sobre a confusão, o Inep informou que houve uma falha de comunicação entre o órgão e os consórcios aplicadores da prova. Segundo a assessoria de comunicação do órgão, os estudantes foram avisados sobre o adiamento. Mas os fiscais de prova não receberam o mesmo aviso e, por isso, aplicaram normalmente o exame para os poucos que compareceram.

Quem fez o Enem nessas duas instituições de ensino terá a nota computada e deve voltar neste domingo (6) para completar as provas. Já os que não fizeram o Enem terão garantido o direito em 3 e 4 de dezembro.

 

Agência Brasil

 

 

No primeiro dia do Enem, mais de oito milhões de pessoas enfrentaram a maratona de provas em todo o Brasil: http://glo.bo/2fcNtWX

Inep reconhece erro ao incluir escolas por engano na relação de locais ocupados

G1.GLOBO.COM

 

Você já pensou em trocar um restaurante por um jantar na casa de estranhos em outro país? http://glo.bo/2fl1UJ0 #ContaCorrente

Plataforma digital reúne chefs do mundo todo que oferecem refeições a preços mais em conta

G1.GLOBO.COM

 

Especialista em gerenciamento de risco analisa os desdobramentos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG):http://glo.bo/2ewNW83 #GloboNews

“Desmoralizou, de uma certa forma, a lei de crime ambiental", avalia Moacyr Duarte

G1.GLOBO.COM

 

 

Multa é de R$ 500 mil por dia: http://glo.bo/2eIiDEH #GloboNews

Ibama multa Samarco por descumprir notificações sobre tratamento de rejeitos

G1.GLOBO.COM

 

 

Conferência mundial do clima reunirá 20 mil pessoas em Marrakesh na COP da ação

 

Da Agência Lusa

Testes feitos em carros da Volkswagen para avaliar emissões de gases

A estagnação e redução das emissões de gases com efeito de estufa implicam mudança profunda em direção às energias verdes e o abandono dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás)EPA/Patrick Pleul/Agência Lusa/Direitos Reservados

Quase 20 mil pessoas de todo o mundo reúnem-se a partir desta segunda-feira (7), em Marrakesh , Marrocos, na 22.ª conferência da ONU sobre alterações climáticas (COP22), que a organização pretende que seja "a COP da ação". 

Menos de um ano após a adoção em Paris por 195 países, o primeiro acordo mundial para combater as alterações climáticas entrou hoje (5) simbolicamente em vigor, três dias antes da COP22, onde os participantes deverão debater sua aplicação.

"Esta rápida entrada em vigor é um sinal político claro de que todos os países do mundo estão empenhados numa ação global decisiva contra as alterações climáticas", declararam, em comunicado, a responsável do Clima na ONU, Patricia Espinosa, e o ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros, Salaheddine Mezouar, que presidirá à COP22.

Acordo

A presidência marroquina da conferência já manifestou a esperança de que esta seja "a COP da ação", que concretizará "os importantes avanços" registados no ano passado em Paris.

Em Marrakesh, os negociadores ainda têm muitas matérias sobre as quais é preciso chegar a acordo, de forma a tornar o pacto operacional, principalmente a definição de regras de transparência, apresentação das estratégias nacionais até 2050 e ajuda financeira aos países em desenvolvimento.

"O maior desafio em Marrakech é chegar a acordo sobre uma data limite para decidir as regras de aplicação do acordo, sobretudo as de transparência", informou à AFP a negociadora francesa Laurence Tubiana. "Se 2017 não é realista, 2018 é exequível", afirmou.

Aquecimento

As regras de transparência dizem respeito às informações que os países deverão fornecer sobre seus esforços para limitar suas emissões, assim como os progressos das ajudas financeiras públicas. Paralelamente a uma maior transparência, o acordo prevê um reforço dos planos de ação de cada país, com vista a limitar o aquecimento global a +2°C acima dos níveis pré-industriais.

Além do objetivo de limitar o aquecimento a +2ºC, o acordo de Paris prevê que os países realizem "todos os esforços necessários" para que não se ultrapassem os 1,5 graus Celcius, evitando assim "os impactos mais catastróficos das alterações climáticas".

No entanto, os compromissos atuais colocam o planeta numa trajetória de +3°C, ou até mesmo 3,4°, segundo relatório divulgado pela ONU na quinta-feira (10), alertando para a subida ininterrupta das emissões mundiais de gases com efeito de estufa.

refugiados

Especialistas admitem que medidas urgentes podem evitar uma tragédia humanaOrestis Panagiotou/Agência Lusa/Direitos reservados

Refugiados

"Se não começarmos a tomar medidas suplementares desde já, acabaremos por chorar perante uma tragédia humana evitável", alertou Erik Solheim, diretor do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA).

"O número crescente de refugiados climáticos atingidos pela fome, pobreza, doenças e conflitos lembrar-nos-á de forma incessante da nossa falha. A ciência mostra-nos que devemos agir muito mais depressa", aacrescentou. Para conseguir manter o aquecimento abaixo dos +2ºC, as emissões de gases com efeito de estufa têm de parar de aumentar e depois têm de ser reduzidas entre 40 e 70% entre 2010 e 2050, segundo os especialistas.

"Agora que o mundo se reúne em Marrakesh, devemos reencontrar o sentimento de urgência que tínhamos há um ano", pediu em comunicado Jim Yong Kim, presidente do Banco Mundial, alertando que "cada dia que passa o desafio do clima cresce".

Mudanças

A estagnação e posteriormente a redução das emissões de gases com efeito de estufa implicam uma mudança profunda em direção às energias verdes e o abandono dos combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás).

Serão precisos grandes investimentos para tornar os setores da habitação, dos transportes e da indústria menos dependentes de energia, assim como novas políticas agrícolas e alimentares. "A curto prazo - certamente nos próximos 15 anos - temos de ver reduções sem precedentes das emissões e esforços sem igual para construir sociedades que possam resistir às alterações climáticas", disseram Patricia Espinosa e Salaheddine Mezouar.

Isto significa que os países terão de fazer mais do que os compromissos assumidos no acordo de Paris.

A questão da ambição coletiva e de cada país será necessariamente abordada em Marrakesh, mesmo que seja cedo para esperar novos compromissos. O tema do financiamento estará também no coração do debate, tanto em relação a ajuda pública de US$ 100 bilhões prometidos até 2020 aos países em desenvolvimento quanto ao objetivo de tornar "mais verdes" as finanças mundiais.

Apenas uma reorientação dos fluxos financeiros mundiais em direção a atividades de baixo carbono (com poucas ou nenhumas emissões de CO2) poderá assegurar um desenvolvimento sustentável dos países, o que exigirá, segundo a ONU, de US$ 5 a US$ 7 biliões por ano.

 

Agência Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Atletas elogiam integração em jogos universitários com competição paradesportiva

 

Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

Jessica recebe medalha de ouro

Jéssica Domingos, da UFPR, recebe medalha de ouro no JUBSVMarcelo Zambrana/Fotojump/CBDU

Amanda Vanessa Gomes, 19 anos, saiu de Macapá para representar a Universidade Estadual do Amapá (UEAP) na primeira competição paradesportiva da história dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), realizada nessa sexta-feira (4). Na mesma prova, nadou Jéssica Domingos, 22 anos, que foi de Curitiba para Cuiabá escrever seu nome e o da Universidade Federal do Paraná nessa história.

Apesar de nadarem lado a lado, as duas ganharam medalha de ouro, porque representavam classes diferentes do paradesporto: Amanda era S9, e Jéssica, S8, em uma escala em que, quanto mais próximo de 10, menos limitante é a deficiência.

"Eu sinto um prazer enorme de poder participar e mostrar o quanto o Brasil é diverso", comemorou Amanda, que nasceu com uma má formação no pé esquerdo e treina de segunda a sábado em uma piscina usada em um projeto social da Polícia Militar do Estado do Amapá. "No meu estado, a dificuldade é muito grande em relação ao esporte, seja paralímpico ou outro. Foi uma oportunidade muito grande estar aqui".

Maurício (esq) e Vinicius (meio) recebem medalha do nadador olímpico Henrique Martin

Maurício (esq) e Vinicius (centro) recebem medalha do nadador olímpico Henrique MartinMarcelo Zambrana/Fotojump/CBDU

Aluna de engenharia ambiental, ela disse que vai disputar mais duas provas e dedicar as medalhas que conquistar ao irmão de três meses. "Minha maior alegria vai ser entregar a medalha pra ele".

Em sua 64ª edição, os jogos incluíram pela primeira vez a natação e o tênis de mesa paradesportivos entre suas competições. A prova de 50 metros nado de costas feminino foi só a primeira das dez finais que serão disputadas até o amanhã (6) na natação.

Inclusão

Além de festejarem a possibilidade de competir em mais um evento nacional, os atletas elogiaram a possibilidade de competir nos mesmos locais e dias que o esporte convencional. As provas paradesportivas foram marcadas para antecederem suas equivalentes na programação convencional, o que faz com que atletas convivam, aprendam e torçam uns com os outros. Acompanhada pelos colegas da UFPR, Jéssica Domingos defendeu a ideia.

"Tem de haver essa união. As competições paralímpicas são muito isoladas. É natação como um todo e não podemos separar", afirmou. "Mesclar com o convencional [é bom] para que um conheça o outro. Conheço muitos atletas convencionais que nunca viram uma competição paralímpica", informou a curitibana, que cursa educação física e já participou de competições nacionais e internacionais, mas sempre voltadas para o paradesporto.

Presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral destacou que a demanda pela inclusão desses atletas é antiga e que a preparação para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro enfatizou que era o momento de atendê-la. "Esperamos passar a Paralimpíada no Brasil não para fazer uma competição para eles, mas para incluí-los no nosso programa. É um processo de inclusão", disse Cabral.

Leonardo Alenski, da PUC-PR, recebe medalha no JUBs

Leonardo Alenski, da PUC-PR, recebe medalha no JUBsMarcelo Zambrana/Fotojump/CBDU

Depois de Jéssica e Amanda caírem na água e serem aplaudidas, elas torceram e assistiram de perto a final dos 50 metros feminino nado de costa. Em seguida, foi a vez de Leonardo, Vinicius e Maurício serem os primeiros do paradesporto masculino do JUBs, também na prova de 50 metros costa.

"Não há nada igual a isso. Já participei de brasileiros paralímpicos e competições internacionais e nunca vi uma integração como essa. Sou totalmente a favor", elogiou Vinicius Bernardi, 21 anos, que estuda direito na Universidade Federal do Paraná.

Com má formação congênita no fêmur esquerdo, ele começou a nadar por recomendação médica e já pratica o esporte há 16 anos. "Quando você começa a fazer as competições, não para mais. Fica ansioso por superar seus limites e barreiras, independentemente de ter deficiência ou não no corpo."

Prazer

Aluno da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Leonardo Alenski, 20 anos, faz parte de uma equipe que inclui atletas do paradesporto e do esporte convencional e atribui à natação seu modo de encarar a vida. "Foi ela que me deu perspectiva e objetivo não só nas piscinas, mas no ensino superior e tudo mais."

Maurício Scota, também 20 anos, tem uma visão parecida e acredita que a troca de experiências com outros atletas o estimula e também faz com que eles se espelhem em sua força de vontade.

"É muito boa essa integração. As pessoas conversam. Trocamos experiências. Achei que não conseguiria nada disso que tenho hoje, mas superei tudo e digo que sou um vencedor", acrescentou o estudante de Educação física da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).

Maurício sonhava ser jogador de futebol, mas sofreu um acidente de moto aos 17 anos e teve uma perna amputada. "Pensei que não ia ter mais nada para fazer na vida. Hoje faço um esporte que me dá prazer", concluiu o atleta.

 

 

Agência Brasil

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