Candidata derrotada vai se dedicar à campanha de Freixo no Rio de Janeiro
Por: Cleidi Pereira
Luciana foi do favoritismo à derrota em pouco mais de um mês e terminou a disputa em quinto lugar em Porto AlegreFoto: Omar Freitas / Agencia RBS
Única mulher a disputar a prefeitura da Capital, Luciana Genro (PSOL) foi do favoritismo à derrota em pouco mais de um mês. A socialista — que chegou a liderar as primeiras pesquisas de intenção de voto, mas terminou a disputa em quinto lugar — classificou o desempenho nas urnas como "extraordinário diante das circunstâncias".
— Quando entramos nessa disputa sem buscar alianças de ocasião para aumentar o tempo de televisão, sabíamos que a disputa seria dura. Mas eu sempre disse que eu preferia perder sem abrir mão dos meus princípios e coerência do que vencer e não ter condições de fazer as mudanças — afirmou, ressaltando que a luta do PSol não terminou aqui.
O desempenho de Luciana nas primeiras pesquisas surpreendeu. Nem a ex-deputada federal acreditava que seu nome poderia aparecer como favorito, apesar de sua popularidade ter aumentado com a eleição presidencial, em 2014. A queda, no entanto, já era esperada pela equipe, em função do escasso tempo de propaganda. No dia 22 de agosto, a socialista tinha 23% das intenções de voto, conforme levantamento do Ibope. Um mês depois, esse índice caiu onze pontos percentuais, para 12%.
Luciana chegou ao seu comitê de campanha por volta das 17h30min e acompanhou a apuração em uma sala reservada, ao lado do vice Pedro Ruas, do coordenador de campanha Roberto Robaina e de membros da executiva do partido. Em seu pronunciamento, garantiu que o PSol não irá apoiar nem Sebastião Melo ( PMDB) nem Nelson Marchezan Junior (PSDB), e que irá dedicar à campanha de Marcelo Freixo à prefeitura do Rio.
Conforme a apuração avançava, jovens se abraçavam e choravam. Os momentos de tristeza eram intercalados com rompantes de alegria e comemoração, devido ao desempenho de Fernanda Melchiona, a vereadora mais votada de Porto Alegre.
— É o reconhecimento de um trabalho de oito anos, de luta junto à juventude e aos trabalhadores, contra o machismo, o racismo e a LGTBfobia. Vamos honrar cada voto — disse.
Presidente do PSol no RS, Israel Dutra reconheceu que o desempenho de Luciana ficou aquém do esperado, mas comemorou crescimento de 50% da bancada, com a eleição de Robaina e Prof. Alex Fraga.
— Nossa luta não começou ontem e não termina hoje.
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