Menos de um mês após ter distribuído centenas de cartões de visita no trânsito de São Paulo em busca de emprego, o analista de sistemas Jair da Silva, 61, conseguiu voltar ao mercado de trabalho.
Ele começará na segunda-feira (3) como gerente-geral em uma pequena empresa da área de saúde do bairro de Pinheiros, zona oeste da cidade.
Silva ficou seis meses desempregado. No dia 28 de agosto, decidiu pedir uma oportunidade a motoristas que trafegavam pelo Largo da Batata e pela avenida Faria Lima, na zona oeste, e, dias depois, em um cruzamento próximo à sua casa no Jardim São Paulo, bairro de classe média da zona norte.
Seus cartões de visita traziam, na frente, seu nome, telefone, e-mail e a frase "Solicito uma oportunidade profissional". No verso, as atividades que exerceu como professor universitário, gerente administrativo e de negócios.
A iniciativa repercutiu no Facebook e no LinkedIn (rede social voltada a contatos profissionais).
Na última terça-feira, a BBC Brasil publicou reportagem com a história, que também despertou grande atenção no Facebook: até esta sexta-feira (30), havia 14 mil reações, 2,8 mil compartilhamentos e centenas de comentários na postagem sobre a situação do professor universitário.
"O diretor da empresa não quer publicidade. Mas ele me disse que me chamou para a vaga depois de ler a reportagem", afirma Silva.
Silva será responsável pelas áreas administrativa e financeira da empresa, "com um dedo no comercial", como explica à BBC Brasil. "Também vou atualizar o sistema de informática. Enfim, tudo dentro do que sei."
TREINAMENTO
Dias antes, quando soube da atitude do professor por meio da rede LinkedIn, a especialista em coaching Madalena Feliciano, da empresa Outliers Careers, havia oferecido a Silva um treinamento para uma nova carreira, com técnicas de recolocação profissional.
"Acredito que a garra, a determinação e a ousadia do Jair, unidos ao poder da internet, foram essenciais para a sua contratação", diz ela, ao saber do novo emprego.
"Isso mostra que a criatividade, a resiliência para lidar com as adversidades e focar na solução, e não no problema, são os caminhos para o sucesso."
Silva contou à BBC Brasil que já estava "batendo o desespero" pela dificuldade em encontrar emprego, sobretudo por conta de sua idade. "Já houve casos em que a empresa me disse: ′O senhor tem um currículo maravilhoso, mas só estamos contratando até 38 anos′."
Agora, ele agradece o papel que as redes sociais tiveram no desfecho positivo de sua história e aconselha a quem estiver procurando emprego: "Não desistam, procurem uma forma honesta de solucionar seus problemas. Espero que a minha ideia sirva de incentivo para todos. Não tenham vergonha".
′ATITUDE POSITIVA′
A atitude de Silva já vinha inspirando outras pessoas, como a engenheira de produção gaúcha Noélle de Melo, que mora no Rio e estava desempregada há quatro meses.
Também citada na reportagem da BBC Brasil, ela distribuía "minicurrículos" em forma de cartão no centro da cidade e diante de condomínios de empresas na Barra da Tijuca.
E, assim como Silva, ela também tem uma boa notícia para contar: conseguiu emprego e começará a trabalhar na segunda-feira.
"Uma moça compartilhou meu cartão no Facebook. Essa publicação chegou a um empresário, que me ligou e me entrevistou. Agora recebi a resposta de que fui selecionada. Estou muito feliz", conta.
Noélle trabalhará como gerente de planejamento em uma empresa da Barra da Tijuca especializada em e-commerce. "Neste período de crise, precisamos ter uma atitude positiva para conseguir os resultados, e o networking foi fundamental para a minha recolocação", conclui.
Fonte: BBC - Brasil - 30/09/2016 e Endividado
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Juros remuneratórios de cartão de crédito reduzidos a 11,25% anuais
A 23ª Câmara Cível do TJRS acolheu a pretensão de uma devedora gaúcha em ação de revisão contratual ajuizada contra o Banco Citicard (grupo Itaú) e reduziu para 11,25% anuais os juros remuneratórios que lhe eram cobrados pela impontualidade em quitar a integralidade da conta mensal de seu cartão de crédito.
Com a redução, matematicamente os juros remuneratórios serão retroativamente e no futuro estarão limitados 0,9375% mensais.
O julgado considerou o superendividamento da consumidora, que comprovou sua renda mensal líquida de R$ 1.258,17 e exibiu sua conta de luz (R$ 103,46) que consome mais de 8% do que ela recebe para viver.
As faturas do cartão demonstram que, inicialmente, em abril de 2009, a consumidora tinha um limite de crédito de R$ 10.600,00. Em março de 2010 o banco aumentou para R$ 11.200,00 ; e em dezembro do mesmo ano, novamente majorou: R$ 16.800,00.
Até outubro de 2011, o valor total das faturas vinha sendo pago, mas a partir do mês seguinte, a quitação passou a ser apenas parcial, iniciando o endividamento. Em poucos meses, o débito que era de R$1.651,53 chegou a R$ 21.066,77 (setembro de 2013).
A sentença de primeiro grau foi de improcedência dos pedidos. A juíza Rada Maria Metzger Képes, da 6ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre filiou-se à corrente majoritária do STJ de que “só mediante prova do abuso, cujo ônus cabe ao devedor, é que se poderá estabelecer alguma revisão”. Houve apelação.
Segundo o desembargador Clademir José Ceolin Missaggia, relator, “com o passar do tempo, o limite de crédito foi aumentando de maneira a fomentar o gasto mensal da cliente, que não estava mantendo o pagamento total de seu débito com habitualidade”. Seu voto foi acompanhado pelos desembargadores Ana Paula Dalbosco e Martin Schulze.
A magistrada Ana Paula destacou que “o fenômeno do superendividamento não é exclusivo das classes sociais menos favorecidas economicamente, porquanto a realidade imperativa na atual sociedade de consumo reverbera situações em que mesmo aquela pessoa com altos proventos, em razão da sua hipervulnerabilidade, assume mais dívidas do que é capaz de adimplir”.
O magistrado Schulze abordou que situação como a retratada nos autos é “decorrência da facilidade do crédito que vem sendo concedido indiscriminadamente pelas instituições financeiras, sem qualquer aferição do histórico e da efetiva possibilidade de pagamento da dívida assumida”.
O desembargador Missaggia concluiu, no acórdão, que “o banco réu agiu com abuso de direito, concedendo crédito superior à capacidade econômica de suportar o débito, levando a consumidora ao superendividamento e ao inadimplemento contratual”. O julgado ainda registra que em decorrência da “flagrante discrepância entre os rendimentos da autora da ação e o crédito concedido pela instituição financeira”, ele, relator, chegaria a limitar a taxa de juros remuneratórios em 0,5% ao ano.
Todavia, ele deixou de aplicar tal percentual, “por estar adstrito ao pedido contido na ação, que pediu a taxa dos juros remuneratórios em 11,25% ao ano”.
O julgado gaúcho refere que a procedência desse tipo de pedido feito pela consumidora gaúcha “se dá em virtude da análise do caso concreto, conforme possibilita um recurso paradigma (REsp nº. 1.061.530/RS), do Superior Tribunal de Justiça”.
Já imaginando que a decisão da 23ª Câmara Cível do TJRS termine, via recurso especial, aportando em Brasília, o desembargador Missaggia arremata que “os juros podem ser fixados abaixo da denominada taxa média de mercado ou mesmo abaixo de 12% ao ano, pois não cabe ao Superior Tribunal de Justiça tarifar os juros remuneratórios para demonstrar sua excessividade, quando o Supremo Tribunal Federal já afirmou que a questão deve ser analisada caso a caso”.
Os advogados Juliano Dubal Kaercher e Carlos Eduardo Wilhelm Pinto atuam em nome da autora da ação. Não há trânsito em julgado.(Proc. nº 70065263600).
Leia a íntegra do acórdão
“BOA-FÉ OBJETIVA NUMA VERSÃO DE EQUIDADE E ABUSO DE DIREITO"
Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 30/09/2016 e Endividado
Desconto de R$ 45 mil na compra de imóvel
Nova fase do Minha Casa Minha Vida financiará 40 mil unidades para famílias com renda de até R$ 2.350
Rio - A nova faixa do programa habitacional Minha Casa Minha Vida, do governo federal, vai beneficiar famílias com renda de até R$ 2.350 por mês. A faixa 1,5 foi autorizada ontem e concederá subsídios de até R$ 45 mil, de acordo com os rendimentos e a cidade onde o beneficiado mora, para financiar a casa própria.
Também estão previstos juros de 5% ao ano quando o crédito vier do FGTS. A estimativa é que sejam construídos 40 mil imóveis neste nova fase do programa ainda este ano, com, no máximo, 500 unidades por empreendimento. Serão destinados R$3,8 bilhões para a faixa 1,5 do programa.
Os imóveis que serão oferecidos nesta nova fase terão valor máximo de R$ 135 mil nas regiões metropolitanas de Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. Até um terço do valor (R$ 45 mil) pode ser integralmente subsidiado pelo FGTS (90%) e Tesouro (10%), dependendo da faixa de renda (quanto maior a renda, menor o subsídio integral).
Atualmente, o programa habitacional possui três faixas de renda favorecidas. A 1 é destinada a famílias com renda mensal bruta de até R$ 1.600. A faixa 2 para as famílias com renda mensal bruta de até R$3.275. E a 3, referente a famílias com renda mensal bruta de R$ 3.275 a R$ 5 mil.
Segundo o Ministério das Cidades, para a faixa 1,5 de operação de financiamento não haverá seleção de famílias por prefeituras, como na faixa 1, nem mais sorteios. Os candidatos devem procurar as instituições financeiras (Caixa Econômica e Banco do Brasil) e construtoras para que sejam enquadrados nos critérios estabelecidos.
Conforme as regras divulgadas ontem, a nova faixa criada vai beneficiar a classe média baixa com desconto máximo dado no financiamento dos imóveis de R$ 45 mil nas regiões metropolitanas de Rio, São Paulo e Distrito Federal. Para metrópoles da Região Sul, Espírito Santo e Minas Gerais, o subsídio chegará a R$ 40 mil. Já para as regiões metropolitanas do Centro-Oeste (exceto DF), Norte e Nordeste, o desconto foi fixado em R$ 35 mil.
Imóveis de até R$ 1,5 milhão serão financiados pelas taxas do SFH
Os bancos vão poder financiar a compra de imóveis novos com valores até R$ 1,5 milhão para aproveitar taxas de juros do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) por pelo menos um ano. A permissão foi dada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Mas para essas transações, os mutuários não vão poder usar o FGTS na compra das unidades. Assim, continua a valer o limite de R$ 750 mil (para Rio, Minas Gerais, e São Paulo) e R$650 mil para outros estados. Com a decisão, o conselho permitiu que o benefício de taxas de juros menores nessa faixa de valor, mas sem lançar mão de recursos do fundo.
Não há previsão para que essa medida tenha impacto imediato no mercado, já que a decisão de conceder financiamento cabe aos bancos.
Fonte: O Dia Online - 30/09/2016 e Endividado
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Expresso
Aposentadoria privada frustra
A Folha informa que os planos de aposentadoria privada conservadores vendidos por bancos e seguradoras têm tudo rentabilidade inferior a de investimentos como em títulos públicos.
- A primeira batalha
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Sem reforma da Previdência, nem eu vou receber aposentadoria, diz Temer
por RENATA AGOSTINI e MARIANA CARNEIRO
Na defesa da reforma da Previdência, o presidente Michel Temer disse que, sem mudanças, ele mesmo não receberá benefício no futuro.
O presidente é aposentado pela procuradoria do Estado de São Paulo desde 1996.
Temer afirmou que o deficit da Previdência chegará a R$ 150 bilhões neste ano e até R$ 190 bilhões em 2017.
"Daqui a seis sete anos quando eu, aposentado, for ao governo para receber o meu cartão, o governo não terá dinheiro para pagar", disse. "Em face desses pressupostos da despesas públicas, em dado momento não haverá mais dinheiro para pagar o aposentado."
O presidente disse que "os números não fecham" e que o objetivo é apresentar uma proposta que dê sustentabilidade ao sistema no longo prazo.
"Não vamos violar direitos adquiridos coisa nenhuma", disse. "Estamos construindo uma fórmula pela qual os direitos já consolidados possam ser mantidos, mas aqueles que não completaram o direito possam submeter-se a nova regra."
Temer reafirmou que a reforma será "amplamente discutida" com sindicatos. "Se não concordarem, pelo menos asfaltaremos o terreno."
O presidente disse ainda que o governo prepara campanhas para informar o grande público sobre a necessidade da reforma.
"E especialmente os que estão aposentados saberem que não terão direitos adquirimos perdidos."
TRABALHISTA
Temer afirmou que o governo não vai se empenhar, por ora, em realizar a reforma trabalhista e que talvez nem precise fazê-lo.
Segundo ele, decisões recentes da Justiça do Trabalho e do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmaram a possibilidade de que acordos entre empregados e patrões possam se sobrepor às leis trabalhistas vigentes —o chamado acordado sobre legislado.
"A readequação trabalhista já está sendo feita de alguma maneira pelos tribunais. De repente, nem será preciso mobilizar o país já que o STF já tem decidido várias questões pão interpretação sistêmica do texto constitucional", disse Temer.
A reforma trabalhista é um dos principais pleitos dos empresários. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já se manifestou a favor de postergar esse debate. Para ele, a prioridade é a aprovação da PEC que limita os gastos públicos e a reforma da Previdência.
SEM CULPA
Um país em profunda recessão, com desemprego crescente, inflação elevada e investimentos deprimidos. Esse foi o Brasil que o presidente Michel Temer disse que recebeu de Dilma Rousseff.
Temer, que foi vice de Dilma desde a primeira eleição, em 2011, afirmou, em discurso em São Paulo, que não tem culpa da gravidade do quadro que encontrou.
"Vou cansá-los com dados para que daqui a dois, três meses não digam que o passivo é nosso", disse.
O presidente mencionou a inflação, que acelerou de 6% para 10% ao ano entre 2014 e 2015, e uma queda do investimento de 25%.
"Por trás desses dados estão homens e mulheres que pagam um preço inaceitável. Chegamos a quase 12 milhões de desempregados. E reitero que não foi culpa minha."
Temer participou de evento organizado pela revista "Exame" em São Paulo.
Fonte: Folha Online - 30/09/2016 e Endividado
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