Urna eletrônicaAgência Brasil/Fabio Rodrigues Pozzebom
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) vai contar 9.743 policiais no segundo turno das eleições municipais no estado. Parte dos policiais iniciou, hoje (29) à tarde, a operação de escolta na distribuição das urnas da eleição deste domingo, informou a major Elaine Baldanza, sub-chefe da assessoria de comunicação da PM. O serviço só terminará quando todas as urnas estiverem distribuídas e por questões estratégicas, algumas só serão levadas aos locais de votação às 5 horas de amanhã. A major afirmou que isso não vai atrasar a abertura da eleição.
“Posso garantir que amanhã, no início do pleito eleitoral, todas as urnas estarão distribuídas pela Polícia Militar e terá pelo menos um policial em cada local de votação fazendo a guarda das urnas”, disse, em entrevista à Agência Brasil.
Elaine informou que os policiais vão trabalhar exclusivamente na escolta e guarda das urnas. Nos locais de votação, além dos policiais militares também participam do esquema bombeiros e guardas municipais. O restante das operações de segurança em todo o estado será mantido com o policiamento normal. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) também serão empregados estrategicamente neste domingo. “Além desse efetivo extra, nós também temos o policiamento dos batalhões que continuam acontecendo normalmente”, disse.
Como apenas um número reduzido dos 92 municípios no estado do Rio terá eleição de segundo turno, o efetivo também foi redimensionado. Elaine destacou, que, ainda assim, será um número suficiente para garantir a tranquilidade dos eleitores nas cidades de Niterói, Rio São Gonçalo, Petrópolis, Volta Redonda, Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu.
Elaine Baldanza informou ainda que haverá um oficial da Polícia Militar em cada polo eleitoral em contato com o juiz responsável pela região para, em caso de impasse ou problema que surgir, ele possa direcionar o policiamento para resolver, imediatamente, a questão junto à zona eleitoral.
O plano de ação operacional da Polícia Civil para o segundo turno de eleições municipais também já começou e só termina às 8h de segunda-feira (31). O planejamento prevê o reforço dos efetivos em toda a capital, incluindo os 12 polos de autuação em delegacias da própria instituição constituídas de delegados e de agentes federais.
Segundo a instituição, haverá regime de plantão nas centrais de flagrantes e nas unidades operacionais para atender as ocorrências registradas na capital. Nos outros municípios, onde ocorrerá eleição de segundo turno, as unidades também estão reforçadas. Em Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Belford Roxo, foram enviadas equipes operacionais para o patrulhamento, em determinação do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE). As centrais estarão com equipes compostas por delegados e agentes para a realização dos trabalhos necessários.
Forças Armadas
O esquema de segurança da eleição conta, a partir de hoje (29), com as Forças Armadas, conforme ocorrido no primeiro turno no apoio à PMERJ. Os militares estarão distribuídos em cinco municípios. Para a Baixada Fluminense, foram destacados 1411 integrantes do Exército, sendo 414 em Belford Roxo e 997 em Nova Iguaçu. Já na região metropolitana, serão 486. Em Niterói, ficarão 264 e em São Gonçalo, 222. A capital fluminense é que contará com o maior efetivo. No município, serão 2.170 militares incluídos no esquema de segurança, incluindo as comunidades da Maré. Além disso, tropas serão deslocadas para Irajá, Curicica e Rio das Pedras. A escolha das regiões ficou a cargo do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ).
“O mesmo esquema de segurança do primeiro turno será utilizado para o segundo turno, nos locais onde houve necessidade de auxílio das Forças Armadas”, revelou à Agência Brasil, a diretora-geral do TRE-RJ, Adriana Brandão.
Na manhã de hoje, o TRE-RJ fez o sorteio das cinco urnas que são submetidas à auditoria por meio de votação paralela e serão utilizadas amanhã e agora à tarde houve a oficialização do sistema de gerenciamento para a transmissão e totalização dos votos no estado. A diretora destacou que a abertura das zonas eleitorais será às 8h, mas uma hora antes, os locais já estarão preparados para receber os eleitores. Até às 7h30, os mesários farão a comprovação de que as urnas não tem votos computados, o chamado zero votos.
Adriana Brandão informou que no estado do Rio não houve necessidade de mudança nos locais de votação, como ocorreu em outros lugares, onde estudantes ocupam escolas. “Todos os locais de votação que funcionaram no primeiro turno permanecem os mesmos. As ocupações ocorreram em menor escala aqui no estado do Rio, e não interferiram no processo de votação”, acrescentou.
Recomendações
A diretora-geral do TRE-RJ lembrou que é proibido qualquer tipo de propaganda eleitoral em benefício de candidato ou de partido, o que é considerado boca de urna. Ao eleitor é permitido apenas a manifestação silenciosa e individual, por meio de adesivos ou porte de bandeiras. “Nunca com aglomeração de eleitores, senão o ato pode se configurar em boca de urna, o que é crime. Qualquer propaganda eleitoral não é permitida”, disse.
Apesar de terem ocorrido no primeiro turno,não são permitidos a distribuição e acúmulo dos chamados santinhos nos locais de votação. “A distribuição de material impresso só é permitido até as 22h da véspera da eleição”, ressaltou a diretora-geral do TRE-RJ., Adriana Brandão.
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Projeto Sons do Silêncio ensina surdos a tocar instrumentos musicais no Recife
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil
Projetos Sons do Silêncio teve início em julho de 2015Sumaia Villela/Agência Brasil
As buzinas e vozes do centro do Recife vão sumindo conforme os passos avançam na escada do velho Edíficio Almare, na Avenida Guararapes. No segundo andar, o barulho dá lugar à melodia de instrumentos musicais. A sala, quase no fim do corredor, tem grandes janelas de vidro e um quadro negro com partituras desenhadas a giz. Ajudada pela luz, as notas, desafinadas ou harmoniosas, transformam a aula de música em um ambiente tranquilizador. Mas ali, o professor e a repórter são praticamente os únicos que são embalados pela prática dos alunos. A maior parte dos estudantes nunca vai ouvir os acordes que praticam, porque eles são surdos.
No Instituto Inclusivo Sons do Silêncio, a música tem um significado diferente para a turma. Os alunos sentem na pele, no peito, assim como os ouvintes. Mas não no sentido figurado. Literalmente, por meio da vibração. Grave ou agudo, dó, ré, fá, sol, todas as notas e timbres vibram para eles e constroem a memória musical dos participantes do projeto, que teve início em julho de 2015.
Dayvinson Leandro tem aula de trompete no projeto Sons do SilêncioSumaia Villela/Agência Brasil
Dayvinson Leandro, 29 anos, costumava "ver" desenhos, quando era criança, com a mão na televisão, para sentir a emoção do inatingível som. Até hoje ele usa o método. Edson Alves, 22, gosta de ficar próximo à caixa de som, na igreja onde o pai é pastor, para provar um pouco da empolgação dos fiéis, que batem palmas, se agitam e cantam juntos.
Foi essa capacidade de “sentir” o som que o radiologista Dean Shibata, da Universidade de Washington, descobriu ser diferente em pessoas com deficiência auditiva. O cientista revelou que a área do cérebro dos ouvintes que percebe a música é a mesma com que os surdos percebem a vibração. E foi essa pesquisa que levou o músico profissional e pedagogo Carlos Alberto Alves, o Carlinhos Lua, 47 anos, a tentar derrubar um tabu: o de que surdos conseguiriam apenas tocar instrumentos de percussão.
“Eu estava fazendo pesquisa no curso de pedagogia, e escutei um professor dizendo que o surdo não poderia tocar violino. Que saxofone era impossível. Que o instrumento natural do surdo é percussão. Como eu já fazia curso de libras, no aniversário do meu professor toquei saxofone e ele se emocionou. Perguntei se ele estava ouvindo e ele falou que não, mas que sentia a vibração”, recorda o idealizador do instituto.
Carlinhos Lua observou, então, que ele próprio conseguia sentir essa vibração, mas de dentro do instrumento. Uma peça chamada palheta provoca a sensação. Ele colocou na cabeça, então, que ensinaria surdos a tocar saxofone. Aprofundou as pesquisas e conheceu o método Tadoma, em que um surdo-cego coloca a mão no rosto e garganta da pessoa que fala de forma a sentir a vibração das cordas vocais.
O professor Carlinhos Lua mostra o aparelho desenvolvido para auxiliar no ensino da música a surdosSumaia Villela/Agência Brasil
A partir daí, desenvolveu um método próprio de ensino. Ao reproduzir uma nota, toca no ombro do aluno para que ele sinta a vibração. Indica a posição no instrumento e, uma vez que a pessoa tenha conseguido emitir o som corretamente, passa para o ensino da partitura.
Por causa dessas características, o aprendizado é mais lento que o dos ouvintes, mas surte efeito. José Hilton, 23 anos, conseguiu tocar um trecho de música depois de passar o fim de semana praticando em casa com o violão emprestado do projeto. Os gêmeos Anderson e Alexsson Lima, 22 anos, os primeiros alunos da turma, são os mais avançados e produzem as notas com afinação. “Sou humilde, mas a música me torna mais confiante, capaz”, conta Alexsson. Uma mudança que ele aguardou por dois anos em uma escola de música que frequentava antes do projeto, onde só deixavam que ele observasse ouvintes tocando, sem permitir que tocasse instrumentos.
Orquestra inclusiva
Para encontrar alunos dispostos a provar sua teoria, Carlinhos Lua percorreu escolas onde pessoas com deficiência auditiva estudavam. O primeiro a se interessar foi Anderson, que depois levou seu irmão gêmeo às aulas. Só que os dois não queriam tocar saxofone, e sim trompete de vara. “Passei o fim de semana estudando com o instrumento de um amigo e dei aula na segunda. Assim que começou”, lembra o saxofonista. Quanto mais pessoas buscavam a aula, mais se diversificava o interesse pelos instrumentos: violão, teclado, até tuba.
Foi assim que começou o sonho de Carlinhos, ainda nos passos iniciais, de criar o que ele acredita ser a primeira orquestra filarmônica inclusiva que tem o surdo em instrumentos variados, não só percussivos. Seus alunos vibram com a ideia. “Quero ser o primeiro tecladista surdo do mundo. O ouvinte vai ficar admirado, vou ficar famoso”, vislumbra Edson. “Vou viajar para São Paulo, para o exterior, tocando”, planeja Dayvinson, ambos se comunicando por libras e sendo traduzidos pelo professor.
A proposta é incorporar também pessoas com outras deficiências e músicos sem deficiência nenhuma. O professor quer evitar que o público veja a orquestra de uma forma estigmatizada. “A música não exclui ninguém, o que exclui são as pessoas. Se você tirar uma foto das pessoas com instrumentos na mão, não vai identificar a deficiência de ninguém. Vai ser um trombonista, um saxofonista. Não vai ser um surdo, cego. Não vai ser um deficiente, vai ser um músico.”
Falta de apoio
O Sons do Silêncio foi um dos selecionados para incubação no Porto Social, iniciativa que ajuda a formalizar e capacitar projetos sociais para que conquistem melhores resultados e apoio financeiro. O instituto agora tem estatuto e CNPJ, mas ainda não conseguiu financiadores para a orquestra.
O maior entrave é a falta de instrumentos. O saxofone é do próprio professor, eles trocam apenas a boquilha. O trombone é emprestado de um amigo; o violão é do filho dele. A única doação que recebeu foi a de um violino, entregue por uma jornalista. A turma já chegou a 20 alunos, mas hoje tem 12, por causa da evasão. “Um aluno surdo passou quase dois meses afastado porque não tinha violão. Surdo não tem paciência para ficar só na teoria, só lendo”, conta Carlinhos.
Afinadores eletrônicos também ajudariam, porque os surdos não conseguem afinar o próprio instrumento. Hoje, um tempo da aula é dedicado à afinação, feita somente pelo professor e por Wilson Teixeira, 25 anos, produtor de eventos e músico amador que tem deficiência visual e integra o grupo.
“Muitas vezes nós, as pessoas com deficiência, somos barrados. [O cidadão com deficiência] visual já é [barrado], quem dirá auditivo. Temos esse breque no Conservatório de Música justamente por isso. Encontrar o projeto, a calma que ele tem de ensinar, o método que ele desenvolveu diante de muito estudo, é uma coisa fantástica”, elogia Wilson, que destaca a proposta inclusiva do projeto. “A inclusão é isso, não é só reunir um grupo de pessoas com deficiência. É juntar todo mundo, quem tem e quem não tem deficiência. É por isso que lutamos”, completa.
Tecnologia pode ajudar
Carlinhos Lua sonha ainda mais alto que a orquestra. Um dos projetos dele é usar a tecnologia para sofisticar seu método de ensino. Criou, com um amigo, um aparelho para amplificar a vibração do instrumento. Nada complicado, e sim engenhoso: um microfone ligado por um cabo a uma caixinha de som adaptada para ficar confortável ao toque. A máquina é usada como uma pulseira, e a boca da caixinha fica colada à pele. Agora falta aprimorar a vibração do agudo, que ainda é muito fraca.
Cada vez mais inserido no mundo dos surdos, o professor passou também a identificar outras dificuldades, e pretende ampliar a atuação do instituto para ajudar a ultrapassar esses obstáculos. “O surdo entra na escola muito tarde, segundo li. A família esconde a pessoa dizendo que é amor, proteção, mas atrapalha a formação. Quando ele cresce, coloca o menino em uma escola pública. A professora não sabe nada da cultura do surdo, sem saber libras, que é a primeira língua dele. A gente também está preocupada com isso, e queremos criar um centro de formação para ensinar libras e fazer com que entrem na escola em idade correta", ressalta Carlinhos Lua
Unidades socioeducativas do Ceará são piores do que presídios, diz pesquisador
Edwirges Nogueira – Repórter da Agência Brasil
Adolescentes infratoresArquivo/Agência Brasil
Dormitórios transformados em verdadeiras celas, ausência de atividades de ressocialização, relatos de violência e tortura. A situação das unidades do sistema socioeducativo do Ceará foi vista de perto na semana passada pelo pesquisador sênior da Human Rights Watch César Muñoz.
Integrante da equipe do Brasil da divisão das Américas da organização internacional, Muñoz foi convidado pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (Cedeca Ceará) a visitar o estado e visitar as unidades que abrigam adolescentes que cumprem medida socioeducativa de restrição de liberdade.
“Quando você entra em algumas das unidades socioeducativas do Ceará, você entra em um presídio pior, em muitos aspectos, do que Pedrinhas, no Maranhão, e Curado, em Pernambuco. As crianças e adolescentes que estão lá, muitas vezes ficam 24 horas em um dormitório, que podemos chamar de cela. Muitos estão com doenças de pele pela falta de limpeza e de ventilação e há muitos relatos de violência”, afirmou Muñoz.
Durante três dias, o pesquisador visitou os Centros Socioeducativos São Miguel, São Francisco, Passaré, Canidezinho e Aldaci Barbosa (que recebe crianças e adolescentes do sexo feminino). As constatações de Muñoz confirmam a continuidade de situações de violações de direitos já denunciadas por entidades de defesa da criança e do adolescente do Ceará a órgãos nacionais e internacionais.
Em janeiro, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) expediu medidas cautelares ao Brasil cobrando medidas urgentes para resguardar os direitos das crianças e adolescentes privadas de liberdade no Ceará.
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Muñoz também ouviu relatos de violência praticada contra os internos por policiais e socioeducadores. Segundo informações dos diretores das unidades, esses profissionais foram expulsos. No entanto, ele diz serem necessárias medidas mais rígidas de punição. “Enquanto essas pessoas não forem investigadas e responsabilizadas, essa violência vai continuar. A expulsão desses socioeducadores é um passo necessário, mas o estado precisa responsabilizar criminalmente quem comete tortura”.
Em agosto de 2015, o Fórum Permanente das Organizações Não Governamentais de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Fórum DCA) denunciou a prática de violência e tortura contra internos do Centro Socioeducativo Passaré após um motim. [http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2015-08/ceara-entidades-denunciam-tortura-contra-adolescentes-apos-motim]
As informações sobre a visita do representante da Human Rights Watch vão embasar um relatório e um vídeo. Segundo Muñoz, esse material tem o objetivo de influenciar as políticas públicas voltadas para a proteção dos direitos de adolescentes em conflito com a lei.
Melhorias
Assessores do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará acompanharam o pesquisador nas visitas às unidades socioeducativas. Segundo Julianne Melo, assessora jurídica da entidade, houve melhorias nos centros, a exemplo de mudanças estruturais, fornecimento de insumos básicos e atividades para os internos. No entanto, conforme ela, essas mudanças ainda são insuficientes.
“É uma melhora considerando que existia um confinamento absoluto e um ciclo de violência muito grande. Diante desse cenário, uma pequena melhora é significativa, mas a socioeducação ainda não chegou. Saímos de um ciclo de barbárie para um ciclo de carceragem.”
Em junho, a gestão dos centros socioeducativos passou a ser feita pela Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo, criada por lei e com autonomia administrativa e financeira. Antes, as unidades estavam sob responsabilidade da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS).
Um mês antes da aprovação do projeto de lei que criou a superintendência, o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) pediu o afastamento do titular da pasta, Josbertini Clementino, pelo descumprimento de medidas emergenciais para solucionar problemas do sistema socioeducativo. Em 2015, o sistema socioeducativo passou por diversas situações de conflito, entre motins e fugas, o que motivou a secretaria a criar um plano de estabilização com medidas judiciais, educativa, de infraestrutura e saúde, entre outras.
Israel pede desculpas à Itália por declaração de vice-ministro sobre terremoto
Da Agência Ansa
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Emmanuel Nahshon, pediu desculpas em público por uma fala do vice-ministro de Cooperação Regional israelense, Ayoob Kara, que afirmou que os dois terremotos que atingiram a Itália nesta semana foram "uma punição divina". As informações são da Agência Ansa.
"Condenamos as palavras de Ayoob Kara. São inapropriadas e não devem ser pronunciadas. O vice-ministro se desculpou por isso e nos associamos a esse pedido de desculpas", disse Nahshon neste sábado (29). Segundo o representante da Chancelaria, o premier Benjamin Netanyahu irá questionar pessoalmente Kara "o mais rápido possível".
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Nesta sexta-feira (28), enquanto estava em missão no Vaticano, Kara deu uma entrevista ao site Ynet sobre a sensação de vivenciar os terremotos que ocorreram na última quarta-feira (26). "Passar por um terremoto não foi a experiência mais agradável, mas tínhamos confiança que a Santa Sé nos protegeria.Tenho certeza de que o terremoto ocorreu por causa da decisão da Unesco, que o Papa desaprovou fortemente", disse o vice-ministro ao portal.
Kara se referia ao texto aprovado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) na semana passada sobre o patrimônio cultural dos palestinos. Como as Nações Unidas não reconhecem a indexação da chamada Cidade Velha de Jerusalém por Israel, uma moção aprovada pela entidade não reconheceu o Monte do Templo como patrimônio de Israel, chamando-o apenas pela denominação palestina de Esplanada das Mesquitas.
A Itália se absteve de votar na moção, mas o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, chamou a medida de "alucinante" e chegou a pedir explicações para o chanceler Paolo Gentiloni. Pela postura de Renzi, Netanyahu apaziguou a crise com os italianos e compreendeu a posição. Porém, a fala de Kara pode reacender o clima tenso entre as duas nações às vésperas da visita do presidente italiano, Sergio Mattarella, a Israel.
Ainda na noite de ontem, fontes da Embaixada de Israel em Roma afirmaram à Ansa que a postura do vice-ministro não representava a opinião do Estado israelense. "As palavras atribuídas ao vice-ministro Kara não representam absolutamente a posição do Estado de Israel. Haverá um controle sobre o caso. Israel tem a máxima consideração por suas importantes e amigáveis relações com a Itália e está próxima ao povo italiano pelos trágicos terremotos", disse um dos representantes diplomáticos, que pediu anonimato.
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Ibope, votos válidos: Alexandre Kalil tem 53% e João Leite, 47%
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Empresários esperam fechar US$ 6,3 milhões em negócios após feira em Bogotá
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Os empresários brasileiros do setor cultural que participaram do evento Mercado de Indústrias Culturais do Sul (Micsul), em Bogotá, na Colômbia, estimam fechar cerca de US$ 6,3 milhões em negócios resultantes da feira nos próximos 12 meses. Segundo a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), durante o evento, que ocorreu entre os dias 17 e 20 de outubro, foram fechados negócios que somam US$ 1,4 milhão pelos empreendedores do Brasil.
No total, os 60 empresários brasileiros de setores como moda, teatro, música, games e cinema, fizeram 1.211 novos contatos durante o evento. Para o gerente de Exportação da Apex-Brasil, Christiano Braga, o Micsul foi importante para os empresários fazerem contatos com pessoas do mesmo ramo de outros países e também para que eles possam se avaliar como empreendedores. “Apesar de terem sido selecionados e qualificados, quando eles se expõem ao mercado é que podem ver se o produto está adequado, se o que eles estão ofertando tem interesse, então sempre há essa possiblidade de aprender e
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Rodada de negócios no Mercado de Indústrias Culturais do Sul (Micsul) em BogotáSabrina Craide/Arquivo/Agência Brasil
melhorar na próxima edição.”
Braga também destaca que a participação do Brasil no evento colaborou para que as empresas entendam melhor os mercados e as oportunidades existentes em outros países da América do Sul. “Temos similaridades culturais simbólicas importantes, a língua ajuda nesse processo e são países mais próximos do Brasil”, diz.
O Micsul é considerado o principal encontro regional voltado a mercados culturais e criativos da América do Sul. Cerca de 3,5 mil pessoas participaram do evento, promovido pelos ministérios da Cultura de dez países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru, Paraguai, Uruguai e Venezuela. No Brasil, a organização do evento foi feita em parceria com a Apex-Brasil.
A próxima edição do Micsul será realizada no primeiro semestre de 2018, no Brasil. De acordo com o Ministério da Cultura, além dos seis setores incluídos na edição colombiana do Micsul – design, artes cênicas, música, animação e games, audiovisual e editorial – a ideia é acrescentar outros, como gastronomia, artes visuais e patrimônio.
Ressaca interdita tráfego em avenida do Rio e destrói mirante
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
A forte ressaca que atingiu a orla do Rio de Janeiro provocou a interdição ao tráfego das pistas da Avenida Delfim Moreira, no Leblon, zona sul da cidade, nos dois sentidos, no trecho entre a Avenida Bartolomeu Mitre e o Jardim de Alah. O trânsito precisou ser desviado no local onde trabalham equipes da Defesa Civil, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) e da Guarda Municipal.
O Mirante do Leblon, que fica no início da Avenida Niemeyer, foi destruído por uma onda forte e teve as proteções laterais e o piso de madeira arrancados. A área está interditada pela Defesa Civil. Os quiosques instalados na orla do bairro também foram atingidos e alguns perderam equipamentos. Alguns prédios tiveram os portões comprometidos e garagens alagadas.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a Ciclovia Tim Maia está interditada, no trecho entre São Conrado, na zona sul, e a Barra da Tijuca, na zona oeste, desde as 22h30 de sexta-feira (28). A medida é adotada pela prefeitura em todas as ocasiões de ondas fortes no local. No dia 21 de abril, parte da ciclovia despencou por causa de uma ressaca e causou a morte de duas pessoas.
Alertas
O Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil informou que, desde ontem pela manhã até as 22 h de hoje, permanece o alerta de ondas de até 4 metros no litoral do Rio de Janeiro até a cidade de Arraial do Cabo. A partir desse horário, apesar de continuar o alerta, a altura das ondas deve diminuir para até 3 metros até as 10h de segunda-feira (31).
O Centro de Operações da prefeitura do Rio recomenda que, durante o período de ressaca, a população evite o banho de mar nas áreas onde as ondas estejam muito fortes, assim como a prática de esportes no mar. A orietação é que a população evite também permanecer em mirantes na orla ou em locais próximos ao mar e trafegar de bicicleta na orla, se as ondas atingirem a ciclovia. A prefeitura pede ainda que os pescadores não naveguem durante o período de ressaca. No caso de resgate a vítimas de acidente, a recomendação é acionar imediatamente as equipes do Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Limpeza
A Comlurb reforçou as equipes no Leblon e no início da Barra e do Pontal, no Recreio, zona oeste do Rio. Com a ressaca, houve alagamento e acúmulo de grande quantidade de areia nas pistas da orla nesses bairros. O trabalho, que começou na madrugada de hoje (29), está sendo feito por 196 garis, com o uso de 24 veículos, como caminhões basculantes, tratores, caminhões-pipa, além varredeiras e pás mecânicas. Segundo a Comlurb, a maior parte da areia recolhida é colocada de volta na praia.
A área mais atingida pelas ondas foi a orla do Leblon. No local, 109 garis retiram a areia e cuidam da lavagem das pistas e das calçadas, com apoio de cinco caminhões basculantes, quatro caminhões-pipa, uma varredeira e três pás mecânicas. Na Barra, o serviço é feito por 75 garis, do deque ao Posto 3. No Pontal – trecho que sofreu menos estragos – o trabalho foi feito por 12 garis, com a ajuda de um caminhão basculante. A Comlurb informou que o reforço nas equipes vai continuar até a limpeza total das pistas e calçadas e a liberação dos locais para a população.
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