O ex-ministro Antônio Palocci e outras 14 pessoas foram denunciadas hoje (28) pelo Ministério Público Federal (MPF) no Paraná pelos crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia tem por base as apurações realizadas na 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada no dia 26 de setembro, que resultou na prisão de Palocci.
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Segundo o MPF, o ex-ministro e a empreiteira Odebrecht estabeleceram, entre 2006 e 2015, um "amplo e permanente esquema de corrupção" que envolvia pagamento de propinas destinadas "majoritariamente ao Partido dos Trabalhadores (PT)". A denúncia afirma que Palocci atuou de modo a garantir que a empresa vencesse uma licitação da Petrobras para a contratação de 21 sondas. Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empresa, condenado na Lava Jato a 19 anos e quatro meses de prisão, também aparece entre os denunciados.
Junto com a denúncia, o MPF solicitou à Justiça Federal que bloqueie, das contas de todos os acusados, R$ 252,5 milhões, referentes à propina paga nos contratos firmados entre a Petrobras e o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, por intermédio da Sete Brasil; e R$ 32,1 milhões correspondentes às operações de lavagem de dinheiro apuradas pelo MPF.
Antônio Palocci está detido na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi ministro da Fazenda no governo Lula e ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff.
Veja a lista de denunciados:
- Antônio Palocci, ex-ministro;
- Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci;
- Marcelo Odebrecht, ex-presidente da Odebrecht;
- Fernando Migliaccio da Silva, ex-executivo da Odebrecht;
- Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho, executivo da Odebrecht;
- Luiz Eduardo da Rocha, executivo da Odebrecht;
- Olivio Rodrigues Junior, sócio da empresa JR Graco Assessoria e Consultoria Financeira Ltda;
- Marcelo Rodrigues, apontado pelo MPF como representante da Klienfeld Services, offshore vinculada ao Grupo Odebrecht;
- Rogério Santos de Araújo, ex-executivo da Odebrecht;
- João Santana, ex-marqueteiro do PT;
- Mônica Moura, publicitária, esposa de João Santana;
- João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT;
- João Carlos Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil;
- Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras;
- Renato Duque, ex-diretor da Petrobras.
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Antártida terá maior reserva de conservação marinha do planeta
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Reserva de conservação da vida marinha terá 1,55 milhão de quilômetros quadrados no Mar de Ross Arquivo/Ana Nascimento/Agência Brasil
A partir de dezembro de 2017, uma área de 1,55 milhão de quilômetros quadrados na Antártida terá proteção especial para a conservação da vida marinha. A decisão foi tomada, em uma reunião na Austrália, pelos países que integram a Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida, da qual o Brasil faz parte. Todos os países-membros da comissão concordaram com a proposta, feita pelos Estados Unidos e pela Nova Zelândia.
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A maior área de proteção marinha do mundo, localizada no Mar de Ross, vai limitar ou proibir totalmente algumas atividades para atender a conservação específica, a proteção do habitat, o monitoramento de ecossistemas e o manejo de pesca. Em 72% da área de proteção haverá uma zona de proibição total de pesca, enquanto outras áreas vão permitir a captura de alguns peixes para investigação científica.
O secretário-executivo da comissão, Andrew Wright, lembrou que a decisão levou vários anos para ser tomada. “Alguns detalhes sobre a área de proteção ainda estão sendo finalizados, mas não há dúvidas sobre o estabelecimento da zona protegida e estamos incrivelmente orgulhosos de ter chegado a este ponto", disse Wright.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse, em nota, que a aprovação da proposta foi um progresso extraordinário e que não aconteceu por acaso, mas “graças a muitos anos de persistentes estudos, intensas negociações e diplomacia baseada em princípios. Aconteceu porque nossas nações entenderem a responsabilidades que partilhamos para proteger esse lugar único para as futuras gerações”, disse.
A Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos da Antártida foi estabelecida por um acordo internacional em 1982, com o objetivo de promover a conservação da vida marinha no continente. Além da União Europeia, 24 países fazem parte da comissão: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, China, França, Alemanha, Índia, Itália, Japão, República da Coreia, Namíbia, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Rússia, África do Sul, Espanha, Suécia, Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos e Uruguai.
Com ocupações de escolas, saiba como será votação no domingo
Vinicius Lisboa, Sumaia Villela, Léo Rodrigues - Repórteres da Agência Brasil*
Os eleitores que irão às urnas neste domingo (30) para a votação em segundo turno deverão ficar atentos aos locais de voto. Em todo o país, escolas, institutos e universidades federais onde funcionam seções eleitorais estão ocupados por estudantes que protestam contra medidas tomadas pelo governo federal. Isso fez com que os tribunais regionais eleitorais dessas localidades fizessem algumas alterações.
De acordo com o último balanço da União Brasileira dos Estudantes Scundaristas (UBES), são 1.177 locais ocupados em todo o país. Não há um balanço nacional oficial. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cabe a cada TRE a organização das eleições. O eleitor deve conferir junto a esses tribunais se houve alteração no local de votação. O segundo turno ocorre em 57 municípios, sendo 18 capitais. Segundo o TSE, 32.986.856 de eleitores deverão voltar às urnas.
Veja como será a votação em alguns estados:
Paraná
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu mudar os locais de votação de todos os eleitores que votam em escolas estaduais, ocupadas ou não. Ao todo, 205 locais de votação, sendo 146 em Curitiba, 32 em Maringá e 27 em Ponta Grossa mudarão de lugar.
Segundo o TRE, em todo o estado, 700.315 eleitores - sendo 533.733 em Curitiba; 102.526 em Maringá e 64.056 em Ponta Grossa -, distribuídos em 2.184 seções eleitorais, votarão em um novo local provisório neste segundo turno. Os eleitores foram realocados para escolas públicas e particulares, instituições de ensino superior públicas e privadas, igrejas, associações de servidores, associações beneficentes, unidades do Sesi e do Senac, clubes, unidades de saúde, centro de idosos e até indústrias e supermercados.
O eleitor poderá se informar sobre as mudanças de locais pelo aplicativo móvel "Onde Voto", disponibilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em consulta direta no site do TSE; pelo site do TRE-PR; por meio do atendimento telefônico ao eleitor no número 41 3330-8880; pelas redes sociais e pelo sites dos veículos de comunicação.
Goiás
O segundo turno das eleições municipais em Goiás ocorrerão em duas cidades: Goiânia e Anápolis. Em Goiânia, os eleitores com seções de votação localizadas no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG) vão ter que votar no Colégio Santo Agostinho, no centro da cidade. De acordo com o juízo da 1ª Zona Eleitoral, foram transferidas para o local as seções de números 53, 54, 67, 76, 77, 78, 79.
Mudança das seções eleitorais foi determinada pela Justiça Eleitoral por causa da ocupação do IFG por estudantes que protestam contra a Proposta de Emenda à Constituição 241, que estabelece um teto para os gastos públicos.
Em Anápolis, as seções 462, 469, 472, 475, 480 e 483 foram transferidas para a Escola Municipal Cecília Meireles. Juntas Goiânia e Anápolis somam mais de 1,2 milhão de eleitores e 3.486 seções eleitorais.
Rio de Janeiro
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- Mais de mil escolas do país estão ocupadas em protesto; entenda o movimento
- Segundo turno das eleições ocorrerá em 57 cidades de 20 estados
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) divulgou nota afirmando que o diálogo com estudantes de algumas instituições de ensino ocupadas no estado tem sido "positivo" e que espera eleições normais nessas unidades.
O segundo turno das eleições será disputado em oito municípios do estado: Nova Iguaçu, Belford Roxo, São Gonçalo, Petrópolis, Niterói, Volta Redonda, Duque de Caxias e na capital.
"Há locais onde já ficou acordado que os estudantes não irão interferir na organização das eleições, como é o caso da unidade de Realengo do Colégio Pedro II e do campus de São Gonçalo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ)", diz a nota.
O texto afirma ainda que a questão tem sido tratada diretamente pelos juízes das zonas eleitorais responsáveis pelos locais de votação e que a presidência do TRE-RJ tem acompanhado o diálogo.
Pernambuco
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco afirmou que manterá em segredo os locais de votação ocupados e aqueles em que serão encaixados os eleitores afetados. A informação foi divulgada hoje (28) de manhã em coletiva de imprensa do órgão.
"Não haverá dificuldade em remanejar de um local para outro, porque será questão de metros. Se for necessário já estão preparados outros locais, e os eleitores serão avisados com faixas, na hora", garante Orson Lemos, assessor da Corregedoria Regional Eleitoral.
Ainda segundo Orson, o TRE quer evitar que os manifestantes sigam para os novos locais de votação e acabem por atrapalhar a votação. O tribunal prevê que serão afetados dois a três locais de votação, com cerca de 20 seções e 7 mil eleitores. Um dos pontos é na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O assessor prevê que a transferência dos eleitores será "fácil de fazer". "Em um universo de 1,1 milhão de eleitores que temos no Recife, essa quantidade a ser remanejada é pequena", justifica.
"Estamos em contato com a universidade e o secretário de Defesa Social de Pernambuco. Cabe a eles negociar a desocupação a tempo", afirma Orson.
Minas Gerais
Em Minas Gerais, oito escolas que estão ocupadas são locais de votação: sete em Belo Horizonte e uma em Juiz de Fora. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) irá manter o processo eleitoral. A decisão se deu após reunião com o Ministério Público e com representantes do movimento estudantil. Os manifestantes não precisarão se retirar. Será feita uma delimitação do local de mobilização dos estudantes, de forma a não atrapalhar o fluxo dos eleitores.
Os estudantes foram representados na reunião por Kessia Teixeira, presidenta da União Colegial de Minas Gerais (UCMG), e por Bruna Helena, vice-presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). As duas se comprometeram a orientar os colegas sobre a proibição de manifestações político-partidária no dia da eleição. Elas também asseguraram que não haverá novas ocupações em outras escolas que funcionarão como locais de votação. "Por sua vez, o TRE-MG se comprometeu junto ao governo estadual a garantir que não haja uso de força policial e de violência ou qualquer tipo de contato prejudicial ao movimento e aos manifestantes", disse Bruna Helena.
São Paulo
Até o momento, nenhum local de votação teve de ser alterado por causa da ocupação de estudantes, segundo o Tribunal Regional Eleitoral. Seis das 13 cidades onde haverá segundo turno no estado estão localizadas na região metropolitana de São Paulo. No domingo, vão às urnas 3,284 milhões de eleitores das cidades de Guarulhos, São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema, Mauá e Osasco. No interior paulista, 1,89 milhão eleitores de sete cidades devem votar no segundo turno: Ribeirão Preto, Sorocaba, Jundiaí, Bauru, Franca, Suzano e Guarujá.
Michelle Obama faz primeira aparição em campanha e apoia Hillary Clinton
José Romildo – Correspondente da Agência Brasil
A candidata à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata, Hillary Clinton, recebeu o apoio da primeira-dama Michelle Obama, durante um comício em Winston-Salem, no estado da Carolina do NorteBrian Blanco/EPA/Agência Lusa
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, fez nesta quinta-feira (27) sua primeira aparição em comícios da corrida eleitoral para eleger o próximo presidente dos Estados Unidos, em eleições marcadas para 8 de novembro de 2016. Michelle, que apareceu ao lado da candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, em Winston-Salem, no estado da Carolina do Norte, é hoje uma das personalidades mais admiradas pelos norte-americanos.
Hillary Clinton disse, em seu discurso, que a "dignidade e respeito pelas mulheres e meninas também está nas urnas nesta eleição", em uma referência ao candidato do Partido Republicano, Donald Trump, que vem sendo acusado de assédio sexual por dez mulheres. Hillary também se referia a uma conversa de Trump, gravada em um vídeo de 2005, em que ele usa palavras grosseiras em relação às mulheres.
A candidata do Partido Democrata elogiou a participação da mulher do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no comício dos democratas. "Michelle veio para trabalhar duro, para manter-se fiel aos nossos valores e para nos lembrar que nunca devemos parar de lutar por aquilo em que acreditamos", disse Hillary. "Ela passou oito anos como nossa primeira-dama incentivando as meninas ao redor do mundo a ir à escola", acrescentou Hillary sobre o trabalho de Michelle Obama. E concluiu: "Sério! Existe alguém mais inspiradora do que Michelle Obama?".
Conhecida por sua aversão a campanhas eleitorais, Michelle Obama raramente participa de eventos públicos partidários. Durante a campanha deste ano, ela limitou-se a fazer um discurso, em horário nobre, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em julho.
Michelle também é autora da seguinte frase: "Enquanto eles vão por baixo, nós vamos pelo alto". A expressão foi uma dura crítica aos republicanos que constantemente atacavam a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. A afirmação virou bordão e é constantemente usada nos discursos de Hillary Clinton.
A participação de Michelle Obama em comícios do Partido Democrata ocorre em um momento crucial da campanha: o partido está tentando arregimentar o maior número possível de eleitores para a votação antecipada. A votação antecipada é uma regra eleitoral norte-americana que permite que o eleitor envie seu voto pelo correio ou compareça a um local previamente determinado para votar. Muitas pesquisas de intenção de votos que colocam Hillary Clinton à frente de Donald Trump incluem esses votos antecipados.
Pesquisas
Ao participar de um programa na rede de televisão Fox News, Donald Trump disse que as pesquisas que mostram Hillary Clinton como a favorita para ganhar as eleições "estão fraudadas". Em outro comício em Geneva, no estado de Ohio, Trump disse que as eleições deveriam ser canceladas para atribuir a ele, e não a Hillary Clinton, a vitória eleitoral.
"Sou bom [candidato], mas as pessoas ficam com raiva [de ouvir isso], por isso só vou dizer quando ganharmos em 8 de novembro", disse Donald Trump em discurso.
Durante o discurso de Donald Trump, o jornal britânico The Guardian fez uma enquete informal entre as pessoas presentes para saber o que elas achavam das pesquisas que apontavam Hillary Clinton na liderança da corrida eleitoral. Segundo o jornal, as 18 pessoas entrevistadas não acreditam no resultado dos levantamentos. Todas creem firmemente que as pesquisas são manipuladas e não confiáveis e que, por isso, Donald Trump não deve abandonar a campanha.
A criminalidade e a nossa prisão mental
Por Mario Sabino
Hoje foi divulgado que, em 2015, 58.383 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. Ou seja, 160 pessoas por dia. Ou seja, sete pessoas por hora.
Comparado com o ano anterior, houve uma queda de 1,2%. É estatisticamente irrelevante para se contrapor ao fato de que continuamos a ser um país feroz.
A nossa ferocidade encontra livre vazão por falta de Estado. Temos Estado demais onde deveríamos ter menos e pouco Estado onde deveríamos ter mais. Caberia ao Estado prevenir, investigar e punir. No lugar disso, há leniência, inépcia e impunidade.
Até quando?
As receitas pontuais para conter a criminalidade são conhecidas, mas teimamos em ignorar a essencial: a reforma do Estado brasileiro.
É preciso diminuí-lo para termos menos Lulas e Renans.
É preciso diminuí-lo para termos mais foco e eficiência.
É preciso diminuí-lo para agigantá-lo.
Enquanto vivermos nesta prisão mental construída pelo nacional-populismo, os bandidos permanecerão livres e matando.
O Antagonista nas livrarias
Mario Sabino está lançando "Cartas de um Antagonista", pela editora Record. O livro reúne artigos escritos para a nossa newsletter e outros inéditos.
A pré-venda do livro já começou: para reservar um exemplar, clique aqui.
Reunião de Pauta - 28.10.2016 - Renan nos passos de Lula
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PM do Rio terá 9,5 mil policiais para reforçar segurança na eleição de domingo
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
O esquema de segurança no Rio de Janeiro terá reforço de mais 9,5 mil policiais militares no 2º turno das eleições, além do efetivo normal em todo o estado. Esse agentes vão atuar nos municípios do Rio de Janeiro, de Niterói, São Gonçalo, Petrópolis, Volta Redonda, Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu. O número total não foi divulgado por questão de estratégia de segurança, informou a assessoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ)
A mobilização começa a partir das 14h de sábado (29), com escoltas e distribuição das urnas nos locais de votação. Policiais farão a guarda do local até o fim das votações, no domingo (30). Haverá ainda escolta dos equipamentos aos polos eleitorais, onde serão contabilizados os votos.
As Forças Armadas darão suporte no policiamento no Complexo da Maré, zona norte, nos bairros da zona oeste, na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana, em Niterói e São Gonçalo. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) também serão empregados estrategicamente durante esta etapa do pleito eleitoral, informou a PMERJ.
Além da capital, oito municípios fluminenses terão segundo turno. As restrições quanto a propaganda eleitoral começaram hoje (28), como a proibição de uso de carro de som próximo a prédios públicos. A distribuição de panfletos está permitida até amanhã.
A boca de urna no domingo pode ser denunciada pelo Whatsapp 99533-5678, pelo emailpropaganda.eleitoral@tre-rj.jus.br, pelo Disque Denúncia (3436-9999) e na ouvidoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pelo telefone 3436-9090.
Governo paulista estuda tirar empresas envolvidas na Lava Jato de obra do metrô
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O governo de São Paulo estuda tirar a construção da Linha 6 – Laranja do Metrô da responsabilidade de empreiteiras envolvidas na Operação Laja Jato. As obras do ramal que deverá ligar a zona norte da capital paulista, começando em Brasilândia, até a região central, chegando na Liberdade, estão atrasadas. Originalmente, a previsão para a conclusão do projeto, iniciado no ano passado era 2020, prazo revisto para pelo menos 2021.
“Estamos vendo se a obra pode ser vendida. Se o consórcio pode ser vendido. Outras soluções para que a gente possa retomar essa obra importante”, disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.
Os problemas começaram, segundo o governo estadual, pelo atraso na liberação do financiamento da Caixa Econômica Federal para fazer as desapropriações. Essa etapa está, agora, 90% concluída, de acordo com o secretário. Porém, as empreiteiras que fazem parte da Parceria Público Privada (PPP) não estão conseguindo financiamento devido às acusações de envolvimento nos casos de corrupção investigados pela Lava Jato.
“Temos a crise da Lava Jato”, ressaltou Pelissioni ao enumerar os problemas que dificultam a conclusão das obras durante seminário sobre mobilidade urbana promovido pela revista Carta Capital. “Temos uma PPP muito inteligente que é a Linha 6 do Metrô, a linha das universidades, vai da zona norte até São Joaquim, passando por mais de dez universidades. Infelizmente, as empresas não estão conseguindo financiamento do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] por questões reputacionais, como diz o BNDES.”
Participam do consórcio Move São Paulo a Odebrecht, com 19,6% do controle acionário; a Queiroz Galvão, com também 19,6%; e a UTC, com 13,1%. O Fundo de Investimentos e Participações Eco Realty têm 47,7% da concessionária responsável pelas obras.
Linha Amarela
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- Consórcio suspende obras da Linha 6 do Metrô de São Paulo
- Prazo para entrega da Linha 6 do metrô de SP é prorrogado para 2021
Sobre a Linha 4 – Amarela, que também está com a entrega atrasada em quatro estações, Pelissioni disse que parte das obras pendentes deve ser concluída no fim do ano que vem. “Temos um cronograma de até dezembro de 2017 entregar [as estações] Mackenzie-Higienópolis e Oscar Freire, que estão aqui na região central. Morumbi, em 2018, e Vila Sônia, em 2019”, disse.
Em julho de 2015, o governo de São Paulo rompeu o contrato com o consórcio Isolux Corsan-Corviam por não cumprir os prazos estabelecidos nos temos assinados em 2012 e por abandonar as obras. Após nova licitação, foi firmado um novo contrato com o consórcio formado pelas empresas Tiisa – Infraestrutura e Investimentos S/A e Comsa S/A.
“Contratamos em julho deste ano um novo consórcio e em agosto as obras foram retomadas. Temos a informação de que há cerca de 400 funcionários trabalhando lá”, acrescentou Pelissioni sobre o ritmo dos trabalhos.
Tarifa
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, prometeu manter ao longo do próximo ano as tarifas do ônibus urbano da capital em R$ 3,8. O secretário estadual de Transportes evitou dizer se o mesmo será feito com as passagens do metrô e dos trens metropolitanos, atualmente com o mesmo valor. “Nós costumamos avaliar a questão da tarifa em janeiro. Então, até lá, pretendemos analisar muito bem a questão. Essa questão da tarifa, alguém paga: ou usuário paga, ou o contribuinte paga”, disse.
Outro lado
A Move São Paulo informou que cumpriu todas as obrigações previstas no contrato de concessão da Linha 6 e que a implantação da obra já avançou em 15%. A suspensão das atividades, segundo a empresa, se deveu a fatores alheios ao domínio da concessionária, como a deterioração da economia, os atrasos na liberação de áreas públicas por parte do poder concedente e mudanças nas exigências do BNDES. “Trabalhamos para retomada do projeto, tão logo seja obtido o financiamento de longo prazo e aprovado o reequilíbrio do contrato de concessão”, disse o grupo, em nota.
MPF recebe conclusões do terceiro inquérito policial sobre barragem da Samarco
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
A Polícia Civil de Minas Gerais entregou hoje (28) ao Ministério Público Federal (MPF) o terceiro inquérito policial sobre o rompimento da barragem de Fundão. A estrutura, que pertencia à mineradora Samarco, se rompeu em 5 de novembro de 2015 no distrito de Bento Rodrigues em Mariana (MG). A tragédia espalhou lama de rejeitos na bacia do Rio Doce, poluindo rios, devastando vegetação nativa, destruindo comunidades e matando 19 pessoas.
A tragédia em Mariana espalhou lama de rejeitos na bacia do Rio Doce, poluindo rios, devastando vegetação nativa, destruindo comunidades e matando 19 pessoasArquivo Agência Brasil
No novo inquérito foram indiciados por lesão corporal grave funcionários que ocupavam funções de destaque na Samarco à época do episódio, entre eles o presidente licenciado Ricardo Vescovi e o diretor-geral de operações licenciado Kleber Terra. Entre os acusados, também constam os nomes de Wagner Alves, Wanderson Silvério, Germano Silva Lopes e Daviely Rodrigues. Uma sétima pessoa indicada é Samuel Paes Lourdes, engenheiro da VogBR, empresa que prestava consultoria para a mineradora e é responsável pelo laudo que atestou a estabilidade da barragem. Se condenados, a pena é de 1 a 5 anos de prisão.
O inquérito havia sido instaurado no dia 29 de setembro. Durante as investigações, o delegado Rodrigo Bustamante ouviu um médico e nove pessoas, entre testemunhas e vítimas, com o objetivo de apurar se houve vinculação entre sequelas e lesões. Também foram feitos exames de corpo de delito indireto, com base em laudos e relatórios de atendimentos feitos na época da tragédia.
Em fevereiro deste ano, um primeiro inquérito da Polícia Civil havia levado ao indiciamento por homicídio qualificado destas mesmas sete pessoas. Um segundo inquérito que apurou crimes ambientais e licenciamentos da Barragem de Fundão também já foi concluído e entregue ao MPF.
Em nota, a Samarco informou que não tem conhecimento da conclusão deste inquérito. "A empresa reafirma que tem contribuído repassando todas as informações solicitadas pelas autoridades”, diz o texto.
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