segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Geddel diz que governo conta com mais de 350 votos para aprovar teto de gastos

Ministro Geddel Vieira Lima

Para Geddel Vieira Lima, 280 parlamentares participaram do jantar e firmaram compromisso de votar favoravelmente à PEC 241Valter Campanato/Agência Brasil

Confiante na aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC 241/16) que limita o teto de gastos públicos, o governo espera contar com mais de 350 votos para garantir a proposta, que deve ser votada em primeiro turno nesta segunda-feira (10) na Câmara dos Deputados. A afirmação é do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, responsável pela articulação política do governo.

O ministro falou com jornalistas após jantar oferecido pelo presidente Michel Temer na noite de hoje (9), no Palácio da Alvorada, a deputados que integram partidos da base aliada. Durante o jantar, o presidente pediu aos parlamentares apoio para a aprovação da proposta.

De acordo com Geddel, cerca de 280 parlamentares participaram do jantar e firmaram o compromisso de votar favoravelmente à proposta. Para ser aprovado, o texto precisa de no mínimo 308 votos. “Foram um pouco mais ou um pouco menos de 280, mas foi uma presença extremamente expressiva . Vamos contar com quórum significativo e vamos aprovar a matéria. Acho que com mais de 350 votos”, afirmou.

Agradecimento

Durante o evento, dois economistas falaram para tentar convencer os deputados sobre a necessidade de aprovação da matéria. Em seguida discursaram os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também defenderam a aprovação.

Saiba Mais

Temer foi o último a usar a palavra e, segundo Geddel, agradeceu o apoio da base aliada. “O tom do presidente Temer foi de agradecimento pelo apoio que tem sido dado e reafirmando a importância para o país da aprovação expressiva dessa matéria.”

A PEC foi enviada pelo governo no primeiro semestre e estabelece que, pelos próximos 20 anos, as despesas da União só poderão ser reajustadas pela inflação do ano anterior.

Líderes

Além dos presidentes da Câmara e do Senado também estiveram presentes os líderes Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Baleia Rossi (PMDB-SP), Rogério Rosso (PSD-DF), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Jovair Arantes (PTB-GO). Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento), Mendonça Filho (Educação) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) também participaram do encontro.

Ainda de acordo com o ministro, no jantar Temer não falou sobre a nota da Procuradoria-Geral da República, que classificou a proposta defendida pelo governo como inconstitucional.

“Não falamos nem direta nem indiretamente. Este assunto já foi tratado pelo presidente da Câmara e pelos lideres partidários. Achamos que a nota não altera em nada o rumo para aprovar esta matéria”, acrescentou o ministro, que classificou a nota como fruto de “convicções corporativas”.

Integração

Pelo Twitter, Temer agradeceu a presença dos parlamentares e disse que 300 parlamentares compareceram ao jantar. “Essa integração entre Executivo e Legislativo não vai parar amanhã e vai continuar até o fim do governo."

A PEC é defendida pelo governo como essencial para controlar o rombo nas contas públicas. A intenção do governo é que a votação ocorra amanhã (10). Para isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chegou a convocar uma sessão de debates para sexta-feira (7), que contaria como prazo. A sessão não ocorrreu por falta de quórum.

Diante do cenário, o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse que deve propor um requerimento para quebrar o intervalo e votar a proposta em primeiro turno ainda na noite desta segunda-feira. " Vamos apresentar o requerimento amanhã pela manhã para que possamos votar logo o texto", concluiu Moura.

 

Agência Brasil

 

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"Há pouca gente brigando pelo ajuste"

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do BC, alerta para as concessões do governo no ajuste fiscal
Por Márcio Juliboni

Ninguém duvida de que o Brasil está quebrado e apenas um forte ajuste nas contas públicas o recolocará no caminho do crescimento. Mas quase ninguém está disposto a ceder uma parte de seus recursos para que o ajuste deixe de ser apenas boa intenção para se transformar em efetiva e boa política pública.

“Toda vez que você cede a interesses de curto prazo, adiciona um ou dois anos ao ajuste”, afirma Alexandre Schwartsman, ex-diretor de assuntos internacionais do Banco Central. Veja os principais trechos da conversa com O Financista:

O Financista: Como o sr. avalia a inflação de 0,08% em setembro? É tão boa, quanto o mercado diz?

Alexandre Schwartsman: Ela surpreendeu por vir abaixo das expectativas. Há alguns fatores acidentais, como a variação dos alimentos, mas há fatores mais positivos. Um deles é a queda do núcleo de inflação. Outro é o índice de difusão da inflação, que também está menor. O que ainda preocupa é o setor de serviços.

O Financista: Neste sentido, é possível esperar um corte de juros já em outubro?

Schwartsman: Eu esperaria um pouquinho mais, até novembro. Assim, daria tempo de vermos o comportamento dos preços de serviços e a aprovação da PEC do Teto. Mas, sinceramente, essa é uma questão marginal agora. Não diria que o BC cometerá um grande erro, se começar a cortar os juros em outubro.

O Financista: O sr. já disse que flexibilizar um ajuste que nem começou é uma cretinice. Na sua avaliação, quem mais pressiona para aumentar os gastos hoje?

Schwartsman: Há muitas fontes de pressão. A oposição é a mais óbvia, mas ela está apenas marcando posição. Além disso, existe o lobby da saúde e da educação. Por mais que haja mérito em se defender essas áreas, não deixa de ser um lobby por mais gastos. Tanto que a base da PEC, para elas, será 2017, e não 2016. Na verdade, há pouca gente brigando pelo ajuste, de fato. Todos apoiam o ajuste fiscal teórico, abstrato, mas, quando precisam falar do ajuste real, todo mundo quer garantir o seu lado.

O Financista: Como o senhor avalia a capacidade do governo de resistir a essas pressões?

Schwartsman: Em algumas coisas, o governo está indo bem; em outras, não. O que se pode dizer é que ele cedeu demais em tudo o que representa interesses mais imediatos. Cedeu demais no reajuste dos funcionários públicos; cedeu demais na negociação com os Estados. Já em questões de longo prazo, está se saindo melhor, como a PEC do Teto.

O Financista: Qual é o custo efetivo de se ceder em questões de curto prazo?

Schwartsman: Levará o Brasil a precisar de mais anos para arrumar as contas. Todo mundo que estuda seriamente a questão diz que, no melhor cenário, a trajetória da dívida pública só se reverterá em 2021, 2022. Toda vez que você cede a interesses de curto prazo, você adiciona um ou dois anos a essa conta. Além disso, há riscos consideráveis no caminho. A única saída que restou ao Brasil foi um ajuste de longo prazo. Só que, nesse meio tempo, haverá muitos momentos em que ele será questionado: nas eleições de 2018 e de 2022, por exemplo.

 

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