A piada do dia, ontem, foi a notícia de que o socialista Marcelo Freixo estaria de olho nos votos de Flavio Bolsonaro, achando que uma parte de seus eleitores poderia migrar para o PSOL, uma ala menos “ideológica” e mais “ética”. O bom dessa palhaçada é Freixo reconhecer que não paira acusação alguma de corrupção sobre Bolsonaro e por isso ele atrai o voto da ética. Mas daí a realmente pensar que quem vota nele por isso votaria no PSOL também vai uma longa distância…
Após publicar essa notícia na minha timeline do Facebook, meus leitores, depois da gargalhada, passaram a especular o que tinha acontecido com Freixo. Alguns acham que ele pode ter fumado alguma erva estragada. Outros acham que ele desconhece sua própria coligação, “Mudar é possível”, que conta com um partido comunista e outro, o seu mesmo, socialista. No dia em que um Bolsonaro apoiar comunista é porque o mundo veio abaixo.
Para não deixar margem a dúvidas, o próprio Flavio gravou uma mensagem aos seus eleitores, cujo recado não poderia ser mais claro. Vejam:
O Rio está, agora, entre a cruz e a foice. Não é uma escolha tão difícil assim, ao menos não para quem conhece um pouco de história. Peguei na minha timeline uma sacada genial, que define a situação do carioca: “O segundo turno no Rio vai ser tenso. De um lado, o líder de uma seita religiosa fundamentalista e retrógrada que manipula a fé e a boa vontade de seus fiéis. Do outro, o Crivella.”
A sacada é muito boa pois os eleitores de Freixo se acham laicos, contra o “fanatismo religioso”, mas não percebem que são justamente os mais fanáticos, membros de uma seita religiosa, o socialismo, que faz lavagem cerebral até em crianças e não aceita “hereges”, trata qualquer divergência como coisa de “inimigo mortal”, de gente má que só pode desejar o pior para os mais pobres. Explora a ignorância e a miséria alheias como ninguém, mais até do que a tal igreja evangélica…
De outro leitor, com grande poder de síntese: “No Rio agora é Crivella ou Venezuela”. Freixo é socialista, seu partido é o PT renovado, apoia o governo venezuelano, defende sempre os bandidos e ataca a polícia, não respeita de fato a democracia, tem até terrorista entre seus fundadores. Só quem é muito alienado e desconhece isso tudo pode votar em Freixo, confundindo-o com personagem de filme de ficção.
O PSOL mostrou sua cara durante o impeachment de Dilma: era claramente a linha-auxiliar do PT. É preciso ser muito idiota para acreditar que o PSOL é diferente do PT em sua essência, que “agora vai”, mais uma tentativa socialista para provar que é possível ter “justiça social” com tais métodos. Votar no PSOL é a prova de que a burrice insistente vence a experiência. É coisa estúpida mesmo, de quem nunca aprende com os erros.
Eu tenho, confesso, um misto de raiva e nojo dos eleitores de Freixo. Tenho nojo porque são burros arrogantes, uma combinação explosiva que define a estupidez. Eles se acham superiores, os mais nobres e abnegados seres que já pisaram na Terra, os defensores dos pobres e oprimidos, e tudo isso porque votam num socialista que fala em nome dos pobres, enquanto na prática defende bandidos e um modelo estatizante que prejudica os mais pobres (vide o PT).
A raiva fica por conta do efeito que essa estupidez tem sobre os demais, os inocentes, justamente os mais pobres com quem eles fingem se importar. Basta olhar para a Venezuela e ver o que o socialismo fez, uma vez mais, com os mais pobres, com todos. Defender isso para o Brasil – e não se engane, votar no PSOL é defender isso – é coisa de gente muito imbecil mesmo, ou muito canalha. Achar que um eleitor de Bolsonaro, que repudia tudo isso, poderia votar em Freixo é realmente o cúmulo do absurdo!
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