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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Enem: federais, militares e técnicas são as escolas públicas melhor avaliadas

sala de aula

Escolas públicas com melhor desempenho no Enem formam estudantes desde o 1º ano do ensino médioArquivo/Agência Brasil

Escolas públicas com melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) formam estudantes desde o 1º ano do ensino médio, têm maior parte dos professores formados na área que lecionam e atendem estudantes de nível socioeconômico alto ou muito alto. Os dados foram divulgados hoje (4) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). 

Nove das dez escolas têm 80% dos estudantes matriculados na instituição desde o 1º ano do ensino médio e têm mais de 70% dos professores formados na disciplina que lecionam. “Isso demonstra que o Brasil sabe fazer uma escola pública extremamente estruturada com professores mais valorizados e isso acaba tendo resultado”, diz o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.

Sete das dez escolas com as melhores médias gerais são federais. Integram a lista escolas militares e escolas técnicas estaduais. Cara ressalta que são, na maioria, escolas que selecionam os estudantes, mas, segundo ele, não são boas porque os estudantes são selecionados, mas selecionam, segundo ele, porque a qualidade é alta e a procura por essas instituições é grande.

Desigualdade

No ranking geral, considerando também as escolas privadas, a primeira escola pública aparece na 33ª posição, o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa (MG). A primeira escola pública estadual a despontar entre as melhores médias está em 147º lugar, o Colégio Estadual Tiradentes, em Porto Alegre (RS), que atende a alunos de nível socioeconômico alto. 

Entre as privadas, seis das dez com melhores médias têm menos de 20% dos estudantes formados pela instituição desde o 1º ano do ensino médio. Também atendem alunos de nível socioeconômico muito alto ou alto -  quatro das escolas estão sem informações. 

“O que é preocupante é que o Enem por escola demonstra o quanto o Brasil reproduz desigualdades, entre as privadas, entre as públicas. As escolas que vão bem, são escolas de elite”, diz Cara.

“A larga maioria das escolas ainda deixa muito a desejar”, diz o diretor de articulação e inovação do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos. “Para mim, mudar o currículo é apenas um lado da moeda. Outro fator muito importante para reduzir a desigualdade que começa na alfabetização é que é preciso ter qualidade e equidade para todos os estudantes e isso passa pela formação do professor”.

Ramos acrescenta que é preciso atrair jovens para a carreira de magistério, sobretudo para as áreas de exatas, cujo desempenho dos estudantes é mais baixo.

Ranking

Ao todo, foram divulgados  pelo Inep os resultados de 14.998 escolas, que são aquelas nas quais pelo menos 50% dos alunos do terceiro ano participaram no Enem e esse número equivale a pelo menos dez estudantes. No país, são 25.777 escolas com alunos matriculados no 3º ano do ensino médio regular.

As médias foram calculadas pela Agência Brasil com base nas notas das escolas em cada uma das quatro provas objetivas do Enem - linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. A prova de redação foi excluída do cálculo por ser subjetiva e por não seguir a Teoria de Resposta ao Item (TRI), como as demais.

Contextualização

O presidente da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE ) e ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, defende que os dados precisam ser contextualizados. Segundo ele, rankings colocam escolas que selecionam seus estudantes no topo e deixam de considerar projetos pedagógicos que merecem ser conhecidos e podem inspirar mudanças na educação brasileira.

“Divulgar os dados sem dizer que por trás daquele dado existe uma diferença é complicado”, diz àAgência Brasil. “Há escolas que não selecionam seus alunos, que são de nível socioeconômico baixo que precisam ter os projetos conhecidos e inspirar outras escolas”, acrescenta.

Escolas públicas com maiores médias no Enem:

Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (MG): 690,52
Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (RS): 690,26
Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Pernambuco (PE): 677,84
Escola Preparatória de Cadetes do Ar (MG): 659,14
Escola Técnica Estadual de São Paulo (SP): 656,62
Colégio Estadual Tiradentes (RS): 652,79
Colégio Militar de Belo Horizonte (MG): 652,79
Colégio Técnico Industrial "Prof. Isaac Portal Roldán" - Unesp (SP): 652,03
Colégio Pedro II - Niterói (RJ): 650,32
Colégio Pedro II - Campus Centro (RJ): 647,20

Escolas privadas com maiores médias no Enem:

Colégio Integrado Objetivo (SP): 751,29
Colégio Etapa III (SP): 736,34
Colégio Ari de Sá Cavalcante - Sede Mário Mamede (CE): 733,67
Colégio Ari de Sá Cavalcante - Major Facundo (CE): 727,11
Colégio Bernoulli  - Unidade Lourdes (MG): 725,27
Colégio Christus - Pré Universitário (CE): 724,24
Instituto Dom Barreto (PI): 717,82
Colégio de Aplicação Farias Brito (CE): 715,91
Colégio Finonacci (MG): 714,94
Colégio Vértice - Unidade II (SP): 710,68

 

Agência Brasil

 

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Dois em cada dez brasileiros não sabem que pagam impostos

por Maria Cristina Frias

O número de brasileiros que não sabem que pagam impostos é de 22%. Eles não têm noção que desembolsam pelos indiretos, embutidos em produtos e serviços.
A porcentagem de 2016 é a melhor da série -a porcentagem já foi 45%.
O resultado aparece em uma pesquisa nacional da Fecomércio-RJ. A entidade faz o levantamento há dez anos.
A ideia é mostrar que as pessoas pagam impostos sem saber -algo que mudou ao longo do tempo, diz Christian Travassos, economista da federação.
"Obrigações indiretas são uma fronteira. As pessoas só se dão conta ao serem estimuladas a dizer em quais itens de consumo há imposto."

Fonte: Folha Online - 04/10/2016 e Endividado

 

Plano de saúde não pode impor ao usuário restrição não prevista no credenciamento de entidade conveniada

O credenciamento de um hospital por operadora de plano de saúde, sem restrições, abrange, para fins de cobertura, todas as especialidades médicas oferecidas pela instituição, ainda que prestadas sob o sistema de parceria com entidade não credenciada.
O entendimento é da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao rejeitar recurso especial interposto por operadora contra decisão que determinou o custeio de tratamento quimioterápico em instituto de oncologia não credenciado pelo plano, mas que funciona nas dependências de hospital credenciado por meio de parceria.
A operadora alegou que não poderia ser obrigada a cobrir o tratamento em clínica não credenciada, sobretudo porque o plano de saúde disponibiliza outros prestadores de serviço equivalentes. Além disso, afirmou que a imposição de arcar com o custeio romperia o cálculo atuarial das mensalidades, levando ao desequilíbrio financeiro do contrato.
Descrição dos serviços
O relator do recurso, ministro Villas Bôas Cueva, reconheceu que é legítima a limitação do usuário à rede contratada, credenciada ou referenciada, conforme os termos do acordo firmado, mas destacou que, no caso apreciado, não houve a descrição dos serviços que o hospital estava apto a executar.
Segundo o ministro, quando a prestação do serviço (hospitalar, ambulatorial, médico-hospitalar, obstétrico e urgência 24 horas) não for integral, essa restrição deve ser indicada, bem como quais especialidades oferecidas pela entidade não estão cobertas, sob pena de todas serem consideradas incluídas no credenciamento, “sobretudo em se tratando de hospitais, já que são estabelecimentos de saúde vocacionados a prestar assistência sanitária em regime de internação e de não internação, nas mais diversas especialidades médicas”.
Para o relator, como o hospital está devidamente credenciado pela operadora e disponibiliza ao consumidor, entre outros serviços, o de oncologia, não sendo especialidade excluída do contrato de credenciamento, não haveria razão para a negativa de cobertura, ainda que a atividade seja executada por meio de instituição parceira.
Leia o voto do relator.
Fonte: STJ - Superior Tribunal de Justiça - 04/10/2016 e Endividado

 

Procon-ES dá dicas para consumo consciente da água

O Espírito Santo está passando pela maior crise hídrica dos últimos 80 anos. Esse é um momento propício para reflexão e formação de consciência sobre o papel de cada um diante do meio ambiente e da sociedade. Consumo consciente e sustentabilidade são palavras de ordem para o atual momento de seca pelo qual o Estado tem passado.
A diretora-presidente do Procon-ES, Denize Izaita, orienta sobre a necessidade de a população refletir e se sensibilizar sobre os impactos sociais e ambientais que um consumo desordenado pode causar e começar a mudar posturas e hábitos de consumo.
“Fazemos um apelo à sociedade para que economize esse bem tão precioso. Esse é o nosso dever de consumidor. Anote as dicas e transforme os seus hábitos. Economizando água você contribuirá para a preservação da vida e, ainda, poderá pagar menos na conta”, diz.
Dicas de consumo consciente
- Tenha uma caixa d’água compatível com o tamanho da sua família;
- Não jogue lixo dentro do vaso sanitário;
- Regule as válvulas de descarga;
- Feche a torneira enquanto escova os dentes, faz a barba, lava a louça, esfrega a roupa e ensaboa o corpo;
- Não tome banhos demorados;
- Não use mangueira na lavagem de automóveis;
- Reaproveite a água da máquina de lavar e utilize em outras atividades, como lavagem de banheiro e outras partes da casa, carro, calçadas;
- Verifique se há vazamentos em algum lugar da casa;
- Utilize a capacidade total da máquina de lavar e reduza o número de lavagens na semana;
- Reaproveite a água da lavagem de frutas e vegetais para regar as plantas;
- Limpe a calçada e a varanda com vassoura e um pano úmido.
Fonte: Procon - ES - 04/10/2016 e Endividado

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