A principal mudança que se observa no primeiro turno das eleições municipais de 2016 em comparação a 2012 foi o desempenho do PT, que desta vez não conseguiu polarizar com o PSDB nas capitais do país. Este ano, entre os candidatos petistas, apenas Marcus Alexandre conseguiu se reeleger em primeiro turno em Rio Branco (AC). O PT também conseguiu enviar João Paulo para o segundo turno no Recife (PE).
Ao todo, oito capitais tiveram as eleições definidas em primeiro turnoArquivo Agência Brasil
Os tucanos, no entanto, não só conseguiram manter o mesmo número de candidatos disputando o segundo turno, oito nas capitais, como aumentou a quantidade de prefeitos eleitos em primeiro turno. Este ano, além de conquistar a maior capital do país, elegendo João Dória em São Paulo, o PSDB também reelegeu Firmino Filho em Teresina (PI).
Em 2012, os dois partidos rivalizavam. Cada um tinha eleito um prefeito em capital eleito em primeiro turno e obtido resultados próximos no número de candidatos no segundo turno: seis do PT e oito do PSDB. Além disso, há quatro anos petistas e tucanos disputaram a capital paulista, com vitória para Fernando Haddad (PT) no segundo turno contra José Serra (PSDB). Desta vez, o atual prefeito sequer conseguiu levar a disputa contra João Dória para o próximo dia 30 e perdeu para o tucano em primeiro turno.
O PMDB teve queda no desempenho no primeiro turno este ano em relação a 2012 nas capitais. Há quatro anos, o maior partido do país tinha conquistado, em primeiro turno, o segundo maior colégio eleitoral – o Rio de Janeiro, com a reeleição de Eduardo Paes – e eleito Teresa Surita prefeita de Boa Vista (RR). Desta vez, conseguiu apenas reeleger Teresa em primeiro turno. No entanto, seis candidatos do partido vão disputar o segundo turno este ano. Em 2012 foram apenas três peemedebistas no segundo turno das eleições municipais.
Ao todo, oito capitais tiveram as eleições definidas em primeiro turno. Além de PT, PSDB e PMDB, também elegeram candidatos hoje PDT, com Carlos Eduardo em Natal (RN); PSB, com Carlos Amastha em Palmas (TO); DEM, com ACM Neto em Salvador (BA); e PSD, com Luciano Cartaxo em João Pessoa (PB).
O segundo turno vai ser disputado em 18 capitais com candidatos de 16 partidos. Estarão em campanha este mês os candidatos de PT, PMDB, PSDB, PR, PDT, PSB, REDE, PSD, PP, PTB, PCdoB, PMN, PSOL, PHS, PPS, e SD. No segundo turno das eleições, os partidos que mais vão se enfrentar são PMDB e PSDB. Eles disputam em Porto Alegre (RS), Maceió (AL) e Cuiabá (MT).
Mais votada
A única mulher eleita em primeiro turno, Teresa Surita (PMDB), foi também a candidata com a maior votação proporcional do país. Ela teve 79% dos votos válidos em Boa Vista (RR), onde foi reeleita. Para ela, um dos fatores que colaboraram para o seu desempenho foi a redução no custo das campanhas eleitorais proporcionado pela nova lei aprovada no ano passado.
Teresa Surita disse que a nova lei eleitoral a ajudou a ser reeleitaDivulgação
“A nova lei eleitoral, que diminui o custo das campanhas, ajudou porque colocou os candidatos em condição igualitária. Por exemplo, nós não tivemos que adesivar carros, ou outros gastos grandes com esta parte”, explicou.
Para a prefeita, a crise econômica que afeta todo o país e a consequente necessidade de fazer corte de gastos na prefeitura não prejudicou seu desempenho eleitoral. Segundo Teresa Surita, o empenho com o ajuste fiscal em Boa Vista aumentou a confiança dos eleitores em suas propostas.
“Tudo que nós suspendemos, ou [obras] que atrasamos a entrega, foi acompanhado pelas pessoas. Um exemplo: fizemos concurso público e não pudemos chamar todas as pessoas porque eu não podia comprometer a folha [de pagamento municipal], mas isso passou credibilidade”, disse. “Não propus coisas que não pudesse cumprir”.
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Dória diz que resultado representa "novos ventos" e reconhece peso da Lava Jato
Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil
João Dória Jr. (PSDB) candidato eleito hoje (2) em primeiro turno à prefeitura de São Paulo agradeceu, no diretório estadual do seu partido, os votos recebidos. Ele disse que sua gestão não será partidarizada e sua administração será dedicada aos mais necessitados, moradores da periferia da cidade. Dória reconheceu ainda a influência da operação Lava Jato na sua eleição e disse que sua vitória mostra “novos ventos” na política brasileira.
João Doria disse que sua gestão não será partidarizadaPSDB-SP/Divulgação
“A nossa gestão será uma gestão para todos. Não será uma gestão particularizada, partidarizada, para os que votaram em nós, será uma gestão aberta, inovadora, transformadora, moderna, jovem, digital, para transformar São Paulo”, disse durante a comemoração.
Dória reconheceu também que o peso da operação Lava Jato foi “substantivo” para sua eleição, e que as manifestações de rua, contra a corrupção realizadas nos últimos dois anos na capital paulista colaboraram com a vitória.
“[O peso da Operação Lava Jato] foi substantivo sim. O povo de São Paulo deu um voto anti-PT, contra a corrupção, contra a má gestão, isso ficou muito claro. Os programas e as propostas que apresentamos também contagiaram a cidade. Mas houve um sentimento, aliás sentimento expresso pelas ruas nos dois últimos anos. Esse sentimento venceu”, disse.
Dória ressaltou o ineditismo de sua vitória em primeiro turno na capital paulista e também o sucesso de uma chapa “puro sangue” do PSDB paulista, com candidato e vice do mesmo partido, o que não ocorria desde 1992.
“Percebam quantos fatos novos foram gerados nessa eleição: uma chapa pura que desde 1992 não havia no PSDB. Uma vitória, no primeiro turno, inédita na história, desde que foi criada a eleição em dois turnos. Um empresário eleito prefeito de São Paulo também nunca aconteceu. São fatos novos, que mostram um novo ar, um novo vento, uma nova conduta da política brasileira”, disse.
Geraldo Alckmin
João Dória fez seu discurso da vitória e sua entrevista coletiva sempre ao lado do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, a quem fez repetidos agradecimentos. Dória destacou que apoia uma eventual candidatura em 2018 do governador à presidência da República. Antes, ao dizer que Alckmin o inspirava, Dória foi interrompido pela plateia, que gritou “Brasil para frente, Geraldo presidente”.
“Dependerá muito de nós, de vocês, povo de São Paulo, dos brasileiros, de todos os rincões desse país. Se ele for candidato a presidência da República, ele terá o apoio do povo brasileiro pela sua trajetória e sua biografia”, disse.
Alckmin, em um breve discurso, voltou a defender as eleições prévias, que escolheram Dória como candidato do PSDB, e elogiou o empresário. “O João trabalhador, que se identifica com essa grande metrópole, João madrugador, João inovador. Fez campanha leve, sem ataques, que ganhou a confiança da nossa população. [Ele é um] fenômeno eleitoral”, disse.
Por vezes, a militância do PSDB interrompeu os discursos das lideranças do partido cantando bordões que ficaram conhecidos durante as manifestações de rua como “a nossa bandeira jamais será vermelha”, e “fora PT”.
Discurso conciliador
João Dória disse que sua gestão será marcada pela união e pelo trabalho coletivo. Ele disse que conversará com o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para fazer uma transição adequada. “Temos de respeitar aqueles que estão lá porque eles foram eleitos também”, disse.
O candidato eleito ainda agradeceu a ligações dos seus concorrentes, a quem disse ter consideração. “O meu respeito e minha consideração. Não foi fácil disputar campanha tão importante. Dez candidatos que disputaram conosco, o nosso respeito”.
Crivella: ponto positivo da eleição no Rio foi PMDB ficar fora do segundo turno
Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
O senador Marcelo Crivella, que disputará o segundo turno com Marcelo Freixo, do PSOL Divulgação/PRB
O senador Marcelo Crivella (PRB), que passou ao segundo turno na disputa para prefeito do Rio de Janeiro, disse que o resultado da primeira rodada de votação neste domingo (2) teve como ponto positivo não permitir que o PMDB avançasse para o segundo turno. Com 27,78% dos votos válidos, Crivella enfrentará, no dia 30 de outubro, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que ficou 18,26%.,
“Acho que o PMDB deixar de ir para o segundo turno é algo extremamente importante para a política. de um modo geral. É uma coisa redentora, didática. Isso traz esperança para todos os políticos. É algo que não se esperava. É algo extraordinário. Acho que eu e o Freixo contribuímos muito para o aperfeiçoamento da vida política do nosso estado e da nossa cidade, indo para o segundo turno e tirando o PMDB do segundo turno”, afirmou, em entrevista coletiva após a divulgação no resultado.
De acordo com Crivella, os eleitores do Rio reprovaram o PMDB, mesmo com o tempo maior que o partido teve na campanha de rádio e TV e no número de partidos na coligação. Para o senador, o PMDB mostrou durante o tempo em que permaneceu na prefeitura que precisa se reciclar, e isso foi apontado pelo eleitor. “As pessoas estavam, eu diria, frustradas, desalentadas – este é o termo certo, com as atitudes do prefeito [Eduardo Paes] e também com os sucessivos escândalos que ocupavam o noticiário”, disse Crivella, ao ressaltar que a crítica se referia a uma parte do PMDB.
Embora não tenha revelado com quem conversou, Crivella revelou que já começou os entendimentos para conseguir “um amplo arco de alianças” para o segundo turno, tendo inclusive encontros agendados para amanhã (3). Ele informou que depois embarca para Brasília e retoma suas funções no Senado, de onde se licenciou para participar da campanha.
O senador descartou a possibilidade de acordos com o PMDB e de aceitar fazer campanha com Pedro Paulo (PMDB), terceiro colocado no primeiro turno, mas disse que serão bem recebidos os votos dos eleitores do peemedebista. “Eu aceito os votos. Não rejeito voto de nenhum eleitor, seja de Pedro Paulo, seja de quem for. Agora, não farei acordos sobre cargos ou posições no governo ou apoio de empresários, ou grupos econômicos que estejam hoje atuando na prefeitura. Isso em nenhuma hipótese."
Crivela parabenizou Marcelo Freixo, que foi para o segundo turno, e disse acreditar que ele adotará estilo diferente do de Pedro Paulo, que insistia em chamá-lo de bispo para reforçar a ideia de que haveria interferência da Igreja Universal, caso o senador fosse eleito prefeito do Rio. “Acho que o debate com o Freixo será completamente diferente, e alto nível. Conversamos muito no primeiro turno. Achávamos que era importante o PMDB não estar no segundo turno e, nesse aspecto, conseguimos. Tenho certeza de que o que faremos agora será sem acusações”, afirmou.
Para o candidato, a diferença de votos em relação a Freixo é importante para começar o segundo turno. Ele destacou que o índice de rejeição indicado nas pesquisas não o preocupa. “É uma rejeição muito mais de preconceito de quem não me conhece, de quem nunca bateu papo comigo na rua."
Crivella agradeceu aos eleitores que, em um dia frio e chuvoso, saíram de casa para votar e enfatizou que a maioria de seus votos veio de áreas mais pobres da cidade. No segundo turno, o senador disse que buscará um contato mais direto com a população para apresentar propostas especialmente nas áreas de saúde, educação, saneamento e transportes. “Acho que tanto eu como o Freixo vamos nos concentrar nas grandes áreas populosas do Rio. Zonas norte, oeste, suburbana, que são aqueles que mais precisam do governo.”
Garotinho
Marcelo Crivella afastou a possibilidade de o ex-governador Anthony Garotinho, do PR, um dos partidos de sua coligação, fazer parte de sua administração, se for eleito prefeito. “Garotinho foi governador, está em Campos, preocupado com a terra dele, com outros objetivos. Não tem sentido nenhum, era mais fácil se o Pedro Paulo tivesse ido para o segundo turno e governar tendo o [ex-presidente da Câmara] Eduardo Cunha como secretário de Fazenda. O Garotinho tem outros objetivos e outros caminhos”, afirmou.
O candidato descartou ainda a interferência da Igreja Universal, à qual pertence, caso seja eleito prefeito do Rio. “Não haverá nenhuma influência da minha igreja ou de qualquer outra igreja no governo. Zero. O Estado é laico”, afirmou Crivella. Segundo o senador, é preciso repetir a afirmação porque parece que não o ouvem quando trata da questão. “Não há como haver qualquer interferência. Nunca teve no Senado Federal. Então, não terá [na prefeitura]”.
Mudanças na legislação
Crivella defendeu a necessidade de o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) aperfeiçoar seus controles, ao afirmar que viu uma quantidade “absurda” de boca de urna no primeiro turno. “A quantidade de papel ao redor das zonas eleitorais foi algo impressionante. São coisas que a gente precisa ir aperfeiçoando”, enfatizou.
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Chegamos no segundo turno para mudar a história do Rio, diz Marcelo Freixo
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
O candidato Marcelo Freixo (PSOL), segundo colocado na eleição para prefeito do Rio de Janeiro, discursou para uma multidão que o aguardava nos Arcos da Lapa. Ele só falou neste domingo (2) depois que o percentual de votos apurados lhe garantia matematicamente no segundo turno, que disputará com Marcelo Crivella (PRB). Em terceiro lugar, ficou o candidato Pedro Paulo (PMDB), que representava a continuidade do projeto político do prefeito Eduardo Paes, do mesmo partido.
O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) discursou paraeleitores nos Arcos da Lapa Fernando Frazão/Agência Brasil
“Esta cidade não aguentava mais tratar a favela através da opressão e do medo, da morte, do silêncio e da invisibilidade. Nós chegamos ao segundo turno não foi para ganhar uma eleição. Foi para mudar a história do Rio de Janeiro. Para aprofundar a democracia, criar os conselhos de bairro, para valorizar o servidor público, para fazer com que a saúde olhe para a vida de quem mais precisa. Dignidade não pode ter CEP na cidade do Rio de Janeiro”, discursou Freixo.
Em seguida, após o ato, ele conversou com os jornalistas e disse que, se eleito, vai procurar o presidente Michel Temer, com quem possui diferenças políticas, para manter uma relação institucional.
“Qualquer um que ganhe a eleição, tem que agir como prefeito. Eu tenho a minha opinião sobre o governo Michel Temer, mas o prefeito do Rio de Janeiro tem que defender aquilo que é direito da cidade. Vamos conversar com qualquer governo, seja estadual ou federal. É uma relação institucional e assim será feito.”
Freixo disse que buscará, no segundo turno, diálogo com representantes de várias religiões para discutir um projeto para a cidade, embora considere importante separar Estado e religião.
“Nós temos um programa debatido durante um ano e meio, com vários setores da sociedade, inclusive com setores religiosos, mas, neste momento, é muito importante reafirmar o Estado laico. Importante entender que o Estado é uma coisa e a religião é outra. Nós temos muito boa relação com as religiões. Elas cumprem um papel importante, mas acho perigoso qualquer religião estar dentro do Estado e cumprir um papel político. Eu convoco todas as religiões para um debate de cidade.”
Freixo passou para o segundo turno com 553.424 votos, 18,26% do total. Crivella obteve 842.201 votos, 27,78% do total. O terceiro colocado, Pedro Paulo, recebeu 488.775 votos, 16,12%.
Foram apurados 4.898.044 votos. Houve 1.189.187 abstenções, 24,28% do total. Os votos em branco foram 204.110 (5,50%) e os nulos, 473.324 (12,76%).
BH: João Leite evita falar de alianças e Kalil diz que não quer apoio de cacique
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
Após a confirmação de que o segundo turno para a disputa da prefeitura de Belo Horizonte terá João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS), os dois candidatos fizeram pronunciamentos destacando o feito de suas campanhas. Por outro lado, mostraram incômodo com as questões relacionadas a alianças.
João Leite disse que recomeçará as andanças pela cidade com muito entusiasmo e agradeceu a confiança dos eleitores e o trabalho de sua equipe. Perguntado se pretende conversar com partidos dos candidatos que não foram ao segundo turno, ele desconversou. "Já temos alianças com as pessoas, costuradas nos lugares que visitei. Minha principal aliança é com os pobres", disse.
João Leite e Alexandre Kalil não comentaram sobre possibilidades de aliança no segundo turnoAgência Brasil
O candidato fez seu pronunciamento acompanhado do presidente nacional do PSDB, o senador Aécio Neves. Ele também destacou o feito de João Leite e disse que espera uma disputa eleitoral baseada na briga de ideias e não de pessoas. Ele também comemorou o resultado eleitoral no país."O PSDB será o partido que mais vai administrar capitais e cidades de grande porte. Ganhamos no primeiro turno em São Paulo e Teresina e estamos no segundo turno em nove capitais. As urnas mostraram a derrota do PT", disse.
Rechaçou alianças
Por sua vez, Alexandre Kalil considerou sua ida ao segundo turno como “absolutamente impressionante” e destacou que disputou contra "dois senadores, um prefeito e um governador". A fala foi uma referência indireta ao fato de que os senadores tucanos Aécio Neves e Antônio Anastasia apoiaram João Leite, o atual prefeito da capital mineira Márcio Lacerda (PSB) apoiou Délio Malheiros (PSD) e o governador do estado Fernando Pimentel (PT) apoiou Reginaldo Lopes (PT).
Kalil comemorou que agora terá o mesmo tempo de televisão que seu adversário e rechaçou alianças. Mais cedo, ao votar, o candidato já havia sido questionado se pretendia buscar o apoio do governador Fernando Pimentel para o segundo turno. "Não espero apoio do governador. Eu não tenho cacique e não quero cacique nenhum. Não quis no primeiro turno e não quero no segundo, no terceiro ou no quarto turno", respondeu. Ele disse que a campanha mudou sua vida. "Eu não conhecia a periferia de Belo Horizonte e foi emocionante. Nunca mais serei a mesma pessoa. A pobreza de Belo Horizonte chega à beira da África. Aqui existe a África".
Onze candidatos disputaram o primeiro turno da eleição para a prefeitura de Belo Horizonte. João Leite obteve 33,4% dos votos e Alexandre Kalil 26,56%.
ACM Neto aproveita vitória para criticar governador petista Rui Costa
Sayonara Moreno - Repórter da Agência Brasil
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), reeleito neste domingo (2), atribuiu ao governador da Bahia, Rui Costa (PT) a maior derrota da eleição da capital baiana. Para ele, a falta de quantidade de votos para levar a candidata Alice Portugal (PCdoB), apoiada por Rui, configura uma derrota do governador.
“Eu não posso deixar de revelar que o governador foi o grande derrotado nesta eleição. Afinal, o PT não teve a capacidade de lançar um candidato e, além disso, a candidata que ele abraçou teve o resultado que teve [14,5% dos votos válidos]. Todos sabem que o governador assumiu um lado, trabalhou o que pode contra a nossa candidatura, mas o povo de Salvador falou mais alto”, criticou o democrata.
ACM Neto diz que principal desafio é consolidar conquistasArquivo/Agência Brasil
As urnas ainda não tinham sido abertas para o início da contagem de votos, quando ACM Neto convocou a imprensa para uma coletiva, no prédio onde mora, no Corredor da Vitória, área nobre de Salvador. Com cerca de 80% das urnas apuradas, o prefeito desceu para a sala de recepção. Ele acompanhou a apuração dos votos em seu apartamento, ao lado de familiares, amigos e políticos apoiadores.
“[O principal desafio da nova gestão] é consolidar as conquistas desses últimos anos e aperfeiçoar ainda mais. A gente vive um momento difícil no Brasil, um momento de crise econômica que afeta, em geral, as prefeituras. Isso sinaliza para um esforço adicional dos prefeitos eleitos neste domingo e eu tenho consciência do quanto será importante manter o equiíbrio das contas, pagar tudo em dia e garantir que a cidade continue funcionando”, disse o prefeito reeleito.
Saiba Mais
Geddel
Um dos políticos que esteve ao lado de ACM e do vice eleito, Bruno Reis (PMDB), durante a apuração, foi o ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Geddel Vieira Lima, que também criticou o governador Rui Costa.
“Ele [Rui Costa] não conseguiu viabilizar um candidato do partido dele, mas se envolveu diretamente na campanha de Alice Portugal. Aproximou esse discurso de golpe e raiva que foi feito contra o governo federal, contra mim e contra ACM Neto. E o resultado de 73% é de uma eloquência, que é melhor ficar calado”, disparou o ministro.
Tanto ACM quanto Geddel desconversaram sobre a possibilidade de o prefeito passar a gestão para o vice, em 2018, para enfrentar Rui Costa nas urnas na disputa pelo governo do estado. Neto foi taxativo ao falar no assunto. “Não há nenhuma hipótese de eu discutir 2018 neste momento. Nós não estamos preocupados com 2018, não vamos tratar do assunto, sequer pensar”.
Geddel também preferiu não falar sobre um possível apoio a Neto, caso o prefeito se candidate a governador nas próximas eleições. “Eu acho que 2018 está muito longe e esse percentual aumenta o peso nas costas de nós todos. Essa é a responsabilidade e esse é o desafio. Acho que não tem o que se pensar e tentar antecipar o que vem em 2018: isso é o primeiro passo para o fracasso”, finalizou.
Geddel segue para Brasília, ainda nesta segunda-feira. Ele afirmou que durante a semana vai organizar a votação da PEC que impõe um limite para gastos público e mobilizar os deputados.
Após as declarações dos políticos, ACM e sua comitiva seguiram para o Subúrbio da cidade, onde comemoraram a vitória e, de lá, foram ao Rio Vermelho, bairro turístico e boêmio da capital baiana.
Geraldo Júlio e João Paulo disputam segundo turno no Recife
Da Agência Brasil
Os candidatos Geraldo Júlio (PSB) e João Paulo (PT) vão disputar o segundo turno das eleições no Recife. Geraldo Júlio teve 49,35% dos votos válidos e João Paulo teve 23,81% dos votos válidos.
Até agora, foram apurados 99,36% das urnas.
Geraldo Júlio
Geraldo Júlio (PSB) é o atual prefeito do Recife. Servidor concursado do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) e até então ocupante de cargos em secretarias e no Porto de Suape, Geraldo nunca tinha disputado uma eleição antes de 2012, quando foi eleito no primeiro turno com 51,15% dos votos válidos. Na época, começou com menos de 7% das intenções de voto.
O crescimento expressivo se deu pelo empenho do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também do Partido Socialista Brasileiro. Hoje, Geraldo Júlio disputa a reeleição com o apoio de 20 partidos políticos – a Frente Popular do Recife, maior coligação do pleito. O atual vice, Luciano Siqueira (PCdoB), permanece na chapa da reeleição.
João Paulo
Já João Paulo (PT) tem experiência em pleitos eleitorais. É ex-prefeito do Recife por dois mandatos – entre 2001 e 2008. O candidato é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores em Pernambuco.
Posteriormente, o candidato petista foi eleito deputado federal no mandato encerrado em 2014. O último cargo de João Paulo foi o comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que deixou voluntariamente em maio deste ano por causa do afastamento da ex-presidenta Dilma Rousseff. Nas eleições municipais deste ano ele tem como vice o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PRB) na chapa Recife Pela Democracia, formada por cinco partidos.
A disputa entre os dois políticos coloca em posições opostas partidos que já foram aliados por muitos anos. Até o lançamento da primeira candidatura de Geraldo Júlio, o PSB e Campos – em 2014 candidato à presidente da República, ano em que morreu em um acidente com o avião usado na campanha - eram parte da base do PT na prefeitura. O PT passou 12 anos no comando do Poder Executivo no Recife, antes que o PSB ocupasse o cargo.
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