segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Abstenção e nulos mostram distanciamento entre eleitor e políticos, diz Mendes

Rio de Janeiro - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes cumprimenta mesários da Escola Municipal Avertano Rocha onde acompanha o início da votação na cidade (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Pela manhã, Gilmar Mendes acompanhou o início da votação no Rio de Janeiro Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse hoje (30) que os altos índices de abstenção e de votos nulos registrados no segundo turno da eleição no Rio de Janeiro - acima da média nacional -  representam uma “espécie de distanciamento entre o eleitor e os políticos”.

Em entrevista coletiva para comentar os números finais da eleição deste domingo, Mendes também disse que a ocupação de escolas que seriam usadas como locais de votação “tumultuou o processo eleitoral”.

Em todo o país, 25,8 milhões de eleitores (78,45%) compareceram às urnas, de um total de 32,9 milhões que estavam aptos a votar. Ou seja, cerca de 7 milhões não votaram, levando a uma abstenção de 21,55% neste segundo turno.

No Rio de Janeiro, os índices de abstenção e de votos nulos superaram a média nacional. A abstenção na capital fluminense chegou a 26,85% (1,3 milhão de faltantes) e foram registrados 569,4 mil votos nulos (15,9% do total).

A soma de nulos e abstenções no Rio foi maior que a votação obtida pelo segundo colocado na disputa pela prefeitura, Marcelo Freixo (PSOL), que teve 1,1 milhão de votos. O prefeito eleito, Marcelo Crivella (PRB), recebeu 1,7 milhão de votos. O total de votos brancos no município chegou a 149,8 mil.

Para o presidente do TSE, os índices não devem ser desprezados, mas também devem levar em conta imprecisões do cadastro eleitoral, como pessoas que mudam de endereço e não fazem a atualização de seus dados.

“Percebe-se que alguma coisa ocorre no que diz respeito a esse estranhamento ou a esse distanciamento entre o eleitor e os políticos que eventualmente o representam. Alguma coisa traduz a ausência ou também na opção pelo voto nulo, especialmente no segundo turno”, disse o ministro.

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Escolas Ocupadas

Segundo Gilmar Mendes, a Justiça Eleitoral gastou cerca de R$ 3 milhões para realocar seções eleitorais que estavam localizadas em escolas públicas ocupadas por estudantes no Paraná em protesto contra mudanças no ensino médio.

Para o presidente do TSE, o protesto estudantil teve “suas consequências”, como o deslocamento de 700 mil eleitores em Curitiba, por exemplo.

“O exercício de um dado direito [protestar] não deve levar a impedir o exercício de outro direito [votar]. Neste caso, esse protesto, com todas as boas intenções em que ele possa estar revestido, contribuiu para tumultuar o processo eleitoral, o direito de as pessoas votarem.”

De acordo com a Justiça Eleitoral, o custo do voto de cada eleitor no segundo turno foi em torno de R$ 4,5. O custo total do pleito, somando os gastos do primeiro e do segundo turno, foi de aproximadamente R$ 650 milhões.
Votação

Os eleitores que voltaram às urnas para a escolha de prefeitos e vice-prefeitos em 57 cidades de 20 estados do país utilizaram 90.532 urnas eletrônicas.

A cidade de Maringá (PR) foi a primeira a terminar a apuração, às 17h51.

Cada eleitor que compareceu às urnas hoje gastou cerca de 40 segundos para votar nas seções eleitorais que não contavam com processo de identificação por biometria; e 60 segundos onde os equipamentos de leitura pela digital estavam disponíveis.

Por causa do horário de verão, nos municípios dos estados de Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, o pleito terminou às 19h, pelo horário de Brasília.

Ocorrências

O TSE registrou durante todo o período da votação, 293 ocorrências e 94 prisões. Em 217 casos, a Justiça Eleitoral flagrou cabos eleitorais fazendo propaganda para candidatos, a tradicional boca de urna. Nenhum candidato foi preso.

 

Agência Brasil

 

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Freixo diz que fez "belíssima campanha" e anuncia oposição responsável no Rio

 

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

O segundo colocado na eleição para prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), falou para militantes na Cinelândia após a confirmação da vitória de Marcelo Crivella (PRB). Ao lado da candidata a vice, Luciana Boiteux, Freixo afirmou que a campanha foi vitoriosa por devolver a alegria para a cidade durante uma disputa eleitoral e a praça pública para a população. Com 100% das urnas apuradas, Crivella venceu com 59,36% dos votos, e Freixo, obteve 40,64%.

O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) encontra eleitores nos Arcos da Lapa (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Marcelo Freixo (PSOL) diz que fará oposição responsável no RioFernando Frazão/Agência Brasil

“Foi uma belíssima campanha, em que a gente não ganha nas urnas, mas bota essa quantidade de gente na praça. Sinal que disputamos um sentido da política, que tem uma nova maneira de fazer política que nasce no Rio de Janeiro, feito com transparência, com programa, com trabalho coletivo, com esperança, com amor, com afeto, distribuído pelo território todo do Rio de Janeiro. Chegamos a mais de 1 milhão de votos numa campanha que teve 11 segundos de tempo de TV no primeiro turno e que disputa de uma maneira muito importante, ressignifica a política no Rio”, disse.

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Oposição responsável

Freixo disse que sua campanha foi coletiva e colaborativa, com mais de 14 mil doadores e recorde de arrecadação em sistema de crowdfunding, e lembrou que o PSOL conseguiu eleger seis vereadores. Freixo afirmou que seu partido fará uma oposição responsável e propositiva, com intuito de colocar em prática o programa que o partido apresentou durante a campanha para a cidade do Rio.

“A gente organizou esse programa nos bairros e a gente vai continuar fazendo isso. Eu quero continuar visitando cada bairro do Rio de Janeiro, porque eu não sou movido pelo interesse eleitoral. A minha luta política, o meu sonho, o meu desejo por um Rio de Janeiro mais justo não acontece só quando a gente é candidato, ele acontece o tempo inteiro, então a gente vai continuar lutando por um Rio mais justo, por uma cidade melhor, por tudo que a gente defendeu na campanha. A gente continua defendendo e de preferência de forma organizada, indo em cada bairro”.

Aos 49 anos, Freixo ganhou visibilidade quando presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito das Milícias, em 2007, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que investigou a ligação de parlamentares com grupos paramilitares e indiciou 225 pessoas. Sua atuação lhe rendeu inúmeras ameaças de morte e uma referência no filme Tropa de Elite 2, com o personagem Diogo Fraga, deputado que combatia milicianos.

Em 2010, Freixo se reelegeu como segundo deputado estadual mais votado do Rio de Janeiro e, novamente, em 2014, tendo sido o mais votado do país. É o atual presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj.

 

Agência Brasil

 

Eleito em BH, Kalil se diz aberto ao diálogo, cita Alckmin e ignora Aécio

 

Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil

Eleito prefeito de Belo Horizonte neste domingo (30), Alexandre Kalil (PHS) declarou, após a confirmação da vitória, que vai procurar todos os partidos para dialogar. Ele fez menção ao governador mineiro Fernando Pimentel (PT), ao presidente Michel Temer (PMDB) e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Questionado se também procuraria o senador mineiro e atual presidente do PSDB, Aécio Neves, o futuro prefeito da capital desconversou.

Alexandre Kalil é eleito prefeito de Belo Horizonte

Alexandre Kalil é o novo prefeito de Belo Horizonte e se diz aberto ao diálogoDivulgação

“Vamos conversar com todo mundo. Com o PT do governador, com o PSDB e vamos tentar conversar com o Alckmin também. Vamos tentar conversar com lideranças e expoentes de todas as legendas e com o PMDB, de Michel Temer. Nós somos apartidários e queremos levar o meu governo para todos, não interessa de qual partido a pessoa for”, disse. Eleito com 52,98% dos votos válidos, Alexandre Kalil disputou o segundo turno com João Leite (PSDB). O tucano teve 47,02% da preferência do eleitorado.

Apesar de se colocar aberto do diálogo, ele fez uma ponderação sobre os seus adversários, mas evitou citar nominalmente Aécio Neves, padrinho político da candidatura de João Leite. "Eu respeito meus adversários, mas eles não deixam de ser adversários. Eles foram na televisão fazer propaganda contra mim. Eu posso ser um homem bom, de coração aberto, e querer lidar com todo mundo, mas o que aconteceu comigo não foi pouca coisa. Eu vou procurar quem eu acho que devo procurar. Opositor não é inimigo, mas eu tenho direito de escolher com quem eu quero sentar. É uma prerrogativa minha de quem ganhou a eleição em Belo Horizonte", disse.

Kalil disse que se sentiu muito ofendido na campanha e chorou algumas vezes antes de dormir, mas não vai guardar mágoas. Ele também afirmou que não tem receio de que seus adversários atuem para inviabilizar seu governo. "Não acredito nisso. A eleição acabou. Eu que fui tão agredido, estou com o coração aberto. Acho que agora é governar para o povo".

No segundo turno de Belo Horizonte, abstenções (438.968), nulos (230.951) e brancos (72.131) somaram 742.050. Assim como no primeiro turno, este número foi superior à quantidade de votos do candidato mais votado. Kalil obteve 628.050. O futuro prefeito de Belo Horizonte disse que ainda não recebeu nenhum telefonema de João Leite, mas que já foi cumprimentado pelo governador Fernando Pimentel.

Primeiras medidas

Repetindo o que havia dito mais cedo ao votar, Kalil reiterou que já na fase de transição pretende discutir com o poder público medidas para retirar famílias de áreas de risco. "Nós assumimos em janeiro, quando já tem casa caindo e gente morrendo. Então a primeira providência agora é sentar com a prefeitura e o governo do estado e definir ações concretas para que as chuvas não façam vítimas como vem fazendo nessa cidade". Ele disse que ainda é cedo para dizer quais serão as primeiras medidas a serem tomadas após sua posse. Também disse que não definiu o secretariado e que pretende descansar uma semana.

Bem-humorado, o futuro prefeito da capital mineira terminou sua coletiva à imprensa fazendo uma piada: "Acabou coxinha e acabou mortadela. O papo agora é quibe". Na linguagem popular, coxinha é uma palavra usada para designar uma pessoa que se diz de direita, e mortadela para aquele que é de esquerda. Já o quibe, alimento árabe, foi uma referência às origens da família de Alexandre Kalil. A brincadeira reforça o discurso que ele adotou ao longo de sua campanha, se proclamando apartidário.

 

Agência Brasil

 

Goiânia: Iris Rezende diz que suas prioridades serão saúde, educação e trânsito

 

Danyele Soares – Repórter do Radiojornalismo

O prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), diz que as prioridades da sua gestão serão saúde, educação e trânsito. Ele venceu Vanderlan Cardoso (PSB) na disputa pelo segundo turno da capital goiana. Em entrevista coletiva, Iris destacou que pretende melhorar o trânsito na capital e os centros de Assistência Integrada à Saúde (Cais), além de investir em educação em tempo integral.

Iris Rezende (PMDB) é eleito prefeito de Goiânia

Prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende garantiu que nunca usou a posição política para obter vantagensArquivo/Agência Brasil

Emocionado, Rezende disse que quando abriu vantagem sobre o concorrente, se ajoelhou e agradeceu a Deus. Ele lembrou de fatos quando esteve à frente da prefeitura em outras três vezes e garantiu que nunca se privilegiou da posição política para obter vantagens. “Neste momento em que o mundo político está praticamente hostilizado pela maioria da população brasileira, um político de 82 anos se elege prefeito. Isso porque o meu comportamento em todos os mandatos foi alvo de exemplo. Nunca aceitei ao meu lado aproveitadores ou aqueles que tivessem interesses pessoais.”

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Após o resultado, o candidato derrotado Vanderlan Cardoso disse que respeita a vontade popular e reconheceu que Íris Rezende era um candidato forte, pois já foi prefeito da capital por três vezes. “Política é assim mesmo. Quase 300 mil votos aqui em Goiânia é uma vitória. Começamos com 11% das intenções de voto, agora fechamos com quase 43%. Acho que faltou a população entender que o nosso projeto era para desenvolver Goiânia. Só tenho que desejar que o candidato tenha condições de cumprir todas as promessas. Não houve erros na nossa campanha, só houve acertos”, disse. E garantiu que, como oposição, vai cobrar a implementação das propostas apresentadas por Rezende.

Apuração

A forte chuva que atingiu a capital atrasou o início da apuração das urnas. De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral, os votos começariam a ser apurados às 17h10, mas o levantamento começou com cerca de 15 minutos de atraso. Apesar disso, a eleição na capital foi tranquila, sem nenhuma ocorrência grave, segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

Goiânia registrou casos relacionados, por exemplo, a problemas com urnas ou impressoras, ausência de mesários e cadernos de votação perdidos, mas o TRE não soube informar o total de ocorrências no município, declarou apenas que foram 32 casos de problemas com urnas.

O secretário de Tecnologia da Informação do TRE-GO, Dory Rodrigues, explicou que o segundo turno, em geral, é mais tranquilo que o primeiro. Ele disse que neste domingo (30) a cidade ficou limpa, não havia panfletos ou “santinhos” nas ruas.

Rodrigues chamou a atenção para o índice de abstenção. Hoje, 24% dos eleitores não compareceram às urnas. No primeiro turno, o número foi 20%. “O segundo turno foi mais tranquilo por vários motivos. Uma votação só para o cargo de prefeito torna a votação mais simples para o eleitor, ele faz isso de maneira mais rápida. O cidadão também passou pelo primeiro turno, se acostumou com a urna. O mesário também pega o jeito de identificar o eleitor, mas nós percebemos que houve uma ausência maior no segundo turno em relação ao primeiro.”

 

Agência Brasil

 

 

Para o ministro do TSE, Gilmar Mendes os eleitores podem estar se sentindo distantes dos candidatos http://glo.bo/2eSyzVs #GloboNews

Eleições municipais no segundo turno tiveram grande número de abstenções, diz TSE

G1.GLOBO.COM

 

O PSDB foi o partido que elegeu o maior número de capitais, migrou de quatro para sete: http://glo.bo/2eptAuE #GloboNews

18 capitais votaram no segundo turno das eleições para prefeito

G1.GLOBO.COM

 

No Paraná, 206 locais de votação foram alterados: http://glo.bo/2ecybTB#GloboNews

Presidente do TSE diz que ocupação nas escolas gerou custo adicional de R$ 3 milhões

G1.GLOBO.COM

 

 

Número de votos brancos, nulos e abstenções deixa claro que o eleitor se desencantou: http://glo.bo/2dTFYqW

21,55% dos eleitores se abstiveram de votar neste segundo turno

G1.GLOBO.COM

 

 

Emanuel Pinheiro, do PMDB, vai governar Cuiabá pelos próximos 4 anos:http://glo.bo/2eKdmQ8 #GloboNews

Emanuel Pinheiro é eleito prefeito de Cuiabá

G1.GLOBO.COM

 

 

Candidato venceu Léo Moraes, do PTB http://glo.bo/2f6TSSD #G1

Dr Hildon, do PSDB, é eleito prefeito de Porto Velho

G1.GLOBO.COM

 

 

Tucano venceu Marcelo Ramos, do PR http://glo.bo/2f2aOem #G1#Eleições2016

Artur Neto, do PSDB, é reeleito prefeito de Manaus

G1.GLOBO.COM

 

 

Prefeito reeleito do Recife diz que é preciso voltar a acreditar na política

 

Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil

Com um tom de conciliação e defesa da política como um meio necessário para a sociedade, o prefeito reeleito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), fez seu primeiro discurso depois do resultado do segundo turno, em um hotel de Boa Viagem, hoje (30) à noite. “A política é necessária. As pessoas precisam voltar a acreditar na política. E a gente pôde ver esse ano que muita gente estava fazendo isso pela primeira vez”, disse.

O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), disputa a reeleição

O prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), obteve 61,30% dos votos válidosJosé Cruz/Arquivo/Agência Brasil

Júlio obteve 61,30% dos votos válidos, enquanto o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) conseguiu 38,70%. Foi a maior votação já conquistada na disputa pela prefeitura da capital pernambucana e a segunda maior votação em capitais brasileiras no segundo turno, apesar de pequena margem de diferença em relação a outras disputas. O mais votado, proporcionalmente, foi Dr Hildon (PSDB), eleito em Porto Velho (RO).

De acordo com o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), a eleição de Geraldo Júlio era uma prioridade para o PSB nacional. Com essa última vitória, a legenda passa a comandar 70 dos 185 municípios do estado. Como prefeito, ele homenageou o responsável por eleger ambos os chefes do Executivo, que não tinham experiência em cargos eletivos: o ex-governador e ex-candidato à Presidência da República Eduardo Campos.

O vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) disse que, diante de um quadro de crise, “confusão de ideias” e instabilidade institucional, econômica e financeira, Geraldo surge como “um líder, uma marca particular que tem a maior importância nesse cenário político brasileiro, que é a capacidade de unir os diferentes”. Sua coligação, Frente Popular do Recife, teve 20 partidos.

Unificação

Geraldo Julio também repetiu, em diversos trechos do discurso e depois, na breve entrevista que deu à imprensa, que é preciso unificação para superar a crise. "Nós queremos governar para todo o Recife. O Brasil já vive um momento de muitas dificuldades e o que a gente quer é unir os recifenses para poder vencer essas dificuldades", disse. Questionado como faria o prometido em um cenário de baixa arrecadação e queda de repasses federais, Julio disse que a prefeitura "aumentou a capacidade de investimento” e vai continuar nessa linha. “É muito mais, em tempo de vacas magras, do que se fazia antes. Vamos continuar esse trabalho".

A prioridade dos próximos quatro anos, segundo o político, é a educação. “É pela educação que a gente constrói um futuro. Então a gente tem como ação mais importante até agora, todo trabalho, todo investimento, toda transformação que a gente vem fazendo na educação a gente vai continuar com isso. Mas cuidando sobretudo de combater desigualdade, injustiça e gerar oportunidade", diz.

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Depois de falar com a imprensa Geraldo Júlio foi comemorar a vitória no Marco Zero, localizado no histórico Bairro do Recife (conhecido como Recife Antigo), onde um palco foi montado na Avenida Rio Branco. Atrações musicais estavam previstas para a festa.

Candidato derrotado

João Paulo também falou com a imprensa, em seu comitê de campanha, depois da divulgação do resultado. Ele disse estar feliz com o resultado. “Foi uma grande vitória ter passado para o segundo turno”, avaliou, e atribuiu a vitória do oponente a uma série de fatores – e aproveitou a oportunidade para criticar o governo de Geraldo Júlio.

“Eu acho que nós acertamos 100% na política. Estou altamente convencido, fazia muito tempo que eu não via o PT tão unificado, apesar das dificuldades que tivemos. Fazia muito tempo que eu não via tanto militante ir para as ruas, de forma espontânea, fazer a campanha. Mas vocês hão de convir que o 'David Copperfield' [se referindo a Geraldo Júlio] vendeu uma realidade e enganou parcela da população. A realidade mostrada no seu programa, muito competente tecnicamente, mas fruto de uma ficção”, disse.

Para o ex-prefeito, o resultado das eleições expressou também uma “perseguição seletiva por parte da mídia nacional”. “Tivemos muita dificuldade por causa do ódio que foi colocado contra o Partido dos Trabalhadores nacionalmente”, disse. Ele também cita as dificuldades financeiras passadas na campanha, que teve menos recursos que a do PSB.

O metalúrgico, que antes de Geraldo Júlio tinha sido o único prefeito do Recife a ser reeleito, quando questionado sobre os planos pós eleição, disse que seu futuro “é com o povo”. “É a luta, a resistência. Um político de verdade, que honra a luta do povo, não pode fazer tudo para estar em um cargo, seja de vice ou de prefeito, eu nunca faria isso”, disse. “Vamos ver mais para frente que cargo vou disputar. Mas não tenho nenhuma pretensão de sair da eleição pensando em disputar”.

O PT informou que continuará sendo oposição ao PSB em Pernambuco e que o projeto dos socialistas deixou de ter compromisso com o estado e com o Recife e passou a objetivar a manutenção de um grupo no poder.

Números

Dos 1.119.245 das pessoas aptas a votar na capital pernambucana, 86,84% compareceram às urnas, 147.282 eleitores se abstiveram de participar da votação neste domingo. Votos nulos são 7,87% do total válido, ou 76.523 pessoas e os brancos, 3,46% ou 33.589. Somado aos eleitores que se abstiveram, 257.394, representa quase 23% dos aptos a votar.

 

Agência Brasil

 

 

Edivaldo Holanda é reeleito prefeito de São Luís

 

Da Agência Brasil

Edvaldo Holanda é reeleito prefeito de São Luiz

Edivaldo Holanda é reeleito prefeito de São LuizDivulgação

O candidato Edivaldo Holanda Júnior (PDT) venceu a disputa para a prefeitura de São Luís com 53,8% dos votos válidos, não podendo mais ser alcançado pelo adversário, Eduardo Braide (PMN), que ficou com 46,20% dos votos válidos. Até agora foram apuradas 92,78% das urnas.

O empresário Edivaldo Holanda Júnior tem 38 anos e é o atual prefeito de São Luís. Antes de chegar ao Executivo municipal, em 2012, Holanda Júnior foi vereador por São Luís de 2005 a 2010. Foi reeleito em 2008 e se afastou do cargo para concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele se elegeu-se deputado federal com 104.015 votos, o mais votado na cidade de São Luís.

Em 2012 candidatou-se a prefeito da cidade. Foi para o segundo turno com o então prefeito de São Luís, João Castelo. Mesmo tendo menos votos que Castelo no primeiro turno, conseguiu desbancar o adversário e se eleger prefeito com 56,06% dos votos válidos.

 

Agência Brasil

 

Prefeito de Manaus destaca experiência política para administrar capital do AM

 

Bianca Paiva - Correspondente da Agência Brasil

Reeleito em Manaus, o prefeito Arthur Vírgílio Neto, do PSDB, festejou a vitória contra o candidato Marcelo Ramos, do PR, no comitê de campanha na zona leste da cidade. Em seu primeiro discurso, ele destacou a importância da experiência política para administrar a capital amazonense em um momento de crise econômica no estado e no país.

“Os anos de 2017 e de 2018 serão anos muito difíceis. Nós temos que ter gente experiente no timão dessa cidade para atravessá-la para o outro lado do rio. É um barco que não pode adernar, um barco que não vou deixar afundar. O estado quebrou, mas Manaus não vai quebrar. É preciso gestão e a gestão vem a partir da boa fé, da experiência, da criatividade positiva que nasce da própria experiência. Eu vou usar sempre tudo isso em favor da cidade que eu amo, da cidade onde eu nasci”, disse o prefeito

Arthur Virgílio tem 70 anos e foi eleito prefeito de Manaus pela terceira vez. Ele já foi deputado federal, senador e ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo de Fernando Henrique Cardoso.

Arthur Virgílio Neto

Arthur Virgílio Neto foi eleito prefeito de ManausPedro França/Agência Senado

O prefeito disse que a implantação do BRT, um tipo de sistema de transporte rápido com ônibus, será uma das prioridades nos próximos quatro anos e que espera ajuda do governo federal. Arthur Virgílio disse ainda que o vice, Marcos Rotta, ficará a frente do projeto e de outras iniciativas importantes para administração da cidade.

“Eu preciso de ajuda federal. Eu conto com essa ajuda. O nosso BRT sairá do papel. Nós estamos em tratativas avançadas com o ministro das Cidades, Bruno Araújo, porque o BRT é uma saída para esse cansado modelo de transporte coletivo que nós temos”, disse Arthur Virgílio.

O prefeito obteve 55,96% dos votos válidos, contra 44,04% de Marcelo Ramos. Arthur recebeu quase 124 mil votos a mais em relação ao adversário. Nesse domingo, 1.137.653 eleitores compareceram às urnas em Manaus. O percentual de abstenções, ficou em 9,50%, o de votos em branco em 2,92% e de nulos em 9,50%.

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) e órgãos estaduais de segurança classificaram como tranquilo o segundo turno da eleição para prefeito na capital. Dezoito urnas, das 3.322 disponibilizadas, precisaram ser substituídas. Duas pessoas foram detidas por suspeita de compra de votos. Também houve denúncia de compra de votos em um posto de combustíveis.

“Esse segundo turno teve um aspecto bem diferente, foi bem mais tranquilo em número de ocorrências, de situações de maior relevo tanto para as polícias Federal, Civil e Militar, para a Justiça, Forças Armadas e Ministério Público Federal. Todas essas denúncias serão apuradas pela PF quanto pelo MPF e, posteriormente, caso seja constatada algum tipo de irregularidade eleitoral relevante, que possa causar gravidade ou alterar o resultado do pleito, isso certamente será levado para a Justiça Eleitoral para punir os eventuais responsáveis”, disse o Procurador Regional Eleitoral, Vitor Riccely.

 

Agência Brasil

 

Roberto Cláudio promete mais investimento para saúde e segurança em Fortaleza

 

Edwirges Nogueira - Correspondente da Agência Brasil

O prefeito reeleito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) festejou sua vitória nas urnas no comitê de sua campanha, no bairro Cocó. Uma multidão acompanhou o primeiro discurso do candidato, que superou o adversário Capitão Wagner (PR) por 53,57% dos votos válidos contra 46,43%.

Roberto Cláudio disputa o segundo turno em Fortaleza

Roberto Cláudio foi reeleito prefeito de FortalezaDivulgação/Assessoria de Roberto Cláudio

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De cima da caçamba de uma caminhonete, o prefeito agradeceu o apoio dos eleitores. “Só vale a pena tudo isso porque há uma grande razão por trás do nosso desejo e do nosso trabalho: é continuar servindo Fortaleza, transformando nossa cidade. E quem deu energia, amor, força, confiança foram vocês, do primeiro ao último dia.”

Após falar com o público, Roberto Cláudio concedeu entrevista coletiva acompanhado de apoiadores, como o governador do Ceará, Camilo Santana, e o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes, e da primeira-dama Carol Bezerra e seu vice, Moroni Torgan.

Assim como na entrevista concedida àAgência Brasil, ele reiterou a intenção de ampliar os investimentos em saúde. “A tarefa agora é garantir a informatização dos postos e a regularidade da central de abastecimento de medicamentos, garantindo que todo posto tenha aquele mínimo de 84 medicamentos. Há um grande desafio logístico de antecipar a falta em cada posto. Mesmo as grandes farmácias vivem esse desafio”, disse.

Roberto Cláudio também falou sobre um projeto de aperfeiçoamento da atuação da Guarda Municipal. A ideia, segundo ele, é integrar a ação da guarda com a Polícia Militar. “Nós vamos implantar nas principais áreas e espaços públicos cabines da Guarda Municipal com câmeras de vigilância. Para cada duas equipes dessas, haverá uma equipe do Raio [Ronda de Ações Intensivas e Ostensivas, da Polícia Militar] integrada, para garantir maior segurança nos espaços públicos.”

Perguntado sobre como fará para captar recursos com o governo municipal sendo oposição ao governo do presidente Michel Temer, o prefeito reeleito minimizou a situação e disse que pretende captar valores para projetos da prefeitura também em outras fontes. “Bons argumentos, projetos de qualidade e capacidade de articulação são importantes para captar recursos não só no governo federal, mas em organismos internacionais. Creio que o bom senso e a isenção sempre devem prevalecer numa república como o Brasil.”

 

Agência Brasil

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