quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Após impeachment, coordenação nacional do MST diz preparar novas invasões

Um dos membros da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Alexandre Conceição, disse, após o último pronunciamento da ex-presidente Dilma Rousseff, que a organização prepara novas invasões de terras para as próximas horas em protesto ao que considera um golpe de Estado.

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MST promete novas invasões após impeachment da ex-presidente DilmaDivulgação

"Os movimentos do campo iniciarão, a partir dos próximos dias ou das próximas horas, invasões de terras, de latifúndios", disse Conceição, da coordenação nacional do MST, que acompanhou a votação do impeachmentno Palácio da Alvorada.

Conceição disse que a mobilização pretende mostrar que os movimentos organizados do campo não aceitam o novo governo do agora presidente Michel Temer, considerado hostil ao trabalhador rural por ter sinalizado retrocessos na política de reforma agrária.

"De agora em diante é luta, a ocupação de latifúndios, mobilizações, atos públicos e invasões de prédios públicos, se necessário", disse Conceição. Segundo o MST, as mobilizações devem culminar com o Grito dos Excluídos, uma manifestação anual conjunta de diversos movimentos sociais que é tradicionalmente comemorada no dia 7 de setembro.

UNE

A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou uma nota nesta quarta-feira em que diz que a entidade quer um plebiscito para consultar a população sobre a realização de novas eleições e afirmando que o “Brasil sofreu um golpe”.

“A União Nacional dos Estudantes mais uma vez marca o seu lado na história, ao lado da democracia, contra essa conspiração, este golpe político-institucional que engendrou uma fratura ao estado democrático de direito”.

Segundo a nota, o impeachment de Dilma, deu posse a “um governo ilegítimo que impõe agora uma agenda retrógada e privatista que não foi eleita nas urnas e tem alvo certo: estudantes, trabalhadores, mulheres, negros e LGBTs [lésbicas, gays, bissexuais, pessoas trans e intersexuais]”.

A UNE diz que apoia a proposta de um plebiscito sobre novas eleições porque acredita que é um “instrumento legítimo, constitucional e democrático que apela à soberania maior de uma democracia: o voto popular”.

 

 

Agência Brasil

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