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domingo, 28 de agosto de 2016

Vendedora assassinada festejava um dia de bons negócios

Cristine Fonseca Fagundes compartilhou com funcionários da escola do filho o contentamento por novidades na rotina como representante comercial da empresa da família

Por: Larissa Roso

26/08/2016 -

Vendedora assassinada festejava um dia de bons negócios Repreodução/Facebook

Cristine foi atacada quando esperava o filho na saída do Colégio Dom Bosco, em Porto AlegreFoto: Repreodução / Facebook

Cristine Fonseca Fagundes chegou feliz à biblioteca do Colégio Dom Bosco, em Porto Alegre, no início da tarde de quinta-feira, cerca de quatro horas antes de morrer. Levara para a aula o caçula, aluno da 7ª série, e aproveitava para utilizar o serviço de fotocópias disponível no local. 

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Compartilhou com os funcionários do setor a razão do contentamento: tinha acabado de fechar negócio entre a empresa da família, em que atuava como representante comercial de um catálogo de itens de limpeza e cosméticos, e uma rede de supermercados.

– Se um dia vocês entrarem lá e sentirem um cheirinho bom, saibam que são os meus produtos – anunciou.

Grande parte do trabalho da vendedora era externo, visitando clientes na Capital e na Região Metropolitana. Duas ou três vezes por semana, ela costumava ir à sede da Maxsane, em Cachoeirinha, para buscar material e dar telefonemas. Na manhã de sexta-feira, o clima era de consternação entre os funcionários. 

A atendente da área administrativa Deise Fontoura conhecia Cristine há quase 30 anos. O último contato entre ambas foi às 16h de quinta, quando a vendedora encaminhou um pedido. 

– Ela era muito simpática, educada, agradável, querida, tranquila – enumera Deise. 

Após o expediente, Cristine sempre buscava o filho no Dom Bosco. Mãe de um colega de turma do menino, a empresária Vanessa Möller Neis conversava com frequência com a representante comercial sobre a rotina de estudos dos guris.

– Era uma mãezona superpresente, extremamente esforçada em fazer o melhor para os filhos. Estava todos os dias dentro da escola – recorda. 

Na quinta-feira, Vanessa aguardava no estacionamento da instituição de ensino, fazendo um lanche dentro do carro, no momento em que Cristine foi atacada, ao lado da filha adolescente, nos arredores do colégio. Com o rádio ligado, a empresária não ouviu o barulho do tiro, mas percebeu uma movimentação incomum. 

O nome da vítima logo começou a circular. Ao fim do turno, quando os estudantes começaram a deixar o prédio, Vanessa procurou pelo filho de Cristine.

– Fiquei com medo de que ele deparasse com aquela cena horrível – conta Vanessa.O garoto foi informado da morte da mãe apenas na manhã desta sexta-feira, pelo pai, médico residente em Criciúma (SC), de quem a representante comercial era separada.

 

Zero Hora

 

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