quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Thiago Pereira vai a final dos 200 metros medley com o terceiro melhor tempo

Com o terceiro melhor tempo, o nadador brasileiro Thiago Pereira se classificou hoje (10) para a final da prova dos 200 metros medley no masculino. Thiago ficou atrás do multicampeão olímpico Michael Phelps e do também norte-americano Ryan Lochte.

O brasileiro alcançou a vaga na segunda semifinal, em que também ficou em terceiro lugar, com o tempo de 1:57.11, atrás de Phelps e Lochte.

A prova final dos 200 metros medley no masculino será disputada na noite desta quinta-feira (11). O Brasil ainda não conquistou nenhuma medalha nas piscinas olímpicas da Rio 2016. 

 

Agência Brasil

 

Mudança de alcalinidade deixou água verde no Parque Maria Lenk, diz Rio 2016

 

Marcelo Brandão - Enviado especial da Agência Brasil

À esquerda, piscina da prova dos saltos ornamentais, com águas esverdeadas, ao lado da piscina das competições de polo aquático no Parque Maria Lenk

À esquerda, piscina da prova dos saltos ornamentais, com águas esverdeadas, ao lado da piscina das competições de polo aquático no Parque Maria LenkReuters/Antonio Bronic/Direitos Reservados 

Quem estava no Parque Aquático Maria Lenk ontem (9) certamente estranhou a mudança da cor na água da piscina utilizada nas provas de saltos ornamentais. A água adquiriu uma coloração esverdeada, que ficou mais evidente na comparação com a piscina ao lado, utilizada nas partidas de polo aquático. De acordo com o Comitê Rio 2016, o esverdeamento se deu por uma mudança na alcalinidade da água e não oferece risco aos atletas.

“Uma mudança súbita na alcalinidade, foi esta a razão. Níveis de PH estão no padrão exigido. Tratamos as duas piscinas à noite e os níveis de alcalinidade foram melhorados, esperamos que a cor volte ao azul em breve”, disse hoje (10) o diretor executivo de comunicações do Comitê Rio 2016, Mário Andrada, em entrevista coletiva.

“Trouxemos uma equipe de especialistas para estudar estas conclusões. Não há absolutamente nenhum risco aos atletas ou a ninguém, os especialistas confirmaram isso”, completou Andrada.

A piscina, com água ainda esverdeada, recebe desde as 16h de hoje as finais dos saltos ornamentais masculinos, em saltos de três metros. Na piscina ao lado, ocorrem partidas da fase de grupos do polo aquático, em que o Brasil enfrenta a Sérvia às 19h30.

 

Agência Brasil

 

Judocas refugiados realizam sonho olímpico e conquistam torcedores

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

Ao ouvir um jornalista perguntar em francês, idioma falado na República Democrática do Congo, a refugiada Yolande Bukasa até tentou nas primeiras palavras, mas respondeu em português. No Brasil, desde 2013, a atleta realizou hoje (10) o sonho de participar dos Jogos Olímpicos ouvindo os brasileiros e estrangeiros gritarem seu nome e, apesar da derrota na primeira luta de judô, saiu feliz e de cabeça erguida.

"Ouvi muita gente me chamando, senti como se estivesse na minha casa. Fiquei muito feliz, senti que muita gente gostou de mim", disse a judoca, que prometeu: "Vou continuar a lutar, claro. Estou forte e estou nova. Vou lutar mais e não vou parar, não. A luta não é só o judô, é a luta da vida. Estou lutando pela minha vida".

A judoca refugiada Yolande Bukasa enfrenta a israelense Linda Bolder

A judoca refugiada Yolande Bukasa (de branco) enfrenta a israelense Linda Bolder Reuters/Toru Hanai/Direitos Reservados 

Quando foi anunciada para entrar no tatame, Yolande foi muito aplaudida pelo público nas arquibancadas, que gritaram seu nome e a motivaram durante a luta, contra a israelense Linda Bolder, na categoria até 70 quilos. A judoca é protagonista de uma trajetória que começa no bombardeio de sua vila e na perda de toda a família, aos 10 anos, passa pelo abandono dos dirigentes de seu país quando chegou ao Brasil e inclui muitas dificuldades financeiras quando morava de favor em uma favela da zona norte da cidade e fazia bicos descarregando caminhões para sobreviver.

Agora, ela acrescenta à memória um capítulo de alegria. "Um dia, quando eu fizer minha familia, 'vou falar: filho, filha, que dia feliz na minha vida'. Está tudo guardado na minha recordação, na minha cabeça", sorri a atleta.

Assim como o passado de guerra e dificuldades, o calor da torcida e o sorriso do sonho realizado fazem parte da história do também congolês Popole Misenga, que fez o público vibrar com a vitória sobre o indiano Avtar Singh, na categoria até 90 quilos. Popole nasceu na mesma vila que Yolande e a acompanhou em boa parte dos obstáculos até que os dois chegassem ao tatame olímpico.

"Quando entrei, pensava que não ia ter nenhum torcedor, e, então, vi que o Brasil inteiro está torcendo pra mim. Fiquei emocionado. Senti que tinha que vencer essa primeira luta. E consegui vencer", comemora ele, que afirma se sentir brasileiro por ser casado com uma brasileira e ter uma filha que nasceu no país. Só que ele nem conseguiu saber se elas estavam na arquibancada. "Muitas pessoas estavam torcendo pra mim, não consegui olhar direito".

O segundo confronto de Popole foi com o campeão mundial Donghan Gwak, da Coreia do Sul, e surpreendeu pelo equilíbrio. O congolês conseguiu segurar o coreano até os quatro minutos e um segundo, e apenas no último minuto da luta sofreu o golpe que levou à derrota.

Popole Misenga enfrenta o campeão mundial Gwak Dong Han, da Coreia do Sul

Popole Misenga (azul) enfrenta o campeão mundial Gwak Dong Han, da Coreia do SulReuters/Toru Hanai/Direitos Reservados

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"Ele lutou até o último minuto e não conseguiu fazer nenhum golpe dele. Nas competições, vou atrás dele, vou pegar ele", disse orgulhoso o judoca, que espera conseguir apoio e patrocínio para realizar as ambições que não faz questão alguma de esconder. "Vou em outro evento, em outra Olimpíada, e vou atrás desse campeão do mundo para ganhar dele. Estou acreditando que vou ganhar".

Para os refugiados que o assistiram ou que ficarão sabendo de sua vitória, Popole deixa uma mensagem de confiança: "Não tire seus sonhos de você. Nós todos somos iguais, nós todos somos seres humanos. Dá pra fazer. Acredite".

Sensei

O orgulho de Popole e Yolande no dia de hoje só podia ser comparado ao de um mestre do judô brasileiro que já havia comemorado uma vitória nesta semana: o sensei Geraldo Bernardes, de 73 anos, que treinou os congoleses e também acompanhou a campeã Rafaela Silva desde os 8 anos de idade. Rafaela conquistou o primeiro ouro do Brasil na Rio 2016.

Geraldo faz questão de deixar registrado que Popole conseguiu fazer frente ao campeão mundial na maior parte de sua luta e afirma que o lutador pode mesmo enfrentar mais um ciclo olímpico. Ele conta sua "imensa satisfação" em ver os frutos do trabalho social no Instituto Reação, onde treina crianças e jovens de famílias pobres da Cidade de Deus, da zona oeste do Rio.

"Ele saiu com a medalha dele no peito, pra mim. E saí com a medalha social de ouro aqui no meu peito", disse ele.

Yolande e Popole chegaram ao Instituto Reação para treinar sem o compromisso de participar de competições internacionais, em 2015, e Geraldo conta que o cenário mudou quando o COI elegeu os atletas para entrar para o time de refugiados. A preparação que outros atletas fizeram em quatro anos de ciclo olímpico, os congoleses receberam em quatro meses e foi preciso ir das regras ao condicionamento físico para deixá-los prontos para enfrentar os melhores do mundo.

"Tive que ensinar de novo toda a regra da competição. Foi muito trabalho em pouco tempo que fizemos com eles", diz o técnico, que compara o seu trabalho a lapidar diamantes brutos e lembra que teve que muitas vezes ser também o preparador físico e o psicólogo dos dois. "Fiz um planejamento para que pudessem participar da concentração com a seleção brasilerira, e isso deu um upgrade muito grande, porque eles tinham muito pouco tempo".

Enquanto preparava os dois para a competição, ele também se preocupou com o futuro deles após o esporte e conta que o Instituto Reação conseguiu que a Universidade Estácio de Sá fizesse aulas de nivelamento para que eles possam tentar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e buscar uma profissão no Brasil. "Esporte, por melhor que seja, é passageiro. Estamos trabalhando sempre isso, o binômio educação e esporte".

Toda a dedicação criou laços afetivos entre os judocas e o mestre, que Yolande considera um pai. "O Instituto Reação é uma família, me senti como em casa. Meu professor Geraldo é meu pai. Ele me ajuda muito", reconhece, que também lembra do judoca Flávio Canto, presidente do instituto, e dos outros atletas que treinam com ela. "Todos me ajudaram muito. Vou falar pra eles muito obrigado. A luta acabou hoje, mas vamos treinar mais forte, mas muito, porque tem muitas lutas na frente. Estamos juntos".

Popole também reconhece o sensei por trás de sua garra para ir a outras competições: "O treinador mais forte do Brasil".

 

Agência Brasil

 

 

Cáritas-Rio reúne torcedores de vários países para apoiar judocas refugiados

 

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Refugiados do Congo e de outras nacionalidades que vivem no Rio se unem na torcida pela equipe de judocas refugiados, na sede da Cáritas (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Na sede da Cáritas, refugiados de várias nacionalidades torcem por judocas congolesesTânia Rêgo/Agência Brasil

Em clima de festa e de muita vibração, um grupo de refugiados reuniu-se nesta quarta-feira (10) na sede da Cáritas Rio de Janeiro, no bairro do Maracanã, para acompanhar, em um telão, a participação dos judocas congoleses Yolande Bukasa e Popole Misenga nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
Integrantes da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, os dois se apresentaram de hoje (10) em provas nas categorias 70kg feminino e 90 kg masculino, na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da Barra, na zona oeste da cidade.

Os dois vieram para o Brasil em 2013 para disputar o Mundial de Judô. Durante a competição, para fugir de sofrimentos no país de origem, eles se desligaram da delegação da República Democrática do Congo, buscaram refúgio no Rio e foram acolhidos pela Cáritas, um organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que está inserido nos trabalhos da Arquidiocese do Rio de Janeiro.
Yolande Bukasa e Popole Misenga tiveram que se adaptar e encontrar meios de manter o condicionamento físico. A vida de atleta voltou ao normal quando os dois conseguiram apoio da Universidade Estácio e do Instituto Reação, em Jacarepaguá, na zona oeste, e começaram a treinar com Geraldo Bernardes, que foi também treinador da judoca Rafaela Silva, medalha de ouro nos Jogos Rio 2016.

Mãe aos 14 anos

Uma das torcedoras na Cáritas era Mariama Bah, de 26 anos, que atualmente mora em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ela veio de Gâmbia para o Rio há dois anos. Na tribo de Mariama, é costume  meninas serem oferecidas em casamento. Foi assim que, aos 14 anos, que ela se tornou mãe.
Mariama contou que, por lá, as mulheres não têm facilidade para estudar. “Eu quis ser uma voluntária para a minha família e para o meu povo para poder educar mais pessoas possível, porque educação não é um luxo, mas uma necessidade”, disse a refugiada.

Ela espera para setembro a chegada da filha, que está com 12 anos ao Rio, porque não quer que a menina tenha o mesmo futuro dela. “O que eu passei não quero que a minha filha passe. Não foi um matrimônio que eu escolhi. Eu era uma criança”, afirmou Mariama, conseguiu voltar aos estudos e pretende um dia fazer faculdade de medicina. “É um sonho. Vamos ver o que vai dar.”

A gambiana interrompeu sua história ao ouvir o anúncio da entrada de Yolande no tatame. A comemoração foi imediata: “agora vai começar e eu vou torcer”, disse ela, encerrando delicamente a entrevista.

Luta

A judoca refugiada Yolande Bukasa enfrenta a israelense Linda Bolder

Yolande (E) perdeu para a israelense Linda Bolder e foi desclassificada Reuters/Toru Hanai/Direitos Reservados

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Porém, Yolande não resistiu à israelense Linda Bolder e foi eliminada. Ninguém queria a desclassificação de Yolande, mas a emoção de ver a congolesa disputando a Olimpíada foi mais forte. E ainda faltava a luta de Popole Misenga. Enquanto as crianças brincavam, a entrada do judoca na arena foi saudada pelo grupo com bandeiras do Congo e dos Refugiados. Durante a luta, muita apreensão e torcida forte. O grito de alívio surgiu com a vitória de Misenga sobre o indiano Avtar Singh. A comemoração veio com um coro cantado em lingala, uma das línguas faladas na República Democrática do Congo. “Bate ele. Bate ele, Popole”, traduziu para o português o eletricista Elvis Nigangu, de 23 anos.

Escolaridade

Fugindo da guerra em sua comunidade, Nigangu chegou ao Brasil há pouco mais de dois anos, com o ensino médio concluído e foi acolhido pela Cáritas, com uma tia e um irmão. No Rio, ele já conseguiu trabalhos de eletricista, mas atualmente está sem emprego. Para o futuro, o morador de Brás de Pina, na zona norte, pensa em se formar em engenharia.

Mireille Muluila, formada em relações internacionais, lembrou que entre os refugiados há muitos profissionais formados. “Temos médicos, temos engenheiros, temos jogadores. Temos tido mundo nos refugiados”, ressaltou Mireille. “Eles saem de seus países, não porque querem, mas porque são forçados para buscar paz, para buscar outra vida, para fugir da guerra.”

Para Mireille, que trabalha na Cáritas ensinando português a seus companheiros, a participação dos judocas defendendo a Equipe Olímpica de Atletas Refugiados é motivo de orgulho “Representa muito. Representa força e representa a conquista, a chegada a algum lugar. Chegaram sem nada, saíram de seu país sem conhecer ninguém. Sair de seu país e deixar tudo que se construiu para buscar refúgio em outro país não é uma coisa pequena. É muito difícil ficar longe da família."

Há um ano e sete meses no Brasil, Agostinio Nzinga conseguiu se empregar em uma loja que vende material do Flamengo. O congolês disse que já conhecia de nome o ex-jogador de futebol Zico, um dos ídolos do clube, e aí a identificação veio logo após conhecer a torcida rubronegra. Hoje ele faz parte da Fla Refugiados, com bandeira e camiseta.
Para Agostinio, é motivo de satisfação ver que congoleses que passam por situação igual à sua conseguiram destaque no esporte. “Participar de uma competição dessas já é muito grande, para ela [Yolande] e para nós. Em outro campeonato que vai vir, ela vai ser selecionada de novo”, disse Agostinio, esperançoso com a continuidade da carreira de esportista da compatriota.

Popole Misenga foi desclassificado na segunda luta, quando entrou no tatame contra o sul-coreano Donghan Gwak.

Popole Misenga enfrenta o campeão mundial Gwak Dong Han, da Coreia do Sul

Popole perdeu a segunda para o campeão mundial Gwak Dong HanReuters/Toru Hanai/Direitos Reservados

A formação da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados foi uma iniciativa do Comitê Olímpico Internacional e teve apoio da Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados (Acnur), que atuam juntos há mais de 20 anos, para promover os esportes como meio de desenvolvimento e bem-estar dos refugiados, em especial das crianças.

A equipe olímpica é composta por 10 refugiados. Dois nadadores sírios, os judocas da República Democrática do Congo, um maratonista da Etiópia e cinco corredores do Sudão do Sul. De acordo com a Acnur, eles deixaram o país de origem por causa de conflitos, perseguições e violações dos direitos humanos, e encontraram refúgio na Alemanha, na Bélgica, no Brasil, em Luxemburgo e no Quênia.

 

Agência Brasil

 

Justiça Global denuncia violência contra população para realização da Olimpíada

 

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

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A Organização Não Governamental (ONG) Justiça Global denunciou o Estado Brasileiro à Organização das Nações Unidas por violações de direitos humanos contra moradores de favelas e periferias da cidade do Rio de Janeiro, durante a preparação da cidade para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o que resultou no crescimento da estatística de mortos pela polícia.

Em junho, 60 dias antes da realização dos Jogos, o percentual de civis mortos pela polícia – autos de resistência – na capital fluminense, foi 104% maior em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do próprio governo do estado. Em maio, esse aumento foi de 122% em relação a maio de 2015. Entre janeiro e junho, o aumento do número de mortes provocadas por intervenções policiais foi de 16%, com cerca de 200 casos, o que equivale a uma morte a cada 24 horas.

O informe com as denúncias foi enviado à Relatoria de Execuções Sumárias, Arbitrárias ou Extrajudiciais da Organização das Nações Unidas (ONU). A ONG usa como base para as denúncias os números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública. Em todo o estado, o número de mortes causadas por autos de resistência aumentou 14% no primeiro semestre deste ano em comparação com do ano passado.

"Historicamente, a polícia do Rio de Janeiro viola direitos e mata de forma sistemática nas favelas e periferias. Os megaeventos, que têm seu auge nas Olimpíadas, são o principal argumento para a perpetração do terror de Estado sobre essas populações, que são de maioria negra", afirmou a pesquisadora da Justiça Global, Monique Cruz.

O documento enviado pela Justiça Global ressalta ainda a escalada dos tiroteios durante as incursões policiais em favelas da cidade. Alguns exemplos de violações são citados no documento como o caso de Costa Barros, zona norte da cidade, quando cinco jovens foram executados dentro de um carro, em novembro de 2015, com mais de 100 tiros efetuados por policiais militares. Outro exemplo de violência policial seguida de morte é o de um jovem que levou um tiro na cabeça em Manguinhos, zona norte, em abril, durante operação da Polícia Militar, e de um adolescente também morto com dois tiros nas costas em março.

Segundo a Justiça Global, os casos relatados são exemplos claros da persistência de práticas de tortura e de execução sumária, dentre outras violações de direitos humanos, nas favelas do Rio de Janeiro. Para a organização, o estado brasileiro segue ignorando recomendações importantes para o enfrentamento da violência policial, o que reflete a falta de compromisso de governantes com uma política de segurança menos letal, que pare de encarar a morte como critério de eficiência e que esteja comprometida com o fim dos grupos de extermínio e a defesa da vida.

A Secretaria de Estado de Segurança informou que investe, desde 2007, no processo de pacificação nas comunidades e implantação do Sistema Integrado de Metas. A secretaria mencionou ainda uma série de medidas para reduzir os índices citados: diminuiu a utilização de fuzis, criou o Centro de Formação do Uso Progressivo da Força, e a Divisão de Homicídios, que inclusive passou a investigar os homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial. “Desde 2007, 2.038 policiais foram expulsos das corporações pelas corregedorias”, diz a nota, ao ressaltar o apoio que dá ao Governo Federal no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos com avaliações de riscos, análises de ameaças e escoltas de deslocamentos.

 

Agência Brasil

 

 

Fiscais identificam trabalho irregular em instalações da Vila Olímpica do Rio

 

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

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Cerca de 3.500 trabalhadores trabalham em situação irregular em bares e lanchonetes nas instalações olímpicas do Rio de Janeiro, segundo o Ministério do Trabalho. Auditores fiscais constataram irregularidades na contratação de trabalhadores e as empresas envolvidas foram convocadas para adequação de procedimentos e poderão ser autuadas.

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A ação fiscal foi realizada na segunda-feira (8) e terça-feira (9), em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Os fiscais constataram que os empregados exerciam jornadas de trabalho sem controle efetivo de duração e recebiam alimentação inadequada, como sanduíches e salgadinhos. Em algumas instalações, os trabalhadores não tinham assentos para descanso e em trabalhavam em quiosques sem cobertura. Na hora do almoço, tinham que sentar no chão para fazer refeições.

As empresas responsáveis pelos trabalhadores foram convocadas para prestar esclarecimentos em reuniões e assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC). Até o momento, não nenhum auto de infração foi lavrado. As empresas terão que cumprir as medidas estabelecidas e as recomendações também serão encaminhadas ao Comitê Rio 2016.

Entre as recomendações, estão a garantia do acesso de trabalhadores a refeitório, instalação de água em local de fácil acesso, fornecimento de alimentação saudável e adequada no mínimo duas vezes por dia, para jornadas de oito horas e assentos para descanso em locais que possam ser utilizados por todos os trabalhadores durante as pausas.

O Ministério do Trabalho tem sete equipes de Auditores-Fiscais do Trabalho em atuação durante o megaevento. Até o fechamento desta reportagem, o Comitê Olímpico Rio 2016 não havia se pronunciado a respeito.

 

Agência Brasil

 

 

Motivo da piscina "verde"

Antonio Bronic/Reuters

O Comitê Organizador da Rio-2016 admitiu erro no tratamento da água do Parque Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico. A água da piscina de saltos ornamentais apareceu verde nas provas de ontem e hoje, a de polo aquático também estava com a mesma cor.
A Federação Internacional de Natação informou que produtos químicos do reservatório de água vazaram para a piscina, o que alterou o pH e a cor, mas que isso não é prejudicial às competições. Leia mais

 

 

Mercado em queda

Karen Bleier/AFP

O Ibovespa fechou hoje em queda de 1,33%, com 56.919,78 pontos. A baixa de hoje foi influenciada, principalmente, pelo desempenho negativo das ações da Petrobras, da Vale e dos bancos.
O dólar também teve queda de 0,28%, cotado em R$ 3,132 na venda. Foi a sétima baixa seguida da moeda norte-americana, que se mantém no menor valor desde 13 de julho de 2015, quando terminou o dia valendo R$ 3,131. Leia mais

 

 

Empreiteiro indiciado

Rafael Arbex/Estadão Conteúdo

Em vias de fechar acordo de delação premiada com a força-tarefa da Operação Lava Jato, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A OAS disse que não comentaria o indiciamento de Léo Pinheiro. Leia mais

 

 

Black Sabbath x câncer

Reprodução/The Birmingham Mail

E uma boa notícia pra quem gosta de rock. Prestes a vir ao Brasil para uma turnê com o Black Sabbath, Tony Iommi anunciou que o tratamento contra o câncer funcionou e ele está em processo de remissão.
O guitarrista de 68 anos enfrentava um câncer linfático desde 2012. No começo do ano passado, ele chegou a declarar que tinha 30% de chances de cura e não sabia quanto tempo mais teria de vida. Leia mais

 

 

Medalha de ouro em mobile

iStock

Seis em cada dez brasileiros que acessam a internet acabam optando pelo smartphone para navegação. É o que apontam dados da empresa de pesquisa Ipsos, que ouviu 34 mil pessoas entre abril de 2015 e março deste ano.
O índice (62%) cresceu quase oito vezes desde a Olimpíada de 2012, quando apenas 8% dos brasileiros acima de 13 anos navegavam na internet pelo dispositivo móvel. Hoje, a maioria dos brasileiros acessa a internet pelo celular. Leia mais

 

 

Ministra Cármen Lúcia é eleita presidente do Supremo

 

André Richter – Repórter da Agência Brasil

A ministra Carmen Lúcia, do STF, participa da abertura Oficina para Validação das Diretrizes Nacionais para investigação dos feminicídios (Valter Campanato/Agência Brasil)

A ministra Cármen Lúcia toma posse no dia12 de setembroArquivo/Valter Campanato/Agência Brasi

A ministra Cármen Lúcia foi eleita hoje (10) presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e vai ocupar o cargo pelos próximos dois anos. A partir do dia 10  de setembro, a ministra ficará no lugar do atual presidente, Ricardo Lewandowski. A eleição foi simbólica, porque a ministra já ocupa o cargo de vice-presidente da Corte.

Cármem Lúcia Antunes Rocha foi indicada para o Supremo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e tomou posse em 2006. A ministra nasceu em Montes Claros (MG) e formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC), em 1977. Ela será a segunda mulher a assumir o cargo. A primeira foi a ex-ministra Ellen Gracie.

Após a eleição, a ministra agradeceu a confiança de seus pares e reiterou o juramento de cumprir a Constituição. Ela também afirmou que fará o melhor para o Judiciário, como a ajuda dos colegas de Supremo.

Com a posse da ministra, marcada para o dia 12 de setembro. o vice-presidente da Corte será o ministro Dias Toffoli.

 

Agência Brasil

 

Robenilson de Jesus vence argelino e avança na disputa do peso galo

 

Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil

O pugilista brasileiro Robenilson de Jesus, 28 anos, venceu hoje (10) o argelino Fahem Hammachi, 24 anos, na categoria peso galo, até 56 quilos, nos Jogos Olímpicos Rio 2016

O pugilista brasileiro Robenilson de Jesus avançou para as oitavas de final na categoria peso galoReuters/Adrees Latif/Direitos Reservados

Em decisão dividida, o pugilista brasileiro Robenilson de Jesus, 28 anos, venceu hoje (10) o argelino Fahem Hammachi, 24 anos, na categoria peso galo, até 56 quilos, nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Com a vitória, Robenilson passa para as oitavas de final da categoria e enfrenta, no domingo, às 12h15, o norte-americano Shakur Stevenson.

Mais agressivo, Robenilson lutou melhor o primeiro round. Em desvantagem, o argelino mostrou mais intensidade no segundo assalto. Mostrando mais tranquilidade, o brasileiro foi melhor último round e venceu a luta.

>> Acompanhe aqui a Rio 2016

 

Agência Brasil

 

 

Michel Borges vence no boxe e avança para quartas de final

 

Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Michel Borges vence croata e avança para as oitavas de final no boxe

Michel Borges vence croata e avança para as oitavas de final no boxeReuters/Adrees Latif/Direitos Reservados 

O boxeador brasileiro Michel Borges venceu hoje (10) o croata Hrvoje Sep nas oitavas de final da categoria peso meio-pesado masculino (81 quilos) nos Jogos Olímpicos do Rio.
A vitória veio nos pontos, por 3 rounds a 0, na Arena do Riocentro.

Nas quartas de final, no domingo (14), Borges enfrentará o cubano Julio Cesar La Cruz.

 

Agência Brasil

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