Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, Suzane também saiu da prisão no Dia das Mães. Na ocasião, ela foi presa antes de retornar ao presídio por ter fornecido um endereço falso
Por: Estadão Conteúdo
Suzane von Richthofen foi condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos paisFoto: Robson Fernandjes / Agência Estado
A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, deixou o presídio na manhã desta sexta-feira, beneficiada pela saída temporária do Dia dos Pais. Ela deve retornar à Penitenciária Feminina de Tremembé, onde cumpre a pena em regime semiaberto, na próxima terça-feira.
A saída foi cercada de sigilo, já que, a pedido da Defensoria Pública, foi decretado segredo de Justiça no processo de Suzane, incluindo a execução da pena. O argumento foi de que a excessiva exposição pela imprensa causava transtornos à presa.
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A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que, em razão da decisão judicial, nenhuma informação pode ser dada sobre a presa. A reportagem apurou que Suzane já poderia ter deixado a penitenciária na quinta-feira, mas acabou adiando a saída para esta sexta.
A SAP não informou onde Suzane passaria o Dia dos Pais. Amigos de Rogério Olberg, namorado de Suzane, disseram que ela estava sendo esperada em Angatuba, onde ele mora.
Dia das Mães
Suzane também saiu da prisão pelo Dia das Mães, no mês de maio. Na ocasião, ela foi presa antes de retornar ao presídio por ter fornecido um endereço falso à administração penitenciária.
A detenta foi encontrada pela polícia em um sítio pertencente a familiares de seu namorado, Rogério Olberg, em Angatuba, interior de São Paulo. Levada de volta ao presídio, ela foi para uma cela solitária.
O Ministério Público chegou a pedir que a detenta fosse punida com a regressão ao regime fechado e perda do direito à saída temporária, mas a Justiça entendeu que Suzane não agiu de má fé. A divergência no endereço foi atribuída a uma falta de atualização no cadastro da SAP.
Suzane foi condenada por ter tramado a morte dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, assassinados pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, em 31 de outubro de 2002. Daniel, na época namorado de Suzane, e Cristian também foram condenados pelos crimes.
*Estadão Conteúdo
Brasil supera Austrália nos pênaltis e vai à semifinal do futebol feminino
Leo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
Brasil vence Austrália nos pênaltis, apesar de ter dominado a partida no tempo normal e na prorrogaçãoMariana Bazo/Reuters
Não podia ser mais tenso. Com direito a disputa de pênaltis e erro de Marta, a seleção brasileira de futebol feminino superou a Austrália no Mineirão na madrugada de hoje (13) e está nas semifinais das Olimpíadas de 2016. O Brasil dominou a partida, mas não conseguiu balançar as redes. Depois de um 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação, a torcida explodiu quando a goleira Bárbara defendeu a cobrança da australiana Kennedy, cravando o placar de 7 a 6 na disputa de pênaltis.
O Brasil enfrentará agora a Suécia, na próxima terça-feira (16), no Maracanã. As suecas superaram os Estados Unidos também nos pênaltis, após o empate de 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação.
O estádio recebeu um bom público. Haviam sido vendidos 52.255 ingressos. Foi a primeira vez nas Olimpíadas que o anel superior do Mineirão recebeu torcedores para partida de futebol feminino. Nos outros quatro jogos, foram ocupados apenas assentos do anel inferior.
Espírito olímpico
A torcida pela seleção feminina de futebol uniu atleticanos e cruzeirensesLeo Rodrigues/Agência Brasil
Além de camisas da seleção brasileira, uniformes de Atlético-MG e Cruzeiro foram os trajes escolhidos por muitos torcedores. Para o analista de segurança da informação Plínio Devanier, a partida trouxe o espírito olímpico para a rivalidade dos dois maiores clubes de Minas Gerais. "As Olimpíadas favorecem a integração entre os povos. Estamos acolhendo e nos confraternizando com vários estrangeiros. E a integração entre torcedores rivais é também fundamental", diz
Aguardando o início da partida nos arredores do Mineirão, Plínio, que é atleticano, tomava uma cerveja com o engenheiro civil e cruzeirense Paulo Henrique de Oliveira. Eles haviam acabado de se conhecer. "Na partida entre Estados Unidos e Nova Zelândia eu também vim para cá com um amigo cruzeirense de infância. Foi a primeira vez que viemos juntos a um jogo de futebol", diz Plínio.
O engenheiro eletricista mineiro Rafael Lima veio de Fortaleza, onde mora atualmente, para prestigiar as jogadoras brasileiras. "Já que não consegui ver essa partida lá, peguei o avião para estar aqui hoje".
Muitos torcedores vieram ao Mineirão munidos também de cartazes críticos ao presidente interino Michel Temer. Ao final do primeiro tempo, torcedores em todo o estádio se manifestaram sobre a situação política do país aos gritos do "Fora Temer". Parte dos presentes vaiou o protesto.
Sem gols
Brasil dominou a maior parte da partida, mas não consegui marcar no tempo regular e nem na prorrogaçãoMariana Bazo/Reuters
Apesar do placar não ter se alterado, o primeiro tempo foi bastante disputado e as duas equipes poderiam ter saído com a vitória. O Brasil mostrou mais volume desde o início da partida, mas a Austrália encaixou boas jogadas. Foram as brasileiras que sofreram o primeiro susto. Aos 14 minutos, a lateral australiana Catley quase fez um gol sem querer. Em uma tentativa de cruzamento, a bola passou rente a trave.
A resposta veio rápido. Aos 15, a lateral esquerdo Tamires roubou a bola e passou para a atacante Debinha que chutou de fora da área obrigou a goleira australiana Lydia Willians a fazer a primeira boa defesa. O jogo seguia bem movimentado, e a torcida empurrava cantando, gritando o nome de Marta e fazendo "ola".
Aos 20 minutos, o técnico australiano foi obrigado a fazer sua primeira substituição. A lateral Cathy saiu contundida e, em seu lugar, entrou Logarzo. Apesar do barulho, o público não intimidava as estrangeiras. Aos 21 minutos, em um vacilo da defesa brasileira, Simon recebeu pela esquerda e bateu cruzado para fora. Logo na sequência, a goleira brasileira Bárbara quase se enrolou ao tentar sair jogando com os pés e por muito pouco não foi desarmada.
Após dois sustos, o Brasil voltou a incomodar. Aos 29 minutos, o Brasil criou mais uma boa oportunidade de gol, após jogada de Formiga. Mesmo tendo a opção do chute, ela rolou para Thaisa que finalizou muito fraco nas maos da goleira. As brasileiras ainda perderiam mais uma chance aos 43. Debinha recebeu uma enfiada de Andressa Alves, cortou a zagueira australiana, mas chutou por cima do travessão.
Chances perdidas
Apesar de ter criado boas chances de gol durante o jogo, Marta errou um penalti para o Brasil na disputa de penalidades máximasMariana Bazo/Reuters
O Brasil voltou para o segundo tempo com uma proposta ainda mais ofensiva, mas pecou nas finalizações. Logo aos três minutos, Andressa Alves arriscou na entrada da área e obrigou Lydia Willians a fazer uma boa defesa. Quatro minutos mais tarde, Bia não conseguiu aproveitar um cruzamento e perdeu um gol incrível. Na hora da finalização, a zagueira Kennedy chegou para cortar.
As brasileiras voltariam a chegar perto de abrir o placar em finalizações de Debinha, aos 14 minutos, e de Marta, aos 17. A primeira chutou por cima do gol e a segunda não superou a goleira adversária. O bom futebol, com dribles e boas tabelas, seguia contagiando os torcedores. Um festival de luzes de celular tomou conta do estádio.
A Austrália, que apenas se defendia, tentou mudar o panorama do jogo trocando a atacante Simon pela também ofensiva Heyman. O Brasil fez sua primeira substituição. A lateral direita Poliana entrou no lugar de Fabiana. O jogo pouco se alterou. As brasileiras seguiram pressionando e as australianas tentavam jogar no contragolpe.
Andressa Alves perdeu nova oportunidade aos 28 minutos, quando recebeu a bola livre na entrada da área mas chutou torto. O treinador australiano decidiu reforçar a defesa e fez mais uma alteração. Colocou a zagueira Polkinghorne no lugar da meio De Vanna.
Parte de estádio decidiu empurrar as brasileiras ao som de "eu acredito". Outra parte reprovou a ideia com vaias, evidenciando a rivalidade entre atleticanos e cruzeirentes. O grito se tornou um marco da conquista do Atlético-MG na conquista da Libertadores de 2013.
Aos 38 minutos, Marta arrancou com a bola do campo de defesa e passou por três jogadores, mas mandou a bola pela linha de fundo. Como resposta, a Austrália finalmente conseguiu assustar. Logarzo soltou uma pancada da entrada da área e a bola foi no travessão.
O Brasil ainda teria duas boas chances antes do juiz encerrar a etapa complementar. Uma em cabeçada de Andressa Alves que resultado numa defesa milagrosa de Williams. A outra, em tabela entre Marta e Tamires, que tentou jogar a bola na pequena área e quase viu a australiana Kennedy cortar a bola para o próprio gol já nos acréscimos.
Tensão e alívio
Com duas defesas da goleira Bárbara, Brasil venceu a Austrália na disputa de penaltis e avançou para as semifinais da Rio 2016Mariana Bazo/Reuters
A prorrogação começou com boa chance australiana já aos 2 minutos. A volante Gorry chegou pela direita e mas mandou a bola na rede pelo lado de fora. A torcida voltava a entoar o grito de "eu acredito" e o Brasil continuava a pecar nas finalizações. Aos 4, Bia recebeu de Debinha na entrada da área, mas chutou fraco e a bola saiu na linha de fundo após desviar na defesa da Austrália. A jogadora brasileira perderia mais uma oportunidade em uma cabeçada para fora aos 12 minutos.
Ao fim do primeiro tempo da prorrogação, o técnico australiano fez sua quarta e última alteração, sacando Kerr e colocando Crummer. A Fifa está testando durante as Olimpíadas partidas de futebol com quatro substituições para cada time.
Os últimos 15 minutos da partida teve predominância do Brasil. Logo aos 2 minutos, Andressa Alves cobrou uma falta na entrada da área por cima do gol. No lance seguinte, Debinha foi prensada na hora de uma finalização no meio da área. E aos 5, Marta errou o alvo em novo chute de fora da área.
As melhores chance da Austrália vieram aos 8 e aos 9 minutos, com um falta que Egmond isolou e com um chute na entrada da área que passou a esquerda do gol de Bárbara. Arriscando uma última cartada, o técnico brasileiro Vadão pôs a meia Andressinha no lugar da volante Thaisa. Mas não foi suficiente. O Brasil seguiu pressionando e, aos 13, Marta fez grande jogada, driblando a zaga australiana na direita. Seu chute porém parou na goleira Willians.
A disputa de pênaltis repetiu a tensão do jogo. Marta, principal jogadora da equipe brasileira, errou o quinto pênalti e, se não fosse a goleira Bárbara, o Brasil teria sido eliminado. Ela saltou para defender a cobrança de Gorry. E depois mais uma vez pegou a tentativa de Kennedy, fazendo a torcida explodir. Os gols brasileiros foram marcados por Andressa Alves, Andressinha, Bia, Rafaelle, Debinha, Mônica e Tamires.
"A Marta não podia ser injustiçada", diz goleira Bárbara sobre classificação
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
Ao defender dois pênaltis, a goleira Bárbara se tornou a heroína desta noite (13) na classificação da seleção brasileira para as semifinais das Jogos Olimpícos Rio 2016. Por muito pouco, a Austrália não superou o Brasil. Quando Marta errou o quinto pênalti, as adversárias ficaram a um gol da vitória. Mas a goleira brasileira operou um milagre ao pegar a cobrança de Gorry.
A goleira Bárbara disse, em coletiva, que seu mérito deve ser dividido com o restante do grupoLeo Rodrigues/Agência Brasil
Para Bárbara, o erro da melhor jogadora da seleção e eleita cinco vezes consecutiva melhor jogadora de futebol feminino do mundo pela Fifa, aumentou sua responsabilidade. "A Marta não podia ser injustiçada. Ela é extraordinária e não seria correto ela ser julgada por esse episódio. Eu soube extrair forças para evitar essa situação e fui muito feliz naquele momento", disse.
A goleira disse que seu mérito deve ser dividido com o restante do grupo. "As meninas foram perfeitas. Se não fossem os sete gols, nós também não teríamos conseguido", disse. A disputa de pênaltis terminou em 7 a 6. Além da cobrança de Gorry, Bárbara evitou também o gol de Kennedy.
O técnico Vadão destacou a importância da seleção permanente. No ano passado, as atletas foram contratadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para se dedicarem exclusivamente à equipe nacional até as Olimpíadas. "Nós só vencemos esse jogo porque tivemos condições físicas de suportar 120 minutos. Nossos adversários estão acostumados a treinar forte e nós não tínhamos essa intensidade de jogo. Precisávamos de muito tempo para trabalhar a questão física e a seleção permanente nos possibilitou isso", disse.
Micale garante que Neymar está apto para enfrentar a Colômbia amanhã
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
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Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, o técnico Rogério Micale garantiu hoje (12) que o atacante Neymar, que torceu o tornozelo direito na partida contra a Dinamarca, na quarta-feira (10), está apto a participar do jogo pelas quartas de final do torneio olímpico de futebol, contra a Colômbia, amanhã (13), na arena Corinthians, em São Paulo, mas seria poupado do treino de hoje.
“Pela qualidade de jogo que ele [Neymar} tem, as pessoas tentam, de alguma forma, pará-lo e às vezes usam de formas não condizentes com o desporto. O importante é que ele está preparado e sabemos que dará uma boa resposta. Estamos contando apenas com o plano A. O plano B está guardado”, disse o técnico, que deu como certa a participação de Neymar no jogo contra a Colômbia. “É uma equipe muito qualificada, perigosa, que quebra o ritmo de jogo em alguns momentos, até pela experiência de alguns jogadores. É uma equipe forte coletivamente, com jogadores velozes, que apostam em jogadas rápidas. Teremos que ficar muito concentrados no jogo para atingir nosso objetivo”, disse o técnico brasileiro.
A Colômbia tem média de dois gols por partida nesta Olimpíada. Quem passar, enfrentará o vencedor de Coreia do Sul e Honduras. Micale, disse que o jogo com a Colômbia será muito disputado e o Brasil terá que “tomar muito cuidado”. O treinador disse não ter decidido ainda se escala os jogadores Thiago Maia e Walace no sábado no meio-campo ou apenas um deles: “É uma boa dor de cabeça. São grandes jogadores. É aquela dificuldade boa, ter que definir por um ou colocar os dois juntos”.
O zagueiro Rodrigo Caio, que participou da coletiva, disse esperar que a defesa continue firme na marcação para terminar o torneio olímpico sem tomar gol. “Queremos chegar o mais longe possível e temos condições para isso. Se não tomarmos gol, em algum momento a nossa equipe vai fazer. Temos organização para não tomar bolas pelo meio”, disse o zagueiro.
Boxe: Robson Conceição está na semifinal e garante pelo menos o bronze
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
O boxeador brasileiro Robson Conceição venceu hoje (12) o atleta do Uzbequistão Hurshid Tojibaev na categoria peso ligeiro (60 quilos). A vitória, por 3 pontos a 0, foi por decisão unânime.
Robson vai disputar agora a semifinal com o cubano Jorge Lazaro Alvarez no próximo domingo (14), mas a medalha de bronze já está garantida para o brasileiro.
Robson Conceição vai para semifinal e já garante bronze no boxe na Rio 2016Reuters/Peter Cziborra/Direitos Reservados
O judoca Rafael Silva, o Baby, conquistou a segunda medalha em Jogos Olímpicos e o segundo bronze para o Brasil na Rio-2016. O brasileiro venceu Abdullo Tangriev, do Uzbequistão.
Além do bronze de Baby, o judô já rendeu outro bronze com Mayra Aguiar e um ouro com Rafaela Silva. Leia mais
Thomaz Bellucci esteve perto de escrever um capítulo especial na carreira, mas ficou no quase. O tenista brasileiro começou bem contra Rafael Nadal, mas sofreu a virada e foi eliminado pelo espanhol por 2 sets a 1.
Apesar da derrota, Bellucci saiu de quadra ovacionado pelos torcedores presentes pelo empenho mostrado no jogo. Leia mais
O boxeador Robson Conceição superou o trauma dos Jogos Olímpicos de Pequim e Londres e já garantiu no mínimo uma medalha de bronze para o Brasil ao avançar para a semifinal da Rio-2016. O brasileiro venceu Hurshid Tojibaev, do Uzbequistão, por decisão unânime dos jurados.
A próxima luta de Robson é no domingo (14), às 12h30, contra o cubano Jorge Lazaro Alves. Leia mais
A dupla feminina de vôlei de praia Ágatha e Bárbara dominou as chinesas Fan Wang e Yuan Yue na vitória por 2 sets a 0 em apenas 40 minutos.
Com isso, as brasileiras estão nas quartas de final e voltam à areia no domingo (14) para encarar a dupla vencedora da partida entre Rússia e Espanha. Leia mais
Brasil vence quarto jogo no vôlei feminino sem perder nenhum set
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Com vitória sobre a Coréia do Sul, Brasil continua invicto no vôlei femininoRicardo Moraes/Reuters
Quatro jogos, quatro vitórias, 12 sets disputados nenhum perdido. Na caminhada rumo ao tricampeonato olímpico, a seleção feminina de vôlei não tem dado chaces para as adversarias e cada vez mais desponta como a favorita ao ouro na Rio 2016. Sem correr riscos, mesmo com as reservas em quadra em boa parte do jogo, o time do técnico José Roberto Guimarães atropelou a Coréia do Sul por 3 a 0.
Em 24 minutos, as brasileiras fecharam o primeiro por 25 a 17. Com excelentes atuações das ponteiras Natália e Fê Garay, o Brasil passou por cima das coreanas no segundo e, em 22 minutos, fechou em 25 a 13. Já com as reservas em quadra, as coreanas, que derrotaram o Brasil em Londres 2012, conseguiram equilibrar um pouco o jogo, mas não o suficiente para parar as brasileiras. Em 32 minutos, venceram o terceiro set por 27 a 25.
No último jogo da primeira fase, o Brasil terá pela frente as russas, adversário mais forte da chave, no domingo, às 22h35.
Rafael Silva é bronze no judô; Brasil ganha a terceira medalha na modalidade
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Rafael Silva, o Baby, também ganhou o bronze nos Jogos Olímpicos de LondresReuters/Murad Sezer/Direitos Reservados
O judoca brasileiro Rafael Silva conquistou hoje (12) sua segunda medalha de bronze em jogos olímpicos (a primeira foi em Londres 2012) e a primeira do judô masculino na Rio 2016. Com um yuko, Baby, como é conhecido, venceu o uzbeque Abdullo Tangriev na categoria 100 kg masculino.
Rafael Silva começou bem o torneio, com duas vitórias por ippon, contra o hondurenho Ramon Pileta e, em seguida, contra o russo Renat Saidov. Na semifinal, no entanto, perdeu para o mito do judô atual, o judoca francês Teddy Riner, que não perde uma luta há seis anos ou 114 combates.
Dinamismo
Na repescagem, Baby superou o holandês Roy Meyer, se credenciando para a disputa do bronze.
Para o brasileiro, o resultado da equipe de judô é positivo. “O judô é um esporte dinâmico, ativo e as olimpíadas são uma competição diferente. É difícil dizer quantas medalhas vão ocorrer, mas a equipe teve um bom desempenho. A Rafa [Rafaela Silva] conquistou o ouro e agora ganho o bronze”, disse Rafael Silva.
A medalha de bronze de Rafael Silva é a vigésima segunda do judô brasileiro em olimpíadas e a quarta do Brasil na Rio 2016. O judô é a modalidade que mais conquistou medalhas em jogos para o Brasil.
Paratleta acredita que Brasil ficará entre os cinco primeiros na Paralimpíada
Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
O paratleta Luiz Cláudio Pereira, que em três paralimpíadas, conquistou seis medalhas de ouro e três de prata nas modalidades disco, dardo, peso e pentatlo, tem confiança de que o Brasil vai conseguir alcançar a meta de chegar entre os cinco primeiros países em número de medalhas nos Jogos Paralímpicos do Rio, que vai de 7 a 18 de setembro. Luiz Cláudio disse que, em passado recente, as dificuldades dos paratletas participarem das competições eram muito grandes, porque não tinham oportunidade, mas agora a situação mudou.
“Fazer uma Paralimpíada dentro no nosso país é algo surpreendente.Tenho certeza, que vamos superar todos os resultados. Um recorde sempre é uma marca inalcansável, mas nós em todas as competições temos quebras de recordes. Tenho certeza de que aqui no Brasil a gente vai chegar na quinta posição, que é o que a gente deseja”, disse, destacando que no Brasil exitem 45 milhões de pessoas com deficiência.
Experimentando Diferenças
Ontem (13), o paratleta participou de atividades na instalação do projeto Experimentando Diferenças, na Casa Brasil, no Boulevard Olímpíco, na Orla Conde, região portuária do Rio. No local, foi montada uma arena de 180 metros quadrados para que o público possa fazer experimentação gratuita de cinco modalidades de esportes adaptados: corrida em cadeira de rodas, bocha desportiva, fut cinco, basquete e game duelo sem limites.
O menino Mariano Antônio Galvão, de 9 anos, experimentou três modalidades. Sentado em uma cadeira de rodas, acertou bola no cesto como jogadores de basquete e jogou bocha. Com os olhos vendados jogou fut cinco [futebol para deficientes visuais] e teve que se guiar pelo som da bola para fazer o gol. “Os cegos conseguem sentir as coisas pelo ouvido, pelo olfato”, disse na saída.
Para a estudante de letras, Stefani Peçanha, foi uma experiência diferente. “Foi uma sensação um pouco estranha, porque você não está acostumada a não usar alguns sentidos como o da visão. Para mim foi meio difícil de me situar”. A estudante de engenharia Ana Luiza Lima chegou a conclusão de que os deficientes superam dificuldades. “Realmente é muito difícil. Para eles é uma verdadeira superação. Para a gente já foi difícil se adaptar, imagina para eles”.
Importância
O projeto Experimentando Diferenças foi criado em 2013 e desde lá é patrocinado pelas Loterias Caixa, a ideia é fazer a inclusão de deficientes e divulgar a importância dos esportes adaptados. Já passou por 30 cidades do país, onde 150 mil pessoas participaram das demonstrações esportivas.
“A gente quis mostrar para as pessoas que uma eventual deficiência não é impeditivo para a vida a pessoa pode ser feliz e ter realizações, vitórias. A gente pensou em levar este projeto a locais mais frequentados. As praças dos shoppings, por exemplo, são as praças de antigamente”, disse Fernando Rigo, idealizador do projeto, destacando que nesses locais é possível contar com mais divulgação e participação do público.
A vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Dina dos Reis Pereira, informou que as Loterias investiram R$ 120 milhões em quatro anos no patrocínio do desporto paralímpico. “Tem muito a ver com a história da Caixa de inclusão social. A Caixa é mais que um banco. Ela não só trabalha com produtos de um banco comum. Ela é também executora de políticas públicas e apoiar o esporte ela já faz com recursos do próprio banco, mas o paradesporto é com dinheiro das loterias Caixa”.
Incentivo
O ministro interino do Turismo, Alberto Alves, disse que uma das linhas de atuação da pasta é incentivar os agentes do setor a fazerem preparações nas instalações hoteleiras para receber deficientes com conforto. “Os quartos devem ser adequados, a sinalização deve ser bem-feita, deve ter facilidade de locomoção. É preciso criar condição para que as cadeiras de rodas ou qualquer tipo de equipamento que ajude a pessoa com deficiência seja bem tratada. O Brasil somos todos nós”.
Segundo o primeiro presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, João Batista de Carvalho e Silva, desde o início da existência do comitê, a participação dos atletas nos Jogos Paralímpicos só tem aumentado. Em Atlanta ficou no 37º lugar em número de medalhas, em Sidney alcançou o 24º, em Atenas o 14º, Pequim chegou ao 9º, em Londres foi o 7º. “ A perspectiva é chegar entre os 5 aqui no Brasil. Em Sidney eram 9 modalidades e agora chegaram a 22”.
Algo novo
Nos Jogos do Rio serão 278 atletas, a maior delegação paralímpica do país, com 181 homens e 97 mulheres. Para o paracanoista Fernando Fernandes, campeão mundial na modalidade, o esporte paralímpico é algo novo para os olhos da sociedade e não será da noite para o dia que tudo vai mudar e ter o mesmo reconhecimento que o esporte olímpico.
“Calma é uma estrada que tem que trilhar. Tem que haver respeito. Conquistar primeiro o respeito na sociedade para depois ter o retorno. Falo muito isso. Tive que lutar para primeiro me posicionar na sociedade, para depois ter apoio de patrocinador. Já era bicampeão de paracanoagem só que não estava conquistando nada. Vi que precisava ir mais além e quebrar as barreiras”, disse Fernandes.
De acordo com Fernandes a principal barreira ainda é deficiência da sociedade enxergar a participação dos paratletas. “A gente está fazendo Paralimpíada e está falando de exclusão social. A gente não está falando de inclusão. A gente está falando de pegar os melhores atletas para representar aqueles e o que a gente vai proporcionar para eles é que interessa. É um momento em que a gente tem que falar em alto rendimento, estar falando em uma guerra de paz entre nações para se posicionar. A gente tem que estar bem representado. Tem que ter pessoas fortes e se coloquem bem, que obviamente são excelentes atletas para dar esse choque”, disse.
Etiene Medeiros bate recorde e chega à final dos 50 metros livre
Vinícius Lisboa - repórter da Agência Brasil
A brasileira Etiene Medeiros se classificou na noite de hoje (12) para a final dos 50 metros livre na natação. A prova será disputada amanhã, último dia da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
Etiene Medeiros bateu recorde sul-americano na seletivaDominic Ebenbichler/Reuters
Etiene disputou a primeira semifinal da prova e bateu o recorde sul-americano ao terminar com 24.45 segundos. Ela terminou em terceiro em sua bateria e se classificou em sétimo lugar. A dinamarquesa Pernille Blume, com 24.28, chega à final com o melhor tempo.
Muito aplaudida na saída da prova, Etiene disse que a sensação é de quem dá a volta por cima após uma semana de muito aprendizado, em que se classificou para a semifinal na 16ª colocação. "Consegui, nos 46 do segundo tempo, dar o melhor da minha vida", disse. "Não sei se vou conseguir dormir. Agora, é tentar baixar essa adrenalina para amanhã estar bem".
Etiene será a última chance de pódio para a natação brasileira nos Jogos do Rio de Janeiro. Hoje, Bruno Fratus disputou a final dos 50 metros livre masculino, mas terminou na sétima colocação.
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