domingo, 7 de agosto de 2016

Socialismo e reencarnação, por Plínio Pereira Carvalho*

Independente de aceitar ou não esta ou aquela teoria ou ambas, vale a pena refletir porque elas são conflitantes. Primeiramente o socialismo é uma doutrina política e econômica que surgiu no final do século XVIII e se caracteriza pela ideia de transformação da sociedade através da distribuição equilibrada de riquezas e propriedades, acabando com a infelicidade e diminuindo a distância entre ricos e pobres, conduzindo assim toda a sociedade para a tão almejada felicidade!
Portanto, se o destino do homem pudesse ser determinado por um sistema político socialista, que supostamente visa proporcionar a felicidade geral de todos, pela implantação desta doutrina através do Poder Público, que é naturalmente constituído por cidadãos falíveis que jamais seriam capazes de administrá-la e executá-la com perfeição, provocaria mais diferenças, injustiças e prejuízos a todos, aumentado as diferenças sociais, inviabilizando o sonho da felicidade, ainda suprimindo a maior parte das liberdades individuais.
Por outro lado a infelicidade e as desventuras impostas ao homem durante toda uma única vida estão em total desacordo com a bondade de Deus, com o seu livre arbítrio e também com o princípio da equidade proporcionada por Ele a todos os seres humanos. Seria absurdo ainda maior condenar eternamente estes ou aqueles, que cometeram erros em uma determinada existência, que resultem em obstáculos intransponíveis ao seu crescimento e a sua felicidade.
A doutrina da reencarnação, que consiste em admitir para todos muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia da justiça de Deus em relação ao homem de qualquer condição moral e social e que também pode explicar as profundas diferenças sociais, permitindo-lhe resgatar pela expiação, em sua vida atual ou futura faltas e erros cometidos em vidas pretéritas.
Concluindo, se a sorte do homem fosse fixada, em uma única vida, através de um sistema político (socialista) inexequível, a felicidade seria privilégio para apenas alguns privilegiados que compactuam e participam de sua implantação, enquanto que na doutrina de reencarnação, todos indistintamente desfrutam do princípio da equidade da Justiça Divina, além do livre arbítrio (liberdade), apenas sob a condição de semeadura livre, mas de colheita obrigatória, nesta ou em outra vida, após a qual, isto é, após o pleno resgate de seus débitos, encontrará o caminho do progresso e da felicidade perene e verdadeira.

 

*Professor

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