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domingo, 28 de agosto de 2016

Síndrome de Estocolmo

A síndrome de Estocolmo é um fenômeno psíquico. Passou a ser notado após um assalto a banco, em 1973, em Estocolmo, na Suécia.

Por seis dias, quatro funcionários (três mulheres e um homem) ficaram como reféns no interior de uma caixa-forte. Mais tarde, em entrevistas, não conseguiram explicar por que manifestaram uma identificação com os sequestradores, ao mesmo tempo em que temiam os que buscavam libertá-los do cativeiro.

Com a síndrome, o sequestrado começa a identificar-se com os seus raptores como um mecanismo de defesa, baseado na ideia inconsciente de que não irão feri-lo se for cooperativo. Para ele, a ação de seus libertadores provavelmente irá machucá-los.

Nos casos dessa síndrome, o cativo tenta distanciar-se emocionalmente da situação, negando que o fato esteja acontecendo.

Dependendo do grau de identificação, ele pode negar também que os sequestradores estejam errados, admitindo que os possíveis libertadores e a insistência em punir os raptores são, na realidade, os fatores responsáveis por sua situação.

O cativeiro logo gera um apego mais forte. O refém pode tornar-se simpatizante dos pontos de vista ideológicos e políticos dos raptores, acreditando que a posição deles é justa. Tem-se observado que os sequestradores também são influenciados pela interação das personalidades. Dificilmente são capazes de conservar sua crueldade caso mantenham contato com os cativos. Em virtude disto, podem tentar isolar-se deles.

Um exemplo memorável de ocorrência da síndrome de Estocolmo manifestou-se no sequestro de Patrícia Hearst, filha do milionário das comunicações William Randolph Fearst.

Raptada na Califórnia (EUA), em 4 de fevereiro de 1974, por integrantes do grupo terrorista Exército de Libertação Simbionês, ela acabou aderindo ao modo de vida dos sequestradores e cooperou com eles num assalto a banco.

Foi presa em 1975, condenada, cumpriu sete meses e meio de uma longa sentença de sete anos e teve o restante da pena comutado em 1979, após pedir clemência ao então presidente da República Jimmy Carter.

 

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