A prefeitura do Rio decretou feriado municipal nesta quinta-feira (18) por causa da disputa do triatlo masculino, prova que envolverá 55 atletas de várias nacionalidades. Atualmente, o triatlo olímpico consiste em uma disputa de 1,5 mil metros de natação, 40 quilômetros de ciclismo e dez quilômetros de corrida. A largada está marcada para as 11 horas, ao lado do Forte de Copacabana, onde também ocorrerá a chegada. Como é uma prova de grande distância.
No município do Rio, as agências bancárias não funcionarão para atendimento ao público. As lojas dos shoppings centers também seguirão o horário normal, abrindo às 10 horas e fechando ao público às 22 horas. Os supermercados também abrirão normalmente.
Metrô
Os órgãos públicos não terão expediente. Os postos do Detran do município do Rio também não abrem. Segundo o órgão, os postos fora da capital funcionarão normalmente.
O Metrô terá horário especial. A Linha 1 ficará aberta das 6h30 à 1h30 da madrugada. Na Linha 2, a operação será de 7 à meia-noite. Na Linha 4, exclusiva para usuários portadores de ingresso acompanhados do Cartão RioCard Jogos Rio 2016 e de credenciados para os Jogos Rio 2016, o funcionamento será entre 7 da manhã e 1 hora da madrugada.
Os trens da SuperVia funcionarão em horário normal para atendimento ao público.
Brasileiras perdem para alemãs e levam a prata no vôlei de praia
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
A dupla brasileira Agatha e Barbara conquistou a quinta medalha de prata do BrasilReuters/Tony Gentile/Direitos reservados
A dupla brasileira Agatha e Barbara foi derrotada pelas alemãs Ludwig e Walkenhorst na final do vôlei de praia, disputada na madrugada de hoje (18). As brasileiras haviam derrotado na semifinal as americanas Walsh e Ross, consideradas favoritas, mas caíram diante das alemãs por 2 sets a 0. O resultado deu ao Brasil sua quinta medalha de prata.
O primeiro set teve uma disputa apertada em que as duas duplas se alternaram na liderança nos primeiros pontos. As brasileiras começaram na frente, mas a partir do nono ponto, as alemãs avançaram com Agatha e Barbara sempre em seus calcanhares. Depois do 13º ponto, Ludwig e Walkenhorst conseguiram abrir uma vantagem de três pontos, que se manteve até o fim do set, vencido por 21 a 18.
O começo do segundo set teve domínio das alemãs, que chegaram a abrir 6 a 1. As brasileiras tentaram reduzir a desvantagem, mas as alemãs chegaram ao 15º ponto ainda com a mesma folga e somaram 20 pontos com a dupla brasileira marcando 13. O placar terminou em 21 a 14.
Americanas vencem Larissa e Talita e ficam com bronze no vôlei de praia
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Dupla de vôlei de praia do Brasil Larissa e Talita perdem o bronze para norte-americanas Walsh e Ross no tie-breackFernando Frazão/Agência Brasil
Saiba Mais
As brasileiras Larissa e Talita começaram bem a disputa pela medalha de bronze no vôlei de praia, mas não conseguiram superar a dupla norte-americana formada pela tricampeã olímpica Walsh e a medalha de prata em Londres, Ross.
De virada, as americanas, antes favoritas à medalha de ouro, venceram a partida e tiraram as brasileiras do pódio olímpico. No primeiro set, após 20 minutos de jogo, Larissa e Talita conseguiram superar Walsh e Ross fecharam por 21 a 17.
No segundo set, as norte-americanas devolveram o placar, em 21 minutos, e levaram a disputa pela medalha de bronze para o tie-breack. No set decisivo, as americanas mantiveram-se à frente do marcador e fecharam a partida por 15 a 9.
No futebol masculino, a seleção brasileira sobrou contra Honduras, goleou por 6 a 0 e deixou o sonho do ouro olímpico mais perto.
Com a vitória, o Brasil já garantiu a sexta medalha olímpica na modalidade. A final acontece no próximo sábado, de novo no Maracanã, contra a Alemanha que venceu a Nigéria por 2 a 0 na outra semifinal. Leia mais
Na busca da segunda medalha olímpica, o brasileiro Isaquias Queiroz garantiu hoje uma vaga na final da canoagem na categoria C1- 200 m dos Jogos Olímpicos. Ele fez o melhor tempo da prova em Olimpíadas, percorrendo os 200 metros da Lagoa Rodrigo de Freitas em 39s659.
O canoísta, que ganhou a prata na C1-1000 m na terça, passou a bateria na primeira posição e vai disputar a decisão amanhã pela manhã. Leia mais
A seleção brasileira masculina de handebol foi derrotada para a França, atual bicampeã olímpica, por 34 a 27, e foi eliminada da Olimpíada.
A presença nas quartas de final é o melhor resultado do Brasil no handebol masculino olímpico. Leia mais
Ingrid se despede após polêmica
Ingrid Oliveira se despediu da Rio-2016 sem conseguir a classificação para as semifinais da prova de plataforma de 10m nos saltos ornamentais. Ela bateu de costas na água e terminou na 22ª colocação.
A prova de hoje era uma oportunidade de Ingrid desviar o foco da polêmica com a parceira de salto sincronizado Giovanna Pedroso. Elas se desentenderam quando Ingrid levou o também atleta Pedro Henrique Gonçalves da Silva para o quarto que dividia com Giovana. Leia mais
Hipismo: faltas e desqualificação complicam equipe brasileira de saltos na final
Nathália Mendes - Enviada Especial do Portal EBC
As chances de o Brasil voltar a conquistar uma medalha na final dos saltos – prova em que o país tem mais tradição no hipismo, com um bronze em Atlanta 1996 e Sidney 2000 – diminuíram bastante antes mesmo que os conjuntos entrassem na pista no hoje (17). O cavaleiro Stephan Barcha foi enquadrado na “regra do sangue”, que prevê a desqualificação do atleta que causar ferimentos, de forma intencional ou não, em seu cavalo.
“O Stephan usou a espora durante a prova e pegou na barriga do cavalo [Landpeter do Feroleto], fazendo um corte mínimo. Mas a comissão técnica entende que qualquer coisa nessa região elimina o conjunto. Não foi nada contra o cavalo, mas em algum momento da prova em que o Stephan precisou de um pouco mais de força, ele usou a espora e acabou ocasionando o ferimento”, explicou o veterinário da Confederação Brasileira de Hipismo, Rogério Saito, em entrevista ao site oficial da entidade.
O cavaleiro Stephan Barcha foi enquadrado na "regra do sangue"Reuters/Tony Gentile/Direitos Reservados
Apesar de ter chegado para a segunda e última rodada zerado em faltas e liderando a competição ao lado dos Estados Unidos, da Holanda e da Alemanha, os cavaleiros brasileiros sabiam que precisariam de apresentações perfeitas para entrar na briga pelas primeiras posições, já que não poderiam fazer descarte do pior resultado. Com Eduardo Menezes, Álvaro de Miranda, o Doda, e Pedro Veniss, o Brasil terminou na quinta colocação, com 13 pontos perdidos - cada um derrubou um obstáculo e sofreu uma falta, e Veniss também foi penalizado por ter excedido o tempo de 82 segundos para concluir o percurso.
“A gente teve essa infelicidade de entrar hoje só com três conjuntos, que é uma coisa que complica muito. Um exemplo disso é ver outras equipes, como a Holanda, por exemplo, que é uma equipe muito forte, entrando só com três”, aponta Doda. Tanto a Holanda quanto os Estados Unidos entraram com um conjunto a menos devido a problemas físicos dos animais – e, mesmo assim, os norte-americanos perderam apenas cinco pontos e ficaram com a prata.
Integrante das duas equipes brasileiras que chegaram à medalha, Doda entende que, com um quarto conjunto, o Brasil teria condições de brigar com Alemanha e Canadá - que terminaram empatadas com 13 pontos perdidos - pelo bronze. “A gente teria uma chance a mais. Entramos sabendo que tudo o que a gente fizesse seria somado sem descarte. Nessa mesma situação em que ficamos, um de nós não poderia ter falhado. Mas se o Stephan tivesse entrado e zerado, a gente saltaria o desempate”.
Álvaro de Miranda, o Doda, integra a equipe de saltos do BrasilReuters/Tony Gentile/Direitos Reservados
“No hipismo, não temos direito ao erro. Não é igual ao tênis ou futebol, que quando você está jogando um pouco mal, ainda consegue dar uma acordada no time e reverter. Temos apenas 80 segundos. Se você piscar o olho, tem uma falta”, completa Doda. “É uma desvantagem. Mas tínhamos consciência de que não poderíamos cometer erro nenhum, até porque as outras equipes tinham a chance de se recuperar”, lamenta Pedro Veniss, o segundo brasileiro a passar pela pista, considerada mais alta e mais técnica para a rodada final.
Alfinetada
Chamado para ser reserva da equipe de saltos, Rodrigo Pessoa trocou a sela pelas tribunas de imprensa do Estádio Olímpico de Hipismo. Com seis participações em Jogos Olímpicos, Pessoa entrou em rota de colisão com a comissão técnica liderada pelo norte-americano George Morris por não figurar entre os titulares – as más condições de sua égua seriam a justificativa para a decisão – e recusou a convocação. O medalhista de ouro em Atenas 2004 e tricampeão mundial comentou a prova para uma emissora francesa, e posicionou-se sobre a punição sofrida pela equipe brasileira.
“Pode acontecer com qualquer um. Não é de propósito. É um acidente que acontece no fogo da ação. Desde que a regra começou a valer, houve várias desclassificações. A regra é clara e está sendo aplicada. Ter mais ou menos experiência não muda muita coisa. Mas tudo que eu posso falar é que comigo isso não teria acontecido, porque eu monto a minha égua sem espora”, ironizou.
Para o presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), Luiz Roberto Giugni, a “regra do sangue” precisa ser rediscutida. “Temos que debater se a regra é justa ou muito rígida. A gente tem que separar o joio do trigo. Não vimos, em nenhum momento, algum requinte de crueldade no nosso cavaleiro, mas a regra é clara em relação a isso [presença de sangue no animal]. Se existir, está fora. E a gente tem que jogar de acordo com as regras, mas elas não são feitas para que a gente morra com elas”.
A CBH ainda ingressou com um protesto para que a decisão fosse reconsiderada, mas o próprio Giugni admite que foi uma medida protocolar. “A gente entrou com o recurso porque é nosso dever de ofício tentar reverter e espernear para tentar alguma coisa. Mas de fato, eu não acreditava em momento nenhum que poderia ser revertido e comuniquei a todos que aceitávamos a decisão. Temos que aprender algo em relação a isso e tomar alguns cuidados”.
A “regra do sangue” passou a vigorar em 2012, após ser aprovada pela assembleia geral da Federação Equestre Internacional (FEI). Ela prevê que, se for constatado sangue fresco em qualquer parte do corpo do animal, o cavaleiro é automaticamente eliminado do campeonato – inclusive os de alto nível, como os Jogos Olímpicos e os Jogos Mundiais Equestres.
A primeira proposta para a regra, feita um ano antes, admitia exceções para competições desse porte. Ou seja, os cavalos feridos por esporas ou chicotes poderiam ser liberados para as provas desde que o sangramento tivesse sido estancado, e o machucado fosse considerado pequeno. A brecha gerou controvérsias e acabou sendo desconsiderada na redação final da norma.
Robson Conceição: “Se eu não praticasse boxe, eu não sei o que seria de mim"
Edgard Matsuki - Enviado Especial do Portal EBC
Terceiro medalhista de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro, Robson Conceição deve muito mais do que a conquista da noite dessa terça-feira (16) ao esporte. O boxeador afirmou não saber o que seria de seu futuro se não fosse a entrada nos ringues: “Se eu não praticasse boxe, eu não sei o que seria de mim hoje. A violência está demais nas ruas e o boxe educou a minha vida”.
Quando criança, Robson tinha uma má fama entre as crianças do bairro São Caetano, um dos mais humildes da capital baiana. Seu ídolo era um tio famoso no bairro por bater em todo mundo na rua. Enquanto se virava para ajudar a família como dava (ajudou a mãe na feira, foi ajudante de pedreiro, vendeu picolés e até foi “animador de sinaleira”), ele tinha o desejo de ser bom o suficiente para bater em “todo mundo” na rua.
Na verdade, o que faltava era o exemplo certo. Do tio brigão, ele passou a se inspirar nos técnicos que ensinavam que brigar era diferente de lutar e que para lutar bem, era preciso se dedicar.
“O esporte pode ser muito educativo. Antes eu queria treinar para brigar na rua. A partir do momento que eu conheci o boxe, minha vida mudou e parei de brigar na rua. Costumam dizer que o boxe é um esporte violento, mas violento eu era antes de conhecer o boxe”, diz.
A mudança dele se mostrou flagrante nos treinos. Depois de começar no boxe aos 13 anos, aos 17 (em 2005) ele já estava treinando na seleção brasileira permanente do esporte. “Vimos que ele era um atleta que gostava de treinar. Treinava todo dia, sem cansar, era longilíneo e duro. Sabíamos que tinha futuro”, diz José Carlos Barros, um dos técnicos.
Os resultados logo começaram a aparecer e Robson chegou a duas olimpíadas. Em Pequim (2008), perdeu para o chinês Li Yang na primeira fase. Em Londres (2012), foi derrotado pelo inglês Josh Taylor. Na terceira oportunidade, ele não teria o risco de perder para o lutador da casa. Robson estava em casa. O resultado foi o ouro e a redenção. Para completar a festa, só falta uma coisa: voltar para casa.
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“Ganhando ou perdendo sempre fui recepcionado pela minha torcida em Salvador. E a cada vitória nesta Olimpíada, as pessoas me mandavam vídeos. Dia 18, quando eu chegar em Salvador, eu quero a maior festa da história da cidade. Assim que eu chegar na Bahia quero chegar e comer uma bela feijoada. No outro dia quero uma moqueca”, diz.
Por decisão unânime dos juízes, o lutador brasileiro Robson Conceição derrotou o francês Sofiane Oumiha e garantiu o ouro na categoria peso ligeiro, até 60 quilos Fernando Frazão/Agência Brasil
Futuro
Depois que chegar na terra natal, comer o que deseja e descansar, Robson vai pensar no futuro. Uma decisão está em jogo: se profissionaliza e tenta conseguir cinturões no boxe ou continua focando nas olimpíadas como “amador”. Apesar de os Jogos Olímpicos aceitarem profissionais, não há um acordo com boxeadores filiados às grandes federações profissionais do esporte.
“Eu quero descansar, depois me reunir com a Confederação Brasileira e com meu técnico Luiz Dória para conversar”, diz, deixando mistério no ar. Mesmo que continue no boxe amador, sabe que as lutas pode ser mais duras em 2020: “Eu acho que a olimpíada vai ser melhor, porque a cada ano o boxe está numa evolução e com os profissionais as lutas vão ser bastante difíceis. O negócio vai ser treinar e lutar com cada vez mais determinação para fazer um espetáculo em cima dos ringues”.
Robson Conceição é o primeiro boxeador brasileiro a conquistar ouro na Rio 2016Fernando Frazão/Agência Brasil
Brasil vence Argentina e enfrenta a Rússia na semifinal do vôlei masculino
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Um dia depois da traumática eliminação da seleção feminina de vôlei da Rio 2016, a seleção masculina conseguiu hoje (18) superar contusões e a Argentina para avançar para a semifinal olímpica. Em 1 hora e 45 minutos de jogo, a seleção do técnico Bernardinho venceu os argentinos por 3 a 1 e agora enfrenta a Rússia, na revanche da final olímpica de Londres, vencida pela seleção europeia.
Brasil enfrenta a Rússia na revanche da final olímpica de LondresReuters/Yves Herman/Direitos Reservados
Primeiro lugar do grupo B na primeira fase, os argentinos começaram o jogo como favoritos. O Brasil, no entanto, conseguiu fechar o primeiro set por 25 a 22. Ainda no final do primeiro set, o ponta Lucarelli sentiu uma lesão na coxa e deixou a quadra.
Com dificuldade na recepção e no ataque com a saída de Lucarelli, o Brasil não conseguiu conter o jogo dos argentinos e perdeu o set por 25 a 17. Mostrando poder de reação e superação, os brasileiros voltaram a jogar bem e fecharam o terceiro set por 25 a 19.
Mesmo machucado, Lucarelli voltou à quadra no quarto e decisivo set para ajudar o Brasil, após o ponteiro Lipe ter uma contratura lombar e sair do jogo e ajudou a equipe a fechar o jogo por 25 a 23. Derrotados em Londres, amanhã (19) os brasileiros poderão dar o troco nos russos na disputa do ouro.
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