terça-feira, 30 de agosto de 2016

Professora da USP levou oito meses para abrir negócio que fechou em nove

por FERNANDA PERRIN

Graduação, mestrado e doutorado em administração de empresas não foram suficientes para evitar que a professora da USP Kavita Hamza, 37, falisse um negócio em nove meses.
Hamza abriu em 2012 -com um sócio que a excluiu do Facebook- um quiosque de frozen yogurt. Dos R$ 65 mil investidos na empresa, eles perderam R$ 40 mil.
Veja abaixo os principais trechos da entrevista concedida pela professora à Folha.
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Folha - Como foi a criação da empresa?
Kavita Hamza - Nós começamos a planejar em novembro de 2011. Fizemos pesquisa de mercado, montamos plano de negócio. Como meu sócio trabalhava com administração de shoppings, ele falou que era muito caro [abrir ponto em um], e decidimos procurar uma opção mais barata.
Aí veio a ideia de abrir em um supermercado. Nós visitamos várias lojas para ver onde teria menos concorrência, e optamos pelo Extra de São Caetano, porque é uma cidade com renda relativamente alta, e havia uma praça de alimentação onde não tinha sobremesa.
O que deu errado?
Nós passamos oito meses planejando até abrirmos, mas oito meses depois de novembro é junho, inverno.
Nós estávamos cientes disso, sabíamos que não era a coisa mais esperta do mundo, mas pensamos que se estimássemos para baixo a demanda no verão, nós ficaríamos com uma imagem ruim. Decidimos abrir no inverno para começar devagar, conhecer melhor o funcionamento do negócio.
O problema do frozen yogurt é que ele é ainda mais gelado que sorvete no frio.
Tivemos prejuízo em junho, julho e agosto, e aí meu sócio decidiu sair. Ele falou ′uma coisa é vender pouco, outra é vender nada′.
Por que você não desistiu?
Eu queria continuar pelo menos até o verão, então convidei mais dois sócios. Um deles havia feito faculdade comigo da FEA e fazia parte de um grupo de amigos que sempre se reunia com a ideia de empreender. Nós achávamos que manjávamos muito.
Nós tivemos prejuízo todos os meses [do verão], nossas vendas ficaram 60% abaixo do esperado. Encerramos a empresa em março. O negócio não chegou a operar um ano: foi de junho de 2012 a fevereiro de 2013.
Nós investimos R$ 65 mil e perdemos R$ 40 mil. Conseguimos recuperar R$ 25 mil um ano depois, vendendo as máquinas e o quiosque.
Como ser professora na área influenciou sua experiência?
Eu ensino muita coisa na teoria para os meus alunos, e queria ter essa experiência prática. Era a minha maior motivação para abrir o negócio, para compartilhar com os alunos o que de fato funciona na teoria e o que não funciona. Mesmo não dando certo, foi interessante porque eu levo meu caso para os alunos e discuto bastante.
O que essa prática trouxe para a sua teoria?
Eu entendi que nós precisávamos estar lá [no negócio]. Uma coisa era estar no dia a dia e olhar a dinâmica do mercado, outra é estar à distância ouvindo alguém te contar. Um dos sócios com expertise tem que estar no negócio ′full time′.
Nós também estávamos tentando vender para uma classe social diferente da nossa. Nós somos de classe A, e vendíamos para B-, C+. Não eram nossos hábitos de consumo. É algo que eu falo muito na teoria, na sala de aula, mas não consegui mergulhar pra valer numa classe social diferente da minha.
Você não achou que poderia ser uma moda passageira?
Nossa avaliação em 2011 era que o frozen yogurt estava se espalhando. ′Qual o próximo passo desse mercado? Massificar′, pensamos, porque quem consumia eram as classes A e B. Nós não paramos para pensar que o mercado nem sequer chegaria nas C e D.
Esse foi o nosso erro, porque as classes B- e C estão em busca de custo-benefício. Para eles, o frozen yogurt não tinha benefício porque no supermercado eles podiam comprar sorvete [um pote grande pelo mesmo preço de uma quantidade pequena de frozen].
A partir dessa experiência, o que você recomenda para quem quer abrir um negócio?
Se você vai abrir um negócio, entre com a cabeça fria o suficiente para saber que tudo pode dar errado, e pense qual o máximo que você pode perder, porque é possível perder mais do que investiu. Pense ′até aonde eu iria?′.
Nós fecharmos em fevereiro, foi uma decisão tomada quatro meses antes. Nós pensamos ′o que é o verão não ser bom?′, é vender abaixo de tanto. E aí fechamos, com prejuízo e tudo.
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PERFIL
Kavita Hamza, 37
FORMAÇÃO
Graduação, mestrado e doutorado em administração de empresas na Faculdade de Economia da USP (FEA/USP)
PROFISSÃO
Professora de disciplinas de gestão de preços, estratégia empresarial e marketing e sustentabilidade na FEA/USP
NEGÓCIO
Investiu R$ 65 mil em quiosque de frozen yogurt, que fechou em nove meses
Fonte: Folha Online - 29/08/2016 e Endividado

 

Redução do efetivo não afeta segurança dos Jogos, diz ministro

 

Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, fala sobre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, no Palácio do Planalto (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Leonardo PiccianiArquivoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, disse hoje (29) que a redução do contingente de segurança para os Jogos Paralímpicos na comparação com as Olimpíadas não afetará a segurança das paralimpíadas. Segundo Picciani, as paralimpíadas serão um evento menor e, portanto, houve uma adequação.

“O esquema de segurança é o mesmo, está mantido. O que houve foi o retorno de cerca de mil policiais do estado de São Paulo, que haviam sido cedidos para os Jogos Olímpicos. Temos uma operação um pouco menor nos Jogos Paralímpicos e, portanto, está adequado o número de agentes da Força Nacional para a operação, sem nenhum prejuízo à segurança”, argumentou o ministro após reunião no Palácio do Planalto.

Além dos policiais que retornaram a São Paulo, na última sexta-feira 120 militares que estavam no Rio de Janeiro foram deslocados para o Rio Grande do Sul para auxiliar no policiamento da capital Porto Alegre.

De acordo com o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parsons, foi feito um “ajuste no escopo” em relação aos Jogos Olímpicos. Ele lembrou que enquanto nas Olimpíadas havia 10.500 atletas, em mais de duas semanas de competições, nas Paralimpíadas serão 4.350 atletas, em 12 dias de jogos.

“Nos Jogos Paraolímpicos há instalações que não são utilizadas. Não temos a canoagem slalom, o BMX. Portanto, se reduz um pouco as operações em comparação aos Jogos Olímpicos. Esse tipo de ajuste. Por exemplo na segurança, não precisa segurar instalações que não vão ser utilizadas e você pode reforçar as que vão ser utilizadas, de acordo com a natureza do escopo que é um pouco menor e tem metade dos atletas”.

 

Agência Brasil

 

 

Tite começa os trabalhos

Pedro Martins/Mowa Press

O técnico Tite fez na noite de ontem o primeiro treino à frente da seleção brasileira e já tratou de implantar algumas das preferências pessoais dele.
A atividade ensaiou um esquema tático com quatro defensores e um volante, mais quatro meias e um atacante. Tite também ensaiou jogadas de bola parada, especialmente por preocupação com a diferença na velocidade da bola por causa da altitude de Quito, onde o Brasil enfrenta o Equador na quinta-feira (1). Leia mais

 

 

Botafogo fica em risco

Jason Silva/AGIF

O Atlético-PR ganhou do Botafogo por 1 a 0 e encerrou um jejum de quatro jogos sem vitórias pelo Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o Atlético-PR foi para 33 pontos, 4 atrás do Corinthians, o atual quarto colocado. Já o Botafogo fica com 26 pontos, a apenas 2 da zona de rebaixamento. Leia mais

 

 

Empresa será indenizada por consumidor que alegava negativação indevida

Devido à "alteração clarividente da verdade dos fatos", ex-cliente foi condenado em litigância de má-fé.
O juiz leigo Raony Cristiano Berto, de Tangará da Serra/MT, condenou um consumidor em litigância de má-fé por ajuizar ação contra a Telefônica alegando que seu nome foi indevidamente incluído no rol de inadimplentes e que não contratou os serviços prestados pela empresa.
O magistrado concluiu que houve "alteração clarividente da verdade dos fatos" e determinou ao autor, ainda, a quitação dos valores pendentes de pagamento referentes ao contrato discutido, corrigidos monetariamente pelo INPC desde o vencimento.
O autor alegou na ação que foi negativado por ordem da Telefônica por dívidas que totalizavam R$ 304,80, mas que não teria nenhum contrato com a empresa, razão pela qual a inclusão de seu nome no cadastro de inadimplentes foi indevida e, consequentemente, ele teria sofrido danos morais.
Na decisão, entretanto, o magistrado destaca que a empresa apresentou cópia do contrato firmado com o autor, devidamente assinado, e comprovou o envio de três cartas de cobrança para o endereço do consumidor, "o que indica a ciência do autor, tanto em referência a contratação quanto ao inadimplemento".
"Ademais, há nos autos prova de que o autor adimpliu faturas referentes aos serviços prestados pela ré, o que indica, sem maiores digressões, a existência de contrato entabulado, bem como, por lógico motivo, afasta­se a existência de fraude no presente caso."
O juiz afirmou que, demonstrada a origem do débito negativado, e, diante da falta de prova do pagamento, conclui-se que a Telefônica agiu em exercício regular do direito, não cometendo qualquer ilícito.
"Por fim, ainda, analisando as provas trazidas pela parte autora e as provas trazidas pela ré, resta caracterizada a litigância de má fé daquele, nos termos do artigo 80, incisos II e III, do Código de Processo Civil, notadamente quando se observa a alteração clarividente da verdade dos fatos, sustentando-se demanda contra a ré, mesmo ausente qualquer direito supostamente afetado."
Processo: 801006690.2016.811.0055
Confira a decisão.
Fonte: migalhas.com.br - 29/08/2016 e Endividado

 

Fisioterapeuta prejudicada por má prestação de serviço da Coelce será indenizada em R$ 7 mil

A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) determinou que a Companhia Energética do Ceará (Coelce) pague indenização de R$ 7 mil, a títulos de danos morais, para fisioterapeuta que solicitou os serviços da empresa, mas não foi atendida no prazo estabelecido.
Segundo a relatora do caso, a juíza convocada Maria do Livramento Alves Magalhães, “a demora injustificada na prestação do serviço solicitado acarretou mais que um mero dissabor da vida cotidiana, caracterizando verdadeiro dano moral”.
Conforme os autos, no início de 2012, a fisioterapeuta resolveu adquirir e instalar em sua clínica uma máquina de radiologia de última geração, para atender ao Município de Jaguaribe e cidades circunvizinhas. Afirma que o técnico responsável pela instalação do equipamento verificou ser insuficiente a carga de energia do local, o que demandaria a substituição do transformador existente por outro de maior capacidade.
Acrescenta que, mesmo solicitando imediatamente o serviço da Coelce, enfatizando a necessidade de urgência, a empresa demorou em apresentar o projeto e, após o pagamento pela instalação da nova rede e transformador, a companhia descumpriu o prazo estabelecido e passou a ignorá-la. Por isso, sentindo-se prejudicada, ingressou com ação judicial de reparação por danos morais e materiais.
Na contestação, a empresa culpa exclusivamente a consumidora e defende que a demora no atendimento ocorreu por conta da necessidade de realização de obras técnicas complexas para a execução do serviço.
Em julho de 2015, o Juízo da Vara Única da Comarca de Jaguaribe determinou o pagamento de R$ 7 mil, a títulos de danos morais, e R$ 1,2 mil referentes à indenização material.
Objetivando reformar a sentença, a Coelce interpôs apelação (nº 0005620-67.2013.8.06.0107) no TJCE. Utilizou os mesmos argumentos da contestação.
Ao julgar o recurso na segunda-feira (22/08), a 3ª Câmara Cível, por unanimidade, reformou a decisão de 1º Grau para indeferir a reparação material, acompanhando o voto da relatora. “No tocante aos danos materiais reconhecidos na sentença, verifico que não há nexo de causalidade entre eles e o ato ilícito da empresa, não merecendo, portanto, a indenização”, explicou a juíza convocada Maria do Livramento.
Fonte: TJCE - Tribunal de Justiça do Ceará - 29/08/2016 e Endividado

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