Ele está no Presídio Estadual de Júlio de Castilhos
O pai de uma menina que teria sido estuprada por um adolescente de 15 anos no dia 6 deste mês em Júlio de Castilhos, na Região Central, foi preso. Ele é acusado de torturar o adolescente e está no Presídio Estadual de Júlio de Castilhos desde a última sexta-feira. As informações são do Diário de Santa Maria.
No início do mês, o homem, que tem 53 anos, chegou em casa e flagrou os dois nus no quarto dela. A menina, que tem 13 anos, saiu correndo e chorando, enquanto o adolescente tentou fugir pulando pela janela. No entanto, ele foi impedido pelo pai dela e agredido.
No entendimento do promotor Theodoro Silveira, titular do Ministério Público em Júlio de Castilhos, o crime foi de tentativa de homicídio qualificada por asfixia, cárcere privado e tortura, além de furto. O menino teria sido amarrado e torturado por pelo menos uma hora, período em que, entre as violências que teria sofrido, foi esganado.
A Justiça aceitou a denúncia do MP contra o pai da menina pelo crime de tortura, descartando os demais, e determinou a prisão preventiva dele.
O adolescente foi responsabilizado pelo crime de estupro pela Polícia Civil, pois teve relações sexuais com uma menor de 14 anos. Além disso, a menina alegou que foi forçada ao ato. Já o pai dela foi indiciado por lesão corporal leve.
A delegada Alessandra Padula, titular da delegacia de Júlio de Castilhos, explica que o laudo pericial que avaliou os ferimentos do adolescente constatou que ele havia sofrido lesões leves, descartando qualquer possibilidade de "debilidade permanente ou por até 30 dias, o que necessitaria de internação hospitalar".
Ainda foi descartada a hipótese de tortura, pois o adolescente teria sido detido pelo pai da menina por 30 minutos, tempo que a Brigada Militar (BM) levou para chegar ao local. Assim, no entendimento da delegada Alessandra, não houve situação de "poder e autoridade sobre o adolescente", o que configuraria tortura.
O inquérito que responsabiliza o adolescente por estupro já foi entregue ao MP, e aguarda um posicionamento do órgão.
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