Os recursos destinados às universidades federais previstos na Lei Anual Orçamentária (LOA) de 2017 devem ser cerca de 31% inferiores ao previsto este ano. A estimativa é que haja uma redução na previsão de investimentos em 45% e de 20% para o custeio, que é a quantia destinada para pagar salários e manutenção do Ensino Superior.
A informação foi divulgada nessa semana no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). Quem tem acesso ao sistema são os gestores da educação. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) teve conhecimento dos dados nesta terça-feira, dia 9. A entidade defende um aumento de recursos de 2,5% acima da inflação.
A presidente da Andifes, Angela Paiva Cruz, que é reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ressalta que programas das universidades podem ser prejudicados. “O impacto vai ser muito negativo, muitas obras serão descontinuadas ou paradas ou não iniciadas e poderemos ter problemas com contas que são ultra-necessárias. Considero, por exemplo, o pagamento das bolsas dos estudantes, que tem prioridade, se não a universidade não funciona”.
Contingenciamentos
O membro da Comissão do Orçamento da Andifes, reitor da Universidade Federal de Alfenas, em Minas Gerais, Paulo Márcio de Faria e Silva, lamenta a redução na previsão para o orçamento do ensino superior e teme que, mesmo com a promessa de gastar todo o valor previsto para 2017, o governo seja obrigado a novos contingenciamentos por causa de uma possível queda na arrecadação.
“O que preocupa é você trabalhar com o orçamento menor. A gente entende a situação econômica do país, mas se não puder aumentar, deve ao menos continuar com o valor do orçamento que já era mantida pelas universidades. O que não era uma situação confortável, uma vez que a gente já vinha sofrendo com contigenciamentos”, diz Faria e Silva. Para o reitor, o investimento no ensino superior pode ajudar o país a retomar o crescimento econômico.
O Ministério da Educação (MEC), em nota, informou que a previsão do orçamento para o ensino superior do próximo ano é igual ao valor que será gasto neste ano, ou seja, cerca de R$ 6,7 bilhões. A diferença, segundo o MEC, é que parte dos recursos para as universidades federais foi contingenciada pelo governo nos primeiros meses do ano e cerca de 30% do previsto para 2016 não deve ser gasto. O ministério informou ainda que vai gastar todo o valor destinado para 2017.
A Andifes, associação que reúne os reitores dos Institutos de Ensino Superior do Brasil, diz que vai trabalhar para tentar reverter a previsão do orçamento para a área em 2017, inclusive atuando no Congresso Nacional.
Maria da Penha: falta de delegacias 24 horas prejudica aplicação da lei
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, debate os dez anos da Lei Maria da Penha José Cruz/AGência Brasil
A Lei Maria da Penha completou uma década sem que uma de suas principais metas fosse cumprida: a instalação de delegacias 24 horas para atendimento especializado e multidisciplinar às mulheres vítimas de violência.
Os espaços são importantes principalmente diante do preconceito que as vítimas sofrem e da dificuldade de serem convencidas a prestar a queixa, de acordo com as participantes da 10º Jornada Maria da Penha, painel realizado hoje (11) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sob coordenação da ministra do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia.
As delegacias existentes funcionam somente no horário comercial, de segunda a sexta. A primeira com atendimento em 24 horas passará a funcionar em São Paulo apenas no fim deste mês.
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“Será que os homens combinaram com as autoridades que vão parar de agredir suas mulheres após as 18h e nos fins de semana?”, ironizou a delegada Martha Rocha, deputada estadual do Rio de Janeiro. Para ela, essa deficiência de infraestrutura prejudica a aplicação da lei. “Há um apelo pela política sem pensar na efetividade da política pública”, disse.
“A questão das delegacias não abrirem no final da semana é caótica, porque a maioria das agressões contra mulheres ocorrem no fim de semana, quando os maridos chegam em casa após o consumo de álcool”, disse a médica e especialista em comportamento humano Ana Beatriz Barbosa, que atende mulheres vítimas de violência na periferia de São Paulo.
Ampliação da rede
A subprocuradora-geral da República Ela Wiecko, que participou do consórcio de organizações sociais do qual partiu o anteprojeto que deu origem à Lei Maria da Penha, ressaltou que há deficiência não somente de delegacias com horário integral para mulheres, mas de toda uma rede multidisciplinar de acolhimento à vítima de violência doméstica.
A vice-presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e a vice-procuradora geral da República Ela Wiecko debatem os dez anos da Lei Maria da Penha José Cruz/Agência Brasil
“Precisamos avançar nessa rede de atendimento com o fortalecimento dessa porta de entrada, que não é somente a porta de entrada pelo sistema de segurança e Justiça”, disse a subprocuradora.
A instalação de delegacias 24 horas para atendimento a mulheres é uma atribuição dos governos estaduais, mas a secretária nacional para as Mulheres do Ministério da Justiça, Fátima Pelaes, que participou do painel do CNJ, disse que o governo se esforça para expandir a experiência que será inaugurada em São Paulo para o restante do país.
“Como vamos conseguir fazer com que essa mulher que sofre violência à noite e nos finais de semana tenha a quem recorrer, o que é um direito dela? Esse é um desafio que vamos ter que discutir e no qual precisamos avançar”, reconheceu.
Mayra supera derrota na semifinal e fatura segundo bronze olímpico da carreira
Marcelo Brandão e Nathália Mendes – Repórteres da EBC
"Temos muito a crescer”, disse Mayra, referindo-se à equipe brasileira de judô Fernando Frazao/Agência Brasil
Mais uma vez, a judoca brasileira Mayra Aguiar passou por uma prova olímpica de superação. Após perder na semifinal para a francesa Audrey Tcheumeo, a brasileira se recompôs a tempo e lutou, com bastante autoridade, com a cubana Yalennis Castillo, garantindo um lugar no pódio. Foi o primeiro bronze do Brasil nos Jogos Rio 2016, e o segundo de Mayra na carreira olímpica.
Nos jogos de Londres, há quatro anos, ela viveu pela primeira vez a trajetória que começava na dor da derrota e, dali, extraiu forças para, pouco depois, voltar ao tatame e vencer. “Em Londres, aconteceu isso. Eu perdi uma semifinal e tive que voltar e conquistar a medalha. E eu vi que valeu muito a pena, transformou a minha vida. Quando eu perdi, saí abalada, mas botei na minha cabeça que vale a pena, que não podia desistir [sem saber] o quanto é bom ser medalhista”, disse a judoca, logo após o combate.
A vitória por um yuko, confirmada após o cronômetro zerar, foi a senha para o início da comemoração. Mayra sorriu, bateu no peito várias vezes e agradeceu ao público da Arena da Barra. Para a judoca, o pódio no Brasil tem um sabor especial, sobretudo por ter contado com a torcida, que fez muito barulho por ela nas arquibancadas.
“Essa energia aqui é mágica, isso é maravilhoso. Já conquistei uma medalha em Londres – foi lindo, mas agora com a torcida, com essa vibração, essa emoção que o povo tem, isso foi marcado na minha vida para sempre, foi lindo”, afirmou a atleta gaúcha, que tem 25 anos e disputou na categoria meio-pesado feminino (até 78 quilos).
Com o bronze de Mayra, o Brasil conquista a segunda medalha no judô – a outra foi o ouro de Rafaela Silva, na categoria peso leve (até 57 quilos) – e a terceira no total, considerando a prata de Felipe Wu, no tiro esportivo. Na saída do tatame, Mayra fez questão de destacar a equipe de judô brasileira que, segundo ela, ainda tem muito a oferecer.
“A gente tem um time maravilhoso, tanto feminino quanto masculino. O time do Brasil de judô sempre traz medalhas em uma olimpíada. Falando do time feminino, estamos com atletas jovens ainda, mas muito experientes, campeãs olímpicas e mundiais. A gente tem muito a crescer”, afirmou Mayra.
Operação policial na Maré deixa um morador morto e dois feridos, diz ONG
Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
Soldados do Exército mantêm o controle do acesso à comunidade Vila do João, no Complexo da Maré, onde três militares da Força Nacional foram feridosVladimir Platonow/Agência Brasil
A operação das forças de segurança hoje (11) no Complexo da Maré para encontrar os responsáveis pelo ataque a soldados da Força Nacional de Segurança, ocorrido ontem (10), deixou um morto e dois feridos, segundo denúncia da organização não-governamental Redes da Maré, que atua na comunidade.
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O morador morto é Igor Barbosa Gregório Augusto, 19 anos, que chegou a ser levado para o Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, mas já chegou ao local sem vida, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
O jovem foi atingido na Favela Nova Holanda durante a operação executada por homens da Força Nacional, da Polícia Federal, do Exército e do Batalhão de Operações Especiais (Bope), segundo o historiador e diretor da organização Redes da Maré, Edison Diniz, que criticou a forma como a ação policial foi executada.
“Infelizmente, isso sempre acontece nos grandes eventos. A favela acaba sofrendo as consequências dessa intervenção policial. Parece uma coisa que não tem planejamento, uma resposta imediata e sempre quem sofre são os moradores. Não há uma ação de inteligência para prender o responsável. Tem que dar uma resposta de força e é isso que acontece. A Maré ficou o dia inteiro com um clima de muito medo e apreensão, com o resultado trágico de uma pessoa morta nesse confronto”, disse.
A Polícia Militar e a Força Nacional de Segurança foram procuradas para se manifestar sobre a morte do morador, mas não responderam até a publicação desta matéria.
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Seleção de Bernardinho perde a primeira na Rio 2016
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Depois de duas vitórias, a seleção brasileira masculina de vôlei perdeu hoje (12) o primeiro jogo nas Olimpíadas Rio 2016 para os Estados Unidos, por 3 a 1. Mesmo sem jogar mal, o Brasil acabou não conseguindo superar a excelente performance dos norte-americanos, que vinham de duas derrotas e estavam em situação delicada no grupo.
Estados Unidos conquistaram contra o Brasil sua primeira vitória na Rio 2016 Yves Herman/Reuters
Partindo para o tudo ou nada, já que uma derrota praticamente acabava com as chances de passar para a próxima fase, os americanos apresentaram bom volume de jogo e poucos erros. Os tricampeões olímpicos fecharam os dois primeiros sets – 25 a 20 e 25 a 23 – em 54 minutos. No terceiro set, o Brasil esboçou uma reação e conseguiu vencer por 25 a 20.
A reação, no entanto, parou por aí. No quarto set os norte-americanos voltaram a acertar quase todos os lances enquanto os brasileiros desperdiçavam várias jogadas. Com 30 minutos, os americanos fecharam o set e a partida com um novo 25 a 20. Alguns jogadores da seleção dos Estados Unidos provocaram a torcida presente no Maracanazinho pedindo silêncio após a vitória.
O Brasil enfrenta agora os italianos, no sábado (13), e depois os franceses, na segunda (15). Os dois jogos estão marcados para as 22h35.
Brasil vence primeiro do mundo e fica próximo das quartas de final no handebol
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Brasil ganha da melhor seleção do mundo no handebol masculinoReuters/Shannon Stapleton/Direitos Reservados
A Arena do Futuro, palco dos jogos handebol da Rio 2016, ficou pequena para a vibração da torcida brasileira na vitória do Brasil sobre a Alemanha, atual número 1 do ranking mundial e campeã europeia, por 33 a 30.
A energia da torcida, que lotou os 12 mil lugares do ginásio, contagiou o time brasileiro, que buscou forças para virar o placar no último lance do primeiro tempo e se manter à frente do time alemão durante a segunda etapa.
Com oito gols, o ponta Fabio Chiuffa foi um destaques do Brasil, ao lado dos armadores Haniel Langaro, que fez quatro, Thiagus dos Santos, cinco vezes, e Guilherme de Toledo, que balançou as redes alemãs em três ocasiões. O goleiro Maik dos Santos, com grandes defesas, conseguiu parar em várias momentos o poderoso ataque alemão.
Com duas vitórias e uma derrota, o Brasil está muito próximo de se classificar pela primeira vez na história dos jogos olímpicos. No próximo sábado (13), às 16h40, a seleção brasileira volta à quadra contra a Egito.
Maioria dos brasileiros da vela encerra 4º dia de regatas entre os dez primeiros
Na classe Nacra 17 misto, os brasileiros Samuel Albrecht e Isabel Swan estão em 8º lugar na classificação geralReuters/Benoit Tessier/Direitos Reservados
No quarto dia de competições de vela da Rio 2016, os atletas brasileiros seguem buscando boas pontuações para tentar a classificação para a disputa por medalhas. Quase todos os brasileiros que competiram hoje (11) encerraram o dia entre os dez primeiros nas categorias que disputam.
As regatas finais começam no domingo (14), e os dez melhores disputarão a regata da medalha. A previsão é que as competições da vela sigam até o dia 18.
Na classe 470 feminino, as brasileiras Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan estão em 9º lugar. Na mesma classe, no masculino, o Brasil é representado pelos atletas Henrique Haddad e Bruno Bethlem, que estão na 23ª colocação.
Na classe RS:X masculino, Ricardo Santos está em 8º lugar, e no feminino, Patrícia Freitas conseguiu até agora a 5º colocação.
Na classe Nacra 17 misto, os brasileiros Samuel Albrecht e Isabel Swan estão em 8º lugar na classificação geral. Já no Finn masculino, o brasileiro Jorge Zarif está em 10ª lugar.
No Rio, estão em disputa cinco classes masculinas, quatro femininas e uma mista na Baía de Guanabara.
Com embarcações impulsionadas pelo vento, os atletas devem completar um número específico de voltas no percurso determinado por boias em um tempo menor que seus adversários. As competições de vela são divididas em uma série de regatas e os atletas acumulam pontos de acordo com a sua colocação em cada uma delas.
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