sábado, 6 de agosto de 2016

Mercosul: Macri, Cartes e Temer vão analisar situação venezuelana após o dia 12

Da Télam

Fontes do governo brasileiro informaram nesta sexta-feira (5) que os governantes da Argentina, do Brasil e do Paraguai mantiveram uma reunião para estudar a situação da Venezuela ante a falta de consenso sobre a presidência do Mercosul.

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De acordo com as fontes consultadas pela Télam, em uma breve reunião, os presidentes Mauricio Macri, da Argentina, e Horacio Cartes, do Paraguai, acertaram com hoje com o presidente interino do Brasil, Michel Temer, analisar a situação da Venezuela no bloco depois do dia 12 deste mês.

No próximo dia 12, vence o prazo para que a Venezuela conclua a adesão à norma do bloco sul-americano e, depois dessa data, segundo o que foi acordado, os três países voltarão a fazer  consultas sobre a situação gerada após a transferência da presidência do bloco do Uruguai à Venezuela.

Os presidentes da Argentina, Paraguai e Brasil reuniram-se durante o coquetel de boas-vindas oferecido por Temer, na sede da chancelaria brasileira no Rio de Janeiro, aos chefes de governo antes da cerimônia inaugural dos Jogos Olímpicos.

O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, não compareceu à cerimônia olímpica.
Nesta sexta-feira, o governo da Venezuela içou a bandeira do bloco na capital, Caracas, e proclamou-se presidente pro tempore do Mercosul. O governo venezuelano voltou a afirmar que Argentina, Brasil e Paraguai pretendem “tomar de assalto” o comando do bloco em uma manobra que as autoridades locais consideram idealizada pelos Estados Unidos.

 

Agência Brasil

 

Show de luzes e mistura de ritmos dão o tom da abertura da Rio 2016

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Reuters/Antonio Bronic/Direitos Reservados)

Rio será lembrado por uma cerimônia descolada, segundo produtor executivo da cerimônia, Marco BalichReuters/Antonio Bronic/Direitos Reservados

Como haviam adiantado os diretores criativos da cerimônia de abertura, projeções e luzes foram os principais recursos tecnológicos utilizados na abertura dos Jogos Olímpicos. As projeções no chão do Maracanã criaram efeitos muito aplaudidos pelo público, como o voo do 14 Bis sobre o Rio de Janeiro, a transformação da floresta em um país tomado por plantações e grandes cidades e os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer no caminho da "Garota de Ipanema" Gisele Bündchen.

Os diretores criativos do espetáculo Daniela Thomas, Andrucha Waddington e Fernando Meirelles  haviam anunciado que o recurso seria a grande aposta da cerimônia, devido a limitações impostas pelo estádio do Maracanã.

Ao contrário das aberturas anteriores, o Maracanã não é um estádio olímpico (não tem pista de atletismo), o que reduz o espaço disponível. O estádio também tem muitos lugares no nível do campo, o que impede que palcos elevados sejam montados para que equipamentos e acessórios possam ser retirados dos subsolos e escondidos depois. Para completar, o Maracanã tem portas de menos dois metros de altura, o que inviabiliza a entrada de grandes alegorias ou estruturas.

Todas essas dificuldades se somam ao orçamento reduzido da cerimônia do Rio. O valor não foi divulgado, mas, segundo os seus organizadores, é bem menor que das edições anteriores. O produtor executivo da cerimônia, Marco Balich, disse que Atenas foi marcante por ter sido clássica, Pequim teve uma abertura grandiosa, Londres fez uma festa inteligente e o Rio seria lembrado por uma cerimônia descolada. "É a festa mais legal em que eu trabalhei", disse ele, que também produziu a abertura dos Jogos de Inverno de Socchi, na Rússia.

Publico cantando

Rio de Janeiro - Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Reuters/Kai Pfaffenbach/Direitos Reservados)

Uma dos momentos em que o público cantou junto foi quando foi tocada a música O Samba do AviãoReuters/Kai Pfaffenbach/Direitos Reservados

O público cantou junto com energia e se levantou no momento mais animado da festa, quando o cantor Jorge Ben Jor interpretou seu clássico País Tropical. O Rap da Felicidade, com seu conhecido verso "Eu só quero é ser feliz" foi outro momento em que a plateia do Maracanã participou. O voo do 14 Bis ao som de Samba do Avião também foi muito aplaudido.

O momento da entrada das delegações também arrancou muitos aplausos. Grandes delegações, como a americana, a francesa e a britânica levantaram mais a plateia, mas países como Cuba, Palestina e Haiti também foram bem aplaudidos. Com a primeira olimpíada em seu continente, países da América Latina como México, Paraguai, Peru e Uruguai foram calorosamente recebidos. A pequena delegação de Tonga chamou atenção com seu porta-bandeira sem camisa e com o tronco coberto de óleo. O lutador de taekwondo Pita Nikolas Taufatofua fez a plateia gritar quando sua imagem apareceu no telão do estádio.

Ex-metrópole do Brasil Colônia e terra de ancestrais de muitos brasileiros, Portugal fez um dos desfiles de maior destaque, com muitos aplausos, mas superados pelos recebidos pelo Time Olímpico de refugiados. O Brasil encerrou o desfile ao som de Aquarela Brasileira e fez tremer o estádio do Maracanã com gritos e palmas.

Voluntários

Cinco transexuais estavam entre os voluntários que levavam o nome de cada país em bicicletas. Os atletas passaram entre um corredor de pessoas vestidas como vendedores ambulantes das praias cariocas e cada um recebeu uma semente, que será plantada na área do Parque Radical, uma das instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, onde será criada a Floresta dos Atletas.

Com a passagem de todas as delegações, os atletas depositaram suas sementes em torres espelhadas que depois revelaram os aros olímpicos, que eram formados por árvores. Uma queima de fogos encerrou o desfile.

Pira olímpica

Rio de Janeiro - Entrada da delegação brasileira no desfile olímpico (Reuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservados)

A passagem das delegações também foi momento de emoçãoReuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservados

O maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro consagrado com a medalha Pierre de Coubertin, acendeu a pira olímpica do estádio, depois de receber a tocha da jogadora de basquete Hortência e do tenista Gustavo Kuerten. Vanderlei foi atrapalhado por um espectador na maratona de Atenas, em 2004, quando estava em primeiro lugar. Mesmo assim, ele continuou e ficou com a medalha de bronze, o que foi considerado um ato de grandeza olímpica.

A pira das Olimpíadas do Rio tem uma pequena chama, que fica em frente da escultura do artista plástico Anthony Howe, formando um conjunto que representa o sol. A quantidade pequena de fogo, segundo a Rio 2016, faz da pira de 2016 uma chama de baixa emissão de carbono. O momento anterior à pira foi marcado por um grande desfile que trouxe as 12 escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e os cantores Anitta, Caetano Veoloso e Gilberto Gil, que embalaram a plateia ao som de Isso aqui, o que é?, de Ary Barroso.

A Bandeira Olímpica foi carregada por brasileiros que se destacaram no esporte, e o público aplaudiu com grande intensidade. Marta Vieira (futebol), Sandra Pires (vôlei de praia), Oscar Schmidt (basquete), Torben Grael (vela), Emanuel (vôlei de praia) e Joaquim Cruz (atletismo)  carregaram o símbolo olímpico. Também conduziram a bandeira a juíza Ellen Gracie e a fundadora do Instituto Pró-Criança Cardíaca,  Rosa Celia Pimentel Barbosa. O medalhista olímpico Robert Scheidt fez o juramento dos jogos, a parte em que os atletas se comprometem a competir sem recorrer à dopagem foi muito aplaudida.

Homenageado

Rio de Janeiro - Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Reuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados)

A pira olímpica foi acessa pelo ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de LimaReuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados

O medalhista olímpico do Quênia Kip Keino foi o homenageado com a primeira Láurea Olímpica, prêmio concedido a contribuições prominentes ao olimpismo. A partir dos jogos do Rio de Janeiro, o prêmio se tornará uma tradição nas cerimônias de abertura, segundo o Comitê Olímpico Internacional.

O esportista do atletismo desenvolve um projeto social no Quênia em que dá assistência educacional e esportiva a jovens de comunidades pobres. "Meu humilde pedido a todos vocês, esportistas, é que se juntem a mim na ajuda a todos os jovens", disse o atleta. "Que todos tenham alimento, abrigo e educação".

 

Agência Brasil

 

Sob vaias e aplausos, Temer declara Jogos Rio 2016 abertos no Maracanã

 

Da Agência Brasil

Sob vaias e aplausos, o presidente interino Michel Temer declarou abertos os Jogos Olimpícos da Rio 2016. O presidente interino fez a declaração da tribuna de onde assistiu a cerimônia de abertura no Maracanã, após os discursos dos presidentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman, e do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach.

"Após esse maravilhoso espetáculo, declaro abertos os Jogos Olímpicos do Rio", disse Michel Temer.

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Conforme protocolo divulgado pela organização à imprensa na tarde de hoje (5), o nome de Temer deveria ter sido anunciado junto com o de Thomas Bach no início da cerimônia. Porém, isso não ocorreu. Depois do desfile das delegações de atletas, os presidentes do COI e do COB fizeram breves discursos e não mencionaram o nome do presidente interino ao cumprimentar as autoridades.

Rio de Janeiro - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do COI, Thomas Bach, e o presidente interino, Michel Temer, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Beto Barata/PR)

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do COI, Thomas Bach, e o presidente interino, Michel Temer, na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã Beto Barata/PR

Procurado pela reportagem sobre o fato de o presidente interino não ter sido apresentado no início da cerimônia, como estava previsto no protocolo, o Palácio do Planalto informou que não iria se manifestar sobre o assunto. 

Temer acompanhou a cerimônia ao lado de Thomas Bach e do secretário-geral das Nações Unidas, Ban ki-moon. O presidente interino aplaudiu de pé a entrada da delegação brasileira, a última a desfilar. 

 

Agência Brasil

 

 

Abertura da Rio 2016 exalta diversidade, mistura ritmos e tem voo do 14 Bis

 

Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

A cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016 iniciou exaltando uma das principais características do Rio de Janeiro: a combinação entre áreas verdes e urbanas. A cidade possui duas grandes reservas ambientais, a Floresta da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca, e imagens aéreas mostraram a proximidade desses espaços em um videoclipe com a música Aquele Abraço, cantada por Luiz Melodia, que o público acompanhou nos versos mais famosos.

Após a projeção das primeiras imagens, foi anunciado o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. Pelo protocolo, estava previsto também o anúncio do presidente interino Michel Temer, o que não ocorreu. 

O cantor Paulinho da Viola emocionou o público com uma interpretação do Hino Nacional em um palco inspirado nas formas do arquiteto Oscar Niemeyer. Ao violão, o cantor foi acompanhado por uma orquestra de cordas. A bandeira do Brasil foi hasteada pelo Comando de Policiamento Ambiental do Rio de Janeiro e 60 bandeiras foram carregadas por 50 atletas iniciantes e estrelas do esporte como Virna, Robson Caetano, Maureen Maggi e Flávio Canto.

A festa seguiu com uma homenagem ao "espírito da gambiarra", definido pelos organizadores como "o talento para fazer algo grande a partir de quase nada". Nessa parte da abertura, a arte geométrica brasileira foi homenageada, como referências a Athos Bulcão, geometria indígena, estampas africanas e azulejos portugueses. As duas mensagens mais importantes da cerimônia, a paz e a sustentabilidade, vieram logo em seguida, com a transformação do símbolo da paz em uma árvore.

Logo depois, a cerimônia voltou no tempo, ao nascimento das imensas florestas que cobriam o Brasil na chegada dos portugueses. Do começo da vida, a homenagem avança até a formação dos povos indígenas, cuja entrada foi representada por 72 dançarinos das duas grandes agremiações do Festival de Parintins, os Bois Caprichoso e Garantido.

A chegada dos europeus em caravelas, o desembarque forçado dos africanos escravizados e a migração de árabes e orientais ao país foi representada após, com pessoas que descendem de cada um desses grupos.

Grupos de parcour atravessaram o palco e pularam sobre telhados de prédios na parte da cerimônia que destacou a urbanização do Brasil contemporâneo, concentrada em grandes cidades. Ao som do clássico Construção, de Chico Buarque, acrobatas desafiaram as fachadas dos prédios e montaram uma parede, de trás da qual o avião 14 Bis saiu ao som de Samba do Avião, com um ator interpretando o inventor Santos Dumont.

O avião voou pelo Maracanã e a bossa nova continuou a dar o tom da festa com a exaltação das curvas do Rio de Janeiro, que inspiraram Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Oscar Niemeyer e o paisagista Roberto Burle Marx.

Giselle Bündchen interpretou a Garota de Ipanema e desfilou no Maracanã, enquanto Daniel Jobim, neto do maestro, tocava o clássico. Por onde passava, Giselle desenhava curvas que formavam obras de Niemeyer, como a Igreja da Pampulha e a Catedral de Brasília.

Depois de Ipanema, as favelas foram representadas com um show de ritmos como o samba e o funk, que reuniu as cantoras Elza Soares, que interpretou o Canto de Ossanha, e Ludmilla, com oRAP da felicidade ao lado de dançarinos de passinho. O rapper Marcelo D2 e o cantor Zeca Pagodinho simularam um duelo de ritmos, representando a diversidade da música do Rio de Janeiro.

A partir daí, a importância dos negros na cultura brasileira ganhou destaque com as rappers Karol Conka e McSofia, de apenas 12 anos. Manifestações culturais como o maracatu, os bate-bolas e o bumba-meu-boi também dividiram o espaço no palco do Maracanã e o treme-treme, do Pará, foi representado pela Gang do Eletro.

A diversidade era representada no palco em tom de disputa até que a conciliação veio com Jorge Ben Jor e a frase: "Vamos procurar as semelhaças e celebrar as diferenças". O cantor foi a atração seguinte, com o sucesso País Tropical, dançado por mais de mil bailarinos do baile charme de Madureira, festa tradicional na zona norte do Rio de Janeiro. O público cantou de pé trechos da canção. 

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Agência Brasil

 

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Ex-maratonista Vanderlei Lima acende a chama olímpica

 

Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Reuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados)

O ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima acendeu a pira olímpicaReuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados

Ao fim da apresentação de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta, a tocha olímpica, que viajou o país nos últimos meses, entrou no Maracanã nas mãos do ex-tenista Gustavo Kuerten. Após desfilar sob muitos aplausos, ele repassou a tocha à jogadora de basquete Hortência Marcari. A vencedora da medalha de prata com a seleção feminina em 1996 passou a pira ao ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que acendeu a pira.

A chama olímpica vai ficar acesa até o final da Rio 2016.

Uma segunda chama será acesa no Boulevard Olímpico, localizado na região da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. O local é um dos pontos de concentração do público na Rio 2016.

 

Agência Brasil

 

Movimento antiausteridade faz "desabertura" da Olimpíada na Cinelândia

 

Akemi Nitahara - Repórter da Agência Brasil

A principal atração da noite é o filme Olympia 2016, de Rodrigo Mac Niven, que une ficção e documentário para debater a corrupção

A principal atração da noite é o filme Olympia 2016, de Rodrigo Mac Niven, que une ficção e documentário para debater a corrupçãoAkemi Nitahara/Agência Brasil 

Um ato cultural na Cinelândia, na mesma hora em que ocorre a cerimônia de abertura oficial dos Jogos Rio 2016 no Maracanã, marca a "desabertura" da Olimpíada. O objetivo é debater quem paga a conta dos Jogos.

O evento foi convocado por grupos que se definem como movimento antiausteridade, entre eles a Rede de Informações Anarquistas, o Partido Pirata-RJ, a Mídia Independente Popular e o Coletivo Mariachi. O integrante do Partido Pirata Alan Passos disse que o movimento é suprapartidário e começou a se organizar em 2013, depois das manifestações de junho daquele ano.

“O objetivo é questionar a falta de investimento do Estado em coisas importantes como educação, saúde, saneamento básico, ao mesmo tempo em que a gente ouve o governo dizer que não tem dinheiro e culpa a queda no preço do barril de petróleo, enquanto dá isenções fiscais para termas e joalherias”, criticou.

Segundo Passos, o evento cultural de hoje pretende explicar para o cidadão comum o que é a austeridade e que “ela vai pegar todo mundo”, com cortes principalmente em programas voltados para a população mais pobre.

“A 'desabertura' é porque, enquanto está acontecendo uma festa que não é pra todo mundo [cerimônia oficial], muitos estão sendo excluídos, a gente faz aqui uma festa para o cidadão geral. A gente pretende fazer um depois na Praça XV, para divulgar mais e mostrar que não são só flores essa Olimpíada. Quantas pessoas foram desalojadas, o pessoal da Vila Autódromo, quantas morreram, foram presas com base na lei antiterrorismo? A gente quer conversar, propor que as pessoas pensem sobre isso também”, destacou.

Filme

A principal atração da noite é a exibição do filme Olympia 2016, que tem roteiro e direção de Rodrigo Mac Niven e une ficção e documentário para debater a corrupção. “Que legado é este que ficou para a cidade, que eu não vi? Onde ficou? Ou não sei. Só a austeridade para o povo. Ou seja, perde a gente em nome de empreiteiras, de empresas, de bancos”, criticou Passos. O filme será exibido em um enorme telão inflável montado no meio da praça.

Manifestantes que participaram de outros protestos que ocorreram na cidade ao longo do dia se juntaram ao ato na Cinelândia, como os integrantes da passeata do movimento Jogos da Exclusão, que ocorreu na Tijuca, e o ato Fora Temer, realizado pela manhã em Copacabana.

 

Agência Brasil

 

 

Boulevard Olímpico será ponto de concentração do público

 

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

O Boulevard Olímpico, inaugurado hoje (5), será um ponto de concentração do público durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, segundo o prefeito do Rio Eduardo Paes, que participou da cerimônia da abertura oficial. “Esse Boulevard Olímpico, tenho certeza, vai ser uma experiência incrível para quem quiser curtir a Olimpíada”, disse.

No Boulevard, além da Orla do Conde, o público vai poder visitar a Pira Olímpica, instalada em frente à Igreja da Candelária. “É muito legal, porque é um momento superbonito que vai ficar aí depois”, disse, informando que a Pira vai se transformar em mais um ponto turístico da cidade, porque a escultura será mantida no local.

Paes diz que existem outros lugares de diversão durante os jogos para as pessoas que não compraram ingressos para as competições. “Para quem não tem ingresso para ir aos eventos, tem as provas de rua, tem esse Boulevard aqui e o Parque Madureira [na zona norte] e no Miécimo [Centro Esportivo Miécimo da Silva em Campo Grande, zona oeste]”, diz.

O prefeito voltou a pedir à população que reduza os deslocamentos por meio de carros no período da Olimpíada, quando haverá muita movimentação de atletas para as competições e dos integrantes da chamada família olímpica.

Missão cumprida

Para o prefeito ainda não é possível dizer que o dever está cumprido com relação à Olimpíada, porque ela está apenas começando, mas com relação ao legado, considerou que foi garantido. “O legado para a cidade foi cumprido. Agora a gente tem que fazer aquilo que a gente sabe fazer muito bem sempre, que é a festa. Tenho certeza que vai dar tudo certo. É uma operação complexa de logística, probleminhas vão surgindo e a gente vai arrumando”, disse

Para a recepcionista hospitalar, Carmem La Torre, moradora do Rio, a visita ao Boulevard Olímpico hoje foi uma grande surpresa. “Não conhecia e estou vindo hoje pela primeira vez. Trouxe os meus primos que são do interior de São Paulo, de Taubaté, que vieram para cá e eu trouxe. Muito lindo, já tinha visto na televisão, mas não pessoalmente”, disse.

Carmem disse que o local superou as suas expectativas, mas espera que seja mantido o esquema de segurança. “Vale a pena se continuar nessa coisa de Guarda Municipal. Nessa segurança para todos nós. A gente precisa da segurança”.

 

Agência Brasil

 

 

 

Time britânico elogia estrutura de treinamento na UFMG e interage com estudantes

 

Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

Bem acolhidos em Belo Horizonte, atletas britânicos treinaram sob o olhar atento de alunos de escolas públicas

Britânicos doam camisetas a estudantes que acompanharam ao treino desta sextaLéo Rodrigues/Agência Brasil

Enquanto o Rio de Janeiro se prepara para a abertura dos Jogos Olímpicos na noite desta sexta-feira, no Rio, a 440 quilômetros do Maracanã, palco do evento, a equipe britânica de atletismo mantém sua rotina de treinamento,focada na busca de medalhas. Para os integrantes do Team GB, como se intitulam, a preparação tem sido a melhor possível nas estruturas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Minas Tênis Clube e da Toca da Raposa, centro de treinamento do Cruzeiro Esporte Clube.

Agradecendo o acolhimento que tiveram em Belo Horizonte, os britânicos fizeram hoje uma ação em parceria com a Secretaria de Educação de Minas Gerais, na qual alunos de escolas públicas puderam acompanhar os treinamentos. "Estou achando demais. Os atletas são uma inspiração e mostram que qualquer pessoa pode ser um campeão na vida", animou-se Carlos Eduardo Ribeiro, de 10 anos, aluno da Escola Estadual Cabana do Pai Tomás, em Belo Horizonte.

Grupos formados por alunos de coral e de percussão apresentaram-se para alguns atletas. Para a professora Cristina Araújo, da Escola Municipal Santa Terezinha, as Olimpíadas ajudam a disseminar na sala de aula valores como respeito, solidariedade, cooperação e dedicação, que são importantes tanto no esporte como na educação. "Os alunos estão entendendo que eles vieram de outro local, têm outra cultura, falam outra língua. Isso tudo desperta a curiosidade, estimula a busca pelo conhecimento. Quais são os costumes desses atletas? De que músicas eles gostam? Que idioma eles falam? As crianças se empolgam e se dedicam mais do que o normal para poderem estar aqui."

Também acompanharam a preparação do Team GB 17 estudantes vencedores de um concurso que selecionou os melhores cartões de boas-vindas aos britânicos. A iniciativa teve apoio de professores de inglês de 139 escolas. Ao todo, foram produzidos 2.034 cartões. Os melhores foram escolhidos pela população, que votou por meio de curtidas nas redes sociais. "Ao mesmo tempo que demonstramos carinho com esses estrangeiros que estamos recebendo, despertamos nos nossos jovens a vontade de aprimorar o inglês e conhecer outros lugares, outras histórias e culturas", ddisse a secretária estadual de Educação, Macaé Evaristo.

Leão e igreja

Escolhido no voto popular, cartão de Luiza Natália une o leão, animal que está no brasão britânico, a uma igreja

Cartão de Luiza Natália une o leão, animal que está no brasão britânico, a uma igrejaLéo Rodrigues/Agência Brasil

Luiza Natália Longe, de 16 anos, foi uma das selecionadas. Aluna da Escola Estadual São Pio X, de São Gotardo, município localizado na região mineira do Alto Paranaíba, Luiza Natália desenhou um leão, animal que está presente no brasão do Reino Unido, e uma igreja. Ela explicou que se trata de uma menção ao ouro tão almejado nas Olimpíadas, já que, no Brasil, esse metal é muito encontrado nas igrejas históricas. No encontro com os britânicos, a jovem se emocionou: "a gente sente aquele impulso que até trava. Mas eles foram muito simpáticos. E são como nós. Tem a diferença da cultura, da língua, mas são pessoas normais, trabalhadoras, que acertam, mas também cometem falhas."

O coordenador-geral da equipe britânica, Paul Ford, mostrou-se satisfeito com o encontro com os jovens estudantes. "São atletas de nível mundial, o que é inspirador para as crianças. As Olimpíadas viajam ao redor do mundo, a cada quatro anos, e um de seus legados positivos é produzir esse encantamento, que ajuda a formar uma nova geração de atletas. As crianças que estão na escola hoje poderão se tornar atletas olímpicos representando o Brasil no futuro", afirmou Ford.

Melhor estrutura

Pista de atletismo do Centro de Treinamento da UFMG agrada à equipe britânica

Pista de atletismo do Centro de Treinamento da UFMG agrada à equipe britânicaLéo Rodrigues/Agência Brasil

As provas de atletismo serão disputadas por 80 britânicos. O principal destaque é Mo Farah, que conquistou ouro nos 5.000 metros e nos 10.000 metros nos Jogos de Londres, em 2012. Também subiram ao local mais alto do pódio a atleta do heptatlo Jessica Ennis-Hill e Greg Rutherford, do salto em distância. O atletismo é o esporte que mais rendeu medalhas olímpicas aos britânicos. São 194 no total, sendo 53 de ouro, 79 de prata e 62 de bronze.

Paul Ford afirma que seus atletas estão preparados para a competição. "Tivemos as melhores condições. Ficamos na melhor cidade, com um grande campo de treinamento, uma estrutura muito boa na UFMG, no Minas Tênis Clube e na Toca da Raposa. Agora é relaxar e sentir que estamos prontos para enfrentar o mundo aqui no Brasil."

Na semana passada, a estrutura da UFMG ganhou elogios em diversos veículos da imprensa britânica. O jornal Daily Mail publicou em seu site uma reportagem intitulada “Longe da sujeira da Vila Olímpica do Rio, base de treinamento da Grã-Bretanha faz inveja no mundo". Construído com recursos federais e estaduais, o Centro de Treinamento da UFMG foi inaugurado no fim do ano passado. Somente a pista de atletismo, cujo piso tem padrão olímpico, recebeu investimentos de R$ 7 milhões. Considerada uma das melhores da América Latina, a pista tem certificação Classe 1, a máxima concedida pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF).

A estrutura também inclui um campo com sistema de amortecimento propício para o treinamento de arremesso e lançamento, uma piscina maior que uma piscina olímpica com duas bordas móveis que permitem regular seu tamanho, uma sala para preparação física, um auditório, banheiras de hidromassagem, tanques de água gelada para recuperação dos atletas, quatro laboratórios e consultórios de medicina, nutrição, psicologia e fisioterapia.

"Temos toda a estrutura em um único local. O atleta não tem necessidade se deslocar para outro lugar. Eles sentem que estão em um lugar exclusivo de treinamento, e não em um clube. Sentem que estão com o todo suporte por trás e em uma região da cidade que é tranquila: a Pampulha, que recentemente se tornou Patrimônio Cultural da Humanidade. O projeto arquitetônico do prédio do Centro de Treinamento é muito bonito, há muito verde em volta, o ar é mais limpo, a temperatura é agradável. Tudo isso configura uma situação muito propícia para o bem-estar do atleta", afirmou o diretor do Centro de Treinamento da UFMG, Luciano Sales Prado.

Torcida

Ao comentar a boa repercussão na imprensa internacional, Luciano Prado disse acreditar que, sentindo-se bem acolhidos, os atletas decidiram expressar esse bem-estar para o mundo. De acordo com Prado, a empatia entre a equipe britânica e os trabalhadores da UFMG foi tão grande que a torcida tornou-se inevitável.
"O que eu sempre digo é que quem trabalha com esporte não torce pra um time específico. Torce para as pessoas com as quais trabalhou. Nós não torcemos por eles por serem britânicos. Torcemos por eles porque estamos convivendo e interagindo durante semanas", ressaltou Luciano. E se a disputa for contra o Brasil? "Na hora, a emoção vai decidir pela gente", respondeu Prado, em meio a risadas.

 

Agência Brasil

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