O juiz federal Sérgio Moro determinou hoje (18) que o empresário Adir Assad, investigado na Operação Lava Jato, volte à prisão. Assad cumpre prisão domiciliar por acusações em outra investigação, a Operação Saqueador, que apura um esquema que desviou R$ 370 milhões de obras públicas feitas pela Delta Construtora.
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Na decisão, Moro explicou que Assad não poderia ter sido solto porque há outro mandado de prisão contra ele na Lava Jato. O juiz determinou que o empresário fique preso no Rio de Janeiro, sob a custódia da Polícia Federal, até nova decisão sobre o caso.
“Aparentemente, a autoridade carcerária, ao cumprir o alvará de soltura proveniente do Superior Tribunal de Justiça e em relação à prisão preventiva decretada pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, descuidou da ordem de prisão vigente existente contra o condenado e exarada por este juízo”, disse Moro.
Na terça-feira (16), além do empresário, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltarempreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Construtora Delta, e o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
"Virei para a Paralimpíada", diz Temer no Rio
Marcelo Brandão - Enviado especial da Agência Brasil
O presidente do Senado, Renan Calheiros; o presidente interino Michel Temer; o governador licenciado Luiz Fernando Pezão, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante reunião de balanço da Rio 2016Beto Barata/Presidência da República
O presidente interino Michel Temer se disse confiante em sua permanência no cargo após o julgamento do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, que começa no dia 25 de agosto. Após reunião com ministros no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, Temer disse hoje (18) que voltará à cidade para a Paralimpíada Rio 2016, que começa no dia 7 de setembro.
Após fazer um breve balanço dos Jogos do Rio, Temer evitou perguntas de jornalistas e disse que responderá durante os Jogos Paralímpicos. “Estou pedindo para reservar [as perguntas] para as Paralimpíadas, porque eu virei nas Paralimpíadas”, disse, antes de deixar o local por uma porta lateral.
Em um curto pronunciamento após a reunião, Temer pediu que o povo brasileiro tenha “o mesmo entusiasmo” nos Jogos Paralímpicos que teve até agora na Olimpíada e se disse satisfeito com o desempenho do Rio como anfitrião. “Quero insistir que a mesma presença, o mesmo entusiasmo do povo brasileiro se verifique nos Jogos Paralímpicos. É importante para o Brasil, para o mundo.”
Segundo Temer, nas primeiras reuniões que participou sobre a organização da Olimpíada, havia “grande preocupação” com temas como segurança e tranquilidade institucional, mas, segundo ele, o que se vê é uma “tranquilidade absoluta” na cidade.
“O que se assistiu desde o primeiro momento foi uma tranquilidade absoluta no Rio de Janeiro. Ainda há pouco comentávamos sobre o número imenso de turistas que andam tranquilamente pelas ruas do Rio de Janeiro e participam ativamente de todos os jogos.”
O presidente interino se reuniu por pouco mais de uma hora com os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Justiça, Alexandre de Moraes; da Defesa, Raul Jungmann; e com o ministro interino do Turismo, Alberto Alves. O governador licenciado do Rio, Luiz Fernando Pezão; o governador em exercício, Francisco Dornelles; o prefeito da cidade, Eduardo Paes; e o presidente do Senado, Renan Calheiros, também participaram da reunião, que ocorreu no Centro de Mídia do Parque Olímpico.
Atraso
A ida de Temer ao Parque Olímpico atrai a imprensa nacional e internacional, que esperou por três horas o pronunciamento do presidente interino. A fala de apenas três minutos e a impossibilidade de fazer perguntas a Temer irritaram principalmente os jornalistas estrangeiros.
Após críticas de Gilmar Mendes, Barroso diz que Lei da Ficha Limpa é sóbria
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil
Ministro Luís Roberto Barroso Antonio Cruz/ Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, disse hoje (18) que a Lei da Ficha Limpa é uma lei sóbria. Barroso foi questionado por jornalistas sobre a declaração dada ontem (17) pelo também ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre o assunto.
“Eu não comento nem critico opiniões de colegas, embora eu tenha a minha. Acho que, em uma democracia, é legítimo que haja opiniões diferentes. Eu, adversamente, acho que a lei é boa, é importante e acho que a lei é sóbria. Acho que é uma lei que atende algumas demandas importantes da sociedade brasileira por valores como decência política e moralidade administrativa. Acho que a lei é boa e que nós devemos continuar a aplicá-la”, disse antes da sessão do Plenário do STF.
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Gilmar Mendes disse ontem que a lei foi mal-feita e parece ter sido “feita por bêbados”.
Contas dos prefeitos
Barroso também foi questionado se a decisão tomada pelo STF na semana passada pode prejudicar a aplicação da Lei da Ficha Limpa. No último dia 10, por maioria de votos, o Supremo decidiu que candidatos ao cargo de prefeito que tiveram contas rejeitadas somente pelos tribunais de Contas estaduais podem concorrer às eleições deste ano.
O ministro lembrou que foi voto vencido no julgamento e que a decisão do STF não invalida a Lei da Ficha Limpa.
“Isso não significa que a lei tenha sido derrubada, isso significa que a lei não vai ser aplicada a uma específica situação, mas o conceito principal da lei, que é impedir que pessoas que tenham sido condenadas em segundo grau possam se candidatar e voltar para a política, eu acho que é um conceito importante que deve ser preservado”, disse.
Reação
Nesta quinta-feira, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) publicou uma nota pública sobre debates em relação à lei. No texto, o MCCE diz que a Lei da Ficha Limpa é resultado do esforço de representantes da área jurídica “que cooperaram com a sociedade civil organizada para a construção de um marco legal inovador e de alta qualidade sobre os requisitos para as candidaturas”.
“Ressaltamos que o ponto mais importante do debate é o relativo à permissão para que vereadores sejam os responsáveis por julgar as contas de prefeitos que usurparam a função de ordenadores de despesas. O regime de julgamento das contas previsto na Constituição expressamente estipula que os tribunais de contas julgam as contas dos que movimentam verbas públicas, sem excluir os chefes do Executivo que tenham praticado tal conduta”, diz o texto.
Com um desempenho brilhante, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze venceram a regata decisiva da classe 49er FX e conseguiram o ouro olímpico, o quarto do Brasil na Rio-2016.
A conquista faz o país superar o número de vitórias de Londres-2012, quando havia conquistado três ouros. O triunfo de Martine e Kahena se soma aos de Rafaela Silva (judô), Thiago Braz (salto com vara) e Robson Conceição (boxe). Leia mais
Isaquias Queiroz conquistou a medalha de bronze na prova do C1-200 m da canoagem e entrou para a história do esporte brasileiro.
Ele se tornou o quinto brasileiro a conseguir subir ao pódio mais de uma vez na mesma Olimpíada, depois da prata na categoria C1-1000 m. O último a conseguir o feito foi o nadador Cesar Cielo, nos Jogos de Pequim-2008, com o ouro nos 50m livre e o bronze nos 100m livre. Leia mais
Mesmo sem a presença de Usain Bolt, a equipe da Jamaica se classificou para a final da prova masculina de revezamento 4x100 metros, com a segunda posição da segunda bateria.
O time brasileiro também avançou e vai lutar por um lugar no pódio na prova dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A final vai ser disputada na noite de amanhã.Leia mais
Os nadadores norte-americanos Ryan Lochte e James Feigen mentiram sobre eles e os companheiros Gunnar Bentz e Jack Conger terem sido assaltados no Rio de Janeiro na madrugada do último domingo. Ao menos é essa a conclusão da Polícia Civil.
A investigação aponta que os atletas não foram assaltados, mas que teriam se envolvido em uma confusão em um posto de gasolina. A conclusão é feita com base em imagens de câmeras de monitoramento. Leia mais
Alison e Bruno Schmidt vencem italianos e conquistam quinto ouro para o Brasil
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Alison e Bruno vencem italianos por 2 sets a 0Reuters/Adrees Latif/Direitos Reservados
Em um jogo impecável, a dupla de vôlei de praia Alison e Bruno Schmidt conquistou hoje (19) a quinta medalha de ouro para o Brasil na Rio 2016. Sem dar chances para os italianos Nicolai e Lupo, os brasileiros venceram por 2 sets a 0 em 45 minutos de jogo.
Sob chuva, os italianos começaram um pouco melhor a partida, chegando a abrir quatro pontos de vantagem. Com bloqueios espetaculares de Alison e defesas incríveis de Bruno, os brasileiros viraram o jogo e fecharam o primeiro set por 21 a 19.
Mais equilibrado, o segundo set começou a ser decido depois do 14º ponto, quando os brasileiros empataram, passaram a frente e fecharam o jogo por 21 a 17.
Com a medalha do vôlei de praia, o Brasil sobe quatro posições no quadro geral de medalhas, ficando na 13ª colocação, com cinco ouros, cinco pratas e cinco bronzes, em um total de quinze medalhas.
Medalha de ouro dá visibilidade às velejadoras Martina Grael e Kahena Kunze
Marcelo Brandão* - Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram o ouro na classe 49er FX da vela dos Jogos Olímpicos Rio 2016, na regata final na Baía de Guanabara (Fernando Frazão/Agência Brasil)Fernando Frazão/Agência Brasil
Aqueles que não acompanham o esporte podem ter se surpreendido com a medalha de ouro de Martina Grael e Kahena Kunze na vela, classe 49er FX. Seus nomes, no entanto, eram vistos entre os favoritos ao pódio. As duas venceram o Mundial de 2014 e foram eleitas atletas do ano pela Federação Internacional de Vela. Agora, o status mudou. Elas passaram a ser conhecidas como campeãs olímpicas, com toda a responsabilidade que o título traz.
“Ainda há muito tempo para pensar nisso. Foi uma regata muito competitiva. Eu queria muito que tivesse outra medalha para dar às espanholas, que fizeram uma pontuação excelente. Para Tóquio, obviamente, a gente vai chegar com peso, mas há muita coisa para acontecer até lá”, disse Kahena ontem (18) à noite.
Foi uma regata disputada. As duplas do Brasil, da Dinamarca e Espanha chegaram à final empatadas, e as neozelandesas vinham logo depois, com um ponto de diferença. Entre esses quatro países, a posição na regata final definiria o pódio e as brasileiras tinham que garantir que as dinamarquesas não as ultrapassariam, enquanto perseguiam as neozelandesas na reta final.
“Quando nos falaram que ganhamos por dois segundos, eu falei: 'nossa, mas por tão pouco?'. Quando a gente saiu para a regata eu abracei a Martina e disse: 'Independente do resultado, a gente já é vitoriosa, então vamos deixar a pressão de lado e fazer a nossa regata, o que a gente sabe fazer'”, contou Kahena.
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As duas também contaram com um apoio valioso. Além do treinador Javier Torres, elas receberam as orientações de Torben Grael, cinco vezes medalhista em olimpíadas, sendo duas de ouro. Pai de Martina, Torben passou tranquilidade para a dupla. “A gente sempre tentou buscar as experiências que ele pôde passar. E agora, na regata, tanto hoje quanto nos outros dias, ele passou tranquilidade pra gente”, disse Martina.
“Ele é um cara que conhece muito da baía, sempre tem alguma coisa boa. Às vezes, ele não fala nada, mas só de estar perto já dá uma tranquilidade”, afirmou a filha de Torben. O esporte está na família há anos e o caminho natural acabou sendo esse. “Ela começou a velejar muito cedo. E a competir muito cedo. A gente não fazia muita questão de que eles competissem, fazia mais questão de que eles curtissem o esporte. E eles gostaram, tiveram muita paixão e aí a competição veio naturalmente”, disse Torben.
“Eu saía com ela pra velejar desde os 3 anos. Ela já caiu dentro d'água, eu tive a experiência com um 'acidente' e uma reação bem rápida. Tirei da água e ela não ficou com medo nem nada. Então, desde criança, eles velejavam por prazer”, disse a mãe de Martina, Andrea Soffiatti Grael.
Rotina de medalhista
Cerca de oito horas depois da conquista da medalha de ouro na primeira participação em jogos olímpicos, as velejadoras Martina Grael e Kahena Kunze ainda passavam pela interminável sequência de entrevistas. Com a medalha pendurada no pescoço, inseparável, as campeãs olímpicas saíram do pódio e passaram por dezenas de jornalistas. Quando chegaram à Casa Time Brasil, por volta das 23h30, ainda havia sal do mar no corpo e areia nos pés.
“Estou salgada ainda, com o pé cheio de areia. O que mais quero agora é voltar para os meus amigos e dar um abraço neles. Eles que fizeram a coisa acontecer. Quero curtir muito ao lado de quem esteve do nosso lado ao longo desses quatro anos”, disse Kahena, antes de, junto com Martina, atender a vários pedidos de fotos mostrando a medalha dourada.
Ouro no boxe, Robson Conceição é recebido com festa e mocotó em Salvador
Sayonara Moreno - Correspondente da Agência Brasil
Com a medalha de ouro nas mãos, o campeão olímpico Robson Conceição dá entrevista na chegada a SalvadorSayonara Moreno/Agência Brasil
Dezenas de amigos, parentes e admiradores do lutador Robson Conceição receberam hoje (18) o atleta na volta a sua terra natal, Salvador, com uma medalha de ouro inédita na bagagem, conquistada na categoria ligeiro do boxe na Rio 2016.
Após a conquista na última terça-feira (16), o boxeador cumpriu agenda de entrevistas no Rio de Janeiro e finalmente pode voltar para casa para abraçar a torcida baiana. No desembarque do Aeroporto Internacional de Salvador, o medalhista foi ovacionado com gritos, aplausos e muita emoção.
“Agradeço a todo mundo que torceu por mim e pelo apoio da minha família. Agora eu trouxe o ouro, que é do Brasil, da Bahia e de São Caetano [bairro onde mora]”, comemorou o campeão, levado nos braços dos amigos.
O treinador do campeão olímpico, Luiz Dorea, se emocionou ao falar do orgulho que sente de Robson e destacar que o título não é apenas do atleta e de sua equipe, mas “de toda a Bahia “.
“Estou muito emocionado por mais uma grande conquista para o boxe na Bahia, mas não estou surpreso, porque ele foi preparado para o ouro. Estou muito agradecido a Deus, porque melhor momento não poderia ter, com uma olimpíada no Brasil, e essa medalha inédita, com um campeão olímpico”, disse o professor.
A esposa do atleta, Érica Matos, que acompanhou as lutas no Rio mas voltou antes a Salvador para preparar recepção ao marido, disse que Robson não é campeão apenas no ringue, mas em casa também.
“Ele é merecedor por toda a dedicação. Na luta final eu já sabia que ele seria campeão, porque ele me passou bastante confiança, porque ele disse que seria campeão e eu já esperava essa vitória. Quando levantaram o braço dele, eu comemorei com a nossa filha e minha sogra. Agora ele entrou para a história sendo o primeiro medalhista olímpico do país no boxe”, disse a companheira de Robson, que também é atleta do mesmo esporte.
Amor de avó e prato típico
Minutos antes do desembarque, a avó do campeão chegou para se juntar aos familiares e amigos. Dona Neusa Donato, 63 anos, contou que não gosta de assistir às lutas por causa da preocupação com os golpes, mas não escondeu a ansiedade para ver o neto e dar “apenas um beijo e um abraço”.
“Abraço de vó, amor, carinho de vó. Estou feliz por ele ser um menino determinado, porque corre atrás do que quer. Ele é um ótimo filho, neto, marido e pai”, declarou orgulhosa a matriarca da família de Robson Conceição.
Na chegada de Robson, um tumulto entre fãs, familiares, amigos e imprensa se formou. Foi necessário um cordão de policiais militares, que acompanharam o atleta do desembarque até o carro do Corpo de Bombeiros em que o campeão desfilou pelas ruas de Salvador até a Governadoria do Estado.
No local, foi recebido e homenageado pelo governador Rui Costa, que aproveitou a oportunidade para anunciar a criação de um centro de treinamento de boxe, cujas obras estão previstas para o ano que vem. Após a cerimônia, Robson seguiu no comboio até o bairro Boa Vista de São Caetano, no subúrbio da cidade, onde cresceu e iniciou a carreira de pugilista.
No bairro, o atleta foi recebido pelos vizinhos e familiares, que prepararam uma festa de recepção. Cansado e faminto, Robson revelou estar ansioso para comer o mocotó [prato tradicional preparado com extremidades do boi], feito por uma tia.
Robson Conceição durante a luta com o francês Sofiane Oumiha que o levou ao ouro na categoria peso ligeiro, até 60 quilos Fernando Frazão/Agência Brasil
Comitê Olímpico dos EUA pede desculpas por mentira contada por nadadores
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
Nadadores americanos Jack Conger e Gunnar Bentz comparecem à delegacia depois de terem sido impedidos de embarcar em um voo para os Estados UnidosReuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados
O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, a sigla em inglês) pediu desculpas ao Rio de Janeiro e aos brasileiros pelo incidente causado pelos nadadores norte-americanos, após a revelação de que eles mentiram ao afirmar que tinham sido assaltados.
“O comportamento desses atletas não é aceitável, nem representa os valores do Time EUA ou a conduta da vasta maioria de seus membros. Iremos rever a questão e quaisquer consequências em potencial para os atletas quando retornarmos aos Estados Unidos. Em nome do Comitê Olímpico dos Estados Unidos, nos desculpamos com nossos anfitriões no Rio e com as pessoas do Brasil por esta provação de desordem no meio do que deveria ser uma celebração de excelência”, disse a entidade, em nota divulgada em seu site oficial.
O comitê disse ainda que os atletas Gunnar Bentz e Jack Conger prestaram depoimento ontem (18) sobre o ocorrido. A entidade informou que os dois atletas, que foram retirados do avião que os levaria para casa, tiveram seus passaportes devolvidos.
O suposto assalto, quando revelado, repercutiu mal no Brasil. O Comitê Rio 2016, por meio do seu diretor executivo de Comunicações, Mário Andrada, chegou a pedir desculpas a Lochte pelo ocorrido. Nas horas seguintes, a imprensa norte-americana buscava saber se o nadador estava bem, se tinha sido ferido.
A versão inicial do assalto foi dada pelo atleta Ryan Lochte a um jornal norte-americano. Segundo o relato, ele e os colegas Gunnar Bentz, Jack Conger e James Feigen saíram de uma festa na Lagoa, na zona sul, foram abordados em uma falsa blitz e assaltados por homens armados. A polícia, no entanto, encontrou inconsistências na história contada pelo atleta.
Um vídeo da câmera de segurança da Vila dos Atletas mostrou que Lochte e seus colegas chegaram já de manhã, em clima descontraído, passando as carteiras pelo raio-x. Nessa quinta-feira (18), Conger e Bentz prestaram depoimento e desmentiram a versão de Lochte, que voltou para os Estados Unidos na segunda-feira (15). O depoimento durou cerca de quatro horas. James Feigen, outro atleta envolvido, ainda não foi ouvido pela polícia.
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