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Proposições legislativas
Em resposta ao senador Roberto Muniz (PP-BA), a presidente afastada Dilma Rousseff negou, nesta segunda-feira (29), qualquer tentativa de “maquiar” a contabilidade por motivos eleitoreiros. Ela também negou participação direta na execução do Plano Safra porque pela lei era uma atribuição do Ministério da Fazenda, explicou.
— Não há do meu ponto de vista, da minha defesa, nenhuma responsabilidade no que se refere ao fato de que eu tenha deliberadamente cometido um crime contra a coisa pública — afirmou.
Dilma acrescentou ainda que, em relação aos subsídios para a agricultura familiar, não havia até aquele momento interpretação de nenhum órgão que alterasse a prática sistemática que era executada desde o início.
— No momento em que se decidiu de forma diferente no órgão colegiado TCU, nós cumprimos a decisão. Apesar de, em vários casos, discordarmos — esclareceu.
No caso dos decretos de crédito suplementar, a presidente afastada voltou a explicar que não havia a decisão do TCU quando eles foram editados (dois em julho e um em agosto). Portanto, completou, não havia o dolo, que é base da acusação.
Perguntada por Muniz qual seria a posição dela se fosse uma senadora julgando a presidente da República, Dilma respondeu que continuaria ser contra o impeachment.
— Sentada aqui ou sentada aí, acredito que a minha interpretação seria a mesma. Não há base para crime de responsabilidade nos atos praticados pelo meu governo — reiterou.
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