O pecuarista José Carlos Bumlai na saída da sede da Justiça Federal, onde participou de acareação com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares no processo da Operação Lava Jato Rovena Rosa/Arquivo/Agência Brasil
A defesa do empresário José Carlos Bumlai pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki que o pecuarista seja colocado em liberdade ou que a sua prisão seja substituída pelo uso de tornozeleira eletrônica ou outras medidas alternativas. Os advogados tentam evitar que o réu retorne à prisão. O documento entregue ontem (18) ao STF complementa o pedido de habeas corpus apresentado no começo da semana.
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Bumlai está cumprindo prisão domiciliar para tratamento de um câncer na bexiga e de problemas cardíacos. Na semana passada, o juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que o empresário se apresente à Polícia Federal (PF) no dia 30 de agosto para que seja novamente levado ao Complexo Médico Penal da capital paranaense.
“A aplicação de qualquer uma dessas medidas, justas e adequadas à situação do paciente, permitirá que ele possa continuar cuidando dignamente de sua saúde”, argumenta a defesa.
No documento, advogados destacam a situação de saúde de Bumlai e dizem que o empresário vem “sofrendo diversos males”, que os sintomas estão sendo “sistematicamente” informados a Moro e que o quadro se agravou nos últimos dias.
“Afinal, a simples notícia de que terá que voltar a cumprir prisão preventiva em regime fechado causou-lhe forte abalo emocional, o que contribuiu para que seu estado físico, já bastante debilitado, ficasse ainda mais vulnerável. Assim é que, desde o dia 10 de agosto, os sintomas que o acometem tem se tornado mais frequentes, inclusive com a necessidade de consultas médicas de emergência”, diz o documento.
A defesa também argumenta que, mesmo com a recomendação médica para ser internado, Bumlai compareceu à Polícia Federal para prestar depoimento. Na quarta-feira (17) o pecuarista foi ouvido em São Paulo sobre sua participação na reforma do sítio em Atibaia investigado na Operação Lava Jato. “Tal fato, por si só, já demonstra que o paciente não apresenta nenhum risco à ordem pública nem tampouco oferece qualquer óbice à aplicação da lei penal”, dizem os defensores.
Brasil vence Rússia e garante vaga na final no vôlei masculino
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
De quase eliminada na primeira fase à final olímpica. Após superar lesões de personagens importantes do time, como o ponta Lucarelli, a seleção brasileira masculina de vôlei atropelou hoje (19) o forte time da Rússia, por 3 a 0, e volta pela quarta vez a disputar o ouro.
Brasil vence Rússia e enfrenta a Itália no domingoReuters/Ricardo Moraes/Divulgação
Com o apoio da torcida, a seleção do técnico Bernardinho não deu chances à Rússia e devolveu a derrota na final olímpica de Londres, há quatro anos. Em 1 hora e 23 minutos de jogo, o Brasil ganhou o primeiro set por 25 a 21, o segundo por 25 a 20 e o terceiro por 25 a 17.
Wallace foi decisivo e Lucarelli, mesmo ainda se recuperando, foi importante na recepção. Lipe, que superou uma contração muscular na lombar, fez uma excelente partida.
Com a vitória sobre a Rússia, o lídero Serginho, mais experiente e líder da equipe, disputa agora sua quarta final olímpica, contra a Itália, no domingo, às 13h15.
Alemanha vence Suécia e leva ouro do futebol feminino pela primeira vez
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Seleção de futebol feminino da Alemanha vence Suécia, algoz das seleções do Brasil e dos Estados UnidosReuters/Murad Sezer/Direitos Reservados
Algoz das brasileiras e norte-americanas, favoritas ao ouro olímpico, as suecas não conseguiram hoje (19), na final olímpica, repetir a estratégia de jogar na defesa para levar o jogo para os pênaltis. Perderam o ouro do futebol femino para as alemãs, que venceram por 2 a 1. Sem correr risco e maior posse de bola, a Alemanha conseguiu superar as adversárias para conquistar, pela primeira vez, a medalha olímpica de ouro.
Depois de um primeiro tempo sem muitas chances claras, as alemãs conseguiram furar o bloqueio da Suécia aos três minutos do segundo tempo, com Dzsenifer Marozsan. Aos 17, a Alemanha ampliou com um gol contra de Linda Sembrant.
Com o placar adverso, a Suécia abdicou de apenas se defender e partiu para o ataque. Aos 22 minutos da segunda etapa conseguiu diminuir a diferença com o gol de Stina Blackstenius. Mas a reação não foi suficiente. As alemãs conseguiram controlar o jogo até o final e ficaram com o ouro.
Mais cedo, o Canadá venceu a seleção brasileira também por 2 a 1 e conquistou, pela segunda vez consecutiva, a medalha de bronze.
"Sensacionalista" com muito orgulho
Por Mario Sabino
Quando atacam O Antagonista, os detratores do site costumam usar o adjetivo "sensacionalista", entre outras delicadezas.
O sensacionalismo é definido pelo Dicionário Aurélio como "divulgação e exploração de matéria capaz de emocionar, impressionar, indignar ou escandalizar".
Em geral, aplica-se o qualificativo aos tabloides que se dedicam a vasculhar a intimidade de celebridades dos mais diversos campos e tirar proveito de tragédias.
Não há como negar que O Antagonista divulga e explora a política brasileira como um dado emocionante, impressionante, capaz de indignar e escandalizar. O adjetivo "sensacionalista" é, portanto, aplicável ao site.
Para infortúnio dos detratores de O Antagonista, no entanto, esse é justamente o motivo do nosso sucesso. Conseguimos transformar o sensacionalismo em algo positivo, ao tratar sem mesuras -- e, quando é o caso, aos gritos escandalizados -- esse espetáculo indecoroso que é a política brasileira. Com isso, atraímos uma legião de leitores que andava entorpecida pelo jornalismo de gabinete que contamina as publicações tradicionais. Com isso, atraímos uma legião de leitores que jamais havia se interessado por política, pelo fato de a enxergarem lá longe, como um mundo apartado da vida real -- quando é justamente o contrário, a política é que está por trás de todas, absolutamente todas, as mazelas que infernizam o cotidiano do país.
No Brasil, confunde-se equilíbrio jornalístico com medo do poder e, não raro, certa cumplicidade com mandachuvas. Ouve-se com "imparcialidade" até bandido flagrado com dólar encontrado na cueca. Como sou "extremista", permito-me dizer que, estivesse cobrindo o Tribunal de Nuremberg, a imprensa nacional de hoje em dia iria ouvir o choro dos advogados de Hermann Goering ou Alfred Rosenberg, a fim de "compensar" as acusações contra esses monstros nazistas. E todos eles "teriam exterminado judeus e outras minorias", porque a "presunção de inocência" deve valer até o fim. O mais curioso é que tanta "isenção" não levou a que os jornais errassem menos. Só se tornaram mais anódinos.
Agradeço, portanto, o adjetivo "sensacionalista" que volta e meia nos dirigem. Enquanto tivermos leitores, continuaremos a emocioná-los, indigná-los e escandalizá-los com o escândalo que é a política brasileira, porque estamos do lado dos cidadãos do bem e queremos que eles (nós) mudem o país. E também seguiremos tentando diverti-los, porque às vezes só dá mesmo para fazer piada com as mentiras que essa gente nos conta.
O MELHOR DO DIA
O palhaço pede desculpas
Farsa desmontada, Ryan "Curtindo a Vida Adoidado" Lochte pediu desculpas pelo seu comportamento e pela forma como descreveu o falso assalto - mas voltou a dizer que... [leia na íntegra]
- Palhaço
- Comité Olímpico dos EUA pede desculpas
- O efeito positivo de Lochte
- Ainda bem que a Olimpíada está acabando
À espera do cuspe
Dilma Rousseff vai adotar a velha estratégia da vitimização em sua defesa no julgamento final do impeachment, dia 29. A petista está sendo orientada a apelar para a emoção. A bancada da chupeta também... [veja o texto completo]
- Dilma não entendeu nada
- Faz parte do show
O agenciamento da VTPB
Gilmar Mendes anexou ao processo de contas de Dilma Rousseff no TSE um ofício do secretário da Fazenda de São Paulo, Renato Villela, sobre a VTPB. Amigo do ex-ministro de Dilma Joaquim Levy, Villela diz que... [leia mais]
A estratégia de Lula
Em entrevista à BBC, Lula explica sua estratégia daqui para frente: "Então graças a Deus, foi através da imprensa estrangeira que a gente conseguiu fazer com que líderes importantes no mundo inteiro se dessem conta...” [veja mais]
O triplex da Folha
A Folha noticia o indiciamento de Nelci Warken, afirmando que a Operação Triplo X foi deflagrada para investigar a relação de Lula com um triplex no condomínio Solaris, no Guarujá. Não é... [leia mais]
Está chegando a hora de Gleisi
Beatriz Bula, do Estadão, informa que o STF vai marcar a partir do dia 30 a sessão para decidir se aceita denúncia contra Gleisi Hoffmann. Ela e Paulo Bernardo são acusados... [veja o texto completo]
Perícia do TSE quase pronta
Os peritos do TSE prometeram à ministra Maria Thereza entregar o relatório final sobre as gráficas fantasmas até a segunda-feira. Lá estará a análise do Coaf... [leia mais]
- O que está acontecendo no TSE?
Temer-PSDB
De Renan Calheiros, na saída do encontro com Dilma Rousseff no Palácio do Alvorada, comentando a relação entre Michel Temer e o PSDB: "Eu acho que é fundamental...” [veja mais]
Olho no reajuste dos ministros
Ricardo Ferraço avisou a O Antagonista que os projetos de reajustes do STF e da PGR serão votados na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado na próxima terça-feira. Os reajustes criam... [leia mais]
Cuba privatiza
O governo cubano anunciou a privatização do aeroporto internacional José Martí, em Havana, que será operador agora pela francesa Aéroports de Paris. As obras de expansão ficarão a cargo da empreiteira... [veja mais]
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Hugo Parisi passa para a semifinal dos saltos ornamentais
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Hugo Parisi passa para a semifinal dos saltos ornamentaisReuters/Stefan Wermuth/Direitos Reservados
O brasileiro Hugo Parisi conseguiu hoje (19) se classificar para a semifinal dos saltos ornamentais na plataforma de 10 metros. O atleta brasiliense passou para a próxima fase da Rio 2016 na 13ª colocação, com 422.45 pontos, entre os 18 melhores saltadores do mundo.
O britânico Thomas Daley, de 22 anos, passou para a próxima fase com 571.85. Em um dia mágico, Daley, bronze em Londres, conseguiu ultrapassar a marca dos 100 pontos no quarto dos seis saltos.
Disputando sua quarta olimpíada, é a primeira vez que Parisi consegue avançar de fase em Jogos. Antes, seu melhor resultado tinha sido a 19ª colocação, em Pequim. Em Londres, ele havia ficado na 30º e 32ª, em Atenas.
A semifinal da plataforma de 10 metros será disputada amanhã (20), às 11h, penúltimo dia da Rio 2016. Classificam-se para a final, que também será disputada amanhã, às 16h30, os 12 melhores saltadores.
Bolt se aposenta com medalha de ouro no 4 x 100 metros com equipe da Jamaica
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Bolt é o único tricampeão dos 100, 200 e do revezamento 4 por 100 na história dos jogos olímpicosReuters/Phil Noble/Direitos Reservados
O jamaicano Usain Bolt conquistou hoje (19) sua terceira medalha de ouro na Rio 2016 e a nona na carreira ao vencer a prova dos 4 por 100 metros com a equipe da Jamaica. Bolt diz que esta será sua última olímpiada e que está se aposentando das pistas.
Correndo os últimos 100 metros da prova, o mito a abriu larga vantagem dos demais competidores. A prata ficou com os japoneses. Os norte-americanos ue chegaram em terceiro lugar, mas foram desclassificados por invadirem a raia adversária e o bronze ficou com os canadenses. A equipe brasileira ficou na sexta colocação. Trinidad e Tobago também foi desclassificado.
Alem do "raio", o time jamaicano é formado por Asafa Powell, Yohan Blake e Mickel Ashmeade.
Bolt é o único tricampeão dos 100, 200 e do revezamento 4 por 100 na história dos jogos olímpicos.
Yane Marques adia decisão sobre aposentadoria: “vou sentir meu corpo”
Nathália Mendes - Enviada Especial do Portal EBC
Yane Marques chegou na encruzilhada que todo atleta precisa encarar: saber qual é a hora de parar. Dona da única medalha olímpica da América Latina no pentatlo moderno, a pernambucana tem duas opções: ou se mantém na briga por uma vaga nos Jogos de 2020 ou coloca um ponto final em sua vitoriosa carreira. O martelo só deve ser batido em 2017.
A pentatleta considera que a condição para seguir em frente é a capacidade de se manter competindo em alto nívelFernando Frazão/Agência Brasil
“Esse ano de 2017 vai ser um ano-teste para mim. Eu vou sentir meu corpo. Se eu perceber que não vivo sem isso aqui, vou continuar e vou tentar Tóquio. Se eu perceber que a magia acabou e não tenho mais o mesmo sentimento, o legado que deixei para o esporte já vai ter valido a pena”, afirma Yane.
A pentatleta considera que a condição para seguir em frente é a capacidade de se manter competindo em alto nível. “Ir para Tóquio por ir, para dizer que eu estive em quatro Olimpíadas, eu não vou não. Só vou se eu for competitiva”. A brasileira atingiu o seu ápice com o bronze de Londres 2012, duas medalhas pan-americanas e o vice-campeonato mundial, em 2013.
Yane é uma das grandes responsáveis por colocar o pentatlo moderno no radar do esporte nacional. O terceiro lugar em Londres e seus feitos no último ciclo olímpico fizeram com que ela passasse a ser reconhecida pelos brasileiros, apontada como esperança de medalha no Rio de Janeiro e escolhida, por votação popular, para carregar a bandeira do país na cerimônia de abertura.
“A gente ter conseguido lotar isso aqui (o estádio de Deodoro) para assistir o pentatlo, um esporte que até há pouco tempo ninguém sabia o que era, é incrível. E sei que tenho alguma contribuição para isso, porque este ainda não é um esporte muito acessível”, conta a atleta.
A idade e os sacrifícios da vida regrada de atleta são o que mais pesam para a aposentadoria. “Eu tenho 32 anos e sou atleta desde os 12. São vinte anos de treino, e isso significa que você não tem um final de semana, não pode dormir tarde, tem que acordar cedo, não pode fazer extravagância. É muita coisa”, desabafa.
Na Rio 2016, Yane terminou em 23º lugarReuters/Jeremy Lee/Direitos Reservados
Formada em Educação Física e terceiro-sargento do Exército, Yane só sabe que quer se manter no esporte: “Eu vou continuar vivendo neste âmbito do desporto. Fazendo o que, eu ainda não sei. Vai depender das oportunidades que me aparecerem. Acho que eu tenho muito o que contribuir para essa garotada”, diz.
A pernambucana considera que é preciso preparar novos atletas na modalidade. “Eu queria muito que essa geração Yane acabasse e fosse substituída por gerações melhores. A gente tem condições, tem muito talento, mas há um vácuo entre a minha geração para essa galera mais jovem”.
Por ora, Yane tem aspirações muito simples: quer descansar e voltar a dormir com a família depois de terminar em 23º lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. “Que fiquem as lições. Se, daqui desta torcida, meia dúzia de crianças procurem saber onde se treina pentatlo, já vai ter sido uma grande vitória”.
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