O chamado internet banking - acesso ao banco através de aplicativos de smartphones ou pela web no PC - tem crescido cada vez mais no Brasil. Em 2014, 4,7 bilhões de operações bancárias foram feitas pela internet no País, número que saltou para 11,2 bilhões em 2015, segundo o laboratório de pesquisa em segurança Kaspersky.
Com isso, é claro que a ação de criminosos também se dirigiu para onde há demanda. Uma das estratégias usadas para roubar dados de quen acessa o banco pelo celular é o chamado SMiShing (phishing enviado por SMS). São mensagens de texto falsas que induzem a vítima a clicar num link para uma página maliciosa que se passa pelo seu banco.
O estelionato acontece da seguinte maneira: o usuário recebe uma mensagem SMS que aparenta ser da sua agência bancária. Normalmente, o texto diz que ele precisa acessar o link em anexo para atualizar seu cadastro, caso contrário terá sua conta bloqueada. Como diversos bancos realmente usam SMS para se comunicar com os clientes, a vítima acaba sendo mais facilmente enganada.
Ao seguir o link pelo PC, o site falso diz que o serviço de atualização de cadastro está liberadi apenas para dispositivos móveis - o golpe é preferencialmente aplicado pelo smartphone. Uma vez que o usuário abre a mesma página pelo navegador do celular (e não pelo app do seu banco), ele vê uma página com as cores e logos que simulam sua própria conta.
As página geralmente vêm com campos de formulário a serem preenchidos com dados sigilosos, como número de agência, de conta, senha, telefone e outras informações. A Kaspersky explica que as mensagens SMS são disparadas por agência de envio de mensagens em massa, contratadas e pagas por criminosos usando cartões de crédito clonados.
A Kaspersky tem uma lista de domínios que normalmenete são usados por criminosos nesses golpes, e que você confere clicando aqui. A recomendação é a de sempre tomar cuidado com links suspeitos encaminhados por SMS que abrem em páginas do navegador, e não do aplicativo do seu banco, por exemplo.
Fonte: Olhar Digital - 01/08/2016 e Endividado
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Sérgio Moro manda soltar ex-marqueteiro do PT João Santana e Mônica Moura e critica álibi de caixa dois
Tanto Mônica quanto Santana, que morava em Salvador, não poderão sair do país nem se encontrar com outros investigados.(Foto: AE)
1 DE AGOSTO DE 2016 22:12
Após cinco meses presos, o marqueteiro João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, deixaram a sede da Superintendência da PF no Paraná por volta das 16h30min desta segunda-feira (1º).
O juiz Sérgio Moro havia determinado pela manhã a soltura do casal mediante uma fiança de R$ 31,5 milhões. São R$ 28,76 milhões para Mônica e R$ 2,76 milhões para o publicitário.
É o maior valor de fiança arbitrada na Operação Lava-Jato até aqui – sem considerar as indenizações no caso de delação premiada.
O casal foi preso em fevereiro sob suspeita de receber da empreiteira Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki dinheiro desviado da Petrobras.
Os R$ 31,5 milhões correspondem aos valores que já haviam sido bloqueados pela Justiça em suas contas correntes, segundo a decisão de Moro.
O casal, que também ficou detido em uma penitenciária na região metropolitana de Curitiba, deixou a superintendência sem falar com a imprensa. Tanto Mônica quanto Santana, que morava em Salvador, não poderão sair do país nem se encontrar com outros investigados.
A ordem também proíbe o contato com “destinatários de seus serviços eleitorais” e determina o comparecimento a todos os atos dos processos.
Moro disse considerar que a instrução das ações penais já está perto do fim e que ambos já manifestaram a intenção de esclarecer os fatos. Mônica Moura negocia um acordo de delação premiada com a Lava-Jato.
“TRAPAÇA”
No despacho em que determinou a soltura de Mônica, Moro fez duras críticas ao “álibi” do casal nas ações penais. Em depoimento à Justiça Federal há duas semanas, Santana afirmou que “98% das campanhas” eleitorais no Brasil fazem uso de caixa dois e que, sem a prática, não é possível se manter na profissão.
O juiz federal afirmou que trata-se de “trapaça que não pode ser subestimada” e que é preciso “censurar em ambos a naturalidade e a desfaçatez com as quais receberam, como eles mesmo admitem, recursos não-contabilizados.”
“O álibi ‘todos assim fazem’ não é provavelmente verdadeiro e ainda que o fosse não elimina a responsabilidade individual”.
E acrescentou: “Se um ladrão de bancos afirma ao juiz como álibi que outros também roubam bancos, isso não faz qualquer diferença em relação a sua culpa.”
Na mesma ocasião, Mônica afirmou em depoimento que recebeu dinheiro no exterior de Skornicki por serviços efetivamente prestados ao PT, na campanha de Dilma Rousseff em 2010, e que o repasse foi a maneira encontrada pelo partido para saldar uma dívida.
Moro disse ainda no despacho que a situação do casal “difere, em parte” da de outros acusados no esquema da Petrobras porque o marqueteiro não era um agente público nem dirigente de empreiteira.
“É possível reconhecer, mesmo nessa fase, que, mesmo se existente, encontra-se em um nível talvez inferior da de corruptores, corrompidos e profissionais do crime.” (Folhapress)
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