Mais de mil pessoas foram contratadas pelos Correios, o operador logístico oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Do trabalho de armazenamento, transporte e entrega trabalham ainda cerca de 300 empregados da empresa.
“Essas pessoas serão desmobilizadas após a operação. O que fica são cerca de 280 a 300 empregados que ganharam conhecimento durante este período e que serão utilizados nas nossas operações de logística daqui para frente”, disse o vice-presidente de logística dos Correios, José Furian Filho, em entrevista, hoje (6), no Rio Media Center, na Cidade Nova, região central do Rio.
Furian afirmou que todos os itens que compõem a mobília nos apartamentos da Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, foram transportados pela empresa, inclusive as roupas de banho e de cama. A aquisição dos produtos ficou a cargo do Comitê Organizador Rio 2016.
“A totalidade dos itens será recolhida e dada a destinação. Alguns voltam para as suas origens, porque são locados, e outros serão destinados como doação para órgãos de governo, prefeituras, de estado e ministério. O Correio vai fazer a operação de retorno”, adiantou.
O vice-presidente de logística dos Correios, José Furian FilhoCristina Indio do Brasil/Agência Brasil
O vice-presidente informou que os Correios são a primeira empresa de governo e operador de correio designada para a operação de logística de Jogos Olímpicos. Nos eventos anteriores, o serviço sempre foi feito por um operador privado. Por isso, em função da estratégia de negócios da estatal brasileira, não seria permitido, que, no Brasil, outro operador internacional fizesse a operação. “Na nossa estratégia está a internalização. Para o correio brasileiro era fundamental demonstrar a capacidade que nós temos de fazer operações complexas e de grande volume”, disse. “A logística está no DNA dos Correios. É o que fazemos no nosso dia a dia”, afirmou.
Como exemplo da capacidade dos Correios em fazer a logística dos jogos, Furian Filho citou a distribuição de 150 milhões de livros do FNDE, do Ministério da Educação, para 150 mil escolas nos 5565 municípios do Brasil. “Quem faz uma operação dessa envergadura tem capacidade de fazer operação logística dos jogos que depende de muito cuidado para que cada elemento seja colocado no seu devido lugar no tempo correto”, ressaltou.
Paralímpicos
O esquema para atender os Jogos Olímpicos também já está com o planejamento preparado. “Para os Jogos Paralímpicos basicamente é a adaptação das arenas, porque sofrem modificações. A maior parte das atividades ocorrem depois dos jogos por causa da retirada dos produtos. Não há diferença do que foi feito até aqui”.
O executivo lembrou que a empresa patrocina há 25 anos a Confederação de Desportos Aquáticos. Os atletas da natação também tem patrocínio da estatal. O do tênis começou em 2008. A partir de 2012, o handebol, que hoje venceu a Dinamarca por 31 a 28, passou a ter o apoio.
“Essa é missão dos Correios: ajudar o esporte brasileiro por meio de patrocínio. Também nestes patrocínios, nós exigimos uma contrapartida social, ou seja, que cada confederação aplique parte dos recursos em atividades sociais”, disse. Furian afirmou que os recursos são usados na formação de jovens atletas de comunidades de renda mais baixa.
Privatização
Sobre a possibilidade de privatização da empresa. O vice-presidente disse que está é uma decisão de governo e não diz respeito à diretoria dos Correios. “O governo tem que avaliar a situação de governo, inclusive, não só a situação de Correio e tomar a sua decisão. O que posso dizer é que a indústria postal, não só no Brasil, como no mundo inteiro, é uma indústria de grande atividade e grande potencial. Como falamos em logística, a maior parte dos correios de governos são utilizados pelo próprio governo como estrutura para suas atividades e ou necessidades”, indicou.
Além disso, lembrou que os Correios são a única empresa presente fisicamente nos 5565 municípios do Brasil. “Temos um papel social relevante, porque em quase 2 mil cidades deste país, só o Correio está presente e só o Correio oferece, por exemplo, serviços bancários a essas populações. O Correio é um agente integrador. A decisão de privatizar ou não ou que modelo de privatização pode ser feito cabe exclusivamente ao presidente da República, ao governo federal”, acrescentou.
Esporte é ferramenta na luta por igualdade de gênero, diz ONU Mulheres
Isabela Vieira – Repórter da Agência Brasil
Meninas que praticam esportes estudam por mais tempo e têm menos chance de ter uma gravidez precoce, afirma a Organização das Nações Unidas (ONU) para as Mulheres. A entidade reuniu hoje (6) adolescentes, ex-atletas e executivas do Comitê Olímpico Internacional (COI), no Rio de Janeiro, para discutir o papel do esporte no empoderamento de jovens.
Segundo a ONU Mulheres, apesar do poder de incentivar a auto-estima, confiança e resistência, na adolescência, período em que meninas procuram se encaixar na cultura e tradições locais, metade abandona o esporte nesse período, índice 6 vezes maior que entre os meninos.
Foi o que quase aconteceu com Marcelly Vitória de Mendonça, de 16 anos, que treina handebol, no projeto Uma Vitória Leva à Outra, desenvolvido pela ONU Mulheres, no Rio.
Moradora de Cidade de Deus, uma comunidade pobre no Rio, por causa de dificuldades financeiras e de outros interesses, ela quase desistiu. Foram as colegas de time e o técnico de handebol que a encorajaram a permanecer no projeto, exaltando seu potencial como atleta e buscando apoio para que fosse às aulas. “Cheguei a sair, mas meu treinador conseguiu passagens [de ônibus] para ir e, assim, decidi ficar”, disse a moça, que tem mais de 1,7 metros e mora com a mãe e mais cinco irmãos. “Olha, minha mãe é sozinha, as contas são apertadas”, disse.
Buscar apoio nas amigas mais próximas, nos momentos difíceis, e cobrar políticas públicas de esporte são medidas importantes para incentivar que mais meninas pratiquem esportes, afirmou Donna De Varona, ex-nadadora olímpica, que participou do evento.
Assessora do Comitê Olímpico Internacional (COI) para igualdade de gênero e uma referência mundial no tema, de Verona ressaltou que as mulheres ainda lutam pelas mesmas condições de igualdade no esporte, como apoio para treinamento e cargos nas organizações. Ela acredita que muito já foi feito para que as atletas atuais tenham melhores condições que as antecessoras.
A norte-americana citou a luta, em seu país, para que universidades recebessem atletas mulheres, oportunidade dada somente aos homens. “Foi preciso passar uma lei”, disse. "A medida abriu as portas para que pudéssemos ser advogadas, médicas, executivas e atletas. Sou muito orgulhosa de que Nawal [El Moutawakel], possa ir para os Estados Unidos treinar”, lembrou, sobre a atual vice-presidenta do COI e ex-corredora olímpica, que frequentou a Universidade Estadual de Iowa.
No evento, a primeira mulher a integrar o Comitê Executivo da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Lydia Nsekera, que foi presidente da associação no Burundi, aproveitou para passar um recado às mães de meninas: “Da mesma maneira que vocês levam suas filhas à escola, levem para o esporte. Elas podem ser atletas, quando jovens, mas também aprender a ocupar vagas administrativas mais tarde como executivas, ajudando a sociedade com mais mulheres em posições importantes no esporte e dando exemplo para que outras ocupem espaços na política”.
No Rio, o programa Uma vitória leva à outra oferece, duas vezes por semana, além de práticas esportivas, aulas de liderança, saúde e direitos sexuais e reprodutivos, combate à violência de gênero, educação financeira e planejamento para meninas entre 10 e 18 anos. É realizado em 16 das 22 vilas olímpicas da cidade do Rio. A ideia é alcançar 2,5 mil jovens até 2017.
Público enfrenta sol forte para acompanhar o futebol feminino em São Paulo
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
O movimento era intenso, mesmo sob sol forte, do lado de fora da Arena Corinthians, na zona leste da capital paulista, antes dos dois jogos do futebol feminino olímpico disputados hoje (6). Às 15h, entraram em campo Canadá e Zimbábue e, às 18h, a Alemanha enfrenta a Austrália.
Entre os torcedores consultados pela reportagem, a maioria aposta na vitória do Canadá e da Alemanha. A preferência da torcida, no entanto, foi a camisa verde e amarelo da seleção brasileira, mas havia também um grande número de torcedores vestindo a camisa do Corinthians.
Os termômetros próximo ao estádio registravam 30 graus Celcius (°C), com umidade do ar variando entre 36% e 30%. Neste sábado, a cidade entrou em estado de atenção pela baixa umidade relativa do ar.
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Mesmo sob o sol forte, Flávia Horta e a esposa não deixaram de levar o pequeno Miguel, de 11 meses, para um estádio de futebol pela primeira vez. Elas chegaram à Arena Corinthians de carro e consideraram boa a organização para o jogo.
Mirna Xavier Dias também foi com o marido e o filho de 7 anos para assistir aos dois jogos. Os três moram em Itaquera, bem próximo ao estádio, e foram a pé. "Como aqui é família são-paulina, a agente nunca tinha vindo ao estádio do Corinthians. Mas é a nossa oportunidade de conhecer", disse ela.
Rafael Zardo e a esposa também querem assistir aos dois jogos. Eles utilizaram o trem expresso que saiu da Estação da Luz, no centro, até a Arena Corinthians, percurso feito em 19 minutos. "Foi fácil, estava um pouco cheio, mas estava bem organizado", avalia.
Para quem ainda vai se deslocar à Arena Corinthians, a recomendação do Comitê Olímpico é deixar em casa objetos perigosos como tesouras, canivetes, facas, lâminas de barbear, punhais, agulhas, armas de fogo (mesmo de brinquedo ou réplicas), produtos químicos, inflamáveis e vidro. Também não é permitida a entrada com bebidas, alcoólicas ou não.
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No entanto, time carioca pode perder posição ainda neste domingo, que terá mais jogos http://glo.bo/2b3Mmv7 #GloboNews
Flamengo vira líder do Brasileirão após vencer o Atlético-PR com gol de Mancuello
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Votação é um teste para a junta militar que controla o país desde 2014, quando tomaram o poder através de um golpe de estado:http://glo.bo/2aE3XXH #GloboNews
Tailandeses vão às urnas para referendo que pode definir adoção de nova constituição
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Médico cirurgião plástico faleceu em casa, no Rio, de parada cardíaca:http://glo.bo/2aqq9WN
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Brasil conquista primeira medalha na Rio 2016; veja resultados de sábado
Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil
O atleta do Exército Felipe Almeida Wu, de 23 anos, alcançou a medalha de prata na prova de pistola de ar 10 metros Valdrin Xhemaj/Agência Lusa/Direitos Reservados
O Brasil conquistou hoje a primeira medalha na 31ª edição dos Jogos Olímpicos, no tiro esportivo. Felipe Wu levou a medalha de prata na categoria pistola de ar 10m, 96 anos depois do título olímpico de Guilherme Paraense, nos Jogos da Antuérpia, em 1920.
Sobre a quebra do tabu quase centenário e a volta do tiro esportivo ao quadro de medalhas, Wu celebrou: “Demorou, mas pelo menos a partir de agora as pessoas lembrarão da medalha de 2016, e não mais daquelas que conquistamos em 1920”. Embora sua especialidade seja a prova em que foi vice-campeão, Felipe Wu ainda compete na pistola 50m, com classificatória na quarta-feira (10), a partir das 9h. A final acontece no mesmo dia, às 12h.
Ginástica Artística
Os ginastas Arthur Zanetti, Diego Hypólito, Sérgio Sasaki, Francisco Barreto e Arthur Nory formam a primeira equipe da ginástica artística masculina brasileira a representar o país em uma olimpíada. Hoje, eles conquistaram mais um feito e foram classificados para a final olímpica por equipes.
Natação
Os atletas Felipe França e João Gomes Junior fizeram a torcida vibrar hoje no Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos no primeiro dia de eliminatórias da modalidade 100m peito e conquistaram vagas na semifinal desta noite.
Vôlei
O Brasil teve bons resultados no vôlei. As meninas do vôlei de quadra derrotaram o time do Camarões por 3 sets a 0. As brasileiras voltam à quadra na segunda, contra a equipe argentina.
O resultado no vôlei de praia das brasileiras Ágatha Bednarczuk e Bárbara Seixas de Freitas contra a dupla da República Tcheca também foi positiva: 2 sets a 1 para o Brasil.
A dupla de vôlei de praia masculino, Alison Cerutti e Bruno Schmidt, também foi vitoriosa. Os brasileiros venceram do Canadá por 2 sets a 0.
Futebol feminino
A equipe feminina de futebol do Brasil derrotou o time sueco hoje por 5 a 1 no Estádio do Engenhão, no segundo jogo da seleção brasileira na Rio 2016. Com a goleada, as meninas garantiram a classificação para a próxima rodada da competição.
Pólo aquático
A seleção masculina de polo aquático ganhou da Austrália por 8 pontos a 7 e termina a primeira rodada da competição na liderança do Grupo A, ao lado do time grego.
Basquete
A equipe feminina de basquete perdeu de 66 a 84 para o time da Austrália.
Judô
A expectativa alta sobre os judocas Sarah Menezes, na categoria até 48 kg, e Felipe Kitadai, na categoria até 60kg, não se concretizou e os atletas deixaram a Rio 2016 sem medalhas.
Boxe
O boxeador Michel Borges estreou hoje na Rio 2016 e venceu o camaronês Hassam N'Jikam e foi classificado para as quartas de final da categoria meio-pesado.
Rugby
A seleção feminina de rugby do Brasil foi derrotada hoje por 38 a 0 pelo Canadá, na segunda partida da equipe na Rio 2016. O primeiro jogo foi contra a Grã-Bretanha também foi desfavorável para o Brasil.
Acompanhe os destaques deste sábado nos Jogos Olímpicos
Em Brasília, mães participam da Hora do Mamaço para incentivar aleitamento
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na 15ª Semana Mundial de Amamentação, grupo de mães se reúne em Brasília para amamentar seus bebês simultaneamente em público e, com isso, chamar a atenção para a importância de amamentarValter Campanato/Agência Brasil
Em comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2016, cerca de 100 pessoas participaram hoje (6), em Brasília, da Hora do Mamaço, evento que reúne mães e seus bebês para mostrar que amamentar é um ato natural. O movimento surgiu na França em 2006 durante um encontro de mães que tiveram a ideia de amamentar simultaneamente seus bebês e chegou ao Brasil em 2012, durante as comemorações da Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Brasília - A educadora perinatal e doula Bianca Puglia fala sobre o mamaço em Brasília, por ocasião da 15ª Semana Mundial de Amamentação (Valter Campanato/Agência Brasil)Valter Campanato/Agência Brasil
No mesmo horário, em diversas cidades do país e do mundo, mães se reúnem em locais públicos para amamentarem seus bebês, após mobilização em redes sociais. A doula e educadora perinatal Bianca Puglia, organizadora do evento em Brasília, disse que o objetivo é estimular a amamentação e conscientizar a sociedade que amamentar é um ato natural. “A ideia é tirar esse ranço de que amamentar tem que ser com um paninho, em área isolada. Não é um ato vergonhoso. É natural do ser humano”, disse.
A psicóloga Ana Clara Mendes, 32 anos, participou do evento e disse que já sofreu discriminação ao amamentar em um restaurante. Ela conta que percebeu olhares e comentários de alguns homens. “Meu marido ouviu um deles falando: 'Se fosse minha mulher...'”, contou Ana Clara, mãe da Beatriz de 10 meses.
Para Ana Clara, é importante participar do evento para conversar com outros pais e também para valorizar o aleitamento materno. “Em alguns lugares a gente acaba sendo julgada e há pessoas que perguntam até quando vou amamentar meu filho. É até a idade que a gente quiser”, disse Ana Clara, que foi uma das mães que expuseram produtos relacionados à maternidade e aos bebês e participaram do encontro.
A funcionária pública Cléa Salles, 36 anos, levou a filha de quatro anos e o filho de um mês para o evento. Ela contou que a primogênita mamou até um ano e oito meses e destacou que amamentar é bom para a saúde do bebê. “A imunidade do bebê fica melhor. É simples, natural, não precisa levar comida ao sair”, disse.
No Distrito Federal, estão marcados outros cinco mamaços: no Jardim Botânico de Brasília (12/8), na Praça da Igreja Matriz de Planaltina (14/8), no Parque Jequitibás em Sobradinho (17/8), na Praça do Relógio, em Taguatinga (18/8) e no Pontão do Lago Sul (27/8).
Brasília - A educadora perinatal e doula, Bianca Puglia, fala sobre o mamaço, onde um grupo de brasilienses se reúne para amamentar seus bebês simultaneamente, em público, e, com isso, chamar a
Número de atletas militares brasileiros nos Jogos é o maior da história
Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
O atleta do Exército Felipe Almeida Wu, de 23 anos, alcançou a primeira medalha para o Brasil, de prata, na prova de pistola de ar 10 metros Valdrin Xhemaj/Agência Lusa/Direitos Reservados
Os Jogos Rio 2016 têm o maior número de atletas militares brasileiros da história das Olimpíadas. São 145 atletas, entre os 465 que integram a delegação, com a perspectiva de conquistar dez medalhas, em 27 modalidades esportivas. Na Olimpíada de Londres, em 2012, de uma delegação de 259 atletas, 51 eram militares, que competiram em 12 modalidades, entre elas atletismo, esgrima, tiro, natação, pentatlo, judô é taekwondo. Naquele ano, eles conseguiram 5 medalhas, incluindo a de ouro da judoca Sarah Menezes. Nos jogos atuais, no Brasil, só no judô 100% dos atletas são militares, sendo sete homens que integram o quadro temporário do Exército e sete mulheres que são da Marinha.
“Tenho esperança de medalhas em todas, mas se tivesse que apontar as modalidades em que nós temos expectativas mais favoráveis, eu diria, vela, judô, no tiro e vôlei de praia”, disse àAgência Brasil o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, almirante Paulo Zuccaro. “Agora diversificamos e estamos presentes em outras modalidades”
O diretor afirmou que o número de militares nos Jogos de 2016 foi além da expectativa. “Tínhamos que ter colocado 100 atletas na delegação e ultrapassamos em 45% esta meta, que já era ambiciosa. Estamos muito felizes e é um indicador claro do sucesso do nosso programa. É a qualidade deste programa que permitiu o crescimento tão importante assim”, disse.
Os atletas fazem parte do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa e recebem a remuneração mensal em torno de R$3,2 mil, por causa da graduação, na maioria deles, de terceiro sargento. “Eles também podem ter outras fontes de recursos, por exemplo, muitos deles também recebem a bolsa atleta e não há nenhum inconveniente nisso. Outros têm patrocínios de empresas e estas coisas compõem o total da remuneração deles. Não há nenhuma proibição de que tenham outras fontes de renda”, informou.
Para o diretor o crescimento no número de atletas foi resultado também da parceria entre os ministérios da Defesa e do Esporte, que investe nas instalações esportivas. “Isso também é determinante para o sucesso do programa”.
O almirante acrescentou que, além deste salário, o atleta pode ter uma bolsa atleta e, ainda, patrocínio. Para o diretor, mais do que a questão salarial, para o atleta é importante a infraestrutura de que dispõe nas unidades das Forças Armadas. “Temos uma retaguarda em apoio, com serviço de assistência médica muito bom, das três Forças Armadas, e as instalações esportivas são excelentes. Temos apoio de fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogo. Toda parte de ciência do esporte está disponível para esses atletas”, afirmou. “Não é apenas a questão salarial, mas tudo mais que a gente pode fazer por esses grandes brasileiros, por esses atletas que estão dando essa contribuição para o esforço olímpico nacional”.
Atletas de alto rendimento
A jogadora Wélissa de Souza Gonzaga, a Sassa, que já fez parte da seleção brasileira de vôlei de quadra, é uma das atletas de alto rendimento das Forças Armadas. Ela afirmou que esperou ser publicado o edital para concorrer a uma vaga no Exército e agora está ansiosa para poder participar dos Jogos Mundiais Militares. Para a jogadora, que entrou para o programa este ano e ainda tem prazo para permanecer por mais oito, é bom ser atleta militar, porque além de contar com a estrutura, pode conciliar a vida com o clube.
“Eu encerrei o meu ciclo com a seleção brasileira de vôlei, então é uma oportunidade que eu tenho de disputar campeonatos internacionais. A gente sabe da força que têm os jogos mundiais militares, é uma competição que para mim é uma mini-olimpíada, reúne várias modalidades e atletas do mundo inteiro. É uma motivação a mais para a minha carreira.”
Para quem disputou duas olimpíadas, agora é o momento de torcer pela seleção do lado de fora da competição. “Para mim agora só resta torcer. Tive oportunidade de disputar duas olimpíadas, foram fantásticas, em 2004 e 2008, e é uma experiência que é o momento maior de todo atleta. A gente sabe que vai existir a cobrança, aqui no Brasil. É a maior delegação já enviada para uma Olimpíada. Espero que o Brasil faça um bom papel, que corra tudo bem nessa olimpíada e que venham muitas medalhas.
O triatleta Juraci Moreira, que participou das Olimpíadas de 2000, 2004 e 2008 também é um atleta militar de alto rendimento. Ele informou que, desde 2009, conta com a estrutura do Centro de Treinamento do Exército, na Urca, zona sul do Rio. Além disso, destacou a decisão do Time Brasil de considerar o centro como o principal local para treinamento dos atletas da delegação brasileira. “Esse cuidado de ter um local reservado vai fazer diferença na fase de competição., A gente fala muito de legado e tudo que está aqui é um legado. Vai ficar para as próximas gerações”, disse. Juraci já está indo para o último ano do programa.
De acordo com o Ministério da Defesa, para garantir uma delegação competitiva na 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, em 2011, no Rio de Janeiro, a Marinha e o Exército incorporaram em seus quadros os atletas do Time Brasil. O resultado foi a conquista do primeiro lugar no quadro de medalhas, com 114 medalhas dentre os 111 países participantes. Conforme o ministério, atualmente, 670 militares fazem parte do programa, sendo que 76 são militares de carreira e outros 594 temporários. “Nós hoje já somos potência militar desportiva. O Brasil divide com a China e a Rússia o lugar mais alto dos países de elevado nível no desporto militar”, disse o diretor.
Paralímpicos
O almirante afirmou que não existem atletas para competir nos Jogos Paralímpicos. Segundo ele, as Forças Armadas estão começando um programa para militares com deficiência física adquirida e este pode ser o caminho para no futuro ter atletas paralímpicos entre os militares. “É um projeto que está muito no seu início. Hoje tem como componente principal a questão social, mas se o projeto prosperar, e a gente conseguir descobrir talentos neste projeto, certamente ofereceremos ao desporto paralímpico”, acrescentou.
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