segunda-feira, 22 de agosto de 2016

"Chegamos como hóspedes, saímos como amigos”, diz presidente do COI

Thomas Bach agradece brasileiros pelo sucesso da Rio 2016

Thomas Bach agradece brasileiros pelo sucesso da Rio 2016Reuters/Stoyan Nenow/Direitos Reservados

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, agradeceu hoje (21), na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, a participação dos brasileiros para o sucesso do evento. “Chegamos como hóspedes, saímos como amigos”, disse, emendando, em português: “Esses foram Jogos Olímpicos maravilhosos na cidade maravilhosa”.

Bach disse que os jogos vão deixar um grande legado para as próximas gerações e destacou que o evento foi uma celebração da diversidade. Ele agradeceu a participação dos voluntários que trabalharam durante os jogos e destacou o desempenho dos atletas. “Ao competir com amizade e respeito, a conviver com harmonia, estão mandando mensagem poderosa de paz para o mundo inteiro”, disse.

O presidente do COI também falou sobre a participação dos atletas refugiados na Olimpíada. “Vocês nos inspiraram com seu talento e sua força. Vocês são o símbolo de esperança para milhões de refugiados no mundo”, disse.

Seis representantes de programas educacionais e sociais que recebem o apoio do Comitê Olímpico Internacional foram homenageados pelo COI, representando a população carioca. Entre eles, estava o gari Renato Sorriso, que participou da apresentação da cidade no encerramento da Olimpíada de Londres, em 2012.

 

 

Agência Brasil

 

 

Nuzman diz que "valeu cada segundo" organizar Olimpíada no Rio

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Presidente do COB, Carlos Nuzman discursa no encerramento da Rio 2016

Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Nuzman discursa no encerramento da Rio 2016Reuters/Vasily Fedosenko/Direitos Reservados

Ao discursar na cerimônia de encerramento da Rio 2016, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Arthur Nuzman, disse que é o "homem mais feliz do mundo".

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"O melhor lugar do mundo é aqui, no Rio", disse para o público, que acompanha a cerimônia no Maracanã. 

Para Nuzman, a realização dos jogos é a prova da capacidade de organização dos brasileiros.

Carlos Arthur Nuzman disse que fazer os jogos no Rio foi um grande desafio, e destacou os sete anos de luta e trabalho na organização da competição. “Mas valeu a pena cada segundo, cada minuto, cada dia, cada ano, graças a vocês”. Ele também agradeceu o apoio da torcida e de todos os brasileiros, especialmente dos voluntários que trabalharam durante os jogos. “Todos os brasileiros são heróis olímpicos. A torcida do Brasil tem a medalha de ouro”, disse Nuzman.

 

Agência Brasil

 

Serginho deixa seleção de vôlei e sonha com vida normal após 4ª final olímpica

 

Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

Líbero Serginho deixa seleção brasileira de vôlei após o ouro na Rio 2016

Líbero Serginho deixa seleção brasileira de vôlei após o ouro na Rio 2016Reuters/Yves Herman/Direitos Rese

Com a conquista da medalha de ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro, o líbero Serginho deixou para trás a camisa da seleção de vôlei do Brasil. Depois dos beijos de cada um dos jogadores do time, ele deixou a peça do uniforme no chão da quadra do Maracanãzinho, para que fosse leiloada ou doada por alguém. 

O que o herói de quatro finais e dois ouros olímpicos quer agora é uma vida normal, que começa a partir de amanhã (22).

"Amanhã, meus filhos têm aula e tenho de levá-los à escola. Vou viver minha vida e não tenho mais que viver essa pressão", comemorou o jogador. "Fico feliz porque vou para casa, ficar com meus filhos, almoçar com eles, jantar com eles, poder comemorar o aniversário deles. É o que me deixa mais feliz."

Sergio Dutra Santos explicou que deixou a camisa para trás porque ela não deveria ficar em sua casa, mas sim com o povo brasileiro. "Alguém a pega, faz um leilão e reverte esse dinheiro para alguém que precisa. A história acabou."

Ele afirmou que ser jogador de vôlei era um sonho que conquistou, e parar de jogar é outro que ele pretende concretizar em dois anos. Seus planos para o futuro são cheios da simplicidade que se tornou uma de suas características mais marcantes aos olhos da torcida. "Daqui a 20, 30 anos vou estar jogando truco em Pirituba e tomando minha pinga".

Levantador e capitão Bruninho elogia liderança de Serginho

Levantador e capitão Bruninho elogia liderança de SerginhoReuters/ Dominic Ebenbichler/Direitos Reservados

Líder

A convocação do líbero para a seleção olímpica de vôlei ajudou a trazer confiança e vibração para a disputa do ouro em casa. O técnico Bernardinho descreveu o atleta como o "condutor emocional e a segurança" dentro do time. Serginho foi uma liderança do time ao lado do capitão Bruno, que avaliou o companheiro como algo maior que um amigo ou um irmão.

"Ele é um exemplo para todos nós. Foi de suma importância para essa geração. Ele não deu só sua experiência, mas sua alma, que ele coloca em cada partida e cada treinamento", disse o capitão.

Quando o time chegou perto da eliminação da primeira fase, antes do último jogo contra a França, Serginho foi uma das grandes motivações para que a seleção entrasse na quadra com a garra que garantiu a vitória. "O mais importante discurso dele foi antes do jogo contra a França. Ele pediu para que vencêssemos por ele também, que déssemos tudo que o que tínhamos para dar essa última glória a ele", acrescentou Bruninho.

Wallace, que teve uma atuação marcante em todo o campeonato, também lembra desse momento. "Uma coisa que ele falou que tocou bastante é que ele não teria outra chance e nós teríamos. O título foi dedicado totalmente a ele, porque é um cara que se doou ao máximo e em momento nenhum tirou o pé".

William também disse acreditar que a medalha tinha um gosto especial para Serginho. "É o cara dessa seleção. Ele comanda como ninguém e tem um astral, um apetite enorme. Ele queria essa Olimpíada como ninguém. Se alguém merece isso aqui, é o Sérgio", concluiu.

 

Agência Brasil

 

 

Chuvas e ventos fortes deixam o Rio em estado de atenção

 

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

No encerramento dos Jogos Olímpicos, chuvas deixam o Rio em estade de atenção

No encerramento dos Jogos Olímpicos, chuvas deixam o Rio em estade de atençãoReuters/Yves Herman/Direitos Reservados

O município do Rio de Janeiro entrou em estado de atenção na noite de hoje (21) por causa de ocorrências provocadas por ventos muito fortes na cidade. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, as rajadas de vento, que devem continuar acima de 76 quilômetros por hora, serão acompanhadas de chuva fraca a moderada.

O estado de atenção, decretado às 20h25 deste domingo, é acionado quando um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade.

Até este momento, o maior registro de vento foi às 20h, na estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no Forte de Copacabana, com velocidade de 122,8 km/h. De acordo com os parâmetros do Sistema Alerta Rio, ventos acima de 76 km/h são de intensidade muito forte.

Alerta

O temporal acontece justamente na noite da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, no Maracanã. A prefeitura recomenda que as pessoas evitem ficar perto de árvores, áreas descampadas ou locais em que possa haver destalhamento de imóveis.

Os moradores do Rio também devem permanecer em locais seguros e evitar áreas sujeitas ao desprendimento de itens suspensos, como estruturas metálicas e outdoors. “Caso seja imprescindível transitar pelas vias pública, fazê-lo com atenção, pois itens suspensos correm risco de se desprender por causa dos ventos”, informou o comunicado da prefeitura.

Por causa da queda de árvores e galhos, a Rua João Lira, no Leblon, está totalmente interditada. Em outras ruas pode haver interdição de uma faixa ou a adoção do sistema pare e siga.

 

Agência Brasil

 

“Não tem mais bobo no mercado, quando se trata de Brasil”

Boa vontade dos investidores com Temer se esgotará em um mês, diz Jason Vieira

Por Márcio Juliboni

SÃO PAULO – Se tudo sair como o programado, o impeachment de Dilma será confirmado em 31 de agosto e Temer será efetivado na Presidência. Haverá, porém, pouquíssimo tempo para comemorações. A partir daí, a paciência dos investidores em relação ao novo governo se esgotará com uma rapidez olímpica.

“Temer terá 30 dias, no máximo, para aprovar as primeiras medidas relevantes”, afirma Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset Management. Até porque, segundo ele, os investidores já estão escaldados com promessas não cumpridas do Brasil. “Não tem mais bobo no mercado”, diz. Confira os principais trechos da entrevista a O Financista:

O Financista: A perspectiva de que vai demorar um pouco mais para os juros subirem nos EUA deveria tornar o Brasil mais interessante para os investidores, mas eles estão cautelosos. Por quê?

Jason Vieira: Esse é o problema: os fundamentos do Brasil ainda estão ruins. O que houve, até agora, foi uma mudança de perspectiva, e não de contexto efetivo. O mercado de trabalho é um exemplo. É sempre o primeiro a sentir a crise e o último a reagir. Mesmo a melhora do contexto vai fomentar um pouco mais de desemprego, porque as pessoas que estavam desanimadas vão se motivar a buscar novamente uma vaga.

O Financista: Que medidas efetivas Temer deverá mostrar ao mercado, para provar que não mudamos apenas da boca pra fora?
Vieira: No curto prazo, a mais fulcral é evitar que a PEC do teto de gastos seja ainda mais desidratada na negociação com o Congresso. Seria um bom sinal, mas há outros. A reforma da Previdência deveria chegar ao Congresso com o máximo de medidas rigorosas para reverter a situação. Ela não pode ser enviada com propostas tímidas, enxutas. Já que se trata de um tema impopular, que vai desgastar o governo de qualquer jeito, que seja a necessária. Até porque, como sabemos, para negociar com os parlamentares no Brasil, é preciso propor mais do que se deseja, para ceder e sair com o que se quer mesmo.

O Financista: Há mais alguma medida que Temer tem que adotar?
Vieira: Já que estamos falando de medidas impopulares, é melhor tratar logo da reforma tributária. Ela é extremamente popular entre os cidadãos e os empresários, mas é polêmica entre os governadores e os parlamentares. Muitos acreditam que, sem a guerra fiscal, não terão o que oferecer para atrair investimentos para seus Estados.

O Financista: Alguns afirmam que o mercado está se autoenganando em relação a Temer. Você concorda?

Vieira: Não diria que é um autoengano. Veja o caso dos investidores estrangeiros. Há uma demanda efetiva por ativos brasileiros, porque as perspectivas estão mudando, mas eles já sabem que este é o Brasil. Ou seja: tudo pode acontecer. E, se tudo pode acontecer, é melhor esperar um pouco, até o impeachment ser efetivado. Eles já sabem que não se pode contar com ovo dentro da galinha aqui.

O Financista: Na prática, uma vez confirmado o impeachment, quanto tempo Temer terá para apresentar resultados concretos e provar ao mercado que a confiança é justificada?

Vieira: Eu diria que, após a confirmação do impeachment, a paciência do mercado será expressivamente mais curta. Eu diria que, no máximo, Temer terá 30 dias para aprovar as primeiras medidas que mostrem que o Brasil vai mesmo mudar. Não tem mais bobo no mercado, em se tratando de Brasil.

 

O MELHOR DA SEMANA


Temer a O Antagonista: "FHC é um modelo para mim"

Michel Temer conversou com O Antagonista, em São Paulo, às vésperas do Dia dos Pais. Leiam trechos da conversa neste e nos próximos posts: "Fernando Henrique Cardoso é um modelo para mim em vários aspectos. Um deles...” [leia na íntegra

- Temer a O Antagonista: "Chance zero"
- Temer a O Antagonista, sobre a delação da Odebrecht: "Minha preocupação é institucional"
- Temer a O Antagonista: "Creio que o TSE vai me separar da presidente afastada"


STF abre inquérito contra Lula e Dilma

Teori Zavascki acaba de determinar a abertura de inquérito para investigar Dilma Rousseff e Lula pelo crime de obstrução da Justiça. Também são alvos os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante... [veja mais

- Teori não deveria ter anulado grampo
- Lula, especialista em obstrução


Moro acelera contra Lula

O juiz Sérgio Moro acelerou o processo contra Lula. Ele mandou a PF apresentar relatório sobre o sítio em Atibaia em até dez dias úteis... [leia na íntegra

- Moro no ataque
- Moro: "Inadimissível"
- Cabra marcado
- Lula, devolva os presentes
- Corre, Lula, corre


A pergunta (e a resposta) do julgamento final

Ao iniciar a votação no último momento do julgamento final de Dilma Rousseff, Ricardo Lewandowski fará a seguinte pergunta: "Cometeu a acusada, a senhora...” [veja mais]

- O rito final do impeachment
- Dilma terá 30 minutos


Comité Olímpico dos EUA pede desculpas

O Comité Olímpico americano divulgou uma nota, desculpando-se pelo "ato de vandalismo" de Ryan "Curtindo a Vida Adoidado" Lochte e os seus amiguinhos. "Dois nadadores do time Olímpico deram...” [leia mais

- O efeito positivo de Lochte


OAS delata Toffoli

A delação premiada da OAS, assinada com a PGR, vai mandar Lula para a cadeia. Mas ele não vai sozinho. De acordo com a Veja, o dono da empreiteira... [leia mais

- Toffoli beneficiou Léo Pinheiro
- STF e STJ na delação de Léo Pinheiro


Momento Antagonista

Reveja os vídeos gravados por Claudio Dantas durante a semana:

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- Terça

- Quarta

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Polícia investiga mais três integrantes do comitê irlandês por cambismo

 

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu hoje (21) os passaportes dos irlandeses Kevin Kilty, Dermot Henihan e Staphen Martins, membros do Comitê Olímpico da Irlanda. Eles são suspeitos de participar de um esquema de venda ilegal de ingressos, assim como o presidente do comitê, Patrick Hickey, e executivos das empresas THG e Pro10 Team.

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Segundo o Comitê Olímpico da Irlanda, além dos passaportes, foram apreendidos os celulares e laptops dos três irlandeses. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no escritório do comitê na Vila Olímpica e nos quartos de hotel dos suspeitos.

Os três, que agora estão impedidos de deixar o país, deverão prestar depoimento na terça-feira (23). O presidente do comitê foi preso semana passada e encaminhado para o complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste da cidade.

Quatro executivos da empresa britânica de hospitalidade esportiva THG e três dirigentes da irlandesa Pro10 Team também estão sendo investigados e tiveram a prisão decretada.

 

Agência Brasil

 

Picciani comemora atuação do país na Rio 2016 e diz que população merece ouro

 

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil

A Olimpíada Rio 2016 foi um sucesso absoluto do ponto de vista esportivo, da organização e da participação da população - sempre cordial, amável e encantadora com todos que aqui estiveram para assistir os jogos, afirmou hoje (21) o ministro do Esporte, Leonardo Picciani. O ministro destacou o fato de que esta foi a melhor participação brasileira da história olímpica, com um total de 19 medalhas.

A avaliação de Picciani foi feita no Rio Média Center (RMC), durante balanço da participação dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos do Rio, considerados por ele a melhor atuação brasileira na história das olimpíadas. E por sua participação, "cordial e amável, a população também merece ouro", disse.

Rio de Janeiro - O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, entrega homenagem ao professor Robson Gracie, um dos pioneiros do jiu-jitsu no Brasil (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Para Leonardo Picciani,o governo acredita no esporte como poder de transformaçãoArquivo/Tomaz Silva/Agência Brasil

“O Brasil teve sua melhor participação de todos os tempos em uma Olimpíada. Tivemos a maior delegação de todos os tempos, com 465 atletas, contra 259 em Londres e 277 em Pequim, em 2012 e 2008, respectivamente. Agora, neste último dia de competições, podemos dizer que o Brasil teve no Rio seu melhor desempenho numa Olimpíada, que começou pelo número recorde de nossa delegação, além de saírmos do 23º lugar em Pequim para o 13º no Rio”.

Além da evolução registrada pelo país em todos as modalidades, Picciani ressaltou o fato de que o país saiu de um total de 36 finais disputadas em Londres para 50 finais no Rio.

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“Foram 11 medalhas inéditas, das quais duas coletivas [vela e canoagem, ouro e prata]. O Brasil nunca subiu tantas vezes no alto do pódio como na Rio 2016, com os seis primeiros lugares”, acrescentou, instantes antes do Brasil ganhar a sua sétima medalha de ouro com o vôlei de quadra masculino, que venceu a Itália por três setes a zero.

Picciani informou que o governo brasileiro acreditou e disse acreditar no esporte como poder de transformação de um povo, em particular os jovens, que, a partir de agora, terão muito mais motivação para aderir às competições esportivas.

“O Ministério do Esporte cumpriu sua missão de apoiar o esporte de alto rendimento, mostrando o quanto o governo federal acredita no poder transformador do esporte.” O ministro lembrou alguns programas do governo federal, entre eles o Bolsa Atleta e o Bolsa Pódio.

Sobre o fato de o país não ter atingido a almejada décima colocação na Rio 2016, o Leonardo Picciani afirmou que essa era uma meta estipulada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), mas não pelo governo federal.

“A meta não era nossa [do governo federal], mas ficamos muito perto, seja pelo número de medalhas, seja pelo número das que foram de ouro. Sem falar no recordo obtido no salto com vara [Thiago Braz, ouro e recorde no salto], um feito que não acontecia desde Joaquim Cruz [meio-fundista campeão olímpico dos 800 metros em Los Angeles, em 1984, medalha de prata na mesma prova na Olimpíada de Seul, em 1988, e por duas vezes campeão Pan-Americano, em Indianápolis e Mar del Plata].

O ministro Picciani garantiu que o governo federal continuará mantendo os programas Bolsa Atleta e Bolsa Pódio é até aperfeiçoa-los, como forma de chegar ao Japão em 2020 com capacidade de desempenhar um papel ainda melhor, superando a Rio 2016.

“O país registrou uma curva de crescimento extraordinária no Rio e queremos melhorá-la para avançar em 2020. Nesse sentido, manteremos e aperfeiçoaremos os programas já em implementação pelo governo.”

Sobre melhorar os investimentos na preparação dos atletas, Picciani disse que essa é a intenção do governo, “mas precisamos que a economia cresça para que se possa investir mais no esporte. Mas os sinais da economia já são mais favoráveis e o Brasil já dá sinais de recuperação”, concluiu.

 

Agência Brasil

 

 

Veja os atletas "queridinhos" e "vilões" da torcida na Olimpíada do Rio

 

Patrícia Serrão - Repórter do Portal EBC

Nas primeiras olimpíadas na América do Sul, a torcida brasileira deixou clara sua sinceridade em relação aos atletas. Quando gostava de alguém, a torcida vibrava e praticamente adotava o competidor. Já quando não gostava, não perdia a oportunidade de mostrar descontentamento.

A seguir, conheça alguns dos atletas que mexeram com o coração dos brasileiros ou que os torcedores gostariam de ver bem longe.

Atletas que amamos:
1) Usain Bolt, o "raio" jamaicano

Muito mais do que um atleta, Bolt é um showman. Simpatia em pessoa, o jamaicano já tinha vindo ao Rio de Janeiro em 2014 e 2015, onde participou do desafio mano a mano contra corredores brasileiros. Se naquela época ele já conquistou o coração dos cariocas, nesta Olimpíada ele conquistou o Brasil.

A prova maior que o brasileiro o adotou foi quando Bolt abriu um largo sorriso na final dos 100 metros rasos com direito a memes nas redes sociais. 

Usain Bolt

Bolt, o atleta mais rápido do mundo com direito a sorriso e olhadinha para o lado. Kai Pfaffenbach/Reuters/ Direitos Reservados

2) Simone Biles, humildade em pessoa

A americana Simone Biles da ginástica artística encantou o mundo. Não é a toa que os brasileiros também caíram no charme da atleta, principalmente quando Biles reconheceu que a sua medalha de bronze deveria ter ido para a brasileira Flavia Saraiva, nosso xodó tupiniquim. 

Simone Biles

Biles superou os limites do corpo e da torcida brasileira. Volker Minkus/FIG

3 ) Novak ou simplesmente Djoko

Bastou um duelo contra a Argentina no tênis para que o sérvio Novak Djokovic ganhasse a torcida brasileira. Gritos de "Eiro, eiro, Eiro, Djoko é brasileiro" e "Olha que maneiro, Djokovic é brasileiro", pipocaram na torcida.

E o amor foi mútuo. O sérvio adotou munhequeiras verde e amarelas e a raqueteira com a frase "Boa Sorte".  Após a disputa, Djoko reconheceu que poucas vezes sentiu tanto apoio da torcida e chegou a chorar após a derrota por, segundo ele, ter decepcionado os brasileiros.

Novak Djokovic

Mesmo sentindo-se em casa com a torcida brasileira, Novak Djokovic não conseguiu vencer a partida e chorou Carine06 / flickr / Creative Commons

4)  Pita Nikolas Aufatofua ou seria "o atleta besuntado do Tonga"?

Na cerimônia de abertura, o lutador de taekwondo Pita Nikolas Aufatofua chamou atenção da plateia brasileira pelo excesso de óleo no corpo. Pita Nikolas disse, em entrevista a BBC, que passou óleo de coco no corpo porque faz parte da vestimenta tradicional do seu país e que eram assim que seus ancestrais iam para guerra há 200 anos. Seja como for, o atleta conseguiu fazer o brasileiro descobrir um pouco mais sobre Tonga, essa pequena ilha localizada ao norte da Oceania. 

Pita Nikolas Taufatofua

"Besuntado", Pita Nikolas disse que passou óleo em homenagem aos ritos acentrais do Tonga. Reuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservado.

5)  Teresa Almeida ou simplesmente "Bá"

"Ah, a Bá...". A goleira de handebol de Angola foi a principal razão para que os brasileiros passassem a torcer pela seleção angolana na modalidade. Os gritos de “ão, ão, ão, Bá é paredão!” e "A Bá é melhor que o Neymar" foram constantes nas partidas que disputou.

Excelente goleira, ela tem 1,70 m, pesa 98 kg, é bastante segura do seu corpo e tem casamento marcado para final do ano. Também já deixou bem claro que não se preocupa em emagrecer para entrar no vestido.

A atleta contou que sua ligação com o Brasil é antiga e que ganhou o apelido de "Bá" por causa da novela brasileira Sinhá moça. Nesse folhetim televisivo, havia uma babá negra que se chamava Bá. Como ela era a única menina da família, colocaram este apelido. 

Teresa Almeida

E a torcida ainda grita: "A Bá é melhor que o Neymar". Marko Djurica/Reuters / Direitos reservados

Atletas que não não agradaram tanto assim:
1) Renaud Lavillenie ou "o francês da prova da vara"

Em uma disputa apertada com os norte-americanos da natação, o saltador Renaud Lavillenie conquistou o primeiro lugar no ranking de atleta mais odiado pelos brasileiros nas olimpíadas. Ao perder a disputa para o brasileiro Thiago Braz, ele reclamou da torcida local e comparou os brasileiros com os nazistas nos Jogos de Berlim.  “Em 1936, a multidão estava contra Jesse Owens. Não vimos isso desde então. Temos que lidar com isso”, disse Lavillenie, medalhista de ouro no salto com vara em Londres 2012. 

O francês chegou a se desculpar pela comparação, mas manteve as críticas às vaias. As desculpas não foram suficientes. Ao subir ao pódio para receber a medalha de prata, Lavillenie foi novamente vaiado e chorou.

 Reuters/ Renaud Lavillenie

Creative Commons - CC BY 3.0 - Renaud Lavillenie - REUTERS/Dominic Ebenbichler/ Direitos Reservados

2) Lochte, Bentz, Conger e Feigen  ou "os nadadores vândalos americanos"

Eles saíram da Vila Olímpica e foram beber, passaram da conta e vandalizaram um posto de gasolina. Até aí o brasileiro seria capaz de perdoar. O problema foi quando os nadadores inventaram a mentira de que foram assaltados por policiais brasileiros. Após serem desmascarados por imagens de câmeras de segurança, eles se desculparam. O Comitê Olímpico Americano também soltou uma nota pedindo desculpas pelas atitudes dos nadadores. 

Jack Conger e Gunnar Bentz depõe na Polícia Federal

Copyright - Jack Conger e Gunnar Bentz depõe na Polícia Federal - REUTERS/Ueslei Marcelino /

3)  David Segal, o jornalista do New York Times que criticou o biscoito Globo

Segal não criticou apenas um petisco, mas um dos itens que o cidadão do Rio de Janeiro considera como símbolo máximo de carioquice: o Biscoito Globo. As redes sociais se revoltaram e criaram a #somostodosbiscoitoglobo. Teve quem defendesse que o problema foi de contexto: o pacotinho foi feito para ser degustado junto com mate com limão, na beira da Praia do Arpoador, antes de aplaudir o pôr do sol.

Biscoito Globo

Creative Commons - CC BY 3.0 - Biscoito Globo - Divulgação

4) Hope Solo e a Zika

A goleira da seleção norte-americana conseguiu o feito de ser odiada antes mesmo dos jogos começarem. É que enquanto arrumava a mala para o Rio de Janeiro postou uma foto com máscara contra mosquitos e um repelente, seguidas da mensagem: "Não vou dividir isso aqui! Arrume o seu! #ÀProvaDeZika #EstradaParaORio." O resultado veio em todas as partidas da seleção norte-americana, onde se ouvia os gritos de "olê olê olê olá, zika zika"  e de "ôôô zika!" , além de vaias constantes dirigidas à goleira. 

Hope Solo

Creative Commons - CC BY 3.0 - Hope Solo - Instagram Oficial

5 ) Islam El Shehaby, o egípcio que se recusou a apertar a mão de israelense após derrota

Após ser derrotado por Or Sasson, atleta de Israel, o egípcio recusou-se a apertar a mão do adversário. Ao final do confronto, quando Sassom aproximou-se para cumprimentá-lo, El Shehaby recuou. A atitude foi imediatamente vaiada pelo público presente na Arena Carioca 2 e criticada pelo Comitê Olímpico Internacional.

Or Sasson tenta cumprimentar Islam El Shehaby, que se nega a apertar a mão do judoca

Copyright - Or Sasson tenta cumprimentar Islam El Shehaby, que se nega a apertar a mão do judoca - Toru Hanai/Reuters/Direitos reservados

 

Agência Brasil

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