A Argentina já foi duas vezes campeã olímpica no futebol, além de ter carregado no peito duas medalhas de prata. Mesmo com toda essa tradição, a Argentina decepcionou e foi eliminada ainda na primeira fase da competição. Nesta quarta-feira (10), os argentinos empataram com Honduras em 1 a 1, em jogo no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Os hermanos enfrentaram torcida contrária da maioria dos brasileiros presentes, que optaram por incentivar o time centro-americano. O resultado garantiu a classificação dos hondurenhos, que ficaram em segundo lugar no grupo C – uma das surpresas do evento. Honduras enfrentará a Coreia no sábado (13). A partida pelas quartas de final será no Mineirão, às 19h.
Os hermanos já conquistaram dois ouros em olimpíadas, nos Jogos de Atenas (2004) e Pequim (2008).
Equipes masculinas de futebol olímpico da Argentina e de Honduras jogam no Estádio Mané GarrinchaGustavo Gomes/Agência Brasil
Jogo ofensivo e falta de pontaria
As duas seleções jogaram de igual para igual com táticas bastante ofensivas. A falta de pontaria das equipes incidiu até nos pênaltis. Honduras e Argentina perderam uma penalidade cada, cobradas por Acosta e Correa, respectivamente.
Mas o terceiro pênalti marcado não foi desperdiçado, e o hondurenho Lozano abriu o placar com uma cobrança forte e precisa. Os argentinos chegaram ao empate somente aos 47 minutos do segundo tempo na falta cobrada por Martínez e tiveram que amargar a desclassificação.
A equipe argentina estreou nos Jogos perdendo para Portugal por 2 a 0, no Engenhão. Na sequência, conseguiu sua única vitória, contra a seleção da Argélia, por 2 a 1, também no Rio.
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Repercussão
Após o jogo, o torcedor argentino Marcelo Couget considerou que o futebol atual é muito parecido, mas os argentinos sempre esperam a medalha. "Os dirigentes não preparam a seleção para vir jogar no Brasil. Mas a Argentina veio jogar e tem tradição para vencer, mas não deu", lamentou.
O técnico Julio Olarticoechea assumiu a seleção olímpica às vésperas dos Jogos em plena crise política do futebol argentino, definindo os 18 jogadores a partir da lista dos 35 pré-convocados. Poucos nomes de destaque foram chamados, como é o caso dos atacantes Angel Correa, do Atlético de Madri, e Jonathan Calleri, do São Paulo.
Na opinião do torcedor Edgard Lognercio, argentino que mora no Brasil há 14 anos, "a seleção foi montada na última hora e tinha outros jogadores que poderiam ter vindo para reforçar a equipe".
Em entrevista coletiva, o técnico Olarticoechea disse que os jogadores estavam muito tristes no vestiário e que alguns chegaram a chorar.
Crise nos bastidores
Após perder a final mundial para a Alemanha na Copa de 2014, os argentinos amargaram mais dois vice-campeonatos da Copa América, sendo derrotados pelo Chile em 2015 e em junho deste ano, na edição especial do centenário da competição.
Com o resultados, o técnico Tata Martino, contratado após a Copa do Mundo, pediu demissão e deixou na mão a seleção olímpica. Após a Copa América de 2016, Messi, a maior estrela argentina, chegou a afirmar que não jogaria mais pelo país, mas acabou voltando atrás.
Fora de campo, os problemas para os hermanos continuam. A Associação Argentina de Futebol (AFA) vive em uma grande crise política. Após denúncias de corrupção, o governo de Mauricio Macri decidiu intervir na entidade. O fato pode levar até a suspensão do futebol argentino em competições internacionais, já que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) não aceita a interferência de governos nas entidades esportivas nacionais.
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Maia marca votação de cassação de Cunha para 12 de setembro
Iolando Lourenço e Luciano Nascimento - Repórteres da Agência Brasil
Mesmo com a pressão de adversários, a votação do processo de cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ficará para setembro, depois da votação final do processo deimpeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff. Por meio de sua assessoria, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou que marcou para o dia 12 de setembro a votação do processo contra Cunha no plenário da Casa.
Desde o início da semana havia expectativa com a definição da data de votação do processo. Na segunda-feira, após pressão de deputados do PSOL, Rede, PT, PCdoB, PDT e PPS, Maia disse que marcaria a data nesta quarta-feira (10), após reunir-se com líderes partidários.
Os deputados queriam que a votação ocorresse na próxima semana. Já os aliados de Cunha defendiam uma data mais alongada, chegando mesmo a apontar como momento mais adequado depois das eleições municipais de outubro.
Com a decisão de Maia, prevaleceu a defesa da base governista do presidente interino Michel Temer, que queria que a decisão sobre o futuro de Cunha, ex-presidente da Câmara, ocorresse depois da conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff, previsto para o dia 26.
"Isso leva à conclusão de que o Planalto e uma parte da Câmara têm medo de Cunha. É um misto de covardia e conivência. Parecem temer o que ele pode vir a delatar após a sua cassação" , disse Alessandro Molon (Rede-RJ). A Rede foi, junto com o PSOL, um dos partidos que representaram contra Cunha no Conselho de Ética.
Histórico
O processo ficou pronto para decisão antes do recesso de julho. A leitura do parecer emitido e aprovado pelo Conselho de Ética, por 11 votos a favor e 9 contra, foi feita na segunda-feira (8), dando ao caso preferência sobre as demais matérias, mas sem impedir que outros temas sejam analisados.
Cunha é acusado de mentir ao depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em maio de 2015, sobre a existência de contas bancárias de sua propriedade no exterior. Parlamentares que têm acompanhado o andamento do processo, desde que a representação contra o peeemedebista foi apresentada, em outubro do ano passado, apostam que a votação do processo em plenário deve ocorrer no dia 30 de agosto.
Uchimura conquista bicampeonato olímpico na ginástica; Brasil fica em 9º e 17º
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
O ginasta japonês Kohei Uchimura conquistou o bicampeonato olímpico no individual geralReuters/Damir Sagolj/Direitos Reservados
O ginasta japonês Kohei Uchimura confirmou hoje (10) seu domínio absoluto na ginástica artística mundial, com a medalha de ouro no individual geral. Os brasileiros Sérgio Sasaki e Arthur Nory ficaram em nono e 17º lugares respectivamente.
Com 89,198 pontos, Sasaki conseguiu melhorar sua posição em relação aos Jogos Olímpicos de Londres, quando havia ficado em décimo lugar. Em sua primeira olimpíada, Nory comemorou o resultado ao participar da disputa final olímpica individual.
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A final masculina foi emocionante até o último aparelho. Campeão olímpico em Londres e invencível nos últimos sete anos, Uchimura chegou a ter o reinado ameaçado pelo ucraniano Oleg Verniaiev. Mas por menos de um décimo - 92,365 contra 92,266 -, o japonês se manteve no topo. O britânico Max Whitlock ficou com o bronze.
Sérgio Sasaki ficou no 9º lugar no individual geral de ginástica masculinaReuters/Damir Sagolj/Direitos Reservados
De volta ao Mineirão do 7 a 1, Alemanha vence Fiji com nova goleada
Léo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil
De volta ao Mineirão, onde goleou a seleção brasileira por 7 a 1 nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, a Alemanha comemorou um novo placar elástico na tarde de hoje (10). Os alemães venceram Fiji por 10 a 0 em partida do grupo C da fase classificatória do futebol masculino da Olimpíada Rio 2016.
Alemanha venceu Fiji por 10 a 0 no MineirãoReuters/Mariana Bazo/Direitos Reservados
Foi a primeira vez que a Alemanha jogou no estádio de Belo Horizonte após a histórica partida contra o Brasil. Com a vitória de hoje, a seleção garantiu a classificação para as quartas de final. Os gols foram marcados por Serge Gnabry (2), Nils Petersen (5) e Max Meyer (3). O placar seria ainda maior se o goleiro de Fiji, Taminisau, não tivesse defendido um pênalti.
Vale lembrar que na Olimpíada as seleções de futebol masculino só podem contar com três jogadores acima de 23 anos. Por esta razão, o elenco de hoje da Alemanha era bem diferente do que o que goleou o Brasil. Apenas um jogador da equipe do 7 a 1 estava no Mineirão hoje, o zagueiro Matthias Ginter, de 23 anos. No entanto, ele viu as duas goleadas do banco de reservas.
Fiji termina a fase de grupos com o pior desempenho entre todos os participantes da competição. Com três derrotas, o time fez apenas um gol e viu sua rede balançar 22 vezes. A seleção do país oceânico já havia sofrido goleadas para o México, por 5 a 1, e para a Coreia do Sul, por 8 a 0.
Também no Mineirão, mais cedo, Argélia e Portugal empataram em 1 a 1. O resultado selou a classificação portuguesa e a eliminação argelina.
A seleção feminina de handebol do Brasil não confirmou o favoritismo depois de um bom início nos Jogos do Rio e perdeu para a Espanha por 29 a 24, a primeira derrota no torneio.
O próximo jogo do time feminino é na sexta-feira às 9h30, contra Angola. Leia mais
E hoje também não foi o dia dos brasileiros no judô. Tiago Camilo deu adeus às Olimpíadas com uma derrota nas oitavas de final para o judoca do Azerbaijão Mammadali Mehdiyev, pela categoria até 90 kg.
Já Maria Portela foi eliminada nas oitavas de final contra a judoca austríaca Bernadette Graf por uma irregularidade no golden score da categoria até 70 kg. Leia mais
Depois de conquistar a primeira medalha de prata para o Brasil na Rio-2016, Felipe Wu foi desclassificado na prova da pistola de ar 50 m e está fora da Olimpíada.
O atleta acabou no antepenúltimo lugar na prova, disputada hoje de manhã. Leia mais
No vôlei de praia, a dupla brasileira Alison e Bruno Schmidt venceu os italianos Ranghieri e Carambula por 2 sets a 0. A vitória carimbou a classificação às oitavas de final da Olimpíada.
A única preocupação agora é com Alison, que atuou mancando desde a primeira metade do primeiro set, quando sentiu o tornozelo direito ao tentar um bloqueio, mas seguiu no jogo. Leia mais
O Comitê Rio-2016 confirmou que pelo menos 40 mil ingressos foram desperdiçados no sábado por causa das longas filas que se formaram no Parque Olímpico e no complexo de Deodoro.
Agora, o comitê está oferecendo alternativas para os torcedores, e a maioria das pessoas tem preferido ser ressarcida com ingressos para outras competições. Leia mais
Ágatha e Bárbara perdem para espanholas, mas passam de fase no vôlei de praia
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
A dupla espanhola de vôlei de praia Liliana Fernandez Steiner e Elsa Baquerizo McMillan venceu hoje (10) as brasileiras Ágatha Bednarczuk e Bárbara Seixas, por 2 a 0. Apesar da derrota, a dupla do Brasil passou para a próxima fase em segundo lugar no grupo B da competição.
O placar de hoje terminou em 21 a 17 e 22 a 20, em quase 50 minutos de jogo.
Sem perder nenhum set na Rio 2016, as espanholas chegam em primeiro lugar na fase mata-mata da competição. Já as brasileiras venceram duas das três partidas da fase inicial, com três setsperdidos.
Sob chuva e frio, as duplas jogaram de calça em vez do tradicional biquíni.
Espanholas venceram brasileiras por 2 sets a 0. As duas duplas estão classificadas para a próxima faseReuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados
Tiago Camilo despede-se do judô após Mundial de 2017
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil
Judoca brasileiro luta com Mammadali Mehdiyev, do AzerbaijãoReuters/Toru Hanai/Direitos Reservados
Ganhador de duas medalhas olímpicas, em Sidney, em 2000, e em Pequim, em 2008, o judoca Tiago Camilo despediu-se dos jogos do Rio de Janeiro nas oitavas de final, ao sofrer uma derrota de virada para Mammadali Mehdiyev, do Azerbaijão.
O tatame da Arena Carioca 2 foi o último em que o atleta disputou medalhas olímpicas, e a aposentadoria está programada para o ano que vem.
Desde o momento em que seu nome foi anunciado pela primeira vez, Camilo foi muito aplaudido e agradeceu o apoio do público pelo reconhecimento a sua história no esporte. "Fiquei feliz por receber esse carinho do público. É o reconhecimento da minha carreira e de tudo o que eu construí no esporte. Queria ter dado mais alegrias para eles com a conquista da medalha", lamentou o judoca. "Nada vai apagar o que eu conquistei, mas eu queria ter escrito uma história diferente hoje."
Atualmente com 34 anos, Tiago Camilo terá 38 nos Jogos de Tóquio, em 2020, e considera difícil realizar mais um ciclo olímpico. No ano que vem, porém, ele quer tentar dar mais alegrias ao público brasileiro, com a vitória no Campeonato Mundial em Budapeste.
Com uma equipe forte de judô e um história de 19 medalhas olímpicas, o Brasil esperava resultado mais positivo na Rio 2016, afirma Camilo. O país chegou ao quinto dia de competição com a medalha de ouro conquistada por Rafaela Silva, mas viu outros nomes de peso serem eliminados.
"Todo mundo esperava mais do judô brasileiro, e é justo, por todo o talento que os atletas têm. a gente poderia ter escrito uma historia diferente, mas não aconteceu", disse o judoca. Ele lembrou que não teve muitas dificuldades na luta, mas sofreu um contragolpe no fim e não conseguiu reverter a pontuação.
Energia da torcida
Brasileiros que se apresentam nos próximos dias estão preparados e "vão virar o jogo", diz a judoca
Maria Portela Danilo Borges/brasil2016.gov.br
Derrotada nas eliminatórias, Maria Portela, da categoria até 70 quilos, acabou punida ao tentar dar um golpe ilegal na adversária Bernadette Graf, da Áustria. Depois de ouvir a torcida gritar seu nome mesmo após ter perdido a luta, ela disse que se considerava uma privilegiada por poder ter representado o país.
"Eu me dediquei 100%, me entreguei tanto na preparação quanto na luta. Infelizmente, errei, mas queria muito ganhar uma medalha para coroar todo o sacrifício da minha história e acabei não conseguindo", lembrou a atleta, contendo as lágrimas.
Maria afirmou que evoluiu no esporte após a eliminação nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, mas ressaltou que o lado psicológico pesou muito para sua derrota. "Senti isso quando entrei. Estava me sentindo bem preparada, bem tranquila. Estava bem durante a luta. Os erros acontecem. Sou um ser humano e, por mais preparada que estivesse, ela [Bernadette Graf] também estava".
Sobre os colegas que ainda disputarão medalhas no judô nos próximos dias, Maria disse que estão preparados e vão suportar a pressão por resultados sem se abalar. "Espero que eles absorvam [a energia da torcida], porque está muito gostoso. A torcida está ajudando, e a gente está bem preparado. A gente sabe do que tem condições. Eles vêm com força e vão virar esse jogo aí."
Alison e Bruno vencem italianos e passam às oitavas de final do vôlei de praia
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
A dupla brasileira do vôlei de praia Alison Cerutti e Bruno Oscar Schmidt venceu hoje (10) os italianos Alex Ranghieri e Adrian Raurich, por 2 sets a 0, garantindo vaga nas oitavas de final. O jogo começou às 15h30 na Arena Vôlei de Praia, em Copacabana.
O jogo desta quarta-feira foi o último da dupla na primeira fase. Antes, os brasileiros haviam vencido um e perdido outro jogo pelo Grupo A. No sábado (6), Alison e Bruno venceram os canadenses Josh Binstock e Samuel Schachter por 2 sets a 0; e na segunda-feira (8) perderam para os austríacos Clemens Doppler e Horst por 2 sets a 1.
Todos os primeiros e segundos colocados de cada uma das seis chaves avançam direto para as oitavas de final. Passam direto também os dois melhores terceiros lugares de cada grupo. Os demais tentam a classificação na repescagem.
As partidas das oitavas de final serão disputadas na sexta-feira (12) e no sábado (13).
A outra dupla brasileira – Pedro Solberg e Evandro Gonçalves – na competição está no Grupo D e joga amanhã (11) contra a Letônia e precisa vencer para tentar escapar da repescagem.
Seleção feminina de vôlei derrota Japão e segue invicta e sem perder nenhum set
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Sem perder nenhum set na competição, a seleção feminina de vôlei confirmou o favoritismo e venceu no final da noite de ontem (10) o Japão em pouco mais de uma hora de jogo e segue firme no sonho da conquista do terceiro ouro olímpico.
Com nove pontos e liderando o Grupo A, a seleção do técnico José Roberto Guimarães não deu chances para as japonesas, com 25 a 18, nos dois primeiros sets e 25 a 22 no terceiro.
Antes, as brasileiras haviam atropelado as camaronesas e as argentinas também por 3 a 0. Na próxima sexta-feira (12), às 22h35, a seleção bicampeão olímpica vai a quadra contra as coreanas. No domingo (14), às 22h35, o Brasil fecha a primeira fase contras as russas.
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