terça-feira, 30 de agosto de 2016

Advogada é braço direito de Lewandowski no julgamento de Dilma

DANIELA LIMA
DE BRASÍLIA

 

O protagonismo do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, no julgamento do impeachment acabou lançando luz sobre uma de suas mais antigas e discretas assessoras, a secretária-geral da Corte, Fabiane Duarte, 36.

Servidora de carreira do Supremo, Fabiane trabalha há mais de dez anos com o ministro e, com a Corte sob seu comando, ocupa hoje o cargo mais alto na hierarquia da carreira técnica do órgão.

É ela quem sempre aparece durante a sessão de julgamento do impeachment ao lado de Lewandowski.

Alan Marques/ Folhapress

Fabiane Duarte, assistente do ministro Ricardo Lewandowski, participa de sessão no Senado

Fabiane Duarte, assistente do ministro Ricardo Lewandowski, participa de sessão no Senado

Descrita pelos colegas como uma mulher extremamente reservada e bem-humorada, Fabiane passou a receber uma série de elogios nas redes sociais –e no plenário do Senado– ao atuar como principal assessora do ministro do STF.

Foi ela, por exemplo, quem atuou com o presidente do STF na interpretação de que Dilma virou ré no processo somente após a votação da chamada "pronúncia", na madrugada de 10 de agosto. Especialistas e a advogada de acusação, Janaína Paschoal, discordaram, sob alegação de que a petista é ré desde a abertura do processo no Senado, em maio.

A assessoria se senta ao lado do magistrado na presidência do plenário do Senado, o que a torna figura frequente nas transmissões das sessões pela TV. Cabe a ela toda assessoria técnica necessária para Lewandowski conduzir o julgamento.

É casada e mãe de dois filhos. Pessoas próximas a Fabiane dizem que ela "está ciente" do alvoroço que vem causando nos bastidores. A quem pergunta, ela diz não se importar em ser chamada por alguns de "musa" e afirma estar "focada" no assessoramento do ministro na condução do impeachment, tarefa para a qual se prepara desde abril, quando passou a integrar um grupo de estudos montado no gabinete de Lewandowski sobre o tema.

Atualmente, faz mestrado na USP na área de direitos humanos.

 

Folha de S. Paulo

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