Cinco marcas tiveram que recolher lotes do produto que não atenderam aos requisitos sanitários determinados pela Anvisa. Melhor não arriscar!
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e a venda de lotes de molho e extrato de tomate com pelo de rato. Desta vez, cinco marcas tiveram que recolher lotes que não atenderam os requisitos sanitários determinados pela agência: Predilecta (extrato de tomate), Aro (extrato de tomate), Pomarola (molho de tomate tradicional), Elefante (extrato de tomate) e Amorita (extrato de tomate).
Isso fez muitas pessoas ficaram receosas na hora de comprar o produto industrializado. Afinal, não há como garantir a procedência dos produtos. Uma alternativa para evitar o problema é fazer um molho de tomate caseiro.
A especialista em Nutrição Clínica e professora dos cursos de Nutrição e Gastronomia da Unisinos Angelica Weber Menzel, destaca que a maior vantagem é que o alimento feito em casa é livre de corantes, estabilizantes, flavorizantes e aromatizantes. Essas substâncias artificiais são usadas pela indústria para "melhorar" o sabor dos alimentos ou aumentar o prazo de conservação do produto.
— Cozinhando o próprio molho, você pode escolher o fruto e o fornecedor, portanto, saberá a origem do ingrediente, além de ser um alimento mais saudável — diz Angelica.
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O chef senegalês Mamadou Sène, professor de cursos profissionais no Senac, também considera ideal fazer o molho em casa. Ele explica que o extrato comprado no mercado serve apenas para agilizar o preparo do molho, por ser mais prático. O feito em casa é muito mais saudável e saboroso.
Se você tem pouco tempo, Mamadou recomenda a preparação de uma quantidade maior de molho de uma vez. Depois, o melhor é congelar o produto em potinhos pequenos, assim só a porção que vai ser usada precisa sair do freezer. O molho caseiro pode ser congelado por um mês. Na geladeira, o ideal é que seja consumido em até dois dias.
Receita do chef:
Ingredientes
1kg de tomates (italiano ou paulista)
50g de cebola picada
10g de alho picado
50ml de azeite de oliva ou óleo de soja
Manjericão, sal e pimenta moída a gosto
Preparo:
Corte os tomates em quatro partes
Tire as sementes e coe para separar o suco
Pique os tomates
Refogue o alho e a cebola no azeite e acrescente os tomates picados. Mexa bem.
Coloque a metade da mistura no liquidificador para fazer uma pasta.
Devolva para a frigideira, misture tudo e acrescente o suco do tomate.
Tempere com sal e pimenta
Deixe cozinhar por 10 minutos para evaporar o líquido.
Pique as folhas de manjericão e misture
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50g de cebola picada
10g de alho picado
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Manjericão, sal e pimenta moída a gosto
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Corte os tomates em quatro partes
Tire as sementes e coe para separar o suco
Pique os tomates
Refogue o alho e a cebola no azeite e acrescente os tomates picados. Mexa bem.
Coloque a metade da mistura no liquidificador para fazer uma pasta.
Devolva para a frigideira, misture tudo e acrescente o suco do tomate.
Tempere com sal e pimenta
Deixe cozinhar por 10 minutos para evaporar o líquido.
Pique as folhas de manjericão e misture
Dica: a pele do tomate é indigesta e deve sempre ser removida. As sementes são ácidas e, por isso, devem ser coadas. Aproveite apenas o líquido da semente. Depois de coá-las, o suco de tomate ficará com uma espuminha que também deve ser retirada, porque tem muita acidez.
Lei
Em 2014, a Anvisa modificou a regulamentação com o objetivo de avaliar a presença de matérias estranhas indicativas de riscos à saúde humana e indicativa de falhas na aplicação de boas práticas na cadeia produtiva, para promover a melhoria da qualidade e segurança dos alimentos.
O limite máximo estabelecido pela agência é um fragmento de pelo para cada 100 gramas de molhos, purês e extratos de tomate. Acima disso, a Anvisa considera prejudicial à saúde. As empresas argumentam que a presença de pelo de roedor se deve à matéria-prima, que vem do campo. Muitas pessoas só tiveram conhecimento dessa determinação com o surgimento da polêmica, e estão receosas de comprar o produto industrializado sem ter garantia da sua procedência.
Para a professora Angelica, da Unisinos, isso indica falta de higiene no processo industrial. Segundo ela, além do risco de uma pessoa desenvolver alguma doença associada as patologias que os ratos podem provocar, como leptospirose (saliva e urina), existe a presença de bactérias que se alojam no pelo dos roedores como salmonelas ou, ainda, doenças provocadas por substâncias que são utilizadas em veneno de rato.
— Algumas substâncias podem causar intoxicação e provocar vômitos, fezes e urina com sangue, transtornos nervosos, atrofia ótica, transtornos respiratórios, dispneia, asfixia e morte quando em grande quantidade — relata.
Zero Hora
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