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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Ministro da Justiça diz que preso no Rio tinha ligação com terroristas desde a Copa do Mundo e jurou lealdade ao Estado Islâmico

Segundo o ministro, ele não tem relação com os suspeitos de terrorismo presos na semana passada na Operação Hashtag  (foto: Wilson Dias/Agência Brasil)Segundo o ministro, ele não tem relação com os suspeitos de terrorismo presos na semana passada na Operação Hashtag (foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

28 DE JULHO DE 2016 21:22

O brasileiro preso nesta quarta-feira (27) por suspeita de ter ligação com terroristas já tinha envolvimento com organizações do tipo desde 2014, quando a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Chaer Kalaun, de 34 anos (foto: reprodução)

Chaer Kalaun, de 34 anos (foto: reprodução)

Chaer Kalaun, de 34 anos, foi preso em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo o ministro, ele não tem relação com os suspeitos de terrorismo presos na semana passada na Operação Hashtag.

“Ele já tinha um envolvimento com entidades terroristas, uma ligação desde a Copa do Mundo. Ele certamente saiu do Brasil, esteve na Síria, voltou ao Brasil, fez o juramento ao Estado Islâmico. Em virtude disso há necessidade de uma investigação mais apurada foi pedida e decretada a prisão, mas não tem nenhuma relação com o grupo preso na quinta-feira passada”, afirmou Moraes.

O advogado de Kalaun, Edson Ferreira, afirmou que um juiz federal decretou a prisão temporária devido a algumas postagens feitas em redes sociais.

“Não há uma acusação básica, uma acusação completa, uma acusação definida. Apenas há suposições de que ele teria feito postagens no Facebook, postagens de ligações e até com relação ao Estado Islâmico, mas que não tem nada objetivo com relação a ele.”, disse o advogado.

“Ele não tem qualquer vinculação com o Estado Islâmico. Ele não tem ligação nenhuma, o que chamam por aí de batismo. Então, não estaria recrutando, não estaria trazendo pessoas, não estaria colaborando e não estaria incentivando projetos do Estado Islâmico”, acrescentou Ferreira.

Kalaun é descendente de libaneses por parte do pai. Sua mãe é brasileira. Ele é de uma família de comerciantes da Baixada Fluminense e trabalha como vendedor.

De acordo com a defesa, o suspeito morou no Líbano quando criança e depois de adulto viajou novamente à região para visitar a avó.

Em 2014, ele foi preso por porte ilegal de arma de fogo, mas conseguiu o direito de responder em liberdade pouco tempo depois.

A Polícia Federal informou que a prisão foi feita com base na nova lei antiterrorismo, para aprofundar a investigação a partir da identificação de manifestações e promoção de organização terrorista pela internet.

Operação Hashtag
Em dia 21 de julho, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Hashtag”, que prendeu 12 pessoas suspeitas de terrorismo em 8 estados.

No primeiro dia da operação foram compridos 10 mandados de prisão em 7 estados. As demais prisões ocorreram em Mato Grosso: no dia 22, o penúltimo foragido se entregou à PF na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade; no dia 24, o último suspeito foi localizado pela Polícia Militar de MT em Comodoro. (AG)

 

 

O Sul

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