O déficit primário para o próximo ano está em R$ 139 bilhões, anunciou há pouco o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo ele, para chegar ao valor, a equipe econômica terá não apenas de cortar despesas, mas obter receitas adicionais por meio de concessões, venda de ativos, outorgas de campos de petróleo e possíveis aumentos de tributos.
Além do déficit de R$ 139 bilhões para a União, a equipe econômica estabeleceu meta de déficit de R$ 3 bilhões para as estatais e de R$ 1,1 bilhão para estados e municípios. Se foram levados em consideração os três entes, a meta de resultado negativo sobe para R$ 143,1 bilhões.
“Temos de enfrentar aumentos constantes das despesas federais há duas décadas. Tivemos de considerar esforço principalmente focado nas despesas e na geração de receitas adicionais”, disse Meirelles. De acordo com o ministro, sem receitas adicionais no próximo ano, o déficit ficaria em R$ 194 bilhões, considerando que as despesas obrigatórias seguirão a tendência de crescimento dos últimos anos.
O déficit primário é o resultado negativo nas contas públicas antes do pagamento dos juros da dívida pública. O novo valor será incluído, por meio de emenda, ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, enviado ao Congresso Nacional em abril.
O projeto original da LDO previa, para 2017, meta fiscal zero para o Governo Central e superávit de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para estados e municípios. No entanto, mecanismos de abatimento da meta permitiriam que a União registrassedéficit de até R$ 65 bilhões.
A alteração da meta fiscal tem sido usada pelo governo nos últimos anos. Para este ano, o Orçamento originalmente previa uma meta de superávit primário de R$ 30,5 bilhões. Por causa da queda das receitas decorrente da recessão econômica, a meta foi atualizada para um déficit de R$ 170,5 bilhões, aprovada pelo Congresso Nacional no fim de maio.
Com a definição da meta para o próximo ano, o país terá o quarto ano seguido de déficit primário nas contas públicas. Em 2014, União, estados, municípios e estatais registraram rombo de R$ 32,5 bilhões. Em 2015, o resultado negativo subiu para R$ 111,2 bilhões.
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Uso do farol baixo em rodovias é obrigatório a partir de hoje
Sabrina Craide e Marcelo Brandão - Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Motorista flagrado com as luzes apagadas será multado em R$ 85,13, por infração leve, e terá quatro pontos na carteira de habilitação José Cruz/Agência Brasil
A partir de hoje (8), o farol baixo aceso durante o dia em rodovias é obrigatório. Quem for flagrado com as luzes apagadas será multado em R$ 85,13, por infração leve, e terá quatro pontos na carteira de habilitação.
O objetivo da medida é aumentar a segurança nas estradas, reduzindo o número de acidentes frontais. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), estudos mostram que a presença de luzes acesas reduz entre 5% e 10% o número de colisões entre veículos durante o dia. A maioria das colisões frontais é causada pela não percepção do outro veículo por parte do motorista, a tempo de reagir para evitar o acidente ou pelo julgamento errado da distância e velocidade do veículo que trafega na direção contrária em casos de ultrapassagem.
O farol baixo não pode ser substituído por farol de milha, farol de neblina ou farolete, mas o uso de faróis de rodagem diurna (DRL - Daytime Running Light), ou faróis de LED, está liberado pelo Denatran. O DRL é um filamento de luzes de LED, presente em veículos mais modernos e acionado automaticamente quando o carro é ligado. A validade do DRL para a nova regra chegou a ser questionada, mas o Denatran esclareceu ontem (7) que esse tipo de iluminação também é válido. A orientação de considerar as luzes DRL como farol baixo para fins legais já foi passada à Polícia Rodoviária Federal e aos demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito.
A lei que estabelece a medida foi sancionada pelo presidente interino Michel Temer no dia 24 de maio. A mudança teve origem em um projeto de lei apresentado pelo deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) e foi aprovada pelo Senado em abril.
O uso do farol baixo durante o dia já é exigido para ônibus, ao circularem em vias próprias, e para motocicletas. Também é obrigatório para todos os veículos em túneis.
Em Brasília, os motoristas devem ficar ainda mais atentos à nova medida, porque grande parte das vias que ligam o centro da capital a regiões administrativas é rodovia, como a Estrada-Parque Taguatinga (EPTG), a Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), a Via Estrutural, o Eixão Sul e Norte e a L4 Sul e Norte.
Mais segurança nas estradas
A Polícia Rodoviária Federal vai começar a multar hoje os motoristas que não estiverem com os faróis acesos durante o dia nas rodovias. Desde que a lei foi sancionada, os policiais vêm conversando com os motoristas sobre a importância de deixar os faróis ligados.
Para o assessor de comunicação da PRF, Diego Brandão, os condutores não vão ter dificuldades em se adaptar à nova regra. “É uma mudança cultural. É importante que o motorista seja sensibilizado de que, ao adotar a medida, além de fugir das penalidades impostas pela lei, ele contribui para a diminuição de acidentes, que é o mais importante”.
Segundo Brandão, qualquer medida que aumente a visibilidade de um veículo pode ajudar na redução de acidentes. “Apesar de não haver estudos técnicos na PRF sobre o assunto, temos diversas situações e relatos sobre a causa do acidente ter sido a falta de visibilidade. Então, acreditamos que o aumento da visibilidade vai contribuir para essa redução”, diz.
Receita abre consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda de 2016
Da Agência Brasil
Crédito bancário para 1.566.533 contribuintes será feito no dia 15 de julho, no valor de R$ 2,7 bilhõesMarcello Casal Jr./Agência Brasil
A Receita Federal disponibiliza hoje (8), a partir das 9h, a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física de 2016. O novo lote beneficia 1.490.266 contribuintes, totalizando mais de R$ 2,5 bilhões. O crédito bancário para 1.566.533 contribuintes será feito no dia 15 de julho, no valor de R$ 2,7 bilhões.
Desse total, R$ 951,6 milhões se referem ao quantitativo de contribuintes que, por lei, têm preferência no recebimento da restituição. São 477.147 contribuintes idosos e 51.310 contribuintes portadores de alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave. O lote multiexercício de restituição do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física contempla também restituições dos exercícios de 2008 a 2015.
Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá entrar em contato com qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento: 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco. Os valores restituídos são corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerer, por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no serviço virtual de atendimento da Receita, o e-CAC, em Extrato do Processamento da DIRPF.
Para facilitar a consulta às declarações, a Receita disponibiliza aplicativo para tablets esmartphones. Com ele, será possível analisar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do Imposto de Renda Pessoa Física e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.
Mestres da cultura popular transformam feira de artesanato em galeria de arte
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil
Recife – Esculturas do mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
“Se eu fizer um caminhão igual a um de verdade, vai ser igual a todos os outros e ao de todo mundo. Então, fiz a minha regra”. É assim que José Francisco da Cunha Filho, o mestre Cunha, de Jaboatão dos Guararapes (PE), explica de onde tira a ideia de fazer máquinas e pessoas misturadas a bicho.
É realmente difícil encontrar um trabalho parecido em feiras de artesanato no país. Os seres antropomórficos (características humanas aliadas a outros seres e coisas) de Cunha são bem características. E é tudo feito à mão – cada peça é única, mesmo que sejam irmãs em conceito. O trabalho autoral e o talento manual o fazem um dos mestres do artesanato pernambucano, cujas obras estão expostas desde ontem (7) na Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), realizada no Recife até o dia 17 de julho.
Além de Cunha, mais de 40 mestres – e discípulos - apresentam seus trabalhos na feira. As peças são comercializadas, mas até os visitantes sem recursos saem de lá ganhando. Instalados na galeria principal do galpão, que conta com mais de 3 mil expositores, esses artesãos transformam a Fenearte em uma galeria de arte.
Os mestres, em sua maioria, estão presentes na feira. Mesmo com 93 anos, dona Maria Amélia da Silva não perdeu até hoje uma edição da Fenearte, que já dura 17 anos. Também não perde a oportunidade de produzir. “As mãos já estão ruins, mas eu continuo mesmo assim”, garante, com a voz baixa, sentada em uma cadeira de rodas ao lado de um Francisco de Assis de barro, obra sua.
Recife – Mestra Maria Amélia, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
A artesã de Tracunhaém estabeleceu o norte da vida dela e da família a partir de um brincadeira de criança. Começou modelando bonecos, aos 10 anos. Com o avançar da idade e do ofício criou um traço característico, de temática católica, sobretudo. Hoje, o conceito foi passado para outras gerações, que já incorporam novos elementos à obra da mestra. O neto Ricardo Felix da Silva Júnior, de 17 anos, resolveu esculpir também outros integrantes da sociedade: agricultor, médico, músico. “Todo ano a gente trazia a mesma coisa. Só santo, santo. Então resolvi variar um pouco”, conta.
O tema religioso pode ser visto em muitos dos mestres expostos na Fenearte. É histórico, assim como a cultura da resistência. Brincadeira que encanta crianças até hoje, o mamulengo parece inofensivo, mas sempre foi ligado ao protesto e à libertação. É o que ensina o mestre José Lopes, de Glória do Goitá. “Esses bonecos vieram de Portugal para catequizar os índios, com os padres. Só que a senzala se apropriou disso e usava o mamulengo para inverter os papéis. O senhor de engenho, o fazendeiro, é que ia para o tronco levar chicotada”, diz.
Recife – Mamulengos do mestre José Lopes, na 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
O teatro de mamulengo é feito com bonecos de “vara” ou “pau”, que são os manuseados por varetas, e também pelos “mão-molengas”, nas palavras de José Lopes – os fantoches que ganham vida com uma mão humana em seu interior. A arte dele se relaciona ao tema deste ano da Fenearte, que destaca os brinquedos – como o mamulengo – e os folguedos populares. “A gente brinca, mas educa. Sempre foi uma arte de protesto, contra a miséria, contra o preconceito racial. Hoje também”, garante o mestre.
Os mestres têm destaque na programação da feira, mas o espaço reúne uma variedade de mais de 5 mil expositores. A organização atribui à Fenearte o título de maior feira da América Latina. Setenta e cinco por cento dos artesãos são de Pernambuco. O restante é dos demais estados do Brasil e também de outros países. O espaço conta ainda com apresentações de grupos de cultura popular. A programação completa da Fenearte está na internet.
Dólar em alta
A expectativa de movimentação financeira da Fenearte é de cerca de R$ 40 milhões, com um público de 330 mil pessoas. De acordo com o coordenador da feira, Thiago Angelus, o cálculo repete a estimativa do ano passado, já que a crise econômica pode frear o consumo dos visitantes. Ele argumenta, no entanto, que o mercado de artesanato vive um bom momento.
“Além da Fenearte, também fazemos a gestão dos centros de artesanato de Pernambuco. E a gente tem percebido crescimento, por incrível que pareça, na venda de artesaanto. Com essa alta do dólar, do euro, muitos estrangeiros têm vindo ao Nordeste e comprado. E hoje, faltando 15 minutos para a abertura do evento, decidimos abrir o portão, proque tinha muita gente na fila”, afirma Angelus. “E os artesãos se prepararam, eles percebem o momento, trouxeram também peças menores, com preços mais acessíveis”.
Já os artesão se dividem sobre os efeitos da crise. A mestra Maria Amélia não tem problema com cliente: suas obras são encomendadas por gente do estado e de fora de Pernambuco. Em menos de três horas de feira já havia vendido quatro peças das mais caras, de cerca de R$ 400. Já o mestre do mamulengo garante a renda com apresentações. Por enquanto, José Lopes avalia que as vendas estão menores do que em anos anteriores.
Recife – 17° edição da Fenearte, a Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Sumaia Villela/Agência Brasil)Sumaia Villela/Agência Brasil
Expositores de outras áreas do pavilhão, como Edgard Viana, do Recife, se supreenderam com o movimento. “Eu estou admirado. Em se tratando de crise, eu vim um pouco temoroso, mas fiquei supreendido com o movimento bom, como tem sido bem aceito. As pessoas estão gostando, estão comprando”, comemora.
A Pernambucana Bernadete Farias e o holandês Danny van Maarseveen estão aproveitando também para fazer o maior número de contatos possíveis. A estratégia é distribuir amostras grátis do stroopwafel, um biscoito típico da Holanda, tudo feito na hora. “Nós vendemos para padarias, delicatessens, restaurantes. Agora queremos chegar ao supermercado e aumentar a clientela”, diz Bernadete.
1% de retorno excepcional
Por Rodolfo Amstalden
Perguntando a qualquer analista político bem informado, você ouvirá que o impeachment definitivo de Dilma é coisa certa, matemática.
O Antagonista publicou hoje a contagem de Temer.
Não são mais do que 18 votos perdidos.
Os verdadeiramente indecisos são apenas três: Renan, Férrer e Otto Alencar.
Todos os demais darão adeus a Dilma Rousseff.
Concluímos, então, que a probabilidade hoje está em 99%.
O outro 1% fica para o santo da Lava Jato.
No mercado, porém, as contas se mostram bem diferentes.
Os ativos de risco no Brasil se comportam ainda duvidosos.
Mexem-se como se o impeachment definitivo de Dilma fosse algo possível, mas não decretado.
Digamos, uma chance em torno de 70% dada pelo mercado.
A distância entre 70% e 99% significa, em termos financeiros, muito mais do que 29 pontos percentuais.
Significa forte alta da Bolsa, queda dos juros e fôlego adicional do real contra o dólar.
Talvez estejamos diante de uma das maiores distorções entre a realidade política e a desconfiança econômica.
Normalmente é o contrário: a política se deixa desconfiar e a economia é quem dá conta do choque de realidade.
Investir em 1% de retorno nunca valeu tanto.
Reunião de Pauta 07.07.2016 - Estamos nos livrando do entulho dos 13 anos do petismo
[Clique aqui para ver o vídeo]
O MELHOR DO DIA
Cunha renuncia
"Resolvi ceder ao apelo generalizado dos meus apoiadores...” [veja na íntegra]
- Cunha se entregou
- O Brasil se livrou "do criminoso governo do PT"
- OAB teme "artifício" de Cunha
- Cunha poderá ser cassado na quarta-feira
O verdadeiro troféu de Cunha
A novela Eduardo Cunha teve uma virada quando Cláudia Cruz, sua mulher, virou ré... [leia mais]
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Fanton tentou apagar as pistas
A Operação Caça-Fantasmas descobriu que Edson Fanton e seus parceiros criaram a empresa Minúcia Assessoria... [veja mais]
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O tio do delegado e o triplex no Guarujá
Ademir Auada, o picador de papel, era o intermediário da Mossack Fonseca com Nelsi Warken, a menina do farol, que aparece como responsável pela offshore Murray Holdings... [leia mais]
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José Dirceu e a propina VIP
A PF indiciou José Dirceu pela terceira vez. Ele é acusado de ter recebido propina em contratos da Petrobras com as empresas Hope e Personal Service... [leia mais]
O roubo infinito
Um conselheiro do Carf foi preso na quarta à noite em flagrante. Segundo a Folha de S. Paulo, ele estava tentando vender um voto para representantes do Itaú Unibanco... [veja o texto completo]
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- O conselheiro preso
Exclusivo: a contagem do impeachment
O Antagonista teve acesso, com exclusividade, ao mapa do impeachment feito pelo governo de Michel Temer... [leia mais]
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- Os 18 perdidos
61 milhões para a esgotosfera
A esgotosfera continua a espernear contra o corte do financiamento estatal decidido por Michel Temer... [veja mais]
O tesoureiro "nota 10"
Miss Bumbum perdeu a coroa para a rainha da bateria da Escola de Samba da Restinga... [veja mais]
Após reunião, líderes antecipam para terça eleição para presidente da Câmara
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Líder do governo na Câmara, André Moura (E), o secretário-geral da Mesa, Silvio Avelino, e os deputados Jovair Arantes e Beto Mansur discutem normas para a eleição do novo presidente da CâmaraFabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Em uma reunião tumultuada, líderes partidários anteciparam a eleição para presidência da Câmara dos Deputados para terça-feira (12). A decisão contraria despacho do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que havia marcado sessão extraordinária para quinta-feira (14).
Durante a reunião foi anunciado o cancelamento da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) de segunda-feira (11) e sua transferência para terça, no mesmo horário da sessão para escolha do novo presidente da Casa.
Em razão disso, líderes do PT, PSDB, PSB, DEM, PDT e Rede se posicionaram contrários à escolha da data. Houve votação e por 280 votos a 134 venceu a maioria formada pelos líderes do chamado Centrão.
A reunião foi presidida pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), aliado de Cunha e líder do bloco que inclui PSC e PP, da base aliada do presidente interino Michel Temer. “A pauta aqui não é CCJ, mas a eleição da Casa”, disse.
Chacelaram a decisão os líderes do PMDB, PEN, PROS, PR, PRB, PV, PHS, SD, PTN, PTdoB e PSL. Com a decisão, os candidatos à presidência terão até as 12h de terça para registrar as candidaturas. A sessão de votação foi marcada para 13h59.
Alessandro Molon anunciou recurso contra a decisão do colégio de líderesArquivo/José Cruz/Agência Brasil
Manobra
Para os deputados, a decisão de realizar a sessão na terça-feira reforça a tese de que houve manobra com o governo em torno do processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na reunião de líderes, o líder do PROS e ralator do recurso de Cunha na CCJ, Ronaldo Fonseca (DF), anunciou que Cunha aditou o recurso em trâmite na comissão.
“Desmarcaram a sessão de segunda da CCJ e jogaram para a terça. Agora querem marcar a decisão aqui para terça no mesmo horário da CCJ. Também anunciaram que houve um aditamento do recurso dele [ Cunha] e que isso vai jogar o resultado [do processo de cassação] mais para frente. Logicamente que isso tudo é um jogo combinado”, disse o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ).
Molon informou que os deputados vão recorrer da decisão do colégio de líderes. “Isso é uma vergonha e vamos sair dessa reunião.” Ele também afirmou que vão buscar assinaturas para realizar uma reunião extraordinária da CCJ na segunda-feira.
“Estamos apresentando um requerimento para convocar extraordinariamente a CCJ às 16h de segunda, de modo a votar o parecer do deputado Ronaldo Fonseca. Nos recusamos a participar dessa manobra, que é antirregimetnal e sequer poderia estar acontecendo”, concluiu.
Após renúncia de Cunha, Serraglio desmarca sessão na CCJ para analisar parecer
Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil
O presidente da Comissão de Consituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Osmar Serraglio (PMDB-RJ) desmarcou a sessão da comissão marcada para a próxima segunda-feira (11), que iria analisar o parecer de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pedindo a anulação da votação do Conselho de Ética, que decidiu pedir a cassação do mandato de Cunha.
Saiba Mais
- Eduardo Cunha renuncia à Presidência da Câmara
- Waldir Maranhão marca para quinta-feira eleição do novo presidente da Câmara
Nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (12). Serraglio justificou o adiamento em razão da renúncia de Eduardo Cunha.
O cancelamento foi anunciado durante a reunião de líderes partidários para tratar do processo sucessório da Casa. Durante a reunião, o líder do Pros e ralator do recurso na CCJ, Ronaldo Fonseca (DF) disse que o próprio Cunha aditou o recurso em trêmite na comissão.
No pedido, Cunha pede que seu processo seja devolvido ao Conselho de Ética. O peemedebista argumentou que o processo tramitou levando em conta a sua condição de presidente da Casa.
Presidente do STF pede informações sobre prisão de Cachoeira e Cavendish
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu hoje (7) pedir informações à Justiça Federal do Rio de Janeiro sobre a decretação das prisões de investigados na Operação Saqueador, entre eles, o empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e Fernando Cavendish, ex-dono da construtora Delta.
O caso chegou ao Supremo antes da decisão da Justiça Federal que revogou a decisão que concedeu prisão domiciliar a Cachoeira e aos demais acusados. Nos recursos protocolados no Supremo, as defesas alegaram que os investigados estavam cumprindo ilegalmente regime fechado devido à falta de tornozeleiras eletrônicas, que fariam o monitoramento dos acusados.
"Tendo em vista notícia veiculada na imprensa de que a decisão que concedeu a prisão domiciliar ao reclamante teria sido anulada pelo Tribunal Regional da 2ª Região, requisitem-se prévias informações ”, decidiu o ministro.
Ontem (6), a prisão preventiva foi restabelecida pelo desembargador Paulo Espirito Santo, após o magistrado que concedeu prisão domiciliar aos acusados ter se declarado impedido para atuar na condução do processo.
Operação Saqueador
Os mandados de prisão foram expedidos no âmbito da Operação Saqueador da Polícia Federal, que rastreia esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, no valor de R$ 370 milhões. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os principais acusados são Fernando Cavendish e Carlinhos Cachoeira.
Além deles, foram denunciadas 21 pessoas, incluindo executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da empreiteira, além de proprietários e contadores de empresas fantasmas, criadas por Carlinhos Cachoeira, e os empresários Adir Assad e Marcelo Abbud.
Uruguai afirma que passará comando do Mercosul para a Venezuela
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
O governo do Uruguai, que exerce a presidência do Mercosul, informou hoje (7) que pretende transferir o comando do bloco para a Venezuela. A sucessão é alvo de críticas internas, principalmente do Paraguai, por causa da crise instalada no país bolivariano presidido por Nicolás Maduro.
Em comunicado oficial, o Ministério de Relações Exteriores uruguaio reiterou sua posição “no sentido de prosseguir com a transferência [da presidência pro tempore], em conformidade com as disposições das normas vigentes do Mercosul”.
“A este respeito, no cumprimento das responsabilidades inerentes a sua função e tendo em conta as diferenças, vamos trabalhar a fim de analisar e procurar formas de reunião que, através do diálogo respeitoso e profundo, levando a superar os principais problemas enfrentados neste momento, o processo de integração regional”, diz o documento da chancelaria uruguaia.
Saiba Mais
A troca da presidência pro tempore do Mercosul é feita a cada seis meses e deveria ocorrer na próxima Cúpula de Presidentes do bloco, que estava prevista para a próxima terça-feira (12), em Montevidéu, mas foi cancelada.
Diante do impasse, na segunda-feira (11), os chanceleres do Brasil, Paraguai, Uruguai e da Argentina vão se reunir para discutir a situação da Venezuela.
Cláusula democrática
Entre os integrantes do bloco regional, o Paraguai é o maior crítico da Venezuela. O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, defende inclusive a aplicação da chamada cláusula democrática do Mercosul, que prevê sanções a um país do bloco em caso de ruptura democrática. O próprio Paraguai foi suspenso, em 2012, após o afastamento do então presidente Fernando Lugo.
Na época, com a ausência do Paraguai, os demais países do bloco aprovaram a entrada da Venezuela no Mercosul, que estava travada pelo Senado paraguaio.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, tem criticado o governo de Nicolás Maduro, dizendo que não existe democracia no país, referindo-se aos opositores detidos, considerados “presos políticos”. Brasil e Argentina acusam o governo Maduro de dificultar a organização de um referendo por parte da oposição venezuelana que pode tirá-lo do poder.
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