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sábado, 30 de julho de 2016

Em delação, executivos da Odebrecht citarão mais de cem políticos

Segundo jornal, a lista inclui os governadores Geraldo Alckmin (PSDB), Fernando Pimentel (PT) e Luiz Fernando Pezão (PMDB)

Por Da redação

 

Defesa da Odebrecht apela ao STJ com pedido de habeas corpus

Defesa da Odebrecht apela ao STJ com pedido de habeas corpus (VEJA.com/VEJA/VEJA)

Em negociação para fechar o acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Marcelo Odebrecht e executivos da empreiteira listaram mais de cem políticos, entre deputados, senadores, ministros e governadores, como beneficiários diretos de desvios de verba pública ou de repasses a campanhas eleitorais. Segundo reportagem do jornal O Globo publicada nesta sexta-feira, entre os citados estão os governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); de Minas, Fernando Pimentel (PT); e do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). A matéria não deixou claro em que circunstâncias eles são mencionados na delação. Também aparece na lista o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), que já foi citado por outros delatores, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Reportagem de VEJA publicada em junho já havia revelado os primeiros detalhes do que Odebrecht pretendia revelar aos procuradores em sua colaboração. Na ocasião, já havia a informação de que 13 governadores seriam citados. De acordo com VEJA, Odebrecht também diria que a campanha à reeleição de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior e que os detalhes do financiamento eram tratados diretamente com o ex-chefe de gabinete da presidente afastada Giles Azevedo.

As tratativas dos executivos da Odebrecht com o MP chegaram a emperrar no começo, mas agora estão avançando de forma significativa. Os depoimentos devem começar ainda hoje, segundo o jornal. “Foi superada a fase da conversa entre procuradores e advogados. Agora, a conversa é entre procuradores e réus. Nessas conversas eles indicam o que realmente vão dizer”, disse uma fonte.

O ponto crucial para o avanço do acordo foi a informação de que a Odebrecht estava conseguindo recuperar os arquivos do Setor de Operações Estruturas da empreiteira, responsável por operacionalizar a propina paga para a obtenção de contratos de obras públicas.

Em nota, o governador Geraldo Alckmin informou que todas as suas prestações de contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. “À frente do governo de São Paulo, Geraldo Alckmin sempre pautou suas ações de forma estritamente profissional na defesa do interesse público com empresários. Geraldo Alckmin não mantém e jamais manteve relações pessoais com executivos da empresa Odebrecht”, diz o texto.

Já o governador Pimentel afirmou, por meio de sua assessoria, que não irá comentar uma suposta delação “que, se de fato ocorreu, está resguardada pelo sigilo judicial”.

O governador licenciado Pezão não quis comentar por não ter detalhes do que está sendo dito na delação. E o ex-governador Cabral “manifestou sua indignação e seu repúdio ao envolvimento de seu nome com qualquer ilicitude”. O peemedebista afirmou que manteve com a Odebrecht apenas relações institucionais.

 

Veja

 

Refrescando a memória de Lula

Caso o governo Michel Temer decida rebater juridicamente o recurso-piada de Lula, O Antagonista sugere que seja incluído o relato do delegado que conduziu o ex-presidente ao famoso depoimento no dia 4 de março.

Releiam, por favor.

EM RELATO DA PF, LULA DIZ QUE SÓ IRIA DEPOR ALGEMADO

06.03.16 22:37

A Polícia Federal encaminhou ao juiz Sérgio Moro um relato detalhado da condução coercitiva de Lula, ocorrida na sexta-feira 4. No documento, anexado aos autos da Operação Alethea, o delegado Luciano Flores de Lima informa que a equipe da PF bateu à porta do ex-presidente às 6h.

O próprio Lula recebeu os policiais, que anunciaram o mandado de busca e apreensão. Não havia imprensa e o delegado se preocupou em preservar a imagem do petista.

"Informei ao ex-presidente Lula que deveríamos sair o mais rápido possível daquele local, em razão da necessidade de colhermos suas declarações, a fim de que sua saída do prédio fosse feita antes da chega de eventuais repórteres e/ou pessoas que pudessem fotografar ou filmar tal deslocamento."

"Lula, então, disse que não sairia dali 'a menos que fosse algemado'. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali. Respondi então que não seria possível fazer sua audiência naquele local por questões de segurança, pois tão logo alguém tomasse conhecimento disso, a notícia seria divulgada e poderia ocorrer manifestações e atos de violência nos arredores daquele local, o que prejudicaria a realização do ato."

O delegado então informou que já estava preparado o Salão Presidencial anexo ao Aeroporto de Congonhas, "local seguro, discreto e longe de eventuais manifestações que certamente poderiam ocorrer de forma mais violenta, caso fizéssemos sua oitiva naquele local ou na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo/SP".

Flores de Lima esclareceu que o mandado de condução coercitiva só seria cumprido se ele se recusasse a acompanhá-lo até o local.

"O ex-Presidente Lula pediu para que o chefe de sua segurança, Tenente Moraes, ligasse para o seu advogado, Dr. Roberto Teixeira, vindo a falar com ele por telefone, informando que a Polícia Federal estava querendo levar ele para o Aeroporto de Congonhas para ouvi-lo e que havia um mandado de condução coercitiva para tanto. Logo depois de ouvir as orientações do referido advogado, o ex-presidente disse que iria trocar de roupa e que nos acompanharia para prestar as declarações."

Eis a íntegra do relato, que desmonta a versão trágica narrada por Lula à imprensa.

"Às 6h e 30min saímos da garagem subterrânea do prédio em uma viatura discreta, com películas escuras nos vidros laterais, pedindo a ele que se mantivesse em posição atrás do motorista e sem aparecer entre os bancos, pois assim impediria que qualquer pessoa que estivesse na rua conseguisse captar sua imagem."

"Por volta das 7h e 20min chegamos ao Salão Presidencial do Aeroporto de Congonhas e aguardamos a chegada dos advogados do ex-Presidente, o que ocorreu por volta das 7h e 45min, momento em que mostramos os mandados e permitimos que eles conversassem em local próximo, sem nossa presença."

"Em torno das 8h o ex-presidente e os advogados retornaram à mesa onde ocorreria a oitiva e disseram que estavam prontos para o ato, sendo dito pelo ex-presidente que iria prestar as declarações necessárias. No início do ato, foi dada ciência de que ele não estava obrigado a responder às perguntas que faríamos e que poderia ficar em silêncio sempre que quisesse. Também foi dada ciência a todos de que as perguntas e respostas seriam gravadas em áudio e vídeo para posterior transcrição. Foi autorizada a gravação também pelo telefone celular de um dos advogados do ex-presidente Lula, atendendo-se, assim, o pedido que a defesa fez naquele momento."

"Por volta das 11h a audiência se encerrou, sendo lavrado um termo de audiência dando ciência a todos de que as perguntas e respostas foram gravadas e seriam posteriormente transcritas, sendo assinado, por todos os presentes, o referido termo, conforme será juntado neste e-proc assim que digitalizado."

"Após a assinatura do termo, foi permitida a entrada no local de diversos parlamentares federais que batiam na porta e chegaram a forçar para entrar naquele recinto, durante a audiência. Na sequência, ofereci, de maneira insistente, a segurança da Polícia Federal ao ex-presidente Lula para levá-lo ao local onde ele quisesse ir, a partir dali, sendo dispensada tal segurança e sendo dito que ele preferiria sair dali com seus companheiros de partido e seus advogados, em veículo próprio, sem o acompanhamento da Polícia Federal. Em razão disso, foi autorizada a entrada até a porta daquele salão de automóvel indicado por ele para o deslocamento e aguardada sua saída."

O Antagonista

 

 

ONU informa que caso de Lula pode levar 2 anos para ser concluído. Não adiantou nada apelar

http://www.imprensaviva.com/2016/07/onu-informa-que-caso-de-lula-pode-levar.html …

 

 

A obra era chamada de “fazenda do Lula”.

 

 

Photo published for A obra era chamada de "fazenda do Lula".

A obra era chamada de "fazenda do Lula".

Paulo Gordilho, arquiteto, tirou foto de Lula bebendo cachaça. Na mensagem, Gordilho escreveu: "Bebemos eu e ele [Lula] uma garrafa de cachaça da Boa Ha...

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