quinta-feira, 7 de julho de 2016

DUAS NOTAS POLÍTICAS PÓS-BREXIT! LÍDER DO UKIP RENUNCIA! RAINHA SE ENCONTRA NA ESCÓCIA COM LÍDER INDEPENDENTISTA! PRIMEIRÍSSIMO MUNDO!

A.1. O líder do partido nacionalista britânico UKIP disse nesta segunda-feira que vai abandonar a liderança, um anúncio que surge dias depois da vitória do brexit no referendo de 23 de junho. "A vitória do lado do 'sair' no referendo significa que os meus objetivos políticos foram atingidos", disse Nigel Farage, em conferência de imprensa em Londres. Farage disse ainda que deixa o UKIP "num bom sítio", mas que não é "um político de carreira" e que já fez a sua parte. "Durante o referendo disse que queria o meu país de volta..., agora quero a minha vida de volta".
2. Não é a primeira vez que Farage deixa a liderança do partido euro cético e anti-imigração: já se tinha demitido em 2009, devido a lutas internas no partido; e novamente no ano passado, depois de ter falhado a eleição como deputado, tendo voltado atrás pouco tempo depois. Desta vez, garante que isso não vai acontecer. Nigel Farage, de 52 anos, foi um dos fundadores do UKIP em 1993. Cáustico, qualificado de racista por alguns, falhou seis vezes a eleição para o parlamento britânico, mas está desde 1999 no Parlamento Europeu, tendo dedicado a carreira a denegrir as instituições europeias.
3. Farage acrescentou ainda que agora o país precisa de um "primeiro-ministro do brexit" para conduzir as negociações da saída da União Europeia. Num comunicado, Nigel Farage considerou que o seu partido poderá ainda "conhecer dias melhores" se o próximo governo não mantiver os compromissos ligados ao 'Brexit'.
B.1. A rainha Elizabeth II realçou a importância de manter "a calma" num mundo com "desafios", ao inaugurar a nova legislatura do parlamento da Escócia. Disse aos membros do parlamento de Holyrood, em Edimburgo, que o mundo é cada vez mais "complexo e exigente" e que os acontecimentos dos dias de hoje se desenvolvem a uma "velocidade extraordinária". A rainha, acompanhada pela líder do governo escocês, Nicola Sturgeon, destacou que os tempos atuais trazem "esperança".
2. "Claro que todos vivemos e trabalhamos num mundo cada vez mais complexo e exigente, no qual os acontecimentos e os desenvolvimentos podem e têm lugar a uma velocidade extraordinária, e ter a capacidade para conservar a calma e estarmos serenos pode ser às vezes duro", admitiu a chefe de Estado britânica. A soberana destacou também a necessidade de pensar as coisas com serenidade, a fim de observar como os "desafios e as oportunidades" podem ser abordados da melhor maneira.
3. A intervenção de Elizabeth II coincide com momentos difíceis na Escócia, depois de a região votar a favor da permanência na UE. Na sequência deste resultado, Nicola Sturgeon indicou que fará todo o possível para defender os interesses da Escócia na UE e não descartou a possibilidade de convocar outro referendo de independência, depois do de 2014, no qual os escoceses rejeitaram a separação do Reino Unido.
4. Sturgeon destacou no parlamento escocês a importância de que os membros desta sessão legislativa mostrem "coragem e determinação" para ajudar os escoceses.  "O nosso compromisso coletivo para com o povo da Escócia é o de que não devemos fugir de nenhum dos desafios que enfrentamos, sem importar quão difíceis ou profundos sejam", acrescentou.
5. Ao mesmo tempo, a líder independentista sublinhou que o dever do parlamento é "nunca diminuir o nosso lugar no mundo", em clara referência ao vínculo com o bloco comunitário. "Hoje, ao celebrar um novo começo (legislativo), olhemos com esperança (...) para trabalhar sem descanso pelo bem de todos os escoceses e, ao fazê-lo, ter a nossa participação numa Europa mais forte e num mundo melhor", acrescentou.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

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