Fim do prazo para entrega do documento se encerra nesta quarta-feira (27). (foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
26 DE JULHO DE 2016 20:39
A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff protocolou nesta terça-feira (26) pedido à comissão especial do impeachment no Senado para adiar em dois dias a entrega das alegações finais na fase intermediária do processo que a petista enfrenta. O prazo para entrega da defesa se encerra nesta quarta (27).
O pedido foi encaminhado ao presidente da comissão do Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), a quem caberá decidir. A reportagem tentou contato com o senador, mas não havia obtido resposta até a última atualização desta reportagem.
No documento, a defesa de Dilma alega que enfrentou problemas para acessar o processo eletrônico no site do Senado que, segundo os advogados, ficou indisponível por dois dias.
Na visão dos advogados da petista, portanto, o prazo para entrega das alegações finais, que deveria se encerrar às 18h30 desta quarta, deveria ser estendido por mais dois dias. Assim, a nova data para entrega ficaria para a próxima sexta (29).
O advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, afirma que o problema no site do Senado impossibilitou o acesso da defesa a documentos “imprescindíveis para análise e confecção das alegações finais” da presidente afastada.
Na fase intermediária do processo, chamada de “pronúncia”, o colegiado ouviu os depoimentos de testemunhas, solicitou documentos para produção de provas, realizou perícia e acompanhou a leitura da defesa pessoal da presidente afastada.
Nesta fase estão previstas a entrega das alegações finais da acusação e da defesa. A acusação entregou o documento no último dia 12, e os juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior voltaram a afirmar que Dilma cometeu crime ao editar decretos de crédito suplementares e ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais”.
Cronograma
Depois da entrega das alegações finais da defesa, abre-se o prazo para o relator do caso na comissão especial, Antonio Anastasia (PSDB-MG), elaborar o seu parecer. No relatório, o tucano deverá dizer se Dilma deve ou não ir a julgamento final.
De acordo com o cronograma, Anastasia tem cinco dias para elaborar o seu parecer, de quinta-feira (28) até segunda-feira (1º). Segundo a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, se Raimundo Lira conceder mais prazo para a entrega das alegações finais de Dilma, isso não significará necessariamente que o cronograma da comissão especial será atrasado.
Isso porque, segundo a secretaria, Anastasia poderá elaborar o parecer em menos tempo – se assim desejar – para cumprir o cronograma previsto. (AG)
Veja os próximos passos previstos da fase intermediária do processo de impeachment:
– Quarta-feira (27/7): Entrega das alegações finais da defesa de Dilma Rousseff;
– De 28/7 a 1º/8: Período para elaboração do parecer do relator Antonio Anastasia;
– Terça-feira (2/8) Leitura do parecer na comissão especial;
– Quarta-feira (3/8): Senadores discutem o parecer;
– Quinta-feira (4/8): Votação do parecer na comissão;
– Sexta-feira (5/8): Leitura do parecer no plenário principal do Senado;
– Terça-feira (9/8): Início da discussão e votação do parecer no plenário (sessão pode se estender pela madrugada de quarta-feira (10/8).
Dilma Rousseff ganha só mais 24 horas de prazo para entregar defesa contra impeachment
Defesa de Dilma pediu mais dois dias para entregar alegações finais. (foto: reprodução)
26 DE JULHO DE 2016 21:40
O presidente da comissão de impeachment do Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), decidiu nesta terça-feira (26) prorrogar em um dia o prazo para que a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff entregue as alegações finais na fase intermediária do processo que a petista enfrenta.
O prazo inicial para a entrega da defesa se encerraria nesta quarta (27), mas agora Dilma terá até as 18h30 desta quinta (28) para entregar o documento.
Mais cedo, a defesa da presidente afastada protocolou um pedido ao colegiado solicitando mais dois dias para que as alegações finais fossem entregues.
No documento, a defesa de Dilma alegou que enfrentou problemas para acessar o processo eletrônico no site do Senado que, segundo os advogados, ficou indisponível por dois dias.
Na visão dos advogados da petista, portanto, o prazo para entrega das alegações finais, que deveria se encerrar às 18h desta quarta, teria de ser estendido por mais dois dias.
O advogado de Dilma, o ex-ministro José Eduardo Cardozo, afirmou que o problema no site do Senado impossibilitou o acesso da defesa a documentos “imprescindíveis para análise e confecção das alegações finais” da presidente afastada.
Ao G1, Lira afirmou que, após o pedido de Dilma, conversou com o relator do processo, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), e decidiu prorrogar o prazo em um dia devido ao problema no site do Senado. Ele disse ainda que o novo prazo não atrasará o cronograma da comissão.
“Dei uma prorrogação de 24 horas para as alegações finais defesa. Mas não vai interferir em nada no cronograma de funcionamento da comissão. Esse prazo vai apenas encurtar 24 horas no tempo disponível para o relator que, inclusive, está no exterior. Já falei com ele, ele concordou comigo. Chegamos à conclusão de que era importante dar esse prazo para que mantivesse o princípio da ampla defesa e evitar qualquer tipo de judicialização”, disse Lira.
“O site [do Senado] ficou 36 horas fora para manutenção. Você dá 24 horas porque, dificilmente, nessas 36 horas que ficou fora, se o site estivesse no ar, haveria uma consulta durante 24 horas. 24 horas é para atender o princípio do pleno direito de defesa”, explicou o senador.
Lira também divulgou nota para explicar a decisão de prorrogar em um dia o prazo para a defesa de Dilma. Leia abaixo:
Tendo em vista o requerimento da Defesa de prorrogação do prazo para apresentação de suas alegações finais em virtude da suspensão dos serviços do sítio eletrônico do Senado Federal para manutenção programada, que teria prejudicado seu acesso aos autos do processo e, ainda, considerando que:
1. Foi anunciado com antecedência no próprio portal eletrônico do Senado Federal a indisponibilidade momentânea dos serviços para manutenção programada;
2. O sistema permite que os arquivos sejam baixados para consulta no computador do usuário sem necessidade de acesso à internet; e
3. Os sistemas começaram a ser religados, tornando-se novamente disponíveis antes das alegadas 48h de suspensão;
DECIDO acolher em parte as razões da Defesa para conceder-lhe prazo adicional de 24h, até o término do expediente da quinta-feira, 28 de julho, para apresentação de suas alegações finais, restando inalteradas as demais datas de reuniao da Comissão.
Intime-se.
Senador Raimundo Lira
Partido Democrata confirma candidatura de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos
Hillary Clinton participa de evento do Partido Democrata na Carolina do Sul (foto: reprodução)
26 DE JULHO DE 2016 20:02
Hillary Clinton se tornou oficialmente a candidata do Partido Democrata à presidência dos EUA na terça (26), após os delegados do partido votarem na convenção nacional na Filadélfia, Pensilvânia. Ela é a primeira mulher a concorrer à presidência por um dos dois maiores partidos do país.
Na eleição de 8 de novembro Hillary irá concorrer ao lado do vice, o senador e ex-governador de Virginia Tim Kaine, contra a chapa republicana de Donald Trump e seu vice, o governador de Indiana Mike Pence.
A votação teve início às 17h20 (18h20 em Brasília) e aconteceu por estado, em ordem alfabética, com um representante anunciando os votos de cada um deles.
A decisão aconteceu cerca de 1 hora e 20 minutos depois, quando o estado de Dakota do Sul apresentou 10 votos para Sanders e 15 para Hillary, que a essa altura precisava de apenas dois para atingir a maioria.
Os delegados aplaudiram com entusiasmo tanto os votos para Hillary, a quem muitos chamaram de “a próxima presidente dos EUA”, quanto aqueles destinados a Bernie Sanders. Ao anunciar os votos decisivos, a representante de Dakota do Sul ressaltou que se referia à “primeira que será chamada de Madame Presidente”.
A vitória já era esperada depois de a candidata terminar a etapa de prévias com 2.807 delegados, bem mais do que a maioria de 2.382 exigidos para confirmar a nomeação. Ela havia superado seu adversário não apenas no número de superdelegados (602 a 48), mas também no de delegados escolhidos pelos eleitores, com 2.205 a 1.846.
Na segunda-feira, Sanders reforçou seu apoio à ex-rival, declarado pela primeira vez em 12 de julho. Em seu discurso no primeiro dia da convenção, ele disse que “não há sequer comparação” entre Hillary e o republicano Donald Trump. “Qualquer observador objetivo irá concluir que, baseado em suas ideias e sua liderança, Hillary Clinton deve se tornar a próxima presidente“.
Apoio de Sanders
Apesar do apoio formal do senador de Vermont, muitos de seus seguidores se mostram pouco dispostos a votar na candidata e chegaram a vaiar quando Sanders pediu que ela fosse eleita.
“O que devemos fazer agora é derrotar Donald Trump e eleger Hillary Clinton. Ou mais tarde olharemos para trás e somente iremos nos arrepender”, disse. “Na minha opinião, é muito fácil vaiar, mas é mais difícil olhar o rosto das crianças que deverão viver em uma presidência de Trump”, acrescentou.
Mas, mesmo expressando seu apoio, Sanders não retirou sua candidatura e teve, inclusive, discursos o apresentando como candidato na terça. Visivelmente emocionado, ele acompanhou a votação no Wells Fargo Center e sorriu e acenou durante as demonstrações de seus seguidores. (AG)
Vendas de iPhone caem 40% e fazem a Apple perder espaço no Brasil
Um dos novos modelos deverá apresentar câmera dupla. (Foto: Reprodução)
26 DE JULHO DE 2016 23:27
As vendas da Apple no Brasil não começaram bem 2016. No primeiro trimestre, a comercialização de iPhones caiu 40% em comparação com o mesmo período do ano passado, para 498 mil unidades, segundo dados da consultoria Gartner. A companhia viu sua participação de mercado cair para menos de 5%, enquanto a líder Samsung ampliou sua fatia.
No período, quase todos os grandes fabricantes venderam menos smartphones (25% de queda, para 10,6 milhões de unidades). Abalam o mercado fatores como a crise econômica e o próprio grau de desenvolvimento desses produtos – nove anos depois do lançamento do iPhone original, as empresas têm sofrido para apresentar novidades que incentivem uma troca mais acelerada.
A Apple, entretanto, perdeu mais que a média. Entre os grandes fabricantes sua queda só foi menor que a da LG, que viu as vendas desabarem 58,4%, chegando a 980 mil unidades.
A Samsung perdeu 15%, o que, na prática, fez sua participação de mercado subir para 42%, mais um indício de ressurgimento da companhia sul-coreana, que até 2013 tinha mais da metade do mercado, mas enfrentou anos difíceis com produtos complicados do ponto de vista da aceitação do público, como o Galaxy S5, de 2014. A companhia tem uma gama de produtos bem maior que a da Apple, com modelos a partir de R$ 560.
Surpresa
O resultado da companhia liderada por Tim Cook surpreende porque no Brasil ela atua no segmento de smartphones que mais ganha mercado no país, o de smartphones mais caros, de mais de R$ 3.000.
De acordo com a consultoria IDC, no primeiro trimestre do ano passado esses aparelhos representaram 1,7% de todos os smartphones vendidos, índice que cresceu para 5,3% agora. Isso acontece, de acordo com a empresa, pelo aumento dos preços desses aparelhos e também porque o consumidor está ficando mais experiente (65% dos usuários já têm um celular inteligente, então querem algo mais avançado na hora de trocá-lo).
Uma das possíveis explicações para a queda é uma suavização da imagem da marca no Brasil como algo de classe superior. “A Apple sempre teve essa percepção como artigo de luxo, de marca”, diz Diego Silva, analista de mercado da consultoria.
Gradativamente, a companhia parece perder esse status. No lançamento do iPhone 6s, em São Paulo, em novembro, antes da abertura da loja oficial da empresa havia mais funcionários do que clientes na porta – algo que contrasta com as tradicionais filas que são marca do produto.
Silva espera, entretanto, que a situação tenha melhorado no segundo trimestre. Primeiro porque, segundo ele, o mercado como um todo apresentou uma recuperação —a empresa vai rever sua estimativa de vendas para o ano, de 41 milhões de aparelhos vendidos, uma retração de 13%. Em 2015, o mercado havia caído 13,4%.
Segundo pelo lançamento do iPhone SE, uma versão mais modesta do smartphone, que chegou às lojas em março por R$ 2.700 (topo de linha da marca, o iPhone 6s custa a partir de R$ 3.999).
“Isso abre a Apple para uma parcela muito grande da população”, afirma Silva.
Visão global
No mundo o iPhone também não viveu seu melhor momento no início deste ano. Segundo dados da Apple, foram vendidas 51,2 milhões de unidades do aparelho no mundo, uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado (61,8 milhões).
A versão 6s foi recebida com frieza pelo mercado, já que não apresentava novidades que saltassem os olhos, além de uma câmera melhor, de 12 Mpixels, e a tecnologia 3D Touch, que “entende” a força do usuário para acionar diferentes funções. (Felipe Maia/Folhapress)
Discurso do ex-presidente americano era um dos mais esperados na segunda noite da convenção do partido. #GloboNews
Bill Clinton exalta trajetória de Hillary e pede votos para candidata democrata
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Em processo de licenciamento de Fundão, Samarco citava mudança do eixo da barragem: http://glo.bo/2aJ5BWu
Documentos indicam que governo de MG sabia da obra que provocou rompimento de barragem em Mariana
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Partido Democrata confirmou Hillary Clinton como candidata:http://glo.bo/2ak3PO0
Em discurso arrebatador, Michelle Obama pede apoio de eleitores para Hillary Clinton
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Vai vai viajar? Então, vem ver essas dicas: http://glo.bo/29Ycsyi#ContaCorrente #GloboNews
Saiba como planejar viagem para o exterior sem estourar o orçamento
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Entre os homens, os mais altos são os da Holanda. Já as mulheres mais altas estão na Letônia: http://glo.bo/2atIuTJ
Levantamento de cientistas de Londres mostra a altura média em todos os países
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Padre, que tinha 84 anos, foi assassinado: http://glo.bo/2afBdov
Estado Islâmico diz que "soldados" do grupo foram responsáveis por ataque a igreja na França
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Homem que assassinou 19 pessoas a facadas no Japão se ofereceu para matar deficientes
Policiais em frente ao centro Tsukui Yamayuri-en, onde ocorreu o ataque. (Foto: Reprodução)
26 DE JULHO DE 2016 23:12
Um dia antes de tentar entregar uma carta para um importante parlamentar japonês se oferecendo para matar centenas de pessoas deficientes, o suspeito do pior assassinato em massa do Japão nas últimas décadas disse pelo Twitter: “Eu não sei se isso é certo, mas ação é o único caminho”.
Menos de seis meses depois, Satoshi Uematsu, de 26 anos, foi preso suspeito de matar 19 pessoas esfaqueadas e ferir outras dezenas enquanto dormiam em um centro para pessoas deficientes onde ele havia trabalhado por mais de três anos até fevereiro.
A polícia ainda não comentou sobre as motivações para o sanguinário episódio dessa terça-feira, o qual abalou um país que tem uma das menores taxas de criminalidade do mundo, e onde assassinatos em série são raros.
Informações sobre Uematsu ainda estão emergindo, mas entrevistas com vizinhos e publicações em sua conta no Twitter mostram um jovem educado que se tornou obcecado com as pessoas sendo tratadas na clínica para deficientes mentais e físicos de Tsukui Yamayuri-En, na cidade de Sagamihara, a cerca de 40 quilômetros a sudeste de Tóquio.
Akihiro Hasegawa, que foi seu vizinho por oito anos, disse não ter notado nada estranho sobre Uematsu.
“Ele sempre sorriu ao me cumprimentar. Ele tinhas bons modos e era educado. Um jovem realmente muito agradável”, disse Hasegawa, de 73 anos, à Reuters.
“Seria mais fácil compreender se houvesse um alerta, mas não houve sinais”, disse Hasegawa, acrescentando acreditar que as experiências de Uematsu no emprego haviam afetado sua mente.
“Nós não conhecíamos a escuridão de seu coração.”
Uma conta de Twitter com o nome de Uematsu, e a qual, segundo a imprensa local, era utilizada pelo suspeito, indicava que ele era um jovem que gostava de se divertir, apreciava karaokê e festas na praia e queria parar de fumar.
“Estou super feliz”, ele tuitou em 29 de junho com fotos do que parecia ser a festa de casamento de um amigo.
Ele também parecia gostar de um jogo de cartas sobre teoria da conspiração, e publicou que havia visto mensagens subliminares nessas cartas, tais como uma previsão do desastre nuclear no Japão, em 2011.
Uematsu havia chamado atenção de autoridades em fevereiro, quando disse que poderia eliminar 470 pessoas deficientes.
“Estou totalmente ciente que esta declaração desafia o senso comum”, disse ele em cartas destinadas ao presidente da Câmara dos Deputados, cujas cópias foram obtidas pela agência de notícias Kyodo.
“No entanto, não posso ficar parado ao pensar sobre o olhar exausto nos rostos de seus cuidadores, o olhar louco nos olhos dos funcionários que trabalham nessas clínicas, e, no melhor interesse do Japão e do mundo, me sinto compelido a tomar esta ação hoje.” (Minami Funakoshi, Linda Sieg, Elaine Lies e Chang-Ran Kim/Reuters)
Estudo diz que clones da ovelha Dolly envelheceram com boa saúde
Ovelha Dolly faleceu em 2003; clones Debbie, Denise, Dianna e Daisy estão bem (Foto: reprodução)
26 DE JULHO DE 2016 22:58
Quatro cópias idênticas de Dolly, a famosa ovelha clonada que morreu prematuramente em 2003, já completaram nove anos de vida e sobrevivem sem problemas, mostrou um estudo publicado nesta terça-feira (26) na revista científica “Nature Communications”.
Debbie, Denise, Dianna e Daisy, irmãs idênticas nascidas 11 anos depois de Dolly, se encontram “em boa saúde”, segundo pesquisadores que estudam o envelhecimento dos animais clonados.
As quadrigêmeas foram criadas a partir das células da mesma glândula mamária usando uma técnica chamada transferência nuclear de células somáticas (TNCS).
Dolly nasceu há 20 anos, em 5 de julho de 1996, e viveu até os seis anos – ou seja, a metade do tempo normal para sua raça, Finn Dorset. Aos cinco anos, desenvolveu artrite no joelho, e um ano depois morreu em consequência de uma doença pulmonar.
Os problemas de saúde de Dolly e sua morte prematura puseram em evidência os riscos da clonagem. Os ratos de laboratório clonados, por exemplo, são propensos à obesidade e a morrer jovens.
Kevin Sinclair, da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, examinou cuidadosamente as quatro “Dollys” nascidas em julho de 2007, assim como outras nove ovelhas que foram clonadas a partir de diferentes culturas celulares.
Os 13 animais, com idades entre sete e nove anos, são fruto de trabalhos de laboratório destinados a melhorar a eficácia da TNCS.
Os pesquisadores mediram a tolerância das ovelhas à glicose, sua sensibilidade à insulina, sua pressão arterial e saúde óssea. Essa é a primeira avaliação completa do envelhecimento de animais clonados.
Algumas das ovelhas tinham artrite branda, e uma delas tinha uma forma “moderada” dessa doença, que não são incomuns na sua idade. Nenhum dos animais é manco como Dolly.
‘Envelhecer normalmente’
Apesar da sua “idade avançada”, nenhuma das ovelhas era diabética, e todas tinham pressão arterial normal. Os dados, segundo a equipe, foram “convincentes, indicando que a TNCS não tem efeitos adversos prejudiciais a longo prazo na saúde das crias em idade adulta”.
A TNCS consiste em remover o núcleo que contém o DNA de uma célula que não seja de um óvulo ou esperma – uma célula da pele, por exemplo – e implantá-lo em um óvulo não fertilizado do qual o núcleo foi removido.
Uma vez transferido, o óvulo reprograma o DNA maduro de volta para um estado embrionário, com a ajuda de um choque eléctrico, e começa a desenvolver um embrião.
Não há registros de nenhum humano que tenha sido criado dessa forma. Apesar de melhoras recentes, a técnica continua sendo ineficiente e cara. Apenas uma pequena porcentagem dos embriões clonados sobrevive ao nascimento.
“O consenso apoiado pelos dados atuais é que os clones que sobrevivem são saudáveis e parecem envelhecer normalmente”, afirma o estudo.
A clonagem animal é usada no setor agrícola, principalmente para criar animais reprodutores, assim como no negócio de “trazer de volta” animais de estimação mortos para seus donos.
Justiça obriga empresa a indenizar mãe e filho que venceram promoção para a Copa do Mundo
Mãe e filho puderam assistir, por meio de liminar, o jogo entre Alemanhã e Argélia no Beira-Rio (foto: Matthias Schrader/AP)
26 DE JULHO DE 2016 22:30
A empresa Castrol Brasil Ltda foi condenada a indenizar mãe e filho por danos morais pela 10° Câmara Cível do Tribunal de Justiça. O caso ocorreu em 2014, quando a empresa criou a promoção Você nas partidas perfeitas.
A promoção consistia em um jogo de perguntas e respostas sobre futebol durante sete semanas. O vencedor ganharia dois ingressos para uma partida da Copa do Mundo, que seria realizada no Estádio Beira Rio.
Então a mãe do menino, sabendo da paixão do filho pelo futebol, resolveu participar, e ambos se dedicaram a responder aos questionamentos.
Ao final da promoção, a empresa afirmou que não poderia haver a participação de menores de idade, sendo que no site da promoção, não constava tal afirmação. Segundo a mãe, a notícia de que não poderia ir ao jogo trouxe grande frustração para o menino, que tinha como sonho ver um jogo de Copa do Mundo.
A Juíza Jane Maria Köhler Vidal, da Comarca de Porto Alegre, concedeu liminar assegurando que mãe e filho assistissem à partida entre Argélia e Alemanha. Ao final do processo, reconheceu o dano e fixou o pagamento de R$ 6 mil para cada um dos autores.
A ré apelou contestando o valor da condenação.
Recurso
No Tribunal de Justiça, o Desembargador Túlio Martins foi o relator da apelação. Para o magistrado, a decepção do garoto por saber que não iria mais ver o jogo, e o erro da empresa ao não deixar claro sobre a participação de menores, são passíveis de indenização por danos morais.
“Para ganhar o prêmio, mãe e filho responderam a uma série de perguntas sobre o tema futebol e automóveis. E quando ela, ao final de sete semanas, foi contemplada com dois ingressos para a Copa do Mundo, a euforia de ambos foi grande, dado ao fanatismo do menino e à experiência única oferecida pela promoção”, analisou o julgador. “Tamanha foi a dedicação e empolgação do menor que não é de se duvidar que a decepção que as seguir, causada pela negativa de participação, igualmente foi de grandes proporções, gerando, conforme a prova oral dos autos, uma ‘terrível frustração’, sendo equiparada a um ‘balde de água fria’ sobre ambos.”
Contudo, considerou que mãe e filho conseguiram acompanhar a partida, por força de liminar. Circunstância que, no entendimento do magistrado, embora não retire a gravidade da conduta da ré, amenizou em parte a frustração e a tristeza sofridas pelos autores.
Assim, ponderou pela redução da quantia indenizatória, no valor de R$ 4 mil para o menino e R$ 2 mil para a mãe.
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