segunda-feira, 4 de julho de 2016

Cartão: Crédito, débito ou dívida?

por Alex Campos

Nas mãos de pessoas impulsivas ou compulsivas, especialmente em ambientes comerciais tentadores, o cartão de crédito é ′um cadáver que nos sorri′
Além da caderneta de poupança (tema da coluna na edição de 19 de junho), outra paixão incondicional dos brasileiros é o cartão de crédito - um pedaço de plástico chipado e hologramado, que deveria ser mantido fora do alcance de “adultos”, trancado junto a tesouras, alicates, canivetes e outros objetos cortantes. Nas mãos de pessoas impulsivas ou compulsivas, especialmente em ambientes comerciais tentadores, o cartão de crédito é “um cadáver que nos sorri”. O monstrengo cobra juros que podem chegar a 500% ao ano, em caso de saldo devedor financiado no sistema conhecido como “rotativo”.
ENXUGANDO E AUMENTANDO O GELO
O erro letal de quem tem essa arma, com ou sem porte legal, é passar a utilizar o limite de crédito disponível como se ele fosse parte dos rendimentos pessoais ou do orçamento familiar. Outro perigo real, além de atrasar o pagamento, é pagar mensalmente apenas o valor mínimo da fatura – algo como enxugar gelo, mas, em vez de ver o bloco derreter e diminuir aos poucos, você vê o bloco inchar e crescer sem parar e sem piedade.
Vale lembrar que, em caso de necessidade, existem outras formas de financiamento, mais baratas e menos perigosas. Uma delas é o consignado, com desconto em folha, geralmente oferecido a servidores e aposentados ou pensionistas. Como o risco de inadimplência ou de calote é quase zero, os juros do consignado estão entre os mais baixos do mercado. Quem não é funcionário público nem trabalhador inativo pode pedir ajuda na família a quem se enquadra numa dessas condições - mas, por favor, sem deixar de honrar o compromisso de manter limpo o nome do papai ou da vovó.
Outra modalidade com taxas ou tarifas mais em conta é a do penhor ou do micropenhor da Caixa, adequados para urgências de curto ou médio prazos. Para emergências de pequenos valores, existem bancos dedicados exclusivamente ao microcrédito, que oferecem socorro a partir de R$ 50. Também é possível conseguir dinheiro barato em cooperativas ou fundos de assistência financeira. Em geral, basta ser associado ou funcionário de um grupo, empresa, conselho profissional ou entidades de classe, com vínculo ou convênio junto a essas instituições - que têm fins lucrativos, mas não destrutivos.
Fonte: O Dia Online - 02/07/2016 e Endividado

 

 

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Câmbio não é livre em lugar algum, diz Rubens Barbosa

Por Márcio Juliboni

Passado o susto com a decisão dos britânicos de deixar a União Europeia, o dólar voltou a recuar em relação ao real. O movimento foi reforçado pela sensação dos investidores de que a nova diretoria do Banco Central não iria mesmo intervir na taxa de câmbio. Mas o cenário mudou após o BC vir a campo na sexta-feira (1), realizando a primeira intervenção no mercado de câmbio desde 18 de maio.

O movimento de alta da moeda norte-americana ganhou força ao longo do dia, após as declarações do presidente do BC, Ilan Goldfajn, de que estão abertas as condições, no Brasil e no exterior, para reduzir os estoques de swaps cambiais. Goldfajn reafirmou, contudo, seu compromisso com o regime de câmbio flutuante. Pelo sim, pelo não, o movimento foi interpretado pelo mercado como o estabelecimento de um novo piso para o dólar: R$ 3,20.

Para o embaixador Rubens Barbosa, presidente do conselho superior de comércio exterior da Fiesp, a reação do BC é bem-vinda e necessária. Ele lembra ainda que a indústria defendia a medida havia tempos. Embora o câmbio flutuante faça parte do tripé macroeconômico que sustentou a estabilização do país desde o Plano Real, é temerário segui-lo ao pé da risca. “Nenhum país do mundo tem um câmbio totalmente flutuante, livre, hoje em dia”, afirma Barbosa a O Financista. “Todos os países administram suas taxas: Estados Unidos, China...”. Leia a seguir os principais trechos da conversa:

O Financista: Como o senhor avalia a intervenção do BC nessa sexta-feira?

Rubens Barbosa: Ela foi muito importante. Foi positiva e bem-vinda, porque a indústria já pedia, havia tempos, alguma reação do Banco Central.

O Financista: O mercado interpretou a intervenção como o estabelecimento de um novo piso de R$ 3,20 para o câmbio. Esse patamar é bom para a indústria?

Barbosa: Eu acredito que a intervenção não teve o objetivo de estabelecer um novo piso. Acho que o BC agiu para mostrar que está atento ao câmbio. Agora, o novo piso é algo que deve ser discutido mais adiante.

O Financista: Mas seria o caso de manter o câmbio ao redor de R$ 3,50?

Barbosa: Do ponto de vista dos exportadores, sim. Mas o BC não pode tomar decisões isoladas do mundo. Agora, se o país não criar condições para que as exportações voltem a crescer, a balança comercial será prejudicada. O que estou dizendo é que não se pode pensar na política macroeconômica desvinculada da política industrial e comercial, algo que os economistas brasileiros estão acostumados a fazer. Além disso, nenhum país do mundo tem um câmbio totalmente flutuante, livre, hoje em dia. Todos os países administram suas taxas: Estados Unidos, China...

O Financista: Para a indústria, é melhor que o BC intervenha no câmbio?

Barbosa: O BC precisa acompanhar o que ocorre no mundo. Há toda essa instabilidade recente dos mercados, e o BC tem todo os dados para avaliar a situação. Agora, do ponto de vista macroeconômico, a queda do dólar ajuda apenas pontualmente, como no caso da importação de feijão. Mas manter os juros elevados, em um cenário de inflação convergindo para a meta e câmbio em queda... Isso cria uma situação delicada para alguns setores industriais.

O Financista: Segundo o último boletim Focus, do BC, a expectativa é de um saldo comercial de US$ 50,76 bilhões neste ano. No atual patamar de câmbio, esse saldo pode cair?

Barbosa: Acho que essa projeção foi feita com um câmbio estimado ao redor de R$ 3,50. A queda do dólar tem um efeito muito negativo para a indústria. Como o Custo Brasil é elevado, muitos setores conseguem ser competitivos na exportação por causa do câmbio. Os empresários com quem converso dizem que, com a taxa entre R$ 3,50 e R$ 3,70, conseguem uma pequena margem nas exportações, mas conseguem. Abaixo desse patamar, há um problema sério, porque a margem acaba. O câmbio não é tudo, mas ajuda.

O Financista: O saldo comercial pode cair, então?

Barbosa: Os setores que mais se beneficiaram com a alta do dólar, como o têxtil, calçadista, papel e celulose e máquinas e equipamentos, já estão sentindo dificuldades. As importações estão caindo, mas o problema é que as exportações podem crescer num ritmo menor que o atual. Com isso, o saldo pode desacelerar. Desse jeito, não sei se a projeção poderá ser mantida.

 

 

 

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