Órgão divulgou o resultado do primeiro teste em cinco pontos de captação.
Convênio com a ANA vai ampliar monitoramento de 56 pontos para 195.
Do G1 RS
Água do Guaíba é tratada pelo DMAE
(Foto: Reprodução/RBS TV)
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) do Rio Grande do Sul divulgou nesta quinta-feira (21) o resultado das análises nas amostras de água coletadas em cinco pontos do Guaíba. Segundo os órgãos, foi constatada "grande influência do esgoto sanitário" nos locais de onde a água foi retirada, devido à alta presença de fósforo.
A coleta ocorreu em áreas onde a água coletada vem apresentando alterações no gosto e no cheiro: a Foz do Rio Gravataí, as próximidades da Casa de Bombas 5 do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), da Casa de Bombas Pluvial do Trensurb e antes e depois do ponto de captação de água São João/Moinhos de Vento.
O monitoramento vai prosseguir na próxima semana com a medição da vazão nos pontos analisados, conforme a presidente da Fepam, Ana Pellini. Ela estima que após três meses de monitoramento será possível ter uma série histórica das condições da água, possibilitando uma avaliação mais adequada.
Anda segundo a Fepam, um convênio com a Agência Nacional de Águas (ANA) vai ampliar o monitoramento da qualidade das águas de rios e lagoas de 56 pontos, distribuídos na Região Metropolitana e Litoral Norte e Médio, para 195 pontos.
Reforço no tratamento
O Departamento Municipal de Águas e Esgotos (DMAE) informou que vai reforçar o tratamento com substâncias que amenizem as alterações. Uma das saídas seria a mudança do local de captação de água no Guaíba. A obra deve levar dois anos para ficar pronta e tem custo estimado em cerca de R$ 50 milhões.
Na segunda-feira (18) o DMAE anunciou que pretende mudar o ponto de captação de água no Guaíba para o Rio Jacuí. No entanto, não existe previsão de data pra que isso aconteça. Após a chegada dos resultados, técnicos se reuniram para discutir o assunto, e reafirmaram a potabilidade da água.
A principal suspeita para alteração que tem incomodado a população há dois meses é a de que tenha origem na poluição do Guaíba. Mas o DMAE e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) prometem continuar com as investigações e com a fiscalização sobre empresas suspeitas de despejarem cargas tóxicas acima do permitido na água.
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