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terça-feira, 28 de junho de 2016

BC diz que avanço no combate à inflação depende do ajuste fiscal

A continuidade do avanço no combate à inflação depende de ajustes na economia brasileira, principalmente, nas contas públicas, segundo avaliou o Banco Central (BC), no Relatório de Inflação, divulgado hoje (28).

"A literatura e as melhores práticas internacionais indicam que uma política fiscal consistente e sustentável contribui para reduzir as expectativas de inflação de forma que o processo de desinflação seja mais rápido e menos custoso", disse o BC.

O governo apresentou, recentemente, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento do gasto público à variação da inflação. A proposta é que a fixação do teto para os gastos tenha validade por 20 anos, a partir de 2017. Segundo a proposta, no primeiro ano de vigência, o limite dos gastos totais equivalerá à despesa paga no ano anterior corrigida pela inflação daquele ano.

No relatório, o BC destacou que leva tempo entre a discussão, a adoção das medidas de ajustes fiscais e os seus resultados. Para o BC, quanto mais ágil for a implementação das medidas, mais rápida será a retomada da “trajetória favorável para a dívida pública e para a confiança de famílias e empresas, ajudando na recuperação da economia e no combate à inflação”.

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O Banco Central também citou outros fatores que interverem no combate à inflação: o processo de realinhamento dos preços externos em relação aos internos e livres em relação aos administrados; o efeito dos fenômenos climáticos sobre a produção mundial de alimentos, principalmente de grãos, e a influência sobre os preços domésticos; e as incertezas sobre a economia mundial.

No relatório, o BC enfatizou que buscará fazer com que a inflação fique dentro do limite superior da meta, 6,5%, em 2016, e adotará medidas necessárias para assegurar a convergência da meta em 4,5%. Destacou, ainda, que o cenário atual não permite reduzir a taxa básica de juros, a Selic.

Inflação dentro da meta

É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a Selic.

Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

Este é o primeiro Relatório de Inflação divulgado na gestão do novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Hoje, o presidente participará de entrevista para a divulgação do relatório. Normalmente, a entrevista é dada somente pelo diretor de Política Econômica do BC.

 

Agência Brasil

 

 

Contas públicas

Ueslei Marcelino - 8.jun.2016/Reuters

O governo Temer pode tomar medidas para aumentar a receita e cumprir a meta fiscal do próximo ano, que deve ser fechada pela equipe econômica esta semana. O objetivo é que o rombo das contas públicas em 2017 fique abaixo do deste ano, que pode chegar a R$ 170,5 bilhões.
De acordo com o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, as contas devem ter receitas de concessões e privatizações, mas elas podem não ser suficientes para a redução do rombo.  Leia mais

 

 

 

'Pauta imatura'

O Planalto está estudando retirar a urgência das medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público. Isso porque elas vão trancar a pauta do Congresso a partir de hoje, e, para alguns ministros, ainda não estão maduras para apreciação.
O status de urgência garante prioridade na votação, e, assim, trava votações importantes para o governo, como a da lei que vai definir novas regras para nomeação em fundos de pensão.  Leia mais

 

Pedidos cancelados

Divulgação

A Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de transportes, deve renegociar contratos do programa de renovação da frota criado por Sérgio Machado, ex-presidente da estatal que fez delação premiada na operação Lava Jato.
Os estaleiros que foram citados por Machado como fonte de recursos ilegais para políticos passam por graves dificuldades financeiras. Até agora, foram entregues 14 dos 47 navios contratados.  Leia mais

 

Argumento favorável

Roberto Stuckert Filho - 22.jun.2016/Divulgação

A presidente afastada, Dilma Rousseff, disse que a perícia feita a pedido da comissão do impeachment do Senado mostrou que ela não cometeu crime de responsabilidade, o que torna o processo de afastamento um 'golpe'.
A perícia aponta que não há 'controvérsia' sobre o fato de Dilma ter agido para liberar créditos suplementares sem o aval do Congresso, mas também afirma que não foi identificada ação dela nas chamadas pedaladas fiscais. Leia mais

 

'Ação midiática'

Dida Sampaio - 27.jun.2016/Estadão Conteúdo

Quatro dias após a prisão do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou ao trabalho no Senado. Em um discurso, a petista classificou a ação da Polícia Federal como midiática, e disse que vai lutar pela restauração do nome e da dignidade do companheiro.
Paulo Bernardo foi preso na semana passada pela operação Custo Brasil, que investiga um esquema de corrupção supostamente usado para abastecer o caixa do PT. Leia mais

 

 

Pré-candidato investigado

Antonio Araujo- 19.ago.15/Câmara dos Deputados

A ministra do STF Cármen Lúcia pediu à Procuradoria-Geral da República que se manifeste em um processo contra o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) para que, em seguida, os autos retornem a ela "com urgência" para conclusão.
O processo que ele responde por desvio de dinheiro público pode inviabilizar a candidatura de Russomanno à Prefeitura de São Paulo, caso ele seja condenado pelo STF até o dia em que a Justiça Eleitoral analise o pedido de registro.  Leia mais

 

 

Estádio de volta

Getty Images

A Odebrecht anunciou que pediu à Secretaria da Casa Civil a renegociação do contrato com o Maracanã. Em nota, a concessionária aponta que tem feito um trabalho contínuo para reduzir os custos fixos e se adequar aos períodos de interrupção da operação do estádio como na Copa do Mundo de 2014 e na Olimpíada.
O consórcio formado pela Odebrecht (95%) e pela AEG (5%) venceu em 2013 a licitação para explorar o estádio por 35 anos. No acordo, o grupo poderia derrubar o parque aquático e o estádio de atletismo para construir um centro comercial e estacionamento, mas logo depois o governo voltou atrás e proibiu a demolição das instalações.  Leia mais

 

Cachê polêmico

André Silva / Brasilera

Depois da polêmica envolvendo o pagamento de cachê de R$ 575 mil ao cantor Wesley Safadão, que se apresentou no São João de Caruaru no último sábado (25), a prefeitura da cidade emitiu uma nota à imprensa para explicar o caso.
De acordo com o órgão, o pagamento do artista foi anulado no dia 23, porque vai ser feito por patrocinadores, e não pela prefeitura.  Leia mais

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