A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de energia elétrica em julho será a verde, ou seja, não haverá acréscimo de valor para os consumidores. Este é o quarto mês seguido em que a bandeira definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é verde.
Segundo a Aneel, entre os fatores que contribuíram para a manutenção da bandeira verde estão o resultado positivo do período úmido, que fez com que os reservatórios das hidrelétricas voltasse a encher, além do aumento de energia disponível com redução de demanda e a adição de novas usinas ao sistema elétrico brasileiro.
O sistema de bandeiras tarifárias foi adotado como forma de recompor os gastos extras das distribuidoras de energia com a compra de energia de usinas termelétricas. A cor da bandeira que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia elétrica, em função das condições de geração de eletricidade.
Desde que foi implementado o sistema de bandeiras tarifárias, em janeiro de 2015, até fevereiro de 2016 a bandeira se manteve vermelha (com cobrança de R$ 4,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos). Em março, passou para amarela (com taxa de R$ 1,50 a cada 100 kWh) e, em abril, maio e junho, a bandeira foi verde.
Segundo a Aneel, a bandeira tarifária não é um custo extra na conta de luz, mas uma forma diferente de cobrar um valor que já era incluído na conta de energia, por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras. A agência considera que a bandeira torna a conta de luz mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente.
Prime Cia. Imobiliária - Imobiliária em Porto Alegre / RS
http://www.primeciaimobiliaria.com.br/
Brasil renova acordo automotivo com a Argentina até 2020
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
Acordo automotivo com a Argentina vai até 2020 (José Cruz/Agência Brasil)José Cruz/Agência Brasil
Brasil e Argentina renovaram até 2020 o acordo automotivo entre os países e que venceria em 30 de junho. Em nota, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços informou neste sábado (25) que foi mantido o sistema flex, que prevê que o Brasil poderá vender, com isenção de impostos, no máximo, US$ 1,5 para cada US$ 1 importado do país vizinho.
A renovação do acordo foi assinada pelo Comitê Automotivo Brasil/Argentina após dois dias de reuniões, realizadas na última quarta-feira (23) e quinta-feira (24). O novo acordo prevê que a partir de 1 de julho de 2019, se alcançadas as condições para o aprofundamento da integração produtiva e o desenvolvimento equilibrado de estruturas produtivas e de comércio, o flex do comércio bilateral do setor automotivo será de US$ 1,7 para cada US$ 1, após prévio acordo entre as partes.
De acordo com o ministério, a renovação do acordo bilateral trará benefícios mútuos, ao conferir maior previsibilidade ao setor. “Depois de muita negociação, chegamos a um acordo por mais quatro anos, que traz muita previsibilidade para o setor e que estabelece bases para o livre comércio automotivo a partir de 2020, uma grande vitória para a indústria nacional", disse o ministro Marcos Pereira, em comunicado enviado à imprensa.
Em junho de 2014, os dois países assinaram um acordo automotivo, válido até junho de 2015. No final do ano passado, o acordo foi prorrogado e os dois países continuaram negociando as cláusulas para a renovação do acerto. O Brasil tentava ampliar a margem do chamado sistema flex. Já a Argentina queria estender às autopeças do país o regime Inovar Auto, que prevê isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de fabricantes brasileiros que cumprem metas de investimento em pesquisa e de desenvolvimento de novas tecnologias.
Sistema Flex
O mecanismo conhecido como flex prevê que cada US$ 1 que a Argentina vende ao Brasil em autopeças e veículos, as montadoras brasileiras poderão exportar ao país vizinho US$ 1,5 com isenção do imposto de importação. Acima disso, os veículos brasileiros pagam tarifas de 35% para entrar no mercado argentino. Os veículos precisarão ter pelo menos 60% das peças e dos componentes fabricados no Mercosul.
Espanha volta às urnas para escolher Parlamento
Da Agência Brasil*
Eleições legislativas na EspanhaMiguel Gracia Garcia/EPA/Agência Lusa
Mais de 36,5 milhões de eleitores voltam às urnas hoje (26) na Espanha para escolher 350 representantes do Congresso dos Deputados e 208 do Senado.
Saiba Mais
O rei da Espanha, Felipe VI, dissolveu o Parlamento do país em maio e convocou novas eleições para o Legislativo, realizadas hoje (26). A medida foi necessária porque os principais partidos eleitos em dezembro do ano passado não conseguiram formar um governo de coalizão. Pela primeira vez, desde a redemocratização da Espanha, em 1975, os eleitores terão que voltar às urnas para recompor o Parlamento, base do sistema parlamentarista. É preciso que um partido obtenha maioria absoluta ou que dois ou mais partidos formem uma coalizão que atinja essa maioria. A partir daí, é escolhido o primeiro-ministro, que exerce o Poder Executivo junto com o gabinete de governo.
As últimas pesquisas indicam que o PP (Partido Popular, de direita), do atual chefe de governo, Mariano Rajoy, deverá ser o mais votado, conquistando 30% dos votos. Nas última eleições, em dezembro, conseguiram 28,7% dos votos, segundo a Agência Lusa.
A grande surpresa deverá ser o Unidos Podemos (uma aliança de radicais de esquerda, comunistas, ecologistas e partidos regionais). Segundo as pesquisas, o grupo pode receber 26% dos votos e ultrapassar o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que nos últimos 35 anos alternou à frente do governo espanhol com o PP, conforme a Lusa
O PSOE poderá ser o fiel da balança, com 21% dos votos, quando em dezembro obteve 22%, e a ter de tomar a difícil decisão de se coligar à esquerda ou à direita, o que lhe poderá tirar ainda mais votos no futuro.
* Com informações da Agência Lusa
Reino Unido deve dar o primeiro passo para deixar UE, diz Merkel
Da Agência Ansa
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse hoje (25) que cabe ao governo de Londres anunciar qual o procedimento que irá adotar para deixar a União Europeia (UE). "As negociações não podem durar para sempre, mas depende do Reino Unido dar esses passos".
Merkel afirmou ainda que acredita que Londres quer colocar em prática as decisões tomadas no referendo da última quinta-feira (23) e voltou a defender uma solução rápida. "A questão não deve permanecer bloqueada por muito tempo", alertou, lembrando que até que um acordo seja definido, o Reino Unido continua sendo um membro pleno da UE, com todos os seus direitos e obrigações.
Saiba Mais
- Mais de 500 mil pessoas pedem segundo referendo na Grã-Bretanha
- Saída da UE não afetará investimentos do Reino Unido no Brasil, diz embaixador
A Alemanha é, atualmente, a maior economia e a mais atuante dentro da UE. Além disso, Berlim foi um dos maiores entusiastas da criação do grupo, que ajudaria em sua reintegração no continente após a 2ª Guerra Mundial.
Diplomacia
Em reunião realizada hoje (25) em Berlim, chanceleres dos seis países fundadores da União Europeia pediram que a saída do Reino Unido do bloco aconteça o quanto antes. Os ministros das Relações Exteriores de Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, da Itália, Paolo Gentiloni, Holanda, Bert Koenders, França, Jean-Marc Ayrault, Bélgica, Didier Reynders, e de Luxemburgo, Jean Asselborn, se encontraram para discutir os efeitos da saída do Reino Unido do bloco.
“Este processo tem que começar o mais rápido possível", disse Steinmeier, que apelou para que os britânicos evitem “atrasos” na negociação e “se concentrem no futuro da Europa".
O premier italiano, Matteo Renzi, viaja ainda hoje para Paris, onde se reunirá com o presidente da França, François Hollande. "Será um encontro informal, amigável, no qual também se debaterão questões políticas ligadas ao Brexit”, informaram interlocutores do Palácio do Eliseu.
Na segunda-feira (27), o líder político italiano estará em Berlim para uma reunião trilateral com Hollande e Merkel, para também discutir a saída britânica da UE. Além de questões práticas da União Europeia, o encontro deve definir estratégias para frear movimentos semelhantes em outras nações.
Polícia Civil deflagra Operação Saturação II em Santa Maria
Preso e Apreensões - Foto: Polícia Civil
Na manhã deste sábado (25), a Polícia Civil, através da 4ª Delegacia de Polícia (DP) de Santa Maria, deflagrou a Operação Saturação II, na localidade conhecida como Beco do Beijo. A ação é uma continuação da Operação Saturação I, ocasião em que 11 suspeitos foram presos.
Segundo o delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, titular da 4ª DP, esta 2ª etapa da operação visa a manutenção da segurança em área conflagrada, na qual a disputa entre dois grupos criminosos rivais ocasionou mortes, homicídios tentados e disparos de armas de fogo. "Após as prisões realizadas na primeira etapa da operação, as mulheres dos presos passaram a traficar no lugar deles."complementou o delegado.
Na ação, que contou com o apoio da Brigada Militar e da Polícia Rodoviária Federal, quatro pessoas foram presas, um colete balístico, um simulacro de fuzil, cinco pés de maconha, dinheiro, munição, drogas e balança de precisão foram apreendidas.
Fonte: 4ª DP Santa Maria
Linha de crédito incentiva empresas do Semiárido a gerar energia limpa
Edwirges Nogueira - Correspondente da Agência Brasil/EBC
Empresas, indústrias, cooperativas, produtores rurais e demais agentes produtivos do Semiárido interessados em gerar a própria energia que consomem tem uma linha de crédito específica para isso. O Banco do Nordeste lançou o FNE SOL para financiar projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis (solar, eólica ou biomassa).
Desde dezembro do ano passado, quando foi lançado o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), o Ministério de Minas e Energia buscar ampliar ações que estimulem os consumidores a gerar a própria energia, em especial a fotovoltaica, a partir da luz solar.
Segundo o chefe da Célula de Meio Ambiente, Inovação e Responsabilidade Socioambiental do Banco do Nordeste, Kleber de Oliveira, o FNE SOL foi pensado a partir de uma demanda dos setores produtivos, alinhada tanto à economia como à sustentabilidade.
“O primeiro aspecto é a demanda por segurança energética. Como o custo da energia é um elemento muito variável e a sinalização nos últimos períodos é de aumento constante, na medida em que possa gerar energia para seu próprio consumo, a empresa tem um ganho significativo. Também há um apelo forte das empresas que querem se alinhar com a sustentabilidade, por gerar uma energia limpa,” disse.
Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Ceará, por exemplo, tem cerca de 80 micro (potência instalada até 100 quilowatts – kW) e mini-geradores de energia (potência instalada até 5 megawatts – MW) distribuída entre consumidores residenciais e comerciais.
Segundo o arquiteto Gabriel Freitas Vilela, a energia elétrica consumida em seu escritório em Fortaleza é gerada a partir de 24 placas fotovoltaicas instaladas sobre o telhado da edificação.
A decisão de gerar a própria energia foi tomada há 1 ano e 4 meses a partir da expectativa de aumento da conta de energia e também como forma de investimento. Todo o projeto, incluindo estudos, equipamentos e a aprovação da instalação, custou cerca de R$ 40 mil.
Dependendo da época do ano, quando há sol constante, a central geradora chega a gerar 1 MW. No geral, a energia solar rende ao escritório uma economia de até 90% na conta de luz. De acordo com Vilela, os 10% restantes equivalem ao custo de disponibilidade, cobrado pela companhia energética pela ligação da central à rede, e à taxa de iluminação pública.
“É um investimento muito bom e também não sabemos como ficará a situação da energia do país a longo prazo, por depender da chuva. Por outro lado, o sol está sempre aí. Principalmente para nós aqui no Nordeste, que temos essa característica de sol muito forte, acredito que é a melhor solução de energia”, disse Vilela.
O FNE SOL usa recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e pode financiar até 100% dos projetos de geração de energia. O crédito tem prazo de pagamento de até 12 anos, com um ano de carência. O público-alvo da iniciativa são agentes produtivos localizados na área de atendimento do Banco do Nordeste, que abrange os nove estados do Nordeste e também o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
Corte de verbas do governo estadual prejudica Festival Folclórico do Amazonas
Bianca Paiva - Correspondente da Agência Brasil
Festival Folclórico do Amazonas chega a sua 60ª ediçãoCleomir Santos/Divulgação Secretaria de Cultura do AM
O tradicional Festival Folclórico do Amazonas, que está previsto para ocorrer em julho, completa 60 anos em 2016, mas a comemoração está ameaçada por falta de recursos. O evento é um dos que foram atingidos pelo corte de verbas para o setor de Cultura, anunciado pelo governo amazonense, por causa da crise econômica no estado.
Diferentemente do Festival de Parintins, conhecido pelas toadas dos bois bumbás Garantido e Caprichoso, essa festa é caracterizada pela diversidade de ritmos como cirandas, danças nordestinas, quadrilhas, apresentação de tribos, além das toadas dos bois de Manaus. Diversos grupos se apresentam para o público competindo em três categorias: ouro, prata e bronze.
O repasse de recursos para a categoria prata sempre foi feito pela prefeitura está garantido este ano para os 63 grupos escolhidos por edital. Já a ouro recebia verbas do estado e este ano está ameaçada pelo corte. A categoria bronze é uma novidade do festival em 2016. É uma categoria de acesso e será custeada pelos 30 grupos selecionados por edital.
A apresentação dos bois de Manaus, Brilhante, Corre-Campo e Garanhão faz parte da categoria principal. Apesar de também terem ficado sem dinheiro do governo estadual, eles tem patrocínio privado e conseguiram a cessão do Sambódromo para a competição entre eles, prevista para o final de agosto, mas cerca de 70 grupos da categoria ouro não tem outros meios para viabilizar as próprias apresentações.
Patrimônio imaterial
O presidente da Associação dos Grupos Folclóricos do Amazonas, Raimundo Nonato Bentes, lamenta a redução de recursos para o festival. “O Festival é patrimônio imaterial do estado do Amazonas. Inclusive, foi o governador que assinou e sancionou essa lei que foi proposta pela assembleia no ano passado. Seria a edição de número 60, bodas de diamante, e foi, infelizmente, essa decepção toda. Até mesmo no ano olímpico, muitos turistas estarão na cidade de Manaus. Eu acho que faltou planejamento no sentido de apresentar essa vitrine, a cultura popular do estado, o folclore para os turistas”, disse Bentes.
Saiba Mais
- Cortes na área de cultura do Amazonas podem afetar Festival de Parintins
- Após corte de verba, mobilização e superação garantem Festival de Parintins
O ex-presidente da Associação Cultural Folclórica Educandense Boi Bumbá Garanhão e atualmente assessor jurídico da Liga Independente dos Grupos Folclóricos de Manaus, Ivo Morais, diz que as associações ainda tentam negociar com a prefeitura de Manaus verbas para a categoria ouro. “Nós estamos tentando uma audiência com o prefeito para ver de que forma a prefeitura poderia, se tivesse condições, ao menos agilizar uma estrutura para que acontecesse a disputa da categoria ouro sem dinheiro. Porque o estado não dá nem dinheiro, nem local e estrutura. O governo do estado abandonou completamente”, disse Ivo.
O diretor de Cultura da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Márcio Braz, prefere não comentar sobre a situação da categoria ouro por ser atribuição do governo estadual, porém, ele informou que representantes dos três bois de Manaus solicitaram apoio do órgão. “Eles solicitaram um apoio nosso, um apoio financeiro e logístico, do qual nós estamos estudando a possibilidade de apoio. Somente para esses três grupos que foram os únicos da categoria ouro que nos procuraram”, disse o diretor.
A previsão é que o festival ocorra a partir da segunda quinzena de julhoCleomir Santos/Divulgação Secretaria de Cultura do AM
Márcio Brás informou que, para a realização das categorias prata e bronze, a prefeitura de Manaus disponibilizou o Centro Social Urbano (CSU), do Bairro Parque Dez de Novembro, que passa por reforma. A previsão, de acordo com ele, é de que as apresentações ocorram durante 12 dias a partir da segunda quinzena de julho.
Cortes
O governo amazonense diz que a redução de gastos é necessária para enfrentar a crise econômica. O governo do Amazonas estima que a redução de gastos na cultura vai gerar uma economia de R$ 35 milhões, que poderão ser destinados à saúde. Os cortes também vão atingir as áreas de esporte e turismo.
O secretário estadual de Cultura, Robério Braga, disse, em maio, que o corte vai atingir cerca de 30 eventos e não afetará as atividades e empregos da secretaria na capital e no interior. “As atividades que dependem de patrocínio, apoio cultural de infraestrutura e logística nesse momento é que deixarão de tê-los”, disse.
A expectativa do governo amazonense é economizar cerca de R$ 500 milhões até o fim de 2016 com a redução no custeio da máquina pública e de contratos e com o reordenamento de serviços de saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário