A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com novo recurso contra mandado de segurança impetrado pelo atual presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ricardo Melo, no Supremo Tribunal Federal (STF). Para o órgão, a medida que permitiu o retorno de Melo ao cargo é uma “gravíssima interferência” nas atribuições privativas do presidente da República, ao ferir a Constituição. Em decisão liminar no início deste mês, o ministro Dias Toffoli entendeu que a exoneração do jornalista feria a lei de criação da EBC.
“Adotar o entendimento que haveria uma restrição à livre exoneração do diretor-presidente da EBC, trazida pela Lei 11.625/2008, seria admitir que uma lei pudesse limitar atribuição do chefe do Poder Executivo, contida na Constituição Federal ao Artigo 37, inciso II”, aponta o documento. Além do recurso, a AGU pede que o processo seja apresentado ao plenário do STF para que seja julgado o mérito da ação.
Segundo a AGU, ao tratar do cargo de diretor-presidente, a lei de criação da EBC não prevê requisitos específicos, nem determina a submissão da nomeação ao Senado, como é exigido às agências reguladoras. Para o órgão, a noção de independência que permeia as agências não está relacionada à estabilidade de seus dirigentes, mas associada à imparcialidade em sua programação e autonomia institucional.
De acordo com o recurso, o cargo é de nomeação por livre escolha do presidente da República, sem qualquer requisito, motivo pelo qual “sua exoneração, em decorrência do princípio do paralelismo de formas, deve se dar nos mesmos moldes das demais exonerações de cargos de confiança”.
Defesa
O advogado de Melo, Marco Aurélio de Carvalho, informou que vai questionar o recurso junto ao Supremo. “A presidência [de Ricardo Melo] é absolutamente legítima e deve ser respeitada. Não estamos defendendo [apenas] o mandato, mas o sistema jurídico e a ordem constitucional vigente”, disse Carvalho.
O jornalista Ricardo Melo recorreu ao STF no dia 17 de maio com mandado de segurança, com pedido de liminar, para manutenção do mandato como diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). O jornalista argumentou que o Artigo 19 da Lei 11.652/2008, que cria a EBC, prevê que o diretor-presidente e o diretor-geral da empresa sejam nomeados pelo presidente da República, com mandato de quatro anos.
Ricardo Melo foi nomeado diretor-presidente da EBC no dia 8 de maio pela presidenta Dilma Rousseff. Anteriormente, ele ocupava o cargo de Diretor de Jornalismo da empresa. Melo foi exonerado pelo presidente interino Michel Temer, que nomeou o jornalista Laerte Rimoli para a presidência da empresa.
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Estudantes têm até hoje para se inscrever no Fies
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
O Fies oferece financiamento de cursos em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao anoArquivo/Agência Brasil
Hoje (29) é o último dia para os interessados em financiar o ensino superior pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) se inscreverem no portal do Fies. Serão oferecidos 75 mil financiamentos. As vagas estão disponíveis para consulta na internet.
Saiba Mais
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O resultado será divulgado no próximo dia 30. Aqueles que não forem selecionados serão automaticamente inscritos em lista de espera. As vagas que não forem ocupadas pelos estudantes pré-selecionados serão ofertadas à lista de espera de 4 de julho a 10 de agosto.
Para participar da seleção, é preciso ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e obtido 450 pontos na média das provas, além de ter tirado nota maior que 0 na redação. Os candidatos precisam ainda ter renda familiar bruta por pessoa de até três salários mínimos, o que equivale a R$ 2.640.
Os estudantes podem se inscrever apenas para um curso. A opção pode ser alterada até o fim do prazo de inscrição. Uma vez por dia, o Ministério da Educação divulga a nota de corte de cada curso, que é a estimativa da nota mínima para ser aprovado com base nas inscrições feitas até o momento. A nota de corte não é calculada em tempo real e não garante a vaga ao estudante.
O Fies oferece financiamento de cursos em instituições privadas a uma taxa de juros de 6,5% ao ano. O percentual do custeio é definido de acordo com o comprometimento da renda familiar mensal bruta per capita do estudante. Atualmente, 2,1 milhões de estudantes participam do programa.
Prioridade da população de rua não é cuidar da saúde, diz pneumologista
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Moradores de rua recebem roupas e cobertores para ajudar a suportar o frio na Rua Ipiranga, em frente à Praça da República Rovena Rosa/Agência Brasil
O frio intenso na capital paulista matou ao menos seis moradores de rua este mês. A previsão de um inverno mais rigoroso que o dos últimos três anos é um alerta para organizações que trabalham com essa população.
Coordenador do Grupo de Infecções Pulmonares da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), o pneumologista André Nathan Costa diz que uma série de fatores contribui para que uma pessoa morra devido ao frio e que não há uma temperatura considerada letal.
“Não dá para dizer que 5 graus [positivos] ou -5 graus matam, é uma sucessão de coisas. Tem paciente que entra em hipotermia só de ficar molhado ao relento. Tem paciente que fica em zero grau durante dez horas e não acontece nada.”
O especialista chefiou, por dois anos, um grupo de assistência médica a moradores de rua em um albergue na região central de São Paulo e afirma que, em geral, essa população é composta por homens jovens. Segundo ele, cuidar da saúde dessas pessoas, por meio de acompanhamento e encaminhamento para exames, é uma tarefa difícil.
“A prioridade desses indivíduos é buscar comida, roupa e algum dinheiro para passar o dia e não cuidar da saúde. Então, convencê-los a tomar remédio para tuberculose não dá. Tomar uma injeção de benzetacil para sífilis, mesmo em dose única, é um parto. Imagina falar que precisa parar de fumar, que precisa cuidar da pressão. É muito difícil. A adesão [a tratamento] é baixíssima.”
O médico explica que as doenças infecto-contagiosas, como sífilis, tuberculose e HIV, são as mais prevalentes entre os moradores de rua.
“O frio faz com que as pessoas fiquem confinadas em lugares fechados, então as doenças transmissíveis, principalmente as respiratórias, proliferam mais. Não dá para dizer que essas doenças são agravadas pelo frio. Mas, no frio, acabam várias pessoas num ambiente pequeno, fechado, que é uma coisa que eles fazem nos albergues. Tem um paciente com tuberculose e acaba passando para todo mundo, porque não dá para ter controle“, destaca o médico
Segundo Costa, algumas estratégias usadas comumente para afastar o frio, como a ingestão de bebidas alcoólicas, apenas dão uma falsa sensação de aquecimento. “O álcool tira o frio, você ouve as pessoas dizendo 'vou tomar um conhaque para esquentar'. Mas o álcool, em altas doses, gera hipotermia por si só. Você pode até estar em casa, embaixo do cobertor. Então, aquele coma alcoólico faz com que o seu sistema nervoso central, que coordena o centro que mantém a temperatura adequada do corpo, se altera e o corpo entra em hipotermia pelo próprio efeito do álcool.”
Cobertores, bebidas quentes e uma alimentação reforçada são os itens necessários para a manutenção da temperatura corporal. “Os moradores de rua são desnutridos crônicos, mas eles precisam manter uma reserva nutricional para gerar calor. Se essa sua reserva acaba, você entra em hipotermia com uma facilidade maior.”
Cameron: Reino Unido irá notificar UE sobre saída "quando for necessário"
Da Agência Sputnik Brasil
o primeiro-ministro britânico, David CameronArquivo/Agência Brasil
O Reino Unido vai notificar a União Europeia (UE) sobre a decisão de sair do bloco quando considerar necessário, afirmou o primeiro-ministro britânico David Cameron nessa terça-feira (28).
Antes, os líderes da UE, irritados com a decisão britânica de sair da União Europeia, pediram que Londres notificasse o bloco sobre sua decisão o mais rápido possível.
"O Reino Unido vai notificar a UE sobre a sua decisão quando for necessário e possível. Este é o nosso direito soberano de membro da União Europeia", disse Cameron em entrevista em Bruxelas.
Além disso, o primeiro-ministro britânico ressaltou que a principal razão da decisão do Brexit - união das palavras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída, em inglês) - era o problema da imigração. Segundo ele, os britânicos duvidam da capacidade da UE de assegurar o controle das fronteiras.
Os eleitores britânicos decidiram em referendo, na última quinta-feira, que o Reino Unido vai sair da União Europeia, depois de o Brexit ter conquistado 51,9% dos votos.
Imediatamente depois do anúncio dos resultados, David Cameron anunciou sua intenção de renunciar em outubro. Segundo ele, as negociações sobre a saída do país da UE serão conduzidas pelo seu sucessor.
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Decisão sobre novo ministro do Turismo cabe ao PMDB da Câmara, diz Padilha
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil
A definição do novo ministro do Turismo deve ocorrer ainda esta semana e está a cargo do PMDB da Câmara dos Deputados. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o futuro ministro poderá até não ser do partido, desde que a indicação passe pelo crivo da bancada peemedebista da Câmara.
“Pode não ser alguém do PMDB, que seja admitir uma pessoa sem filiação partidária, mas conduzida e indicada pelo PMDB. O presidente Michel [Temer] entregou ao PMDB da Câmara a decisão sobre o Ministério do Turismo”, disse Padilha após reunião no Palácio do Planalto.
Segundo Padilha, Temer quer que a situação seja resolvida ainda esta semana. “Poderá ser [uma indicação técnica]. Se ela for acolhida pelo partido, porque ali temos uma composição partidária para garantir dois terços do Congresso. Precisamos ter dois terços na Câmara e no Senado. Se essa indicação conseguir agregar dois terços e, inclusive, o PMDB, que hoje é o partido titular do ministério, é perfeitamente possível”, disse o ministro.
A pasta está sob o comando interino de Alberto Alves há cerca de duas semanas após o então ministro, Henrique Eduardo Alves (PMDB), deixar o cargo após ser citado na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Duas explosões atingiram o principal aeroporto de Istambul, na Turquia, na tarde de hoje. A suspeita é que dois homens-bomba se explodiram após troca de tiros com forças de segurança locais. Segundo o governo, 28 pessoas morreram e 60 ficaram feridas.
A Turquia está em estado de alerta há vários meses por conta de ameaças do grupo terrorista Estado Islâmico. Leia mais
Nelson Mello, ex-diretor do Grupo Hypermarcas, apontou repasse de R$ 30 milhões em propina aos senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM), todos do PMDB. A declaração foi feita em delação premiada à Procuradoria-Geral da República.
Mello disse que deu o dinheiro a dois lobistas para pagar os senadores. Os peemedebistas e a Hypermarcas negam envolvimento em irregularidades. Leia mais
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã a operação Boca Livre, para investigar o desvio de R$ 180 milhões de recursos federais em projetos da Lei Rouanet. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
Entre os alvos de busca está o Grupo Bellini Cultural, que atua há 20 anos e aparece como o principal operador do esquema. Segundo a Polícia Federal, o grupo fraudava a Rouanet desde 2001, no governo FHC. Ainda de acordo com a investigação,integrantes do Ministério da Cultura podem ter facilitado o esquema. Leia mais
A operação Custo Brasil aponta que o advogado Guilherme de Salles Gonçalves, suposto repassador de propinas para o ex-ministro Paulo Bernardo, pagou R$ 32 mil em despesas de um loft alugado em Brasília para a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante a campanha de 2010.
Gonçalves foi preso pela Polícia Federal no domingo. Ele teria usado o escritório dele em Curitiba para bancar despesas eleitorais de Gleisi, que é alvo de investigação do Supremo Tribunal Federal. Leia mais
O Conselho de Ética da Câmara abriu um processo contra o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Ele é acusado de faltar com o decoro parlamentar durante voto pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff, em abril.
Na ocasião, Bolsonaro fez uma homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandou o DOI-Codi (Destacamento de Operações Internas) de São Paulo na ditadura militar, e que teria torturado Dilma. Em 2008, Ustra se tornou o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador durante a ditadura. Leia mais
A Bolsa fechou em alta de 1,55%, com 50.006,56 pontos, depois de duas sessões em queda. O avanço de hoje foi influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo das ações da Petrobras, da mineradora Vale e dos bancos.
O dólar quebrou uma sequência de duas altas e caiu 2,61%, cotado em R$ 3,306 na venda. É o menor valor desde julho de 2015. Leia mais
O governo central, que engloba União, Banco Central e Previdência Social, registrou deficit de R$ 15,5 bilhões, ampliando o resultado registrado nos últimos 12 meses para R$ 145 bilhões. É o mais alto desde o início da série histórica, em 1997.
A conta foi influenciada pela piora do resultado da União, somada ao rombo da Previdência. O rombo de maio aponta uma deterioração rápida das contas públicas.Leia mais
A conta de luz vai ficar mais barata a partir de segunda-feira para os moradores da capital paulista e de outros 23 municípios da região metropolitana. Ao todo, serão beneficiadas 6,9 milhões de casas e empresas atendidas pela AES Eletropaulo.
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma redução média de 7,3% para casas e comércios. Para as indústrias e grandes consumidores, a queda deve ser de 9,74%. Leia mais
Daniel Alves, ex-Barcelona, foi apresentado hoje na Juventus. O jogador posou com uma camisa de número 23, escolhida em homenagem ao astro da NBA LeBron James, que usa a mesma numeração no Cleveland Cavaliers.
Alves disse que escolheu o número do jogador de basquete porque LeBron foi capaz de se reinventar e encontrar novos caminhos. O brasileiro vai ficar no clube italiano até junho de 2018. Leia mais
Hoje é dia de premiação no cinema pornográfico nacional. O prêmio Sexy Hot, conhecido como "Oscar do pornô brasileiro", acontece hoje em São Paulo, e vai condecorar os principais destaques do cinema adulto do país no último ano em 17 categorias.
Celebridades como Raquel Pacheco, a Bruna Surfistinha, João Vicente de Castro, Rogéria, Geisy Arruda, Angela Bismarchi e Anderson, do grupo Molejo, vão entregar prêmios na festa. Leia mais
TSE mantém decisão que rejeitou contas e anulou multa da campanha de Pimentel
André Richter - Repórter da Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve hoje (28) decisão de fevereiro que rejeitou as contas da campanha de 2014 do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e anulou a aplicação de multa de R$ 50,8 milhões por supostas irregularidades contábeis. Os ministros julgaram um recurso no qual a defesa de Pimentel alegou que o tribunal deveria reconhecer que a multa não era devida.
Em fevereiro, o TSE havia mantido decisão da Justiça Eleitoral de Minas que rejeitou as contas de Pimentel, mas anulou a aplicação da multa por considerar que o governador não superou o limite de gastos de campanha.
No julgamento, o TSE entendeu que houve apenas dupla contabilização de despesas nas contas apresentadas, fato insuficiente para a aplicação de multa. As despesas seriam ligadas à propaganda eleitoral do candidato.
Padilha confirma vetos de Temer a pontos de projeto sobre nomeações em estatais
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil
O chefe da Casa Civil da Presidência da República, mnistro Eliseu PadilhaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou hoje (28) que o presidente da República interino, Michel Temer, vai vetar pontos do projeto de lei que estabelece regras mais rígidas para a nomeação de dirigentes e integrantes do conselho de administração de empresas estatais. A cerimônia de sanção da lei estava inicialmente prevista para a manhã desta terça-feira, mas foi adiada para que o Planalto tivesse mais tempo de analisar possíveis vetos.
Padilha antecipou que os vetos pretendem viabilizar condições para que as empresas possam competir no mercado em iguais condições com as empresas privadas. “Os vetos do presidente Michel Temer, se acontecerem, e eu já sei que acontecerão alguns, serão no sentido de aperfeiçoar ainda mais o que o projeto estabeleceu. De qualificar todos os gestores públicos, viabilizar que as empresas públicas para agir como player de mercado”, disse Padilha.
De acordo com o ministro, com os vetos, as empresas estatais, por meio dos seus executivos, terão melhores condições de competir no mercado. “Hoje temos muitas parcerias, muitas concessões, e temos que disputar com igualdade de condições com o setor privado. Vamos ter qualificação elevada nos gestores das empresas públicas.”
O texto foi aprovado, primeiramente, em abril pelo Senado. Durante a tramitação da proposta na Câmara dos Deputados, no entanto, o texto foi modificado para uma versão considerada “mais branda”. Na semana passada, o texto foi novamente votado pelos senadores, que retomaram a proposta inicial.
Pelo projeto, os indicados para membros do conselho de administração e para os cargos de diretor, inclusive presidente, diretor-geral e diretor-presidente, terão que ter experiência profissional mínima de dez anos ou de quatro anos ocupando cargos de primeiro ou segundo escalão em empresas de porte semelhante. A exigência também se aplica a docentes ou pesquisadores em áreas de atuação da empresa e profissionais que tenham exercido cargo em funções de assessoria especial no setor público.
O Senado reintroduziu no projeto a “quarentena” de 36 meses para a indicação de integrantes da diretoria e do conselho de administração que tenham participado de estrutura decisória de partido político, função de organização e realização de campanha eleitoral. A carência havia sido removida pela Câmara. O Senado proibiu a indicação de dirigentes sindicais para cargos na direção ou conselho de administração de estatais.
Temer revoga a nomeação de 12 conselheiros de educação feita por Dilma
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
O presidente interino Michel Temer revogou a nomeação de 12 conselheiros do Conselho Nacional de Educação (CNE). O decreto, assinado em conjunto com o ministro da Educação, Mendonça Filho, foi publicado hoje (28), no Diário Oficial da União. Os conselheiros foram nomeados no dia 11 de maio, um dia antes do afastamento da presidenta Dilma Rousseff.
O decreto torna sem efeito as nomeações de Eduardo Deschamps, Maria Izabel Noronha, Alessio Costa Lima e Gersem Luciano para a Câmara de Educação Básica do CNE e de Luiz Roberto Curi, Maria Lúcia Neder e José Loureiro Lopes para a Câmara de Educação Superior. O decreto também anula a recondução de Antonio Ronca, Antoni Ibañez Ruiz, Rafael Ramacciotti, Luiz Dourado e José Romão.
Segundo o presidente do CNE, Gilberto Garcia, esta é a primeira vez que uma nomeação é revogada no conselho. Segundo ele, por se tratar de um decreto, a revogação está dentro da legalidade. A preocupação é, no entanto, com a continuidade dos trabalhos do CNE. Com 12 dos 24 membros a menos, o colegiado, que é reponsável por formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, fica sem quórum para tomar decisões. O conselho retoma as atividades na próxima semana.
"Houve uma mudança de governo, mesmo que interinamente. Isso é um fato óbvio. É possível que nessa virada alguns decretos e portarias sejam revogados", diz Garcia. "É importante que esse processo não prejudique o funcionamento do CNE e que haja um diálogo com o MEC e o entendimento da necessidade de um novo decreto [nomeando 12 membros]", disse. Garcia reúne-se amanhã (28) com Mendonça Filho para discustir a questão.
MEC
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) diz que a decisão foi tomada com base em pareceres jurídicos da Ministério da Educação, da Advocacia-Geral da União e respaldados pela subsecretária de assuntos jurídicos da Presidência da República. O MEC alega que as nomeações foram feitas por Dilma "no apagar das luzes" do governo.
“Essas indicações foram feitas para impedir que o novo governo, dentro do cronograma normal, pudesse indicar novos membros do CNE. Isso é caracterizado como desvio de finalidade de acordo com a lei”, diz o ministro da Educação, Mendonça Filho, em nota. Ele destaca que o MEC vai reabrir o processo, respeitando indicações feitas pelos órgãos, e levará os nomes para preenchimentos das novas vagas obedecendo rigorosamente os prazos legais.
Indicações
A assessoria do ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante emitiu nota na qual diz que os nomes dos conselheiros foram decididos com base em indicações de 39 entidades civis de educação, respeitando a participação social. "A presidenta eleita Dilma Rousseff, apesar de ter a prerrogativa legal de livre indicação para metade das vagas do CNE, adotou o critério republicano de acolher os nomes das listas técnicas encaminhadas pelas entidades civis ao Ministério da Educação", diz a nota.
Para Mercadante, a revogação da indicação dos membros "é um golpe em um órgão de estado, responsável por discutir de forma técnica, democrática e plural as políticas nacionais de educação. Mais uma vez este governo demonstra incapacidade de distinguir entre instituições de estado e interesses de governo".
Atraso nos salários põe em risco temporada do Theatro Municipal do Rio
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Sem salários, artistas, técnicos e servidores administrativos do teatro estão sem condições de trabalharDivulgação/Riotur
Com salários atrasados, o corpo artístico do Theatro Municipal do Rio de Janeiro suspendeu os ensaios e as próximas estreias estão comprometidas. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas da Ação Cultural do Estado do Rio de Janeiro (Sintac), ainda não há confirmação para a estreia da ópera Orfeu e Eurídice, de Gluck, prevista para domingo (3).
O presidente do sindicato e integrante do coro do Theatro, Pedro Olivero, informou que, apesar do nome, a instituição é ligada ao governo do estado, que passa por grave crise financeira e vem atrasando o pagamento de diversas categorias. Orquestra, coro e corpo de baile, além de funcionários técnicos e administrativos, fizeram assembleia na manhã de hoje (28) e decidiram manter a paralisação, iniciada sexta-feira (24).
De acordo com Olivero, não se trata de greve, mas falta de condição de ir para o trabalho. “Está acontecendo com artistas e funcionários do Theatro a mesma coisa que com os demais funcionários do estado. A gente está sem receber o salário de maio. Recebemos menos da metade do que tinha de ser pago. Seria pago no dia 1º de junho, que passou para 10, que passou para 14 e que não foi pago em sua totalidade. A gente já está entrando no mês de julho e não tem previsão de quando esse pagamento vai sair.”
Ensaios
Segundo o presidente, diante da promessa de pagamento os ensaios ocorreram até quinta-feira (23). Mas, como o dinheiro não caiu na conta, começou a paralisação. “A maioria dos funcionários, músicos, cantores, está na mesma situação: sem dinheiro para ir trabalhar. Aí não tem como continuar os ensaios. Não é greve. É paralisação até que o restante do salário seja pago. Não somos a favor da greve. Somos artistas. Nosso prazer é cantar, dançar, tocar, embora achemos que a greve seja legítima também. Mas, no nosso caso, trabalhamos de forma diferenciada”.
São cerca de 350 pessoas no corpo artístico do Theatro Municipal e outros 150 técnicos administrativos, que têm se revezado para manter o prédio funcionando, já que ele é alugado para outros eventos e espetáculos. Conforme Olivero, até essas atividades podem ser suspensas por falta de verba para manutenção.
Fundação
“Tem prêmios, outras orquestras, outros espetáculos. Tem de ter gente na portaria para abrir o teatro, brigada de incêndio, gente que cuida do ar condicionado. Os funcionários técnicos e administrativos têm de fazer o rodízio para manter o teatro funcionando. Isso até o dia que não der também, porque o governo não está repassando o dinheiro para manutenção da casa. São R$ 600 mil por mês para manter o teatro aberto. No início do mês passou R$ 120 mil e agora nada.”
Em nota, a Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro informou que “já vem trabalhando com a perspectiva de dificuldades e problemas decorrentes da crise econômica que atinge o Estado do Rio de Janeiro” e que está buscando “soluções que preservem os eventos programados para a temporada artística de 2016”.
Estado Islâmico perde base aérea no Nordeste da Síria
Da Agência Sputnik Brasil
Saiba Mais
- Pela primeira vez, ONU denuncia Estado Islâmico por genocídio
- Estado Islâmico pode perder Raqqa, Aleppo e Deir ez-Zor
Os grupos de militantes da oposição síria apoiada pelos Estados Unidos conseguiram reconquistar o aeroporto militar Abu Kamal que estava sob controle do Estado Islâmico, informa o canal de televisão Al Mayadin. Segundo a emissora, continuam os confrontos na cidade de Abu Kamal. A base aérea fica na província de Deir ez-Zor, perto da fronteira com Iraque.
A Síria enfrenta uma guerra civil desde 2011. Um cessar-fogo negociado pela Rússia e os Estados Unidos entrou em vigor na Síria em 27 de fevereiro. A trégua teve o apoio do governo sírio e de dezenas de grupos de oposição, porém não contempla os grupos terroristas Estado Islâmico e Frente Al Nusra.
Até agora, não existe uma frente comum de luta contra o grupo jihadista, que é combatido pelas forças do governo da Síria, apoiadas pela aviação russa, o Exército iraquiano, a coalizão internacional liderada pelos EUA, assim como pelos curdos e milícias xiitas do Iraque e do Líbano.
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